O governo peruano adquiriu um lote de 18 mísseis antiaéreos MANPADS (Man-Portable Air-Defense Missiles) QW-18 Vanguard orientados por radiação infra-vermelha da CPMIEC (China National Precision Machinery Export Corporation). O valor do negócio é de US$ 1,4 milhão.
O QW-18 é disparado por um sistema de lançamento portátil desenvolvido a partir de modelos ocidentais e possui características hibridas de 3ª e 4ª gerações, guardando similaridades com o míssil ANZA, desenvolvido pelo Paquistão. Com 1,47 m de comprimento, 71 mm de diâmetro e pesando 10 kg sem o lançador, o artefato pode alcançar velocidades de até 600 m/s (2.160 km/h) no modo de perseguição e atingir alvos entre 500 e 5.000 m distantes.
O míssil chinês está equipado com um buscador infra-vermelho de dupla banda que o permite rastrear o alvo não só pelo calor emitido, mas também pela variação de temperaturas em sua superfície. As melhoras, segundo o fabricante, refinaram a capacidade da arma em voo sobre terrenos que tendem a confundir seus dispositivos de orientação.
Fontes peruanas afirmam que os QW-18 adquiridos serão entregues à 1ª Brigada de Forças Especiais (1ª B.F.E.), sediada na área de operações anti-terroristas conhecida como Valle de los rios Apurimac y Ene (VRAE), no norte do país. Essa corporação do Exército dedica-se, principalmente, ao combate contra o grupo guerrilheiro e narcotraficante Sendero Luminoso, cuja ação se desenvolve em regiões dominadas por densa floresta. Porém, acredita-se que o verdadeiro destino da arma seja outra unidade, já que o Sendero Luminoso não utiliza aeronaves em suas atividades.
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