Revestimento permite a aeronave absorver ondas de radar, tornando se imperceptível

Revestimento permite a aeronave absorver ondas de radar, tornando se imperceptível

Sugestão Gérsio Mutti

A força aérea norte-americana poderia usar um revestimento de pintura feito de nanotubos para deixar os aviões invisíveis durante a noite e imperceptíveis ao radar a qualquer hora do dia.

A ideia é do professor de engenharia elétrica e ciência da computação da Universidade de Michigan, L. Jay Guo, que acredita que a pintura pode ser muito útil como uma espécie de camuflagem.

“Aeronaves militares já são muitas vezes pintadas de azul escuro ou preto para escondê-las de vista. Com este revestimento, qualquer objeto ficaria completamente escuro, tornando o indistinguível do céu noturno”. afirma L. Jay Guo.

A super camuflagem funcionaria graças as muitas propriedades dos nanotubos de carbono: átomos colocados lado a lado em formatos hexagonais, constituindo um material de extrema resistência e condutividade elétrica.

O revestimento nanoestruturado também é o material mais escuro conhecido. Os cilindros de poucos nanómetros de diâmetro formados por átomos de carbono absorvem uma imensa quantidade de luz, inclusive de ondas de radio e ultravioleta.

Em outras palavras, se um avião fosse pintado com uma camada de nanotubos, ele não só absorveria a luz visível, como ficaria invisível aos espectros de onda obtidos por radar.

Mas pintar uma aeronave com revestimento de nanotubos não é tão fácil como colorir a parede do quarto. Para impedir que os objetos refletissem e dispersassem a luz, a equipe de Guo precisou construir densas camadas de nanotubos de carbono verticais sobre a superfície de vários objetos tridimensionais, incluindo um pequeno modelo em forma de tanque de guerra.

Isso impediu a luz de escapar dos nanotubos sem ser absorvida, fazendo os objetos parecerem completamente planos e negros, e desaparecerem na frente de um fundo escuro.

Este efeito funciona, segundo Guo, porque os nanotubos podem absorver cerca de 90% de toda a luz que nele atinge, e porque quando são criados com algum espaço entre eles, como nos experimentos, o índice de refração é quase idêntico à do ar circundante.

Logo, a luz não consegue se espalhar para fora dos nanotubos sem ser absorvida. O estudo é descrito na revista Applied Physics Letters.

Por enquanto, não é praticável revestir um avião com nanotubos porque construir nanoestruturas exige altas pressões e temperaturas – condições reproduzidas apenas em câmeras pequenas, muito menores do que um avião.

No entanto, Guo afirma que deve ser possível construir os nanotubos na superfície de partículas minúsculas e depois envolvê-las na pintura, que pode ser usada em objetos maiores, como aviões.

Fonte: Technology Review via MSN

14 Comentários

  1. Mas isso nao pode ser lancado, pois uma vez falado, la tambem a cientistas que correram atras como Paulo Bem disse e conseguiram o mesmo fato.

  2. Uai.. o revestimento já usado em seus stealths não serve mais não?
    querem criar outro revestimento para dar ainda mais problemas causados pela fadiga que os proprios compostos solidos tiveram dificuldades… imagine nanotubos…
    .
    Pode ser um conceito interessante.. mas viável?

  3. Li uma matéria há tempos atrás que uma cientista brasileira,em química,desenvolveu uma tinta que faria a mesma coisa,ou parecido;só que não era em nanotecnologia….salvo não me engano?

  4. Ainda Nao e viável , e uma tecnologia ainda a ser aperfeiçoada. Só espero que até lá já tenhamos decidido o FX-2, senão o governo desiste e compra mais F-5 baratinho. Teremos uma imensa frota de F-5M “STEALTH”, ou quem sabe “Silent Tiger”….

  5. parece que o conceito ´stealth´ pode estar em deususo dado tanto o sistemas de defesa anti-aerea como os caças modernos, estao preferindo sensores opticos incluido os electro. a um sistema optico inventado recentemente pelos russos que é ate capz de nao so detectar o calor dos fios condutores de energia como tambem de simples pegados dos soldados a longas distancias…

  6. Pessoal, procurei maiores informações a respeito do Projeto MARE. http://www.google.com.br/search?client=opera&rls=pt-BR&q=projeto+Mare&sourceid=opera&ie=utf-8&oe=utf-8&channel=suggest#sclient=psy-ab&hl=pt-BR&client=opera&hs=TaU&rls=pt-BR&channel=suggest&source=hp&q=projeto+Mare+CTA&pbx=1&oq=projeto+Mare+CTA&aq=f&aqi=&aql=&gs_sm=e&gs_upl=1697l3001l0l3425l4l4l0l0l0l0l847l1505l2-1.0.1.0.1l3l0&bav=on.2,or.r_gc.r_pw.,cf.osb&fp=3763aac539c31049&biw=1025&bih=628

    tem muita coisa relacionada

  7. Projeto MARE (Materiais Absorvedores de Radiação Eletromagnética)

    Em 2003 foi anunciado que o CTA está desenvolvendo tecnologia de materiais absorvedores de radiação eletromagnética (MARE) com materiais à base de ferritas (óxido de ferro), partículas de carbono e polímeros condutores, que são utilizados na preparação de tintas, borrachas, compósitos com fibras de carbono e absorvedores híbridos. Foi testado no AT-26 Xavante. O projeto MARE já absorveu R$2 milhões em investimentos. Os materiais absorvedores de radiação eletromagnética possuem aplicações nas faixas de freqüência de 30 MHz a 100 GHz. O MARE do CTA é efetiva acima de 2GHz e não impede detecção por radares de 500MHz mais antigos. Mesmo assim é eficaz contra 80-90% dos radares atuais que operam geralmente de 8 a 12 GHZ (Banda I/J da OTAN). O MARE pode diminuir o RCS em até 10dB por metro quadrado ou o suficiente para dividir pela metade o alcance de detecção.

    http://sistemadearmas.sites.uol.com.br/ge/furt03ram.html

  8. Afinal, o que será que deu a pesquisa, será que eles tão planejam aplica-lá já? Ou será que a pesquisa não foi a frente? Seria bom ter noticias e saber como andam as coisas. Apesar que pesquisas nesse setor geralmente levam decadas para apareçer.

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