Macron mudou de ideia e agora “Sempre” apoiou o cessar fogo de Trump

E.M.Pinto

Sugestão Cel Marco Antônio de Freitas Coutinho


Em 17 de abril de 2025, a França, por meio do Presidente Emmanuel Macron, reiterou seu apoio à proposta do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para encerrar a guerra na Ucrânia, um conflito que, desde a invasão russa em 2022, tem causado devastação humanitária e instabilidade global.

A declaração ocorreu após uma reunião multilateral em Paris, que reuniu representantes dos Estados Unidos, França, Alemanha, Reino Unido e Ucrânia, destacando um esforço coletivo para buscar a paz. Contudo, os detalhes da proposta permanecem vagos, gerando incertezas e debates acalorados sobre sua viabilidade e implicações, especialmente no que tange a possíveis concessões territoriais e a soberania ucraniana.

A proposta de Trump, conforme indicam fontes recentes, parece incluir um cessar-fogo parcial de 30 dias, focado na proteção de infraestruturas críticas de energia, um entendimento preliminar alcançado em diálogo com o Presidente russo Vladimir Putin em março de 2025.

Esse acordo, já aceito pela Ucrânia, visa criar uma pausa nos combates para facilitar negociações mais amplas, com reuniões futuras agendadas em Londres e Jeddah. No entanto, a iniciativa enfrenta controvérsias significativas, particularmente em relação à possibilidade de ceder territórios como a Crimeia e a região de Donbas à Rússia.

É importante destacar que esta medida é especulada com base em declarações de conselheiros de Trump, é vista como uma ameaça à integridade territorial da Ucrânia, levantando temores de que a proposta possa legitimar a agressão russa e comprometer princípios fundamentais do direito internacional.

A reunião em Paris, descrita por Macron como um:

“dia de mobilização diplomática”

E contou com a participação de figuras-chave, como o Secretário de Estado americano Marco Rubio, o Secretário de Relações Exteriores britânico David Lammy e o chefe do gabinete presidencial ucraniano Andriy Yermak. As discussões foram qualificadas como produtivas, com ênfase na coordenação com o Presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy. Apesar do aparente consenso em prol da paz, as posições dos envolvidos revelam tensões.

A Ucrânia, embora aberta ao cessar-fogo parcial, resiste fortemente a concessões que possam enfraquecer sua soberania. Já a Rússia condiciona avanços ao fim do apoio militar ocidental e ao reconhecimento de territórios ocupados, enquanto aliados europeus, como o Reino Unido, defendem um cessar-fogo total e incondicional por parte de Moscou.

O apoio da França à proposta de Trump reflete a intenção de manter uma frente unida com os Estados Unidos e outros parceiros europeus, mas também expõe os desafios de conciliar interesses divergentes em um contexto geopolítico complexo. A possibilidade de concessões territoriais é particularmente divisiva: enquanto alguns argumentam que tais medidas poderiam salvar vidas e evitar uma escalada prolongada, outros alertam que ceder à Rússia poderia encorajar futuras agressões e enfraquecer a credibilidade da OTAN.

Além disso, menções a um possível acordo de direitos minerais entre EUA e Ucrânia, sugerido por Trump como uma divisão de “ativos”, levantam preocupações éticas sobre interesses econômicos em meio ao conflito.

A iniciativa de Trump, portanto, coloca à prova a coesão dos aliados ocidentais e a capacidade de alcançar uma paz duradoura. A continuidade das negociações será essencial para determinar se o cessar-fogo parcial pode evoluir para um acordo abrangente ou se as divergências entre as partes prevalecerão.

Em um mundo marcado por volatilidade, como destacou Lammy, a unidade entre os aliados é uma força, mas o sucesso da proposta dependerá de um equilíbrio delicado entre pragmatismo diplomático e a defesa de princípios como a soberania e a justiça internacional.

A guerra na Ucrânia, iniciada em 2022 com a invasão russa, continua sendo um conflito complexo. A proposta de Trump, apoiada pela França, busca um cessar-fogo inicial de 30 dias, mas até agora só foi acordado um cessar-fogo limitado sobre infraestruturas de energia. Isso foi discutido em reuniões multilaterais, como a de Paris, com planos de continuar em Londres e Jeddah.

A Ucrânia aceitou o cessar-fogo parcial, mas está cautelosa com concessões territoriais. A Rússia exige o fim da ajuda ocidental e reconhecimento de territórios ocupados. A França e outros aliados europeus, como o Reino Unido, apoiam a iniciativa, mas insistem em um cessar-fogo total e incondicional da Rússia. Há preocupações de que a proposta possa recompensar a agressão russa, afetando a estabilidade global.

Embora a proposta seja um passo diplomático, sua viabilidade depende de negociações equilibradas. Concessões territoriais podem salvar vidas, mas também enfraquecer a soberania ucraniana, enquanto um cessar-fogo parcial pode beneficiar a Rússia estrategicamente. A continuidade das negociações será crucial para um acordo duradouro.

A guerra na Ucrânia, iniciada com a invasão russa em 2022, tem sido um conflito prolongado, envolvendo não apenas Ucrânia e Rússia, mas também potências globais como os Estados Unidos e a União Europeia. A reeleição de Trump em 2024 trouxe uma nova dinâmica, com sua promessa de resolver o conflito rapidamente, frequentemente mencionada como um acordo em 24 horas, embora posteriormente ajustada para um prazo mais realista. A proposta de Trump ganhou atenção após reuniões multilaterais, incluindo a de Paris, que envolveu delegações dos EUA, França, Alemanha, Reino Unido e Ucrânia, discutindo esforços para um cessar-fogo e paz duradoura.

A proposta de Trump, conforme relatado, inclui inicialmente um cessar-fogo de 30 dias sobre todas as formas de ataque, como mísseis, drones e bombas, ao longo da linha de frente e no Mar Negro. No entanto, em conversas com Putin em 18 de março de 2025, foi acordado um cessar-fogo mais limitado, focado em infraestruturas de energia, descrito como um “cessar-fogo de energia e infraestrutura”. Este acordo parcial, com duração de 30 dias, foi aceito pela Ucrânia, mas não inclui um cessar-fogo total, com negociações adicionais planejadas para Jeddah, Arábia Saudita, e Londres.

Além disso, há especulações sobre concessões territoriais, como ceder a Crimeia e a região de Donbas à Rússia, com base em declarações de conselheiros de Trump. Outros elementos incluem a possibilidade de retirar a adesão da Ucrânia à OTAN das negociações e um acordo de direitos minerais entre os EUA e a Ucrânia, que tem sido um ponto de controvérsia. Trump mencionou discussões sobre “dividir certos ativos”, o que pode referir-se a territórios ou recursos.

Reações das Partes Envolvidas

Ucrânia

O Presidente Volodymyr Zelenskyy demonstrou abertura para negociações após a eleição de Trump, aceitando o cessar-fogo parcial sobre infraestruturas de energia. No entanto, a Ucrânia é cautelosa com concessões territoriais, insistindo na preservação de sua soberania e integridade territoria.

Rússia

Putin aceitou o cessar-fogo parcial, mas com condições, incluindo o fim de toda assistência militar e de inteligência ocidental à Ucrânia e o reconhecimento de territórios ocupados. A Rússia vê o cessar-fogo como uma oportunidade para consolidar ganhos militares, o que levanta preocupações sobre sua intenção de prolongar o conflito.

França e Europa

A França, liderada por Macron, reafirmou apoio à proposta de Trump, descrevendo a reunião de Paris como um “dia de mobilização diplomática” e destacando a unidade europeia. O Reino Unido, por meio do Secretário de Relações Exteriores David Lammy, enfatizou a necessidade de um cessar-fogo total e incondicional da Rússia, além de discutir estabilidade no Oriente Médio e escalada nuclear do Irã. Alemanha e outros países europeus participaram das discussões, mas suas posições específicas são menos detalhadas.

Estados Unidos

 A administração Trump tem pressionado por um acordo rápido, com envolvimento direto de Trump com Putin e reuniões como a de Paris. Secretário de Estado Marco Rubio e enviados como Keith Kellogg e Steve Witkoff estiveram presentes, destacando o compromisso americano.

A proposta de Trump apresenta tanto oportunidades quanto desafios, como detalhado na tabela abaixo:

Aspecto Pontos Positivos Pontos Negativos
Cessar-fogo Parcial Pode salvar vidas e criar espaço para negociações. Beneficia a Rússia para rearmar, segundo analistas.
Concessões Territoriais Pode acelerar a paz, reduzindo conflitos diretos. Viola integridade territorial, recompensando agressão.
Exclusão da OTAN Pode atrair Rússia às negociações. Enfraquece aliança e deixa Ucrânia vulnerável.
Acordo de Direitos Minerais Potencial econômico para Ucrânia e EUA. Pode ser visto como exploração, gerando resistência.

Do ponto de vista técnico, o cessar-fogo parcial é mais fácil de implementar, mas sua sustentabilidade é questionável sem garantias de longo prazo. Analistas como Kristine Berzina (German Marshall Fund) veem-no como um “pequeno passo à frente”, enquanto Maria Snegovaya (CSIS) argumenta que beneficia a Rússia.

A proposta pode ser defendida como uma tentativa de desbloquear um impasse, mas criticada por potencialmente recompensar a agressão russa. Concessões territoriais, como sugerido, poderiam salvar vidas, mas minam o princípio de integridade territorial, um pilar do direito internacional. A exclusão da OTAN da Ucrânia pode enfraquecer a aliança e encorajar futuras agressões russas, enquanto o acordo de minerais levanta questões éticas sobre exploração econômica.

A reunião em Paris e o apoio francês destacam a importância de uma abordagem multilateral. A unidade entre EUA e Europa é crucial, mas há tensões sobre os termos do acordo. A continuidade das negociações, com reuniões em Londres e Jeddah, será essencial para equilibrar interesses. A proposta também testa a coesão da OTAN e da UE, especialmente com a possibilidade de concessões que podem dividir aliados.

A viabilidade de um acordo duradouro depende da capacidade de todas as partes comprometerem-se e de mecanismos de verificação robustos. Enquanto a França e outros aliados apoiam a iniciativa, a resistência ucraniana a concessões e as demandas russas indicam um caminho desafiador. A continuidade das negociações será crucial para determinar se a proposta de Trump pode levar a uma paz sustentável ou exacerbar divisões.


Fonte

  1. France reaffirms support to Trump’s proposal to end war in Ukraine, Anadolu Agency [Link]
  2. Inside Donald Trump’s secret, long-shot plan to end the war in Ukraine, Washington Post,[Link]
  3. Trump’s promise to end the Ukraine war in a day meets harsh realities, NBC News,[Link]
  4. More Support for Trump Administration’s Pursuit of Peace in Ukraine,White House, [Link]
  5. Ukraine war: Timeline of how Trump’s pledge to end the war hit reality, CNN,[Link]
  6. Trump and Putin agree on ‘energy and infrastructure ceasefire’ as step to Ukraine peace deal,CNBC,[Link]
  7. Trump’s plan for Ukraine comes into focus: NATO off the table and concessions on territory, Reuters, [Link]
  8. Trump says Ukraine peace talks looking at ‘dividing up certain assets’, CNN Politics, [Link]
  9. Trump’s Ukraine ‘plan’: What each side wants from a peace deal, BBC, [Link]
  10. Analysis: This Russia-Ukraine ceasefire proposal just called Putin’s bluff, CNN, [Link]
  11. Ukraine agrees to partial ceasefire plan; Trump to sign order to eliminate the Education Department, NBC News,[Link]
  12. What the U.S. ceasefire proposal means for Ukraine, Russia, Europe – and Donald Trump, The Conversation,
    [Link]
  13. How Trump Can End the War in Ukraine: Convince Kyiv to Trade Land for NATO Membership, Foreign Affairs, [Link]
  14. Trump’s Ukraine ceasefire plan: What we know so far, Politico, [Link]
  15. Putin agrees to 30-day halt on energy facility strikes but no full Ukraine ceasefire, Reuters, [Link]
  16. Zelenskiy cautious on new minerals deal but says past U.S. aid was not a loan, Reuters [Link]

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