Uma nova Comunidade dos Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac) foi criada em Caracas, no dia 3 de dezembro, durante uma cúpula de 33 chefes de Estado da região. Quais são a origem e a natureza desse grupo? Precedida por reuniões na Bahia (Brasil), em 2008, e em Cancun (México), em 2010, a Celac atende a uma demanda do México, ofuscado pela criação da União das Nações Sul-Americanas (Unasul), em 2008, por iniciativa de Brasília. A diplomacia brasileira, que disputa uma cadeira permanente no Conselho de Segurança da ONU, havia descartado o México, seu principal rival, e privilegiado os doze países de seu entorno imediato.
Com a Celac, o México, a América Central – zona de influência da Cidade do México – e o Caribe voltam para o jogo regional, sem por isso colocar em xeque os outros órgãos restantes: a Comunidade Andina das Nações (CAN), o Mercosul (Mercado Comum Sul-Americano), o Sistema de Integração Centro-Americano (SICA), a Comunidade Caribenha (Caricom) e a Aliança Bolivariana das Américas (ALBA, liderada pela Venezuela).
As cúpulas da Bahia, de Cancun e de Caracas reuniam, pela primeira vez, os Estados latino-americanos e caribenhos sem a presença de países fora dessa área geopolítica: nem a União Europeia – como nas cúpulas UE-América Latina e Caribe – , nem a Espanha e Portugal – como nas cúpulas ibero-americanas – , nem os Estados Unidos e o Canadá – como na Organização dos Estados Americanos (OEA).
E seria por isso a Celac uma alternativa à OEA? Sua criação inegavelmente marca a recusa das tutelas e a distância que se aprofundou entre Washington e o sul do Rio Grande. A dependência de outros tempos foi substituída por uma interdependência em termos de comércio, migrações, investimentos e envios de fundos dos imigrantes latinos e caribenhos.
A Celac faz parte da continuidade do Grupo do Rio, um fórum político criado em 1986, destinado a contribuir para a solução dos conflitos armados na América Central. Não é uma organização, como a OEA, nascida em 1948, que, dispondo de uma estrutura permanente, de equipes e de verba, é capaz de enviar missões de observação para eleições. A OEA é o cerne de um sistema interamericano, que age no domínio jurídico, da defesa, dos direitos humanos e do desenvolvimento.
O presidente do Equador, Rafael Correa, propôs substituir a OEA pela Celac e criar um órgão de direitos humanos capaz de assumir o lugar do Tribunal Interamericano de Direitos Humanos – o que provocou protestos da organização Human Rights Watch. Correa também fez uma acusação contra a mídia privada, com a qual ele não tem boas relações. Mas ele não conseguiu convencer seus próprios aliados da ALBA: os cubanos chegaram a declarar que a Celac não queria nem substituir a OEA, nem se opor aos Estados Unidos.
A imensa maioria dos presidentes da região não preconiza o antiamericanismo visceral de Correa, do venezuelano Hugo Chávez, do nicaraguense Daniel Ortega ou do boliviano Evo Morales. A escolha do presidente temporário da Celac recaiu sobre o chileno Sebastian Piñera, um homem de direita, descartando assim qualquer tentação ideológica. Os chefes de Estado se recusaram a dotar a Celac de qualquer estrutura entre duas cúpulas e confirmaram que as decisões continuariam a ser tomadas por consenso, evitando as maiorias favorecidas pelos petrodólares de Chávez.
A Venezuela é uma parceira econômica inevitável, mas difícil. Por essa razão, os presidentes da Colômbia, da Argentina e do Brasil desembarcaram em Caracas antes da cúpula regional, para tratar de questões bilaterais. Bogotá quer obter a regulamentação de suas exportações para a Venezuela. Brasília tenta recuperar o investimento prometido para uma refinaria comum no Pernambuco, apesar da descapitalização da empresa petroleira venezuelana PDVSA. Buenos Aires está procurando compensar a fuga de capitais argentinos. Já a Cidade do México tenta recuperar as indenizações das empresas expropriadas por Caracas.
O sucesso da Celac deverá ser medido de acordo com sua ambição: fazer progredir a integração regional. É claro, o fato de os chefes de Estado privilegiarem o diálogo consolida a América Latina e o Caribe como uma região de paz, desnuclearizada, sem conflitos entre Estados. A estabilidade favorece o crescimento. Mas a integração precisa de iniciativas concretas.
Há meio século, os esforços aumentaram, mas nem por isso duraram. Quando não há continuidade e resultados, a diplomacia presidencial tem seus limites. A integração física, a comunicação, a complementaridade energética, as trocas intrarregionais, os acordos universitários ainda estão no começo, ou até em simples estágio de esboço.
O Brasil provavelmente continuará a privilegiar a União das Nações Sul-Americanas. O nacionalismo e o soberanismo da maioria das chancelarias em questão são contraditórios com a integração regional, que supõe certo grau de institucionalização e, portanto, a aceitação em negociar soluções supranacionais. Enquanto isso, uma ponte, uma estrada, uma rede elétrica ou de satélite contribuem mais para a integração do que as infinitas cúpulas.
É triste mas a elite dos países latino americanos nunca deixarão esses países se livrarem do julgo dos EUA.
Em td parte do globo tem intreguistas (neologismo? )e entre nós, tem os comensais ianks…trágico.sds.
04/06/2011: Desequilíbrio comercial pró-Brasil desafia relação Dilma-Chávez
Disposta a manter contatos frequentes com Hugo Chávez como fazia o antecessor, Dilma Rousseff terá pela frente o desafio de enfrentar a pressão do vizinho por um comércio mais equilibrado entre os dois países. Na última década, Brasil lucrou mais de US$ 20 bilhões nas transações com a Venezuela. Só no ano passado, as compras do parceiro sustentaram 15% de todo superávit brasileiro com o resto do mundo. Desequilíbrio disparou com Lula.
http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=17876
16/03/2011: Deficit comercial com EUA é desafio em visita de Obama ao Brasil
http://economia.uol.com.br/ultimas-noticias/bbc/2011/03/16/deficit-comercial-com-eua-e-desafio-em-visita-de-obama-ao-brasil.jhtm
Auxiliar de Obama desdenha rombo comercial do Brasil com EUA
O vice-conselheiro de segurança, dos EUA, Mike Froman, responsável por assuntos econômicos internacionais do governo americano, abriu o jogo na terça-feira (15) ao falar sobre as reais intenções da viagem de Barack Obama ao Brasil. “Essa viagem é fundamental para a recuperação econômica e para as exportações americanas”, disse o funcionário da Casa Branca. Ou seja, além do olho gordo no petróleo do pré-sal, Obama está vindo ao Brasil com o objetivo de aprofundar o já desequilibrado comércio do país com os EUA.
http://www.horadopovo.com.br/2011/marco/2942-18-03-2011/P3/pag3c.htm
Esta NOJENTA Human Rights Watch sabe onde fica GUANTANAMO??? Esta MAFIOSA Human Rights Watch sabe onde fica HONDURAS??? Esta FASCISTA Human Rights Watch sabe onde fica o HAITI??? Esta PARTIDARISTA Human Rights Watch sabe onde fica o MÉXICO???
Esta GANG da Human Rights Watch sabe onde fica a LÍBIA???
Estes CANALHAS da Human Rights Watch sabem onde fica o IÉMEN???
Esta ESTÚPIDA Human Rights Watch sabe onde fica o BAHREIN???