A Venezuela deveria ajudar a Colômbia a confrontar a ameaça transnacional da guerrilha Farc, que naturalmente se alia a outros grupos armados ilegais, disse uma importante autoridade dos Estados Unidos nesta quinta-feira.
Na opinião de Frank Mora, subsecretário assistente de Estado dos EUA para o Hemisfério Ocidental, o governo de Hugo Chávez não realiza um “esforço sustentado” para combater a presença da guerrilha na fronteira com a Colômbia.
“Há um problema na fronteira e ele exige que o governo venezuelano confronte o desafio da mesma forma que os colombianos têm feito”, disse Mora à Reuters. “Os colombianos ficariam mais do que felizes em trabalhar com os venezuelanos.”
Chávez costuma contestar as acusações de rivais internos e externos de que presta ajuda a grupos como as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), mais antiga guerrilha em atividade na América Latina. Mas ele diz também que não é responsabilidade sua confrontar os “vazamentos” do conflito interno da Colômbia.
As declarações de Mora ocorrem depois de um juiz espanhol acusar Caracas de facilitar contatos entre as Farc e a guerrilha basca ETA. Chávez negou as acusações, que disse serem parte de um complô norte-americano para desacreditar o seu regime socialista.
“Não posso falar especificamente sobre a relação entre o ETA e as Farc, mas não deveríamos nos surpreender pela colaboração, coordenação e somatória de recursos entre organizações terroristas”, afirmou Mora
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