EUA, França e GB pedem sanções ao Irã; China e Rússia se opõem

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As potências ocidentais se pronunciaram, nesta quinta-feira, a favor de novas sanções da ONU contra o Irã pela intransigência com relação a seu programa nuclear, mas China e Rússia pediram mais tempo para que os esforços diplomáticos possam dar resultados.Durante reunião do Conselho de Segurança dedicada ao estudo das sanções já aplicadas à República islâmica, os embaixadores de Estados Unidos, França e Grã-Bretanha lamentaram que Teerã não tivesse cumprido ainda suas obrigações.

O Conselho já adotou cinco resoluções, das quais três, desde fevereiro de 2006, previam sanções para exigir que o Irã suspenda suas atividades nucleares consideradas perigosas, entre elas o enriquecimento de urânio. Teerã ignorou as cinco.

Vários países ocidentais acusam o Irã de equipar-se da bomba atômica sobre o pretexto de desenvolver um programa nuclear civil, o que é desmentido por Teerã.

Fonte: AFP via Geopolítica Brasil

23 Comentários

  1. E de que lado o Brasil está?

    Dos Estados Unidos, União Européia, Japão, Canadá e outros países democráticos?

    Ou da China, Irã, Rússia, Cuba, Venezuela e outras ditaduras?

    Ganha um doce quem adivinhar!

    Defendo um país democrático com garantias individuais, mas a maior parte dos comentaristas deste blog são alucinados por uma ditadura de partido único com economia de mercado. Agora vai!

    P.S.: Antes que algum esquerdista venha me falar que a Rússia não é uma ditadura recomendo que dê uma olhada nos jornais para saber o que o Putin faz com políticos e jornalistas da oposição.

  2. Corretamente, o Brasil deve seguir o que tem feito; buscar seus próprios interesses.
    Nesse caso especifico, a posição é que ‘ainda se pode negociar, sem sanções’.
    Nossa diplomacia sempre foi assim, bem eficiente em adequar as condições aos nossos interesses.
    Não há ‘alinhamento automático’ com as ‘democracias ocidentais’, hoje tão ‘boazinhas’ mas em um passado MUITO recente, apoiadoras de ‘ditaduras sanguinárias’ na AL.
    A questão não se resume a ‘alinhamentos ideológicos’ pois isso muito raramente conta nas relações internacionais. Quando conta, refere-se às questões de menor importância, inócuas.
    O que se faz é agir por seus interesses, locais e globais, específicos e gerais, imediatos e a longo prazo.
    Nessa questão especifica, a posição é de dialogar com o Irã, que não esta, histeria apavorada à parte, nem perto de artefatos nucleares.
    É conhecido que enriquecimento a 20% é algo tão distante de bombas nucleares quanto o enriquecimento a 3,5 ou 5%.
    Para bombas são necessários mais de 90%, em geral 95%. Um artefato leva anos para ter um protótipo finalizado (para quem está começando, não para as ‘pacificas’ potências nucleares que já ameaçam o planeta com esses artefatos a décadas), é bem complexo e portanto facilmente ‘percebido’ em todos estágios, da pesquisa inicial à montagem,, e depois tem de ser testado para então, se bem sucedido, ser produzido em escala útil. Nisso passam-se anos.
    Portanto há sim condições objetivas de se negociar com o Irã agora. Essa ‘pressa’ para encostar o Irã na parede é inaceitável e suspeita.
    O Brasil não é o único país a discordar da posição ‘intervencionista e agressiva’ das potências europeias e dos EUA. E com este, já se conversou aqui.
    Não temos de parecer ‘admiráveis, ou corretos’ para esses países que só manobram para atender seus próprios interesses, não considerando (como nunca consideraram) os interesses alheios.
    O Brasil relaciona-se bem com todos países, tem interesses objetivos em todas suas relações, respeita outras nações. Não tem um passado (longo e sanguinário como as ‘nações ricas’) de ataques, guerras, invasões, pilhagem. Portanto não tem o ódio de nenhum povo contra si a assim não sofre de apavoramento histérico.
    Provavelmente essas sanções não passarão, pois são absurdas. Ninguém pode ser ‘punido’ por supostamente pretender, mas que ainda não tem de fato, algo ‘bandido'(bombas nucleares),sendo a ‘punição’ providenciada principalmente por quem possui (e portanto é ‘bandido’ de fato) esses objetos ‘criminosos’ (Inglaterra, França, Eua, etc).
    É imoral, simplesmente imoral. O que revela (claro, supondo que as ‘nações ricas’ tenham alguma noção de moral, o que é duvidoso) que o ‘perigo nuclear iraniano’ é somente uma desculpa, como foram as ‘armas de destruição em massa’ do Iraque, para cercear, asfixiar, enfraquecer, atacar, arrasar, invadir e então pilhar o que é alheio.
    Exatamente como foi feito no Iraque.
    Depois do Irã, sugiro que a ‘valentia’ europeia/americana se volte contra a China, uma ditadura comunista nada liberal, desrespeitadora de direitos humanos, armada nuclearmente até os dentes (mas com uma economia que dá um banho de crescimento e desenvolvimento no resto do mundo). Motivos não faltam, não é ? O que falta mesmo é coragem, a mesma coragem firme e valente que deveria andar junto com a ‘firmeza ideológica e a indignação’ com que essas ‘nações democráticas’ atacam o Irã. .
    Ah, não sou comunista, não gosto de fundamentalismo religioso, não apoio ditaduras tanto quanto não acho confiáveis as nações do ‘primeiro mundo’, que sempre se caracterizaram por uma imensa velhacaria, agressividade e tendência a cobiçar e saquear riquezas alheias.
    Lendo a história vê-se a atitude dessas nações ‘civilizadas’ com relação aos demais países, sempre foi guerra, invasão, saque, desagregação das sociedades locais, racismo, etc…
    Acima de tudo e todos, agir por nossos interesses, por nossos motivos, por nossos meios.

  3. Hum… Então quer dizer que se o Brasil se aliar a países “de esquerda” ele vai se tornar parte do “Eixo do Mal”?

    Quer dizer que se o Brasil se aliar a um pais com um regime totalitarista, ele vai se tornar uma ditadura?

  4. O Brasil, sensatamente, sem hipocrisia vai ficar ao lado da Russia e China. O Brasil quer paz, a história nos mostra que invadiram o Iraque sem necessidade, não havia armas de destruição em massa. Hoje em dia é a mesma coisa, querem destruir o Irã, o único país que pode colocar um freio às aventuras irresponsáveis e abusos israelenses contra o povo árabe, com o apôio de uma super-potência. Tudo indica que é um novo engôdo yank, o Irã está desenvolvendo a indústria nuclear para fins pacíficos e é injusta qualquer ação contra esse País. Além disso, o Irã tem todo o direito fabricar artefatos nucleares e usá-los para sua auto-defesa, como faria qualquer País, inclusive Israel. Quero lembrar que o único País na história do mundo, que teve a coragem de lançar uma bomba nuclear em outro País foi os EUA, aliado número 1 de Israel.

  5. Antes que abram a bôca para dizerem bobagens, quero dizer que não “como criancinhas” e nem tampouco sou “esquerdopata”.
    Eu e o Brasil queremos PAZ, não dialogaram o suficiente com o Irã, conversando é que se entende. Só se vê acusações infundadas, sem fundamento, sem provas cabais podendo até forjarem uma, como já chegaram a fazer com as supostas “armas de destruição em massa de Sadam Houssein”. Fiquem espertos não acreditem no que esse eixo – EUA e Inglaterra dizem ao mundo, muitas são as mentiras que já ouvimos dêles!!!

  6. Caro Leandro Mello,

    Acredito que o Brasil nao vai se tornar parte do “Eixo do Mal”, nem vai se tornar uma ditadura. O grande problema e o alinhamento quase que automatico do Brasil com regimes considerados parias no mundo, como o do Ira, uma teocracia repressiva, que apoia grupos terroristas e que ja anunciou, repetidamente, que ira destruir um outro pais, Israel (isto, ainda sem que os aiatolas tenham “a bomba” – imagine se ou quando tiverem!). Obviamente o comportamento que se nota de maneira consistente e de um forte e arraigado antiamericanismo que tolhe o pensamento oficial brasileiro. O governo diz que nao tem nada disto e que, na verdade, a ideia e simplesmente “a de defender interesses economicos brasileiros” (supostamente, US$ 1 bilhao em exportacoes para o Ira). Imagine se fosse assim durante a luta para a destruicao de um outro regime odioso, o do apartheid na Africa do Sul. Apesar de fortes interesses privados de empresas americanas, britanicas, japonesas e outras, foram sim implementados varios tipos de sancoes e de fortes pressoes diplomaticas que, no final, contribuiram em muito para a queda daquele asqueroso regime nazistoide. Nao estou dizendo com isto que nao haja problemas com nacoes que nao sofrem este tipo de pressao internacional e que nao sao nenhum exemplo de democracia ou de defesa dos direitos humanos, como a Arabia Saudita, Paquistao, paises do Golfo Persico, China e outros. A diferenca e que, ao contrario do Ira, nenhum destes paises e considerado ameaca a seguranca regional – no caso do Paquistao, pais que tem armas nucleares, o pais nunca ameacou a aniquilacao nuclear de seu grande inimigo, a India; no caso da China, outro pais armado com bombas atomicas, o pais tampouco jamais ameacou a aniquilacao nuclear da nacao que considera uma “provincia rebelde”, Taiwan. O Ira ja provou, por A+B, que apenas sancoes podem fazer com que o pais permita maior transparencia em seu programa nuclear, provando que nao tem interesse em armas nucleares. Concluo meus comentarios.

  7. Lecen, você sabe quantos cidadãos americanos e estrangeiros estão internados em Hopitais Psiquiáticos nos EUA, rotulados de doentes mentais, quando são apenas torcedores do corinthians, comunistas, socialistas, venezuelanos, etc… que questionam a democracia, o monopólio político e informação do Estado americano ????? Pode ter certeza que é muito mais do que na ex URSS!!!!!
    Ah…a propósito, não sou anti-americano, aliás questiono a definição dêste têrmo, dada por alguém dêste conceituado blog e sempre tive muito orgulho de ser PRO-BRASILEIRO.

  8. É Lecen, você me da medo.

    Tudo bem o Brasil está muito estranho não condenando ditaduras. Mas não podemos ser totalmente complacente com os demais países Democratas apenas porque são democratas.

    Mesmo sendo Democratas, esses países defendem seus interesses naquela região, como o petróleo.

    Nesse “jogo de poder” temos que defender os nossos interesses também.

  9. Veja que essas democracias ja fizeram e fazem coisas muito piores que os “comunistas”.

    O problema, é que quando você não é a favor de algum ponto dos EUA, você ja é taxado de anti-americano.
    Concordo que há aqueles que querem ver os EUA numa cratera, mas esse termo também é usado para tentar “diminuir” ou “rebaixar” aqueles que não são a favor de todas as idéias americanas, uma vez que as mesmas (a maioria), são em favor deles próprios e nada mais.

    Então lancer, não seja totalmente complacente com os democratas.

    Sei que o Irã não presta, mas não se pode ser a favor de todas a idéias desse grupo fechado que é a União Européia e Estados Unidos.

  10. Caríssimo Phoenix,

    Permita-me discordar de ti, o Brasil, como qualquer outro País, busca seus próprios interesses na arena internacional. Vê um enorme potencial de crescimento no comércio com o oriente médio. No caco do Irã, esse comércio pode aumentar até mais de 10 vezes. Logicamente, por razões óbvias, o Brasil demonstra ter empatia pelo Irã, uma vez que nosso País também tem encontrado dificuldade em desenvolver seu programa nuclear, com fins pacíficos. Além disso, devido ao elevado grau de desenvolvimento da indústria nuclear brasileira há grande potencial de exportação de urânio enriquecido para o Irã, uma vez que já dominamos tal tecnologia. Em aproximadamente 02 anos já estaremos enriquecendo urânio em todas as suas fases, domesticamente, além de termos grandes reservas do minério em nosso território.
    O Brasil hoje tem seus próprios interesses e está muito consciente de que nem sempre é bom estar ao lado dos EUA, muitas vezes temos interesses conflitantes, sobretudo na América Latina. É muito lógico o comportamento do Brasil em relação aos EUA. Se nos colocam uma faca no pescoço, como as bases militares na colômbia, bem como certas atividades de ONGs americanas envolvidas em biopirataria, bem como atuando e subvertendo burocratas, políticos e indios brasileiros: além disso, a própria reativação e presença da IV Frota em águas do atlântico sul, colocando em cheque a soberania nacional nessas regiões – os estadunidenses nem se quer reconhecem os limites de águas territoriais brasileiras sôbre o pré-sal. A Venezuela, pode ser um país hostil para os EUA, mas não para o Brasil, temos grande afinidade cultural e potencial de comércio com a Venezuela, além de ser nossa parceira no Mercosul e ainda ser nossa vizinha. Além disso, os EUA constitui um grande parceiro comercial do Brasil, mas seguramente deixou de ser o mais importante, tendo sido substituído pela China. Podemos observar que o Brasil hoje tem fortes interesses comerciais em várias partes do mundo, mas hoje volta-se mais para seus interesses na América Latina. Hoje, inevitavelmente estamos competindo com os EUA, e à cada dia mais países estão percebendo que tem mais a ganhar, juntando-se à nós, uma vez que nossa economia cresceu muito e temos capital para investimentos nesses países, bem como tecnologia que interessa a todos os países latinoamericanos. Por fim,
    as coisas não podem ser colocadas simplisticamente como o lado do bem e do mal, e que o Brasil esteja escolhendo o eixo do mal. Nada disso, o Brasil vai atrás do que lhe interessa, sòmente isso. O Brasil é um país não alinhado, simplesmente isso e seus interesses podem ou não coincidir com os dos EUA e seus aliados.
    Sds.

  11. zello

    “O problema, é que quando você não é a favor de algum ponto dos EUA, você ja é taxado de anti-americano.”

    É a aplicação do velho ditado:

    “Se você não está por mim, está contra mim”

    Na verdade a maior parte dos que rotulam os outros de “anti-americanos”, são “norte-americanistas” até a medula! E assim, qualquer desvio ou contestação da agenda estadunidense é classificado como sendo anti-americanismo, muito conveniente, para os norte-americanos…

  12. Estamos nos expondo demais! O país na atual administração perdeu toda sua tradição de pragmatismo responsável na política internacional. Mesmo que o atual presidente seja muito bem quisto por suas ´posições politicamente corretas´ em termos práticos estamos nos afastando cada vez mais da Europa (inclusive “nosso parceiro estratégico”, a França) e os EUA. Perdemos nos últimos anos os poucos espaços que tínhamos na burocracia dos principais órgãos internacionais como Banco Mundial, Unesco, OMC, UNCTAD e nos Tribunal Internacional. Infelizmente nossa atual política proativa já nos colocou em situações extremamente delicadas, como o apoio brasileiro a um político egípcio anti-semita para o cargo de diretor da UNESCO; a queixa formal do Parlamento Europeu quanto ao questionamento do governo brasileiro aos procedimentos legais da justiça europeu no caso battisti, dentre várias outras. O último foi o caso do dissidente cubano morto em greve de fome. Depois que o Irã tiver sua bomba atômica nosso presidente certamente vai dizer, como sempre diz, que não sabia de nada, que foi enganado. E muitos tolos, no Brasil, vão acreditar nisso!

  13. Acrescentando mais uma coisinha ao meu ultimo comentário, a formação do BRIC não foi à toa e foi natural, forças naturais estão agindo sôbre culturas totalmente diferentes e unindo-as. Como o Brasil, a China e a Rússia em conformidade, na ONU.

  14. Wi,
    Certíssima, a sua observação, se me permite acrescentar: se não é por mim é contra mim e terrorista! Radicalismo total, anti-democrático e arrogante, estão associando todos que discordam dos ianques de terroristas.
    Quanto ao pragmatismo do colega Ricardo, não vejo nenhuma irresponsabilidade no pragmatismo do atual governo. Acho legítimo um país buscar seus interesses imediatos mas sem deixar as considerações sôbre o futuro. O alinhamento com Russia e China, bem como muito provavelmente à India na ONU é muito natural, cada um buscando o que lhes convém, sensatamente, de acordo com suas respectivas experiências e realidades, bem como das visões do mundo que os cerca, possibilidades e recursos de que dispõe. Como disse num comentário anterior, tudo isso os uniu, na formação dos BRICs.

  15. Meu caro Paulo Amaral,

    Realmente, temos visoes politicas distintas, apesar de estarmos de acordo em relacao ao enorme potencial de crescimento de exportacoes do Brasil ao Oriente Medio, enquanto regiao. Entretanto, pelas razoes que ja mencionei, acredito que, nao so nao e interessante a aproximacao especifica entre o Brasil e um pais que e a antitese de todos os valores democraticos e da busca pela paz, como o Ira. Nao somente isto, mas tambem acredito que esta relacao e contraproducente para o Brasil, enquanto pais que busca ter um peso equivalente a sua importancia economica no contexto internacional. O Brasil certamente e um pais que tem seus proprios interesses, mas acredito ser uma grande apelacao equalizar esta defesa aos interesses nacionais com o repudio sistematico e consistente a praticamente todas as posicoes politicas internacionais tomadas nao so pelos E.U.A. mas tambem pelos paises europeus, especialmente no caso do Ira. Nao acredito na maxima do Roberto Campos, onde “o que e bom para os E.U.A. e bom para o Brasil”, da mesma maneira que nao acredito em seu oposto absoluto, que diz que “o que e bom para os E.U.A. e mal para o Brasil”.

    Tambem divergimos em quanto aos outros pontos mencionados em sua mensagem:
    (a) Bases americanas na Colombia: sinceramente, nao vejo como isto seja uma ameaca ao Brasil e acredito que este e um tema de competencia interna da Colombia, pais que luta, ha decadas, contra grupos guerrilheiros que ameacam a integridade institucional do pais. Vejo o tema como assunto de competencia soberana do governo da Colombia, da mesma maneira que foi o tema da instalacao de bases americanas no nordeste do Brasil e a presenca de tropas americanas no Brasil durante a II Guerra Mundial. Vejo o argumento que o Brasil esta sendo “cercado por tropas americanas que serao utilizadas para intervencoes na regiao” como retorica populista e com claro fundo ideologico.
    (b) IV Frota: nao vejo isto como ameaca ao Brasil e ao pre-sal, da mesma maneira que nao vejo a China reclamando da presenca da 7 Frota americana ameacando seus interesses na regiao onde foi descoberto petroleo e localizada na regiao das ilhas Spratyl, disputada entre China, Vietna e Filipinas. A menos que voce tenha alguma informacao em contrario, jamais vi qualquer declaracao americana contestando a legitimidade da soberania brasileira sobre a area do pre-sal. Vejo isto como retorica populista e ideologica.
    (c) Venezuela: o pais e governado por um presidente que, sem mesmo ter um passado que lhe poderia dar inclusive mais credibilidade como lider de esquerda, trata de impor um sistema politico que tolhe e reprime as instituicoes democraticas no pais. A Venezuela, desde a subida ao poder de Hugo Chavez, e um pais que tem provado, de maneira constante, que nao respeitara as garantias democraticas inseridas no Mercosul, pela mesma razao que ja as vem tolhendo ate agora. Veremos o que diz o Congresso do Paraguai sobre o tema. Outro tema que preocupa sobre a Venezuela e sobre esta recente investigacao judicial em andamento na Espanha sobre os vinculos entre as FARC e a ETA, supostamente facilitados pela Venezuela. Se isto for provado, a Venezuela tera muito que explicar a Espanha (sem falar na Colombia). Concordo com voce que o Brasil deve manter vinculos comerciais com um pais vizinho, mas nao acredito ser produtivo o forte e constante apoio politico dado ao governo do Chavez. Vejo o apoio politico a Venezuela como baseado em pura ideologia.
    (d) Maior parceiro commercial do Brasil: ao que me consta, a China foi efetivamente o maior mercado importador de produtos brasileiros em 2009, posicao que os E.U.A. devem reassumir em 2010 (vide http://www.desenvolvimento.gov.br/sitio/interna/noticia.php?area=5&noticia=9555 ). Os E.U.A. continuam a ser o maior parceiro economico absoluto do Brasil (importacoes e exportacoes).

    Concluindo, acredito que o Brasil tem MUITO a oferecer ao mundo, especialmente na America Latina, mas acredito que o crescimento politico do Brasil nao deve ser guiado por ideologia e de uma percepcao publica de “combate” nao so aos E.U.A. mas tambem as demais democracias. Nao acredito que esta seja uma visao maniqueista ou de uma luta contra o “Eixo do Mal”, ou muito menos de “submissao” politica ou de “visao colonial”. Acredito que e simplesmente uma visao do bom senso, sem amarras ideologicas, que deve nortear a politica de um pais jovem, rico, democratico, em periodo de grande expansao economica e que luta para ter um maior espaco politico no cenario internacional. Nada mais, nada menos. Abcs.

  16. Informando-se corretamente que país é o Irã, de sua história passada e recente vê-se que é bem melhor que outros ‘países corretos’ que lambem os pés, quer dizer, se alinham com o ‘eixo do bem’…
    Vê-se uma nação islâmica muito mais tolerante (os líderes israelitas no Irã criticaram a negação do holocausto, sem que nada lhes ocorresse) que a maioria das demais, uma economia pujante e diversificada, uma excelente nível tecnológico.
    Uma nação milenar que tem por tradição abrigar as ciências e as letras.
    Está agora sendo cercada e sufocada, apenas devido ao petróleo que possui, que é ‘estratégico’ para a Europa (que não tem muitos recursos) e para os EUA (que quer mandar em tudo).
    Isso já ocorreu recentemente, nos anos 40/50 do séc.XX. A atualidade é um ‘replay’ ou um ‘remake’ da situação dos anos 50…
    Sabe-se que o Irã não tem bombas nucleares. Mesmo que queira ter (isso não é crime), mesmo que planeje ter (também não é crime), mesmo que pesquise e tenha um projeto em andamento (isso também não é crime), até fazer, vai tempo. Tais coisas não se escondem. Todo mundo sabe que não se camufla um projeto nuclear, pois tem de efetuar teste e o teste NÃO tem como esconder.
    Existem muitas possibilidades de dialogo sim.
    Além de que é um absurdo, nações como a Inglaterra, França, EUA, condenarem uma outra por algo ‘bandido (nukes)’ que o condenado NÃO TEM, enquanto o condenador TEM.
    Somente o FANATISMO pode aceitar tal situação como ‘fato defensável’.

    E deve-se sufocar e cercear os povos por palavras de seus governantes? Ou de algum representante de sua sociedade?
    Condenações internacionais por AÇÕES governamentais, ainda se entende.
    Condenou-se Saddam Hussein pelo genocídio contra os curdos (entre outros crimes) mas o Iraque foi ‘invadido’ e destruído por algo que não existia.
    Condena-se Cuba pelo que acorre com opositores ao regime, não porque Cuba pretende instalar o socialismo no mundo.
    Quando os EUA foram responsabilizados por torturar prisioneiros (no Iraque), condena-se por isso, não por pretender hegemonia no mundo.
    Condenam-se os nazistas (até hoje tem uns levados aos tribunais) pelo que fizeram, não pelas besteiras que propalam (e a Europa é, além do berço, um deposito enorme dessa escória).
    O argumento de quem condena o Irã é exatamente do mesmo tipo, embora oposto em sentido, do argumento do fundamentalismo islâmico para justificar os ataques que cometem.
    O Irã deve ser condenado por negar o holocausto? Mas onde foi que surgiu essa negação? Já se perguntaram? Foi no anti-semitismo IMENSO que existe e sempre existiu na Europa toda.
    O Irã tem pena de morte? Vários estados norte-americanos também.
    O Irã tem fanáticos religiosos? O Opus Dei é tão liberal, não? E os fundamentalistas cristãos pelo mundo, são melhores? Talvez ainda não tenham oportunidade, mas pregam o mesmo tipo de estado que os islâmicos. Aliás, ambas religiões são muito parecidas, e professam o mesmo Deus.
    O Irã quer destruir Israel? Qual das nações islâmicas da região não quer? Essa ladainha é ouvida lá tem décadas, mesmo as ‘aliadas’ do ocidente rezam esse credo. Israel tem como se defender muito bem (de todos juntos, provavelmente) e retaliar muito duramente, não precisamos ‘cuidar’ de Israel.
    Irã tem programa nuclear? Mutas nações têm, inclusive nós.
    O ‘crime’ iraniano é enriquecer urânio? Nos também fazemos isso…
    Mas ,horror dos horrores, o irã enriquece urânio a 20%…para produzir fármacos em um reator. Nós vamos enriquecer urânio, a 20%, para um reator-propulsor de uma arma, que é um submarino nuclear.
    E o Brasil tornou-se também um ‘pária execrável’ por não ter dito ‘amém’ ao coro das ‘nações do bem’ (como se isso existisse…)?
    Afinal, o interesse delas é ‘melhor’,’superior’ ao do Brasil. Como nação ‘latrino’-americana, devia sempre curvar-se aos superiores…
    Ou dizer sim, para não ‘confrontar’ os EUA (isso parece até ‘temor de Deus’, não podemos confronta-Los)…que pouco se lixam para nossas confrontações, pouca ou nenhuma diferença isso fará para o poderio que são, embora faça sim diferença para nós.
    Nós temos que ter relações igualitárias com quem queremos ter negócios, pois não dispomos de porta-aviões carregados de mísseis e aviões portando nukes, nem de milhões de jovens bem armados a balear pessoas mundo afora, para ‘convencer’ outros povos dos nossos ‘bons’ propósitos.

  17. Olha…
    Eu realmente queria entender por que colocam tanto que nós estamos automaticamente indo contra tudo que o EUA e Europa dizem…

    Somos parceiros comerciais deles, e estes lugares continuam sendo de AMPLO interesse turístico brasileiro, logo esse discurso de “anti-americanismo” é uma bobagem, a gente come cultura americana dia e noite (e literalmente come mesmo, pois o MCdonald’s vende demais aqui, e o Brasil é um dos mais sustentaculos dessa franquia), tomamos coca-cola às tampas! E somos tão anti-americanos assim?

    Eu não sou… sinceramente não, pois eu como a cultura deles e não me importo em nada com isso…
    Vejo filmes Holywoodianos com frequência que criticam em muito as decisões tomadas lá, aliás… Se formos reparar bem, a opnião pública americana só defende essas confusões internacionais até a hora do conflito começar, por que logo depois ela muda de idéia, legal né?

    Eu prefiro que o conflito nem aconteça, acho que a maioria da nossa população também, e olha só, não é o nosso sangue que seria derramado lá, EM ÚLTIMA hipotese pode-se até dizer que estamos evitando derramamento de sangue americano e europeu e somos “anti-americanos”?

    A minha boina não é vermelha, nem azul e branca, não é só branca também, ela é verde-amarela e ponto e nem dou dos mais nacionalistas, afinal não quero terminar minha vida como um velho louco…

    Só não quero é ver mais confusão ainda mais em cima de um oriente médio onde eles mesmos não se entende, e aí vem gente de fora para que eles além de não se entenderem não se entendam nunca com o resto do mundo!

    Os países democráticos criaram um país no meio do nada e com terras que não eram deles, e aí começou boa parte da confusão, agora… É correr atrás de limpar a cagada de tempos em tempos e isso é o que história mostra, não houve uma década sequer de paz naquele lugar desde os anos 50.

    No final, eu não acho nem um pouco justo, os iranianos pagarem por aquilo que não é culpa deles… Por que você vai punir a população (por que essas sanções não afetam a classe dominante que dá um jeito de ter seus carros de luxo e aquilo que quiserem), por que um povo tem que sofrer com sanções e depois eventualmente com um conflito se a culpa não é deles?

  18. Também acho muito ‘estranho’ essa ‘preocupação’ com a posição brasileira com relação às sanções contra Irã.
    É uma posição equilibrada, pois pode-se sim negociar mais.
    Vejam o absurdo: querem que o Irã ENTREGUE seu urânio para ser enriquecido (além dos 5%) fora, receba dai UM ANO, e ainda pague pelo que pode ele mesmo fazer.

    Temos um programa nuclear também, que também sofre pressões, há tempos.
    Recentemente, no final de 2009, durante o “Seminário Internacional sobre Não-Proliferação Nuclear e Desarmamento: O Futuro do TNP”, realizado pelo CEBRI, vimos o tipo de coisa que se avizinha de nós.

    Afirmações tipo
    ‘Não há justificativa econômica para o Brasil prosseguir o enriquecimento de urânio.’ de um tal Joseph Cirincione,

    ou então

    “Afirmar que o Brasil proíbe em sua Constituição o desenvolvimento de armas atômicas não é mais suficiente ” do belga Pierre Goldschmidt, ex-diretor de Salvaguardas da AIEA e atual pesquisador da Fundação Carnegie na Bélgica,

    dão bem a medida do que nos espera.

    Essa AIEA, uma ‘guarda pretoriana’ das nações nucleares, chegou a exigir a retirada de circulação de um livro (‘A Física dos Explosivos Nucleares’ do físico Dalton E. G. Barroso) sobre o assunto. Curioso que a diplomacia brasileira tendia a concordar, quem disse não foi o min.da Defesa.
    É natural que ‘questões nucleares’ nos sejam afeitas, principalmente porque as ‘ações internacionais’ visam cercear (ou até extinguir) qualquer programa nuclear de qualquer nação, exceto algumas poucas do ‘primeiro mundo’ (todos as demais nações da Terra pagariam aos ‘ricos’ para ter combustível nuclear. Muito interessante, não?).
    Se conseguirem sucesso contra o Irã, vão se voltar mais intensamente ainda contra o nosso programa.

    E continuarão a ‘espremer’ o Irã, por qualquer outro motivo, pois o que importa é o petróleo iraniano. Já fizeram essas coisas e nos anos 50, EUA/Inglaterra (principalmente) colocaram um ditador chamado Reza Phalevi (filho) no poder por mais de 20 anos (até 1979).

    E tem gente que acha que essa questão refere-se a ‘bons princípios’ contra ‘nações párias’…

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