Ucrânia aprovisionará fundos para a produção do avião de transporte Antonov An-70

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O governo da Ucrânia planeja aprovisionar cerca de US$ 42 milhões para iniciar a produção seriada do avião de transporte militar Antonov An-70, segundo notícia veiculada no site do Parlamento daquele país.O montante anunciado deverá cobrir os custos dos preparativos da infra-estrutura de produção, a continuação dos trabalhos de ensaios e desenvolvimento da aeronave e a própria fabricação dos exemplares.

http://cdn-www.airliners.net/aviation-photos/photos/6/1/9/1409916.jpgO Antonov An-70 é um avião de transporte militar projetado para levar cargas úteis da ordem de 47 toneladas em distâncias médias (em torno de 6.000 km) voando a uma velocidade de cruzeiro de 729 km/h, além de realizar operações de lançamento de paraquedistas e de equipamentos militares aerotransportados. Sua destinação original foi a de substituir os antigos Antonov An-12 ( denominado “Cub” pela OTAN) em serviço nos países que receberam essa aeronave durante a era Soviética.

Os principais interessados no An-70 atualmente seriam a Rússia e a própria Ucrânia.

Fonte: Tecnologia&Defesa

8 Comentários

  1. Que bonito seria ver estas belonaves com as cores da FAB, seria uma boa oportunidade do Brasil,já temos parceria na área espacial com a Ucrânia, aprofundar os laços estratégicos entre os dois países seria selado com um acordo para a co-produção desta aeronave, pois o KC-390, esta em um patamar de carga menos, então não seria um impecílio para o desenvolvimento do avião da Embraer.

    Abraço.

  2. Se eu tivesse dinheiro, comprava um lote desses para as Forças Armadas de nosso país!

    “O Sahara precisa de liberdade! Repúdio ao Marrocos!”

  3. Ora aí está um verdadeiro problema para o A400M… este avião é um perigo (!) e tem umas linhas muito bem conseguidas tb…

    Contudo, é difícil prever a capacidade de fabrico das aeronovaes e de substituição/ fornecimento de peças pelos Ucranianos/Russos.

    Bem sei que a Antonov sempre continuou a laborar e tem uma vasta experência, mas não foi ao caso que o projecto esteve parado tando tempo.

    • Sabe Afonso.
      Eu realmente não entendo o programa EADS A-400 e digo isto pois estive envolvido com projetos e pessoas que trabalham nele.
      Não é segredo que a Alemanha preferia o Ant-70 e que também técnicos ucranianos estão trabalhando no atual A-400 como consultores em sevilha e em outras unidades da Airbus Military.
      O Ant-70 seria muito mais econômico, ágil e indicado para a Europa, e a produção seriada nos demais países, França, Espanha, Reino Unido, Turquia, viabilizariam o projeto, teria sido uma solução mais barata e inteligente uma Joint Venture EADS/ Antonov, porém a EADS e os governos europeus preferiam o seu próprio programa que desde de 2004 abertamente demonstra problemas gravíssimos.
      Há um detalhe que gostaria de exemplificar quanto ao peso e carga do A-400.
      Os britânicos recentemente operando em dois conflitos (Iraque e Afeganistão) perceberam um problema em adquirir o A-400
      Tudo se resume assim, o A-400 foi dimensionado para operações dentro do espaço europeu, é um turbo hélices e sua velocidade nãos e compara a de um jato.
      Embora seja um belo e formidável projeto, as suas limitações ficam patentes frente a nova realidade a que os britânicos estão enfrentenado.
      ele seria caro de mais para operar dentro do espaço aéreo britânico, o C 130 é mais barato e pode cobrí-lo.
      Porém para transportar cargas a grandes distâncias (fora do continente europeu) ele é pequeno sendo o C-17 mais indicado, uma forma de contrapor esta capacidade de suprir logisticamente aos contingentes distantes, seriam duas opções:
      Adquirir mais aeronaves ( o que é inviável dada a escalada dos custos), ou que o avião tivesse uma velocidade maior assim poderia fazer mais pernadas em menos tempo, o que não será possível uma vez que a velocidade é inerente a de um turbo hélices.
      OS britânicos equacionaram bem e viram que os custos operacionais de uma frota de 16 C-17 + 40 C 130 seria capaz de superar em fator logístico a de 60 A-400, e ainda com um custo operacional menor apesar do C-17 ser extremamente caro, porém 1 C 17 transporta o dobro a uma distância maior e em velocidade maior, o que se paga rapidamente.
      é claro que a realidade britânica não é a de todos os outros operadores que no momento não necessitam deslocar-se globalmente, porém, este exemplo ilustra claramente o porque das desvantagens do A-400 apesar de ser uma aeronave formidável.
      Mais recentemente soube de uma notícia que estarreceu a EADS, a China era tida como um cliente potencial do A-400 porém esta resolveu desenvolver juntamente com a Ucrânia uma versão a Jato de um cargueiro baseado no ANt-70 coisa que eu havia sugerido em 2005 e tenho provas e registros disso, esta aeronave terá uma capacidade superior ao A-400M, velocidade e cargas maiores e se encaixará exatamente neste nicho que eu reportei.
      Opinião pessoal
      Não é por ser brasileiro que defendo o KC-390, mas acho que a tanto a Europa quanto o o Brasil estariam melhores servidos se suas forças de cargueiros fossem apoiadas em 3 aeronaves distintas, um pesado C-17 ou similar, o KC 390 ( em linhas gerais mais veloz que o c-130 ) e uma aronave médio-leve C-295, para mim esta solução seria mais racional.
      SDS.
      E.M.Pinto

  4. Pois isso é uma discusão que pode ter várias interpretações.

    Decerto que, a dada altura, a Europa estaria a empurrar o A400M por uma questão unicamente económica, para dar emprego a milhares de pessoas e dar lucro a um consórcio europeu tão importante como a EADS.

    Como já passou tanto tempo, é bem possível que os presupostos que levaram ao desenvolvimento do avião tenham-se alterado. Assim, como por exemplo, com o Eurofighter, o qual chegou dez anos mais tarde, num mundo já rendido ao “stealth”.
    De facto, a velocidade do transporte via aérea mostrou a sua mais-valia nos últimos tempos, que o digam os americanos. Nesse capítulo, o ganho do A400M em relação ao C-130 (o actual cargueiro NATO) é… baixo.

    Contudo, 37 toneladas de capacidade continuam a ser quase o dobro do C-130, permitindo chegar sem escalas por exemplo ao Iraque, a partir da Alemanha, ou França. Já com o C-130J não será tanto assim, e também não sei como será com o KC-390.

    A Alemanha de facto andou interessada no An-70 mas penso que depois que o A400M começou a dar problemas. Este leva mais 10 ton que o A400M na teoria. Na prática apresenta a mesma velocidade, mas o A400M parece ter uma velocidade de cruzeiro ligeiramente mais elevada e – surpresa – o An-70 transporta as mesmas 20 toneladas a uma distância máxima de 6.600 quilómetros.

    Se juntarmos isto, às dificuldades da Ucrânia/Rússia fornecerem peças sobressalentes e garantirem a qualidade dos produtos (a Índia que o diga), talvez a decisão da Alemanha e da França não seja assim tão disparatada.

    Isto pelo menos é a minha opinião e ambos os aviões ainda têm de provar o que prometem.

  5. A China para já não vende nada a ninguém (que se importe com a qualidade da tecnologia aplicada) e assim vai continuar durante mais uns anos – no tocante aos compradores do A400M.

    Quanto ao Reino Unido, optaram por comprar ao “patrão”, o que em termos operacionais revela-se mais económico, já que vão a reboque de toda e qualquer decisão estratégica dos USofA… O mesmo se passa com os Canadianos, por exemplo. ´
    E úm caso de… olha o meu avariou, empresta aí o teu…

    Aliás o namoro com o C-17 começou mesmo com um empréstimo…

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