Os 20 anos sem URSS

 

 
 

 

Sugestão: Iliya Ehrenburg
 

 

 

Por Marco Antonio L.

No Vermelho.org

O fim da URSS e o século 21*

Higinio Polo, no ODiario.info

Tradução: Guilherme Coelho

O desaparecimento da União Soviética é uma das três questões-chave que explicam a realidade no século XXI. As outras duas são o reforçar dos chineses e o início da decadência norte-americana. E essa decadência, neste contexto, ameaça conduzir o mundo a uma tragédia global.

O desaparecimento da União Soviética é uma das três questões chave que explicam a nossa realidade no século XXI. As outras duas são o reforçar dos chineses e o início da decadência norte-americana. A dissolução da União Soviética precipitou-se na atmosfera de crise e de confronto que se apoderou da vida soviética nos últimos anos do governo de Gorbatchev, ainda que este tenha encabeçado um processo de renovação (no início, exigindo um retorno ao leninismo), levou a uma gestão desastrosa de governo e a uma torpe acção política que agravou a crise e facilitou a acção dos adversários do sistema socialista.

p>As disputas entre Yeltsin e Gorbatchev, o premeditado e apressado desmantelamento das estruturas soviéticas e da organização do Partido Comunista, foram acompanhadas por reivindicações nacionalistas, que começaram na Arménia e se espalharam como uma mancha de óleo por outras repúblicas da União, enquanto a crise económica se aprofundava, abastecimentos escasseavam e os laços económicos entre as diferentes partes da União começavam a ressentir-se. Os problemas enfrentados por Gorbatchev eram muitos, e a sua administração piorou-os: a aspiração por maior liberdade, face ao autoritarismo soviético, e um explosivo cocktail de más colheitas, inflação galopante, queda na produção industrial, a escassez de alimentos e medicamentos, escassez de matérias-primas, uma reforma monetária dirigida pelo incompetente Valentin Pavlov em Janeiro de 1991, juntamente com as ambições pessoais de muitos líderes políticos, bem como as distorções na economia socialista e o ajuste da nova economia privada, aumentaram o mau estar da população.

 

Em Maio de 1990, Yeltsin tornou-se presidente do parlamento (Soviete Supremo) da Federação da Rússia, anunciando a intenção de declarar a soberania da república russa, contribuindo assim para o aumento da tensão e das pressões de ruptura, com que já avançavam os dirigentes das repúblicas bálticas. Pouco depois, em Junho de 1990, o Congresso dos Deputados da Rússia aprovou uma “declaração de soberania”, que proclamava a supremacia das leis russas sobre as soviéticas. Foi um torpedo na linha de água do grande navio soviético. Surpreendentemente, a declaração foi aprovada por 907 deputados a favor e apenas 13 votaram contra. Em 16 de Junho, o parlamento russo, por proposta de Yeltsin, anulou o papel dirigente do Partido Comunista. Egor Ligachev, um dos líderes da oposição a Yeltsin e à deriva de Gorbatchev, afirmava que o processo que estava sendo seguido era perigoso e levava ao “colapso da URSS.” Eram palavras proféticas. Yeltsin, já depois de liquidada a União, converteu em 1992 essa data em feriado nacional russo, enquanto os comunistas hoje a consideram justamente um “dia negro” para o país.

As tensões nacionalistas desempenharam um papel importante na destruição da URSS; por vezes com obscuras operações que a historiografia ainda não abordou de forma rigorosa. Um exemplo pode ser suficiente: em 13 de Janeiro de 1991 houve um massacre frente á torre de televisão de Vilnius, capital lituana. Treze civis e um militar do KGB foram mortos, e a imprensa internacional classificou o incidente como “brutal repressão soviética”, como manchete de muitos jornais. O Presidente George Bush criticou a actuação de Moscovo, e a França e a Alemanha, bem como a NATO, pronunciaram duras palavras de condenação: o mundo ficou horrorizado com a violência extrema do governo soviético, enfrentando o governo nacionalista lituano que controlava nessa época o Sajudis, liderado por Vytautas Landsbergis. Sete dias depois, em 20 de Janeiro, uma maciça manifestação em Moscovo exigia a renúncia de Gorbatchev, enquanto Yeltsin o acusava de incitar o ódio nacionalista, acusação obviamente falsa. Uma onda de protestos contra Gorbatchev e o PCUS, e em solidariedade com os governos nacionalistas bálticos, sacudiu muitas cidades da União Soviética.

No entanto, sabemos agora que, por exemplo, Audrius Butkevicius, membro do Sajudis e responsável da segurança no governo nacionalista lituano, e depois ministro da Defesa, se vangloriou perante a imprensa pelo seu papel na preparação desses eventos, a fim de desacreditar o exército soviético e o KGB; chegou a reconhecer que sabia que ocorreriam vítimas nesse dia ante a torre de televisão, e também sabemos agora que os mortos foram provocados por franco-atiradores nos telhados de edifícios e não receberam tiros em trajectória horizontal, como seria o caso se tivessem sido atacados pelas tropas soviéticas que estavam na entrada da torre de TV. Butkevicius reconheceu anos após os factos que membros do DPT (Departamento de Protecção do Território, o embrião do exército criado pelo governo nacionalista) colocados sobre a torre de televisão dispararam para a rua. Não se trata de desenvolver uma teoria da conspiração para a queda da URSS, mas as provocações e planos de desestabilização existiram. Assim como as tensões nacionalistas, de modo que estas provocações actuaram em solo fértil, excitando a paixão e os confrontos.

Em Março de 1991, neste clima de paixões nacionalistas, ocorreu o referendo sobre a preservação da URSS. Os governos de seis repúblicas recusaram-se a organizar a consulta (as três bálticas que haviam declarado a sua independência, embora não efectiva; e da Arménia, Geórgia e Moldávia), apesar de que oitenta por cento dos eleitores soviéticos participaram, e os resultados deram uma percentagem de apoiantes da conservação de 76,4 e de 21,4 que votaram negativamente, valores que incluem as repúblicas onde o referendo não se verificou. O esmagador resultado favorável à manutenção da URSS foi ignorado pelas forças que trabalhavam para a ruptura: os nacionalistas e os “reformadores”, que já controlavam grande parte das estruturas de poder, bem como instituições russas. Yeltsin, como presidente do parlamento russo, praticava um jogo duplo: não se opunha publicamente à manutenção da União, mas activamente conspirava com outras repúblicas para destruí-la. De facto, uma das razões, se não a mais importante, do referendo de Março de 1991 foi a tentativa do governo central de Gorbatchev para limitar a voracidade dos círculos dirigentes de algumas repúblicas e, acima de tudo, para travar a louca corrida de Yeltsin para o fortalecimento de seu próprio poder, para o que precisava de destruir o poder central representado por Gorbatchev e o governo soviético. Sem esquecer que, neste clima de confusão e descontentamento, a demagogia de Yeltsin ganhou muitos seguidores.

Assim, antes da tentativa de golpe no verão de 1991, Yeltsin reconheceu em Julho a independência da Lituânia, numa clara provocação ao governo soviético a que Gorbatchev foi incapaz de responder. Os dirigentes das repúblicas queriam consolidar o seu poder, sem ter que prestar contas ao centro federal, e para isso precisavam da ruptura da União Soviética. Um sector dos partidários da manutenção da URSS facilitou com a sua torpeza o avanço das posições da coligação tácita entre os nacionalistas e os “reformadores” liberais, que também eram apoiados pelos partidários do sector da economia privada que floresceu sob Gorbatchev, e inclusive do mundo do crime, que farejava a possibilidade de alcançar magníficos negócios, para não mencionar os líderes do PCUS, como Alexandr Yakovlev, que trabalhavam activamente para destruir o partido. Um dia antes do dia fixado para a assinatura do novo Tratado da União, os golpistas avançaram com um denominado Comité Estatal para a situação de emergência na URSS. O comité contava com o vice-presidente Gennady Yanaev, o primeiro-ministro Pavlov, o ministro da Defesa, Yazov, presidente do KGB Kryuchkov, o ministro do Interior Boris Pugo, e outros dirigentes como Baklanov e Tiziakov. O fracasso do golpe de Agosto de 1991, impulsionado por sectores do PCUS em oposição à política de Gorbatchev, serviu de detonante para a contra-revolução e incentivou as forças que defendiam, ainda que sem o formularem, a dissolução da URSS.

A improvisação dos golpistas, apesar de contarem com chefe da KGB e o ministro da Defesa, chegou ao extremo de anunciar o golpe antes de porem em movimento as tropas que supostamente os apoiavam; nem sequer fecharam os aeroportos, nem tomaram os meios de comunicação, nem detiveram Yeltsin e outros dirigentes reformistas e a imprensa internacional pode movimentar-se à vontade. Os serviços secretos dos EUA confirmaram a incrível improvisação do golpe, e a ausência de movimentos de tropas importantes que pudessem apoiá-lo. Na verdade, a estupidez dos golpistas tornou-se a principal via dos sectores anticomunistas que acabaram com a URSS: ainda que pretendessem o contrário, sua acção, como a de Gorbatchev, facilitou o caminho aos partidários da restauração capitalista.

A seguir ao fracasso do golpe, Yeltsin voltou novamente a adiantar-se: a 24 de Agosto reconhecia a independência da Estónia e da Letónia. E não foi só Yeltsin, que iniciou os passos para a proibição de comunismo: também Gorbachev incapaz de lidar com as pressões da direita. Em 24 de Agosto de 1991, Gorbachev anunciava a sua renúncia como secretário-geral do PCUS, a dissolução do Comité Central do partido, e a proibição da actividade das células comunistas no exército, no KGB, e no Ministério do Interior, assim como o confisco de seus bens. O PCUS ficava sem organização e recursos. Não havia travão para a revanche anticomunista. Yeltsin já havia proibido todos os jornais e publicações comunistas. A fraqueza de Gorbachev era evidente, a ponto de Yeltsin, presidente da república russa, ser capaz de impor ministros de sua própria confiança ao próprio presidente soviético nos ministérios da defesa e interior, fundamentais na situação crítica do momento. Yeltsin já tinha proibido o PCUS na Rússia e apreendido os seus arquivos (na verdade, esses arquivos eram os arquivos centrais do partido comunista), e outras repúblicas seguiram o exemplo (Moldávia, Estónia, Letónia e Lituânia apressaram-se a proibir do Partido Comunista e solicitar aos Estados-Unidos o apoio para a sua independência), enquanto o “reformista” presidente da Câmara de Moscovo apreendia e lacrava edifícios comunistas na capital. Por sua parte, Kravchuk anunciava em 24 de Agosto o abandono de suas posições no PCUS e no Partido Comunista da Ucrânia. Yeltsin, que contava com um importante apoio social, abstinha-se cuidadosamente de revelar a sua intenção de restaurar o capitalismo.

A desenfreada corrida para o desastre continuou durante os últimos meses de 1991. O referendo realizado na Ucrânia em 1 de Dezembro de 1991 contava com o controle do aparelho de Kravchuk, até poucos meses o secretário comunista da República, reconvertido em nacionalista, campeão da independência ucraniana. Na sequência dos resultados, no dia seguinte, Kravchuk anunciou a sua recusa em assinar o Tratado de União com as outras repúblicas soviéticas. Kravchuk foi o protótipo do perfeito oportunista, pronto a adoptar qualquer ideologia para manter o seu papel: em Agosto de 1991 com a tentativa de golpe contra Gorbachev, não deixou clara a sua posição, nem apoiou Yeltsin nem Gorbachev, mas após o fracasso adoptou uma posição nacionalista, abandonou o Partido Comunista e lançou-se a reivindicar a independência da Ucrânia. Ele era um profissional do poder, que intuiu os acontecimentos, e tendo sido eleito presidente do parlamento ucraniano em 1990 pelos deputados comunistas, após o fracassado golpe, deixou as fileiras comunistas. Então, tudo se precipitava. Se alguns meses antes, em 17 de Março de 1991, a população ucraniana tinha amplamente apoiado a conservação da URSS (83% votaram a favor e apenas 16% contra) a campanha maciça do poder controlado por Kravchuk conseguiu o milagre de que, oito meses depois, a população ucraniana apoiasse a declaração de independência do parlamento por 90%, com uma participação de 84%.

Yeltsin anunciou como pretexto, que se a Ucrânia não assinava o novo Tratado da União, a Rússia também não o faria: era a explosão descontrolada da URSS. Por trás, havia um activo trabalho ocidental: dois dias depois do referendo da Ucrânia no dia 1 de Dezembro, Kravchuk conversava com Bush sobre o reconhecimento da independência pelos EUA: ainda que Washington mantivesse a cautela oficial nas relações com Moscovo, a sua diplomacia e os seus serviços secretos trabalhavam activamente apoiando as forças da ruptura. Também a Hungria e a Polónia, já convertidos em estados satélites de Washington, reconheciam Ucrânia. Yeltsin fez o mesmo, já lançado na destruição da URSS. Imediatamente foi lançado um plano para dissolver a União Soviética numa operação protagonizada por Yeltsin, Kravchuk e o bielorrusso Shushkevich em 8 de Dezembro de 1991, reunidos na residência de Viskulí na Reserva Natural de Belovezhskaya Pushcha, na Bielorrússia, onde proclamaram a dissolução da URSS e correram a informar George Bush para obter a sua aprovação. Faltam investigar muitos aspectos dessa operação, embora os personagens vivos, como Shushkevich, insistam em que não estava preparada com antecedência a dissolução da URSS, que foi decidida no momento. O Presidente bielorrusso foi encarregado de relatar a um Gorbachev impotente e ultrapassado pelos acontecimentos, que sabia que ia celebrar-se a reunião de Viskulí, e se fez participante, para agrado de George Bush. A rápida sucessão de eventos, com a assinatura em Alma-Ata, em 21 de Dezembro, por onze repúblicas soviéticas da criação da CEI e a renúncia de Gorbachev, quatro dias depois, com a retirada simbólica da bandeira vermelha soviética do Kremlin, marcaram o fim da União Soviética.

Numa disparatada corrida de reivindicações nacionalistas, muitas forças políticas que tinham crescido ao abrigo daperestroika reivindicavam soberania e independência, argumentando que a sua república iria começar um novo caminho de prosperidade e progresso, sem as alegadas hipotecas que implicavam a adesão à União Soviética. Desde o Cáucaso às repúblicas Bálticas, passando pela Ucrânia, Bielorrússia e Moldávia, e com a excepção das repúblicas da Ásia Central, a maioria dos protagonistas foram rápidos a quebrar os laços soviéticos… para se apoderar do poder nas suas repúblicas. A aliança tácita entre sectores nacionalistas e liberais (que supostamente deveriam iluminar de liberdade e prosperidade), velhos dissidentes, altos funcionários do Estado e directores de fábricas e combinados industriais, oportunistas do PCUS, dirigentes comunistas reconvertidos à pressa para manter o seu estatuto (Yeltsin já o tinha feito, e foi seguido por Yakovlev, Kravchuk, Shushkevich, Nazarbayev, Aliyev, Shevardnadze, Karimov, etc.), sectores comunistas desorientados, e ambiciosos chefes militares dispostos a tudo, até mesmo a trair os seus juramentos, para se manter na escala ou dirigir os exércitos de cada república, confluíram no esforço de demolir a URSS.

Com todo o poder em suas mãos, e com o Partido Comunista desarticulado e proibido, Yeltsin e os líderes das repúblicas lançaram-se na recolha dos despojos, nas privatizações selvagens, no roubo da propriedade pública. Não havia freios. Depois, para esmagar a resistência à deriva capitalista, seria o golpe de Yeltsin em 1993, inaugurando avia militar para o capitalismo, a sangrenta matança nas ruas de Moscovo, o bombardeio do Parlamento (algo sem precedentes na Europa pós-1945, que chocou o mundo, mas que foi apoiado pelos governos de Washington, Paris, Berlim e Londres) e, finalmente, a manipulação e roubo nas eleições de 1996 na Rússia, que foram ganhas pelo candidato do Partido Comunista, Gennady Zyuganov.

A destruição da URSS tornou milhões de pessoas pobres, destruiu a indústria soviética, desarticulou completamente a complexa rede científica do país, destruiu a saúde e educação públicas, e levou à eclosão de guerras civis em várias repúblicas, muitas das quais caíram nas mãos de déspotas e ditadores. É verdade que havia uma insatisfação evidente entre uma grande parte da população soviética, que teve suas raízes nos anos de repressão estalinista e que foi agravada pelo controle obsessivo da população, e ainda mais, pela desorganização progressiva e falta de alimentos e suprimentos que caracterizou os últimos anos sob Gorbachev, mas a dissolução piorou todos os males. Essa parte da população estava predisposta a acreditar nas mentiras que percorriam a URSS, muitas vezes recolhidas na comunicação ocidental.

Nas análises e na historiografia que se foi construindo nos últimos vinte anos tem sido um lugar-comum questionar sobre as razões para a falta de resposta do povo soviético perante a dissolução da URSS. Vinte anos depois, a visão de conjunto é mais clara: o aprofundamento da crise paralisou grande parte das energias do país, as disputas nacionalistas colocaram o debate nas supostas vantagens da dissolução da União (todas as repúblicas, incluindo a russa, ou pelo menos os seus dirigentes, proclamavam que o resto se aproveitava dos seus recursos, fossem quais fossem, agrícolas ou mineiros, industriais ou de serviços, e que a separação iria superar a crise e o início de uma nova prosperidade), e as ambições políticas de muitos dirigentes (novos ou velhos) passava pela criação de novos centros de poder, novas repúblicas. Além disso, ninguém poderia organizar a resistência, porque as principais lideranças do Estado encabeçavam a operação de desmantelamento, de forma activa como Yeltsin, ou passiva, como Gorbachev, e o Partido Comunista tinha sido declarado ilegal e as suas organizações desmanteladas. O PCUS tinha sido confundido durante anos com a estrutura do Estado, e essa condição dava-lhe força, mas também fraqueza: quando foi proibido, os seus milhões de militantes ficaram órfãos, sem iniciativa, muitos deles expectantes e impotentes diante das mudanças rápidas que sucediam.

No passado, esses líderes oportunistas (como Yeltsin, Aliev, Nazarbayev, o presidente do Cazaquistão desde o desaparecimento da URSS, cuja ditadura acaba de proibir a actividade do novo Partido Comunista do Cazaquistão) tiveram que agir dentro do âmbito de um partido único na URSS e sob leis e uma Constituição que os obrigou a desenvolver uma política favorável aos interesses populares. O colapso da União mostrou o seu verdadeiro carácter, tornando-os protagonistas da pilhagem de propriedade pública, e da criação de regimes repressivos, ditatoriais e populistas… que receberam imediata compreensão dos países capitalistas ocidentais. Numa sinistra ironia, os dirigentes que protagonizaram o maior roubo da história eram apresentados pela imprensa russa e ocidental como “progressistas” e “renovadores”, enquanto aqueles que tentavam salvar a URSS e manter as conquistas sociais da população eram apresentadas como “conservadores” e “imobilistas”. Esses “progressistas” iriam lançar-se depois num saque frenético da propriedade pública, roubo às mãos cheias, porque os “libertadores” e “progressistas” iam ao leme da maior fraude na história e de um massacre de dimensões assustadoras, não só pelo bombardeamento do Parlamento, mas também porque essa operação de engenharia social, a privatização selvagem, causou a morte de milhões de pessoas.

Um aspecto secundário, mas relevante devido às suas implicações para o futuro, é a questão de quem ganhou com o desaparecimento da URSS. Desde logo, não foi o povo soviético, que, vinte anos depois, continua abaixo dos níveis de vida a que ele tinha chegado na URSS. Três exemplos bastam: a Rússia tinha 150 milhões de habitantes, e agora só tem 142; a Lituânia, que contava em 1991, com 3.700.000 habitantes, tem agora apenas dois milhões e meio; a Ucrânia, que atingiu os 50 milhões, hoje tem apenas 45. Além dos milhões de mortes, a expectativa de vida caiu em todas as repúblicas. O desaparecimento da URSS foi uma catástrofe para a população, que caiu nas mãos de criminosos, de sátrapas, de ladrões, muitos deles agora convertidos em “respeitáveis empresários e políticos.” Os Estados Unidos apressaram-se a declarar vitória, e tudo parecia indicar que assim tinha sido: o seu principal adversário ideológico e estratégico tinha deixado de existir. Mas, se Washington ganhou então, a sua desastrosa gestão de um mundo unipolar deu início á sua própria crise: seu declínio, embora relativo, é um facto, e sua retirada militar do mundo vai aumentar, apesar dos desejos de seus governantes.

Vinte anos depois, a União Soviética permanece na memória dos cidadãos, tanto entre os veteranos, como entre as gerações mais jovens. Olga Onóiko, uma jovem escritora de 26 anos, que ganhou o prestígio prémio Debut, disse (com uma ingenuidade que também revela a consciência de uma grande perda) alguns meses atrás: ” A União Soviética aparece na minha mente como um grande e belo país, ensolarado e festivo, o país do meu sonho de infância, com um céu azul claro e acenando bandeiras vermelhas.” Enquanto isso, Irina Antonova, uma mulher excepcional de 89 anos, directora em exercício do famoso Museu Pushkin, em Moscovo, acrescentava: “A época de Estaline foi um momento difícil para a cultura e para o país. Mas também vi como muito depois se perdeu um grande país de uma maneira involuntária e desnecessária. […] Às vezes digo a mim mesma que só quero ir para um outro mundo depois de ter voltado a ver os ramos verdes de algo novo, algo realmente novo. Um Picasso que transforme essa realidade a partir da arte, da beleza e da emoção humana. Mas a cultura de massas tem devorado tudo. Baixou o nosso nível. Apesar de ir passar. É apenas um mau momento. E sobreviveremos a ele.”

Rebelión publicou este artigo com a permissão do autor através de uma licença da Creative Commons,http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/2.5/es/ respeitando a sua liberdade de publicar em outros lugares.

Fonte: LuisNassif Online

30 Comentários



  1. comunismo não é bom nem no papel… !

    capitalismo ao menos diferencia os que vão a luta dos que ficam esperando bolsa família…Fato !

  2. A URSS veio para provar q tudo é possivel…. até revoluções verdadeiramente populares….o povo se unindo… Tem gente q fala em povo só quando convem, mas quando o povo se manifesta, ai chama de baderna…
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    A URSS se foi, mas a Russia ficou !!!!!!!

  3. pra cima delesssss . Hackers
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    Mundo: Hackers afirmam ter invadido e derrubado site da CIA
    Sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012 – 22h43

    A página da CIA, o Serviço de Inteligência dos Estados Unidos, saiu do ar, nesta sexta-feira. O grupo de hackers Anonymus postou no twitter uma mensagem dizendo ter atacado os computadores da entidade.
    Os piratas virtuais usaram a expressão “CIA Tango Down”, repetindo o termo usado pelo exército americano, quando um inimigo é abatido. Washington não se pronunciou.

    Na semana passada, os mesmos hackers invadiram as páginas do FBI e da Scotland Yard. O “Anonymus” retirou os sites do ar e publicou uma conversa telefônica entre as agências, sobre investigações contra crimes cibernéticos.

  4. ANOS NEGROS
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    Há muitos que tem péssimas lembranças da quela época,onde a democracia e os direitos individuais eram vilipendiados.
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    Assim como aqui,há muitos incautos que sente saudades da época do chicote que fora a ditadura militar brasileira de 64;lá há também os “sem-noções” que suspiram de nostalgias a era medieval que fora a URSS.

  5. O fim da URSS se deu com o fracasso do modelo em promover para sua própria sociedade liberdades individuais, o fracasso econômico da então URSS foi acentuado com a guerra do Afeganistão e impossibilidade de fazer frente as políticas de expansão de gastos militares americanos promovidas por Reagan, para se ter uma idéia, os EUA subiriam o gasto com defesa de 5% do PIB para 6,5%; o que para fazer frente a URSS deveria subir os gastos de 20% de seu PIB para 26%, o que segundo Gorbachev transformaria o pais em um imenso presidio.
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    Já se foi, demorou, mais foi, e hoje, só sobraram as viúvas acendendo velas pelas lembranças que não voltam mais.

  6. ANOS NEGROS E TRISTE PARA CIVILIZAÇÃO
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    Há muitos que tem péssimas lembranças daquela época, onde a democracia e os direitos individuais eram vilipendiados.
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    Assim como aqui, há muitos incautos que sente saudades da época do chicote que fora a ditadura militar brasileira de 64; lá há também os “sem-noções” que suspiram de nostalgias a era medieval que fora a URSS.
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    Estes sentem saudades desta época porque eram felizes,provavelmente se locupletara ; “mamando nas tetas do estado”.
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    Com uma oligarquia de burocratas, que é comum em toda as ditadura,onde havia e ainda há,os cabides de emprego para os ”pistolões”,não contemplava a meritocrascia e sim, o apadrinhamento da politicagem,é isso o que mais se recente os incautos;os resquícios tóxicos de toda ditadura.
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    E assim premiavam os incompetentes e os sem-capacidade, como era e são ainda conhecidos os famosos marajás, que como pragas naquela época,era uma verdadeira epidemia; lá na URSS provavelmente havia e cá,no Brasil da época da ditadura,com certeza tinha.
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    Hoje são poucos, más como eu disse,estes são os resquícios tóxicos.

  7. E fando em trevas e passado negro.
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    **************(trechos do original)
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    As bombásticas revelações de Míster DOPS
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    Um agente da repressão pós-64 fala (muito) à repórter Marina Amaral: torturas, assassinatos, intimidades com mídia, os bancos, a CIA…
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    (*)Por:Marina Amaral, da Agência Pública
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    (…)“O Fleury estava em todas, se metia em tudo, perdi muitos ‘tiras’ para ele porque lá eles ganhavam mais, tinha um ‘por fora’”, contou na segunda entrevista. “Uma vez prendi um cara em um aparelho no Tremembé, e quando estava chegando no DOPS, o Fleury pediu o preso emprestado, não lembro o nome dele. Depois de dois dias sem notícias do preso, fui perguntar para o Fleury, e ele me pediu desculpas, tinha matado o cara que eu nem ouvi”, relata, como se fosse um contratempo na repartição. “Chegou uma hora que só ele que dominava. Só se falava dele”. (…)
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    (…)Além de treinar 100 mil policiais no Brasil, a OPS-CIA selecionava policiais e oficiais militares para estudar em suas escolas no Panamá (1962-1964); e nos Estados Unidos, depois que a Academia Internacional de Polícia (IPA) foi inaugurada em 1963 em Washington, funcionando até 1975. No Brasil, o OPS ficou até 1972, quando o Congresso americano começou a investigar as denúncias de que o programa patrocinava aulas de tortura. (…)
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    (*)fonte:vermelho
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    http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=175338&id_secao=1

  8. Eu não acredito que aqueles defendem a ditadura militar te a cara de pau de citar a URSS como simbolo de anos negros…
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    É MUITA CARA DE PAU !!!
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    ÓLEO DE PEROBA, JÁ !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

  9. é amigos. querendo ou nao a urss dava boa qualidade de vida ao seu povo, e defendia o estado — apesar da terrivel burocracia e do cerceamente dos direitos de opiniao.

    mas nao vou mentir, nao consigo imaginar países dominados por um partido. sem sua soberania ou seu direito de domar a economia como bem entender.

    outra coisa q agora, se provou com a experiencia, q modelos como a ue nao funcionam, pq sempre países pequenos sofrem diante das grandes econmias — o mesmo para acordos como nafta e alca, sao destrutivos aos pequenos países, e manutenodores de poder dos grandes.

    oq fazer? ora meus amigos, so o progresso dirá. espero sinceramente q esse nome ‘progresso’, volte a sua ascepção original, e consiga ser esquecido diante de alguns politicos como estes apresentados.

    nao vou mentir, muito do q v nesse belissimo artigo, parece muito com o fim da nossa ditadura e da formulação de partidos e politicos como o pmdb e o pfL.
    abraços.

  10. A revolução Russa foi financiada por capitalistas americanos e tinham um núcleo duro judeu liderado por Trotsky.
    Pesquisem esses nomes: Jacob Schiff, Felix Warburg, Otto Kahn, Mortimer Schiff e verão que tanto o capitalismo como o comunismo não passam de sistemas de controle,cada qual com suas vantagens e desvantagens(digo isso para que está no andar de cima porque o gado sempre se ferra).
    No fundo são farinha do mesmo saco.

  11. A Rússia nunca precisou de ser comunista, pois o país é muito grande e rico. Comunismo é para países pequenos, sem recursos econômicos, como Israel, Cuba, Holanda, Suíça,etc,ou super-populosos, como a China,Índia, Paquistão,Filipinas, Alemanha, Japão,etc. Não houve revolução comunista na Rússia, mas o confisco dos mais ricos.

  12. Os anos de chumbo … Não vi nada x nada. Em 1975 fui para o RS -Alegrete, num Batalhão Logístico. Os tenentes só queriam de saber de namorar. Fui visitar a Argentina. Estava no Uruguai, mas não pude passar, pois a Isabelita estava sendo presa. Eu nem sabia quem era a Isabelita.kkkkkkk. O meu quartel ficava a 100km da fronteira do Uruguai e da Argentina. Depois houve a revolução no Uruguai,e eu nem sabia de nada,e nem entramos de prontidão. O coronel que comandava o Batalhão Logístico disse que passaríamos a trabalhar 3 expedientes,para colocar as viaturas da Brigada rodando, pois havia 50% de indisponibilidade.E fazia frio. Eu era solteiro, não liguei, mas os casados reclamavam muito. Nunca vi um preso político, de nenhum país. Ouvia histórias de sargentos e cabos, dizendo que em 64 um quartel cercou outro em Alegrete, os oficiais brigaram com outros oficiais,oficiais ficaram com medo dos sargentos, e vice-versa. Na verdade,ninguém sabia de nada. Eu 64 eu tinha 11 anos de idade, e só me lembro do professor Coronel no Colégio Militar dizendo: Vocês não tem nem ideia do que está ocorrendo. Vi uns tanques passando na rua,e nada mais. No Batalhão que eu estava,ninguém se preocupava com revoluções. Nem se comentava nada. Um dia um tenente amigo meu comentou: Se os tupamaros tomarem o Uruguai,o Brasil poderá entrar lá dentro, a pedido dos EUA. Pensei … que legal, emocionante. Com 23 anos de idade, eu iria pensar o que ? Graças a Deus não houve nada.

  13. Os Anos de Chumbo ? Não vi nada x nada. Em 1975 fui para o RS -Alegrete, num Batalhão Logístico. Os tenentes só queriam de saber de namorar.Fui visitar a Argentina;estava no Uruguai,mas não pude passar, pois a Isabelita estava sendo presa. Eu nem sabia quem era a Isabelita kkkkkkk. O meu quartel ficava a 100km da fronteira do Uruguai e da Argentina. Depois houve a revolução no Uruguai,e eu nem sabia de nada,e nem entramos de prontidão.O coronel que comandava o Batalhão Logístico disse que passaríamos a trabalhar 3 expedientes, para colocar as viaturas da Brigada rodando, pois havia 50% de indisponibilidade. E fazia muito frio.Eu era solteiro,não liguei, mas os casados reclamavam muito. Nunca vi um preso político, de nenhum país. Ouvia histórias de sargentos e cabos, dizendo que em 64 um quartel cercou outro em Alegrete, os oficiais brigaram com outros oficiais; oficiais ficaram com medo dos sargentos, e vice-versa. Na verdade, ninguém sabia de nada.Eu 64 eu tinha 11 anos de idade, e só me lembro de um professor, coronel no Colégio Militar dizendo: Vocês não tem nem ideia do que está ocorrendo. Vi uns tanques passando na rua,e nada mais. No Batalhão que eu estava em Alegrete, ninguém se preocupava com revoluções, comunistas, guerrilheiros. Nem se comentava nada. Um dia um tenente amigo meu comentou: Se os tupamaros tomarem o Uruguai,o Brasil poderá entrar lá dentro, a pedido dos EUA. Pensei … que legal,emocionante. Com 23 anos de idade, eu iria pensar o que ? Graças a Deus não houve nada. Eu adorava em mexer em mecânica. Coloquei todo Batalhão Logístico sob rodas; mais de 50 viaturas e 4 carretas scania. O coronel me mostrou a foto de um scout-car israelense com morteiro 81 e pediu pra mim fazer a adaptação.Em 2 semanas ficou 100%. Aumentar o guindaste da carreta, colocar uma lavanderia em cima da scania, transformar o CC Sherman em guindaste,etc. Trabalhava dia e noite, mas adorava. Agora, vendo essas notícias de torturas e desaparecidos,fico curioso. Eu acho que o Major Curió já disse tudo.

  14. A Uniao Sovietica ate que durou mais do que era esperado. Ja estava fadada ao fracasso desde a derrota da classe operaria aleman nas suas varias tentativas de tomar o poder apos a primeira guerra mundia. Nao houve socialismo na Uniao Sovietica, porque a classe operaria russo, sendo uma minoria dentro do pais naso teve condicao de segurar o poder. Russia era um pais atrasado, o capitalismo la era recente, o proletariado minusculo em relacao ao resto da populacao. O socialismo so e viavel apos o sistema capitalista ter esgotado sua capacidade de expandir as forcas produtivas. Ja em 1920 estavsa claro para alguns bolsheviques que o capitalismo nao havia se esgotado, ainda podia expandir, principalmente se ele fosse capaz de manter a classe operaria subjugada. E isto o sistema foi capaz, atravez do fascismo e da mobilizacao do proletariado para matarem seus irmaos estrangeiros na segunda guerra mundial. Repito nao houve socialismo na Uniao Sovietica, muito menos comunismo. O que foi exposto como uma impossibilidade e a ideia de socialismo em pais isolado, a ideia de que um grupo de intelectuiais, podem trazer o socialismo para a classe operaria. Socialismo e tarefa para classe operaria unificada atingir, nao para grupo agir em seu nome. Obviamente os ideologistas do sistema capitalista usam a Uniao Sovietica como exemplo do que e um sistema socialista ou mesmo comunista. Dizem ate que Corea do Norte e comunista. Mas isso e parte da sua campanha ideologica contra a possibilidade de um sistema comunista real ocorrer. Pessoalmente, eu diria que no momento a possibilidade de comunismo no mundo e inexistente. O proletariado esta dominado pela ideologia de que nao ha alternativa para o sistema capitalista. Enquanto isso durar comunismo e adiado sine die

  15. a uniao sovietica se fingiu de morta para abraçar o coveiro .hoje eles estao negociando com o mundo todo ate os americanos compram armas deles integram os brics e etc e tal ,enquanto os estados unidos estao se isolando.

  16. O MITO DA CAVERNA DE PLATÃO

    Imaginemos uma caverna subterrânea onde, desde a infância, geração após geração, seres humanos estão aprisionados. Suas pernas e seus pescoços estão algemados de tal modo que são forçados a permanecer sempre no mesmo lugar e a olhar apenas para a frente, não podendo girar a cabeça nem para trás nem para os lados. A entrada da caverna permite que alguma luz exterior ali penetre, de modo que se possa, na semi-obscuridade, enxergar o que se passa no interior.

    A luz que ali entra provém de uma imensa e alta fogueira externa. Entre ela e os prisioneiros – no exterior, portanto – há um caminho ascendente ao longo do qual foi erguida uma mureta, como se fosse a parte fronteira de um palco de marionetes. Ao longo dessa mureta-palco, homens transportam estatuetas de todo tipo, com figuras de seres humanos, animais e todas as coisas.

    Por causa da luz da fogueira e da posição ocupada por ela, os prisioneiros enxergam na parede do fundo da caverna as sombras das estatuetas transportadas, mas sem poderem ver as próprias estatuetas, nem os homens que as transportam.

    Como jamais viram outra coisa, os prisioneiros imaginam que as sombras vistas são as próprias coisas. Ou seja, não podem saber que são sombras, nem podem saber que são imagens (estatuetas de coisas), nem que há outros seres humanos reais fora da caverna. Também não podem saber que enxergam porque há a fogueira e a luz no exterior e imaginam que toda a luminosidade possível é a que reina na caverna.

    Que aconteceria, indaga Platão, se alguém libertasse os prisioneiros? Que faria um prisioneiro libertado? Em primeiro lugar, olharia toda a caverna, veria os outros seres humanos, a mureta, as estatuetas e a fogueira. Embora dolorido pelos anos de imobilidade, começaria a caminhar, dirigindo-se à entrada da caverna e, deparando com o caminho ascendente, nele adentraria.

    Num primeiro momento, ficaria completamente cego, pois a fogueira na verdade é a luz do sol, e ele ficaria inteiramente ofuscado por ela. Depois, acostumando-se com a claridade, veria os homens que transportam as estatuetas e, prosseguindo no caminho, enxergaria as próprias coisas, descobrindo que, durante toda sua vida, não vira senão sombras de imagens (as sombras das estatuetas projetadas no fundo da caverna) e que somente agora está contemplando a própria realidade.
    Libertado e conhecedor do mundo, o priosioneiro regressaria à caverna, ficaria desnorteado pela escuridão, contaria aos outros o que viu e tentaria libertá-los.

    Que lhe aconteceria nesse retorno? Os demais prisioneiros zombariam dele, não acreditariam em suas palavras e, se não conseguissem silenciá-lo com suas caçoadas, tentariam fazê-lo espancando-o e, se mesmo assim, ele teimasse em afirmar o que viu e os convidasse a sair da caverna, certamente acabariam por matá-lo.


    kkkk, ideologias ? a realidade da vida, e o cemiterio das ilusões !!!

  17. Stalin foi um carrasco, mas na época dele a URSS disparou no crescimento e tecnologicamente.Na década de 50. Os russos não nasceram para ser comunistas, pois eles são muito criativos, alegres, dançam, bebem e adoram sexo. O povo oriental é mais chegado ao comunismo.Países grandes e potencialmente ricos, não precisam de comunismo.Isso é coisa de país pequeno, pobre e de grande população relativa,tais como Cuba, Nicarágua, Suíça,Paquistão,Israel,Japão …

  18. XÔ DROGAS!
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    Pessoal,diferente de muitos por aqui,não faço distinção de ditaduras,seja da direita ou esquerda,não importa a sua ideologia;para mim ditadura e bandidagem(tráfico por exemplo), são câncer na terra,coisa do capeta.
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    E quem acha que na URSS eram um Oasis da democracia,ai é delírio total;se meto “pau” direto na vagabundagem que fora a ditadura brasileira,imagine as de fora!-Hehehe….
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    As ditaduras são como as drogas, que devem ser extirpadas da sociedade civilizada,como todas as drogas devem ser.
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    Quem apoia as ditadura, estrá criando um “leãozinho bem bonitinho” e com certeza, ira devorá-lo quando este crescer,basta ser um cidadão comum.

  19. Patifaria tem em todo canto,vejam só.
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    A China,este país massacra constantemente os tibetanos,muito antes que; Kadafi,Assad,Sadam,Mubarak,Bibi,George W. Bush ou os aiatolás,fossem famosos pelas sua diabruras.
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    *****(trechos do original)
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    Forças de segurança chinesas matam 2 tibetanos a tiros.
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    Mortes ocorreram um dia depois de um monge ter ateado fogo ao próprio corpo.
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    http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,forcas-de-seguranca-chinesas-matam-2-tibetanos-a-tiros,834002,0.htm
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    Pasmem você que,o povo tibetanos antes da invasão dos chineses(os gafanhotos amarelos),eram amantes do pacifismo.
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    E o que eles levaram por isso…fumo!-Rsrs…

  20. lucena disse:
    12/02/2012 às 07:26

    XÔ DROGAS!
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    Pessoal,diferente de muitos por aqui,não faço distinção de ditaduras,seja da direita ou esquerda,não importa a sua ideologia;para mim ditadura e bandidagem(tráfico por exemplo), são câncer na terra,


    perfito LUCENA, não importa a mascara que o mau veste, ele será sempre um mau !!!

  21. Nisso concordo com o Lucena, pouco me importa o nome do diabo, ele continua sendo o diabo. Não importa se é ditadura militar, ditadura do proletariado, ditadura de direita, ditadura de esquerda, de centro. Nomes diferentes para a mesma coisa: um governo autoritário que só pensa em si mesmo em detrimento do povo, que querem mais que se exploda. Não existem ditaduras boas, algumas foram menos piores que outras, porém menos pior não muda o fato de ser ruim. Para mim EUA e China só tem uma diferença, um se esforça para destruir uma democracia e fazer uma ditadura disfarçada de democrática, o outro ao menos é honesto ao lhe dizer de forma clara que você não tem direito a nada. Fora isso são as duas faces da mesma moeda.

  22. Falando em URSS, aproveito para compartilhar essa pesquisa:
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    Pessoas de esquerda são mais inteligentes que as de direita, aponta estudo
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    Um estudo canadense que inclui dados coletados por mais de 50 anos, diz que as pessoas com opiniões políticas de direita tendem a ser menos inteligentes do que as de esquerda. Ao mesmo tempo, adverte que as crianças de menor inteligência tendem a desenvolver pensamentos racistas e homofóbicas na idade adulta.
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    A pesquisa foi realizada por acadêmicos da Universidade Brock, em Ontário, e coletou a informação em mais de 15 mil pessoas, comparando o seu nível de inteligência encontrado na infância com os seus pensamentos políticos como adultos.
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    Os dados analisados ​​são dois estudos no Reino Unido em 1958 e 1970. Eles mediram a inteligência das crianças com idade entre 10 e 11 anos. Em seguida, são monitorados para descobrir suas posições políticas após 33 anos de idade. “As habilidades cognitivas são fundamentais na formação de impressões de outras pessoas e ter a mente aberta. Indivíduos com menores capacidades cognitivas gravitar em torno de ideologias conservadoras que mantêm as coisas como elas são, porque isso as fornece um senso de ordem”, dizem no estudo publicado no Journal of Psychological Science.
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    Segundo as conclusões da equipe, as pessoas com menor nível de inteligência gravitam em torno de pensamentos de direita, porque esse os faz sentir mais seguros no poder, o que pode se relacionaa com o seu nível educacional, inclui o jornal britânico.
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    Mas esta não é a única conclusão a que chegou o estudo.
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    Analisados dados de um estudo de 1986 nos Estados Unidos sobre o preconceito contra os homossexuais, descobriu-se que pessoas com baixa inteligência detectado na infância tendem a desenvolver pensamentos ligados ao racismo e homofobia.
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    “As ideologias conservadoras representam um elo crítico através do qual a inteligência na infância pode prever o racismo na fase adulta. Em termos psicológicos, a relação entre inteligência e preconceitos podem ser derivadas de qual a probabilidade de indivíduos com baixas habilidades cognitivas apoiarem com ideologias de direita, conservadoras, porque eles oferecem uma sensação de estabilidade e ordem “, acrescentou.
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    “No entanto, é claro que nem todas as pessoas pessoas prejudicadas são conservadoras”, disse a equipe de pesquisa.
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    Será que esse estudo pode virar uma postagem?

  23. “Não importa se é ditadura militar, ditadura do proletariado, ditadura de direita, ditadura de esquerda, de centro. Nomes diferentes para a mesma coisa: um governo autoritário que só pensa em si mesmo em detrimento do povo (grifo nosso), que querem mais que se exploda. Não existem ditaduras boas, algumas foram menos piores que outras, porém menos pior não muda o fato de ser ruim.”… Rorschach, o problema é que podemos estar caminhando para uma DITADURA sem que nos apercebemos… onde há fumaça, há fogo… leia sobre o Foro de São Paulo… depois me diga o que achas… saudações…

  24. Felipe Augusto, só de se dar credito a uma informação dessa “cateRgoria”, altamente sugestionavel e parcial, mostra que não se deve dar credito aos esquerdistas… se formos levar em conta, então, comentarios feitos por esquerdistas da qualidade do RONIN, por exemplo, ou RAFAEL, compromete-se ainda mais a suposta pesquisa por inteiro… rsrsrsrsr… o fato de vc ter postado essa fabula também demonstra sua pequena capacidade de vislumbrar a realidade intelectual de quem viaja por essas paginas… isso é quase um atestado de mentalidade tacanha, pouco dada ao exercicio racional… de quem é a autoria dessa perola?… Pepe Escobar, Mino Carta?… faz me rir… agora MESMO que continuo direitista… rsrsrsrsrsr…

  25. Felipe Augusto, li essa noticia num jornal popular ingles que apoia o partido conservador. Mas pessoalmente, eu tenho minhas duvidas da psicologia como ciencia. Fiz meus estudos sobre o assunto, quando estava estudando a obra de Freud, Jung e Reich visando um curso de psychoterapia na Inglaterra. Nao fiz doutoramento em psycologia, mas fiz minhas leituras, e o resultado me deixou cetico.

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