O mundo rachado pelo 11 de setembro

10 de setembro de 2011 Leonardo Souza Conflitos, História 30

Fiodor Lukianov

Às vésperas do 10º aniversário do atentado terrorista de 11 de setembro, Fiodor Lukianov, diretor da revista “A Rússia na Política Global”, comenta suas causas e consequências.

Quando, há dez anos, as torres do World Trade Center em Nova York foram atingidas por aviões parecia que o mundo na forma em que o conhecíamos havia terminado. O mundo certamente não terminou, mas sofreu uma rachadura.

Não devemos subestimar nem superestimar o impacto do maior atentado terrorista já ocorrido. O 11 de setembro de 2001 destruiu algumas das ilusões surgidas após a Guerra Fria e gerou novas ilusões, que se mostraram passageiras. Uma delas era a esperança de que, com o desmoronamento do “império do mal” soviético, a humanidade teria tomado, definitivamente, o caminho da segurança, estabilidade e prosperidade. Em contrapartida, surgiu uma outra crença, segundo a qual os EUA deveriam abandonar as convenções e consertar o mundo a seu critério.

Os acontecimentos ocorridos há dez anos serviram de catalisador para os processos iniciados na década de 1990,  tornando-se a essência dos conceitos e fenômenos que definem a política moderna.

Por trás do ataque aos EUA estava uma organização multinacional não-governamental, isto é, um novo tipo de organização cujo surgimento era visto com bons olhos como atributo do advento de uma era liberal. Todavia, com o tempo, verificou-se que uma organização não-governamental pode ser não só a Anistia Internacional mas também a Al-Qaeda.

Como resultado dos atentados, os EUA receberam uma espécie de mandato de liderança global, mas só depois de terem sido nocauteados por um golpe vindo de uma força desconhecida e não de uma superpotência concorrente. Por isso, o golpe foi ainda mais surpreendente. Isso transformou o terrorismo internacional em uma ameaça de extrema importância para a política internacional, destinada a ocupar o lugar deixado pelo fim da União Soviética.

Mas as esperanças falharam. A nova ameaça associada  à comunidade muçulmana, estranha e incompreensível, falhou no desempenho do papel de pivô das relações internacionais que lhe havia sido reservado. A operação contra Osama bin Laden, que resultou na morte do mesmo e foi um dos poucos grandes sucessos de Barack Obama, mostrou que o terrorista número um associado ao mal absoluto não passava, na prática, de um personagem secundário do cenário político internacional.

Uma ameaça ainda mais destrutiva do que o terrorismo internacional são as suspeitas e hostilidade mútuas entre o Ocidente e o mundo islâmico, que aumentaram consideravelmente na década seguinte ao 11 de setembro. Por mais que se diga que o problema não é o Islã, e sim o extremismo, atitudes contra a religião muçulmana se revelam cada vez mais, tanto nos lapsos da retórica de estadistas quanto nos resultados das eleições europeias.

Bin Laden conseguiu o principal: ele provocou a única superpotência mundial a iniciar uma campanha político-militar que, passados 10 anos, é considerada por muitos como estrategicamente mal pensada, desproporcionalmente dispendiosa e destrutiva em termos de reforço do poderio militar dos EUA.

As guerras geradas pelo 11 de setembro no Afeganistão e no Iraque não têm fim e seus objetivos, fossem eles quais fossem inicialmente, deram, há muito, lugar à tática de minimização das baixas.

O 11 de setembro mostrou a estabilidade da sociedade americana e de seu sistema político, isso não se discute. No entanto, a atitude do país face a uma tragédia sem precedentes e a um inimigo desconhecido foi o prenúncio de uma profunda divisão e polarização da sociedade americana, que começou a aumentar rapidamente desde meados dos anos 2000.

É óbvio que o problema não está no terrorismo. Até o fim do século XX, os EUA atingiram o auge de seu sucesso socioeconômico e de seu poder global. Os “despreocupantes” anos 90, em que a origem das manchas no vestido azul de Monica Lewinsky preocupou mais os norte-americanos do que a guerra da Iugoslávia ou os atentados contra as embaixadas no Quênia e na Tanzânia, deram lugar à década assustadora de 2000. A indefinição cada vez maior coincidiu com o aumento de fenômenos cada vez mais preocupantes na economia. A necessidade de pagar, no sentido literal e figurado, as contas acumuladas desde a época de Reagan levou à crise de 2008/2009 que, aparentemente, foi apenas um prenúncio da quebra iminente do paradigma de desenvolvimento.

Verificou-se, porém, que o principal inimigo dos EUA não é externo e tem origem no modo de vida e nos padrões de consumo americanos (e como consequência, internacionais). Não foi à toa que a popularidade de Obama após a morte de Bin Laden se manteve em alta apenas um par de semanas: os eleitores norte-americanos estão novamente preocupados com os problemas do desemprego, baixo crescimento econômico e o rumo seguido pela administração americana.

O terrorismo internacional não foi a causa, mas sim uma consequência do desequilíbrio global que acompanhou a desagregação da ordem internacional conhecida. Nenhum facínora feroz semelhante a Osama bin Laden poderá prejudicar mais a estabilidade internacional do que um par de decisões erradas do presidente dos EUA, do chanceler alemão ou dos presidentes da Reserva Federal e do Banco Central Europeu.

O século passado, com suas paixões e predileções, terminou em 11 de setembro de 2001, quando se manifestou uma força gerada em consequência do esgotamento da agenda internacional anterior. As afirmações, muito em voga na Rússia, de que Osama bin Laden teria sido uma criatura da CIA não explicam nada. As ações do líder da Al-Qaeda não foram uma lição aprendida com os instrutores da CIA na época de luta contra o comunismo. Elas foram determinadas pela lógica do século XXI, na qual o equilíbrio global se desloca do Ocidente para o Oriente e que é caracterizada por formas políticas mais arcaicas do que as ideologias do século XX e pelas ambições nacionalistas e o ressurgimento religioso.

O próprio Bin Laden e a estrutura por ele criada se tornarão elementos periféricos do cenário histórico muito mais rápido do que se pensava em setembro de 2001. Mas sua pretensão de derrubar o Ocidente do pedestal de dominação mundial será defendida por outros meios e por outras pessoas, que nem sempre se darão conta disso.

Fonte: Gazeta Rússa

30 Comentários

  2. Obama queria acusar Bush e Cheney por traição – 9/11
    por Howard Duff, Editor
    http://translate.google.com.br/translate?hl=pt-BR&sl=en&u=http://www.veteranstoday.com/2011/09/09/chatter-obama-sought-arrest-of-bush-and-cheney-for-911-treason/&ei=dSZsTpaRLYSjtge12aDEBQ&sa=X&oi=translate&ct=result&resnum=1&ved=0CCQQ7gEwAA&prev=/search%3Fq%3Dhttp://www.veteranstoday.com/2011/09/09/chatter-obama-sought-arrest-of-bush-and-cheney-for-911-treason/%26hl%3Dpt-BR%26biw%3D1280%26bih%3D630%26prmd%3Divns

  3. “Quem com ferro fere, com ferro será ferido “, esta é máxima de todos os tempos. Está o maior alarde por causa do aniversário de 10 anos da derrubada das torres em Nova York. Todo ano a hipocrisia mundial e principalmente a americana, lembram este triste episódio. Mas esquecem os americanos que há 60 anos atrás eles assassinaram 200 mil pessoas de uma tacada só. Eram todos civis, velhos, mulheres e crianças principalmente, porque os homens sadios estavam na guerra.É a lei universal vc faz vc receberá de volta, ou seja ficara elas ( as bombas atomicas em Hiroshima e Nagasaki ) pelas duas torres em Nova York. Haja hipocrisia e futilidades. Eles os americanos devem sim é indenizar os japoneses pelo “” homicidio”” em massa que eles cometeram.

  4. O 11 Set foi feito por uns 10 loucos religiosos, nada mais … Morreram pessoas inocentes ao destruir as torres,e acabou. O que pretende a Al Qaeda ? Até hoje eu não sei. Vocês sabem ? Será vingança ?
    O Sistema de Defesa dos EUA foi falho … Esse fato foi gravíssimo.
    Houve corrupção dos políticos americanos ? Isso não é novidade, pois há uma crise política mundial, de qualidade e honestidade. Esses políticos, pessimamente escolhidos pela população, são altamente irresponsáveis e agem sem controle. É ou não é ? Só mesmo punindo com rigor, que os políticos passarão e agir como se deve.

  5. Armando Rozário disse:
    11/09/2011 às 00:19
    Obama queria acusar Bush e Cheney por traição – 9/11
    por Howard Duff, Editor
    ——————–
    As autoridades já poderiam começar a olhar o termo ALTA TRAIÇÃO com mais carinho e responsabilidade, a AÇÃO OU OMISSÃO ,inclusive por atrasos de alguns já está merecendo ser analisado de como crime contra a pátria.

  7. Para alguns por aqui,com um maniqueísmo bem simplório,já dividiu o mundo em duas categorias:
    .
    De um lado,(“o bem”),os que amam os EUA,e do outro(o mal,os vermelhos….etc),os que odeiam os EUA_Hahaha….

  9. .
    .
    E o mais interessante é que Bin Laden Oficialmente não era procurado pelo FBI pelos atentados de 2001, mas pelos atentados de 1998, na Tanzânia, com a morte de 200 pessoas… entre no Sitio do FBI no link abaixo e click sobre o Bin Laden, verão que não aparece a procura por ele como responsável dos atentados do 11/09, pode conferir ai no link:
    .
    http://www.fbi.gov/wanted/topten
    .
    Nesse abaixo eu mesmo fiz o recorte da pagina Oficial do FBI, pode-se constatar a vericidade da imagem abrindo o link acima… e mostra claramente do que estou falando, interrogando o FBI sobre a falta da data e do atentado do 11/09 no perfil de procurado do Bin Laden, eles mesmos admitem que não existiam provas o suficiente para coligar Bin Laden com o 11/09, por isso não colocaram ele como envolvido no caso em seu sitio de procura pelos 10 mais perigosos, a Top Ten FBI:
    .
    https://lh5.googleusercontent.com/-TybmiKN7EC4/TmzTmN4culI/AAAAAAAABSM/VQsh8-KDEJU/s912/FBI%252520Bin%252520Laden%2525201998.JPG
    .
    Conspiração não, está ai, tudo oficial no sitio do FBI!!
    .
    Então pela justiça(Poder Judiciário) e pela Policia Federal Yankee, Osama não era, repito, não era procurado pelo 11/09… mas pelos militares e pela Casa Branca sim!Por que essa diferença entre o poder executivo e os outros poderes, se as provas apresentadas pelo BUSH eram verídicas segundo a interpretação do poder executivo e da Mídia internacional???
    .
    Valeu!!

  10. Não mesmo, Bin Laden nunca planejou os ataques, e o FBI sabe disso, a própria Al Qaeda colocou a cabeça de Osama caso os EUA achassem uma prova sequer de sua participação, nunca acharam, mas os tolos acreditam na propaganda, tolinhos, Osama morreu em 2001 mesmo, tinha sérios problemas de saúde. 11/09 é uma farsa para tolos louvarem.

  11. Só por curiosidade!E se o atentado terrorista tivesse ocorrido no Brasil em um edifício que tem duas torres e duas “cuias” uma delas de ponta cabeça,como a legislação interpretaria o caso?HAHAHAHAHA!!!!!!!!!!!

  12. Vocês provavelmente criticavam o governo por ir atrás do responsáveis ou então diziam que era conspiração
    Pela lei não sei,que eu saiba não há lei para o terrorismo

  13. Jakson, como a legislação interpretaria não sei, mas o povo interpretaria da melhor maneira possível.
    Das grandes nações do mundo, apenas o Brasil não teve uma revolução de sangue ou uma guerra civil.
    Podem procurar na história dos Estados Unidos (Guerra de Secessão), Alemanha (Unificação e 2 Guerras Mundiais), França (1789, 1832, 1871), Inglaterra (Cromwell, 16…), Rússia (Revolução Comunista, Nova Política Economica), China (2 guerras civis no século XX, a revolução comunista, a revolução cultural), India (guerra da independencia, 3 guerras com o Paquistão, pós-independencia), Japão (1870 – abertura forçadas dos portos, e a derrota na 2a. Guerra Mundial).
    E nós? Onde lavamos a alma e depuramos o sangue?
    Dandolo está certo em promover o tiro na nuca para os políticos corruptos, já ajudaria muito.

  15. O PENTÁGONO ABRIU AS PORTAS PARA OS ATAQUES DE 9 DE SETEMBRO, DEPOIMENTO DE Ten. Col. Anthony Shaffer “ABLE DANGER”
    http://translate.google.com.br/translate?hl=pt-BR&sl=en&u=http://www.brasschecktv.com/videos/the-911-files/pentagon-opened-the-doors.html&ei=MmdtTrraBYW4tgeEqNjRBQ&sa=X&oi=translate&ct=result&resnum=1&ved=0CBwQ7gEwAA&prev=/search%3Fq%3Dhttp://www.brasschecktv.com/videos/the-911-files/pentagon-opened-the-doors.html%26hl%3Dpt-BR%26biw%3D1280%26bih%3D630%26prmd%3Divns

  16. O PENTÁGONO ABRIU AS PORTAS PARA OS ATAQUES DE 11 de SETEMBRO
    PENTAGON OPENED THE DOORS TO THE 9/11 ATTACK

    Armando,

    A secret military unit identified two of the three cells involved
    in the 9/11 attacks, as well as the alleged ring leader Mohamed
    Atta, a full year before the attacks.

    The evidence gathered by the unit was destroyed and the Pentagon
    tried to prevent five members of the unit from testifying before a
    Senate Judiciary Committee.

    The Unit was called ‘Able Danger’.

    Video:

    http://www.brasschecktv.com/page/4973.html

    – Brasscheck

    P.S. Please share Brasscheck TV e-mails and
    videos with friends and colleagues.

    posted by Armando Rozário ¹²³ petroamerica – Cabo Frio, Brazil – September 11, 2011

    ALERT:

    Able Danger Blog: Lt. Col. Shaffer’s written testimony
    http://www.abledangerblog.com/…/lt-col-shaffe…itten-testimony.html – Cached
    16 Feb 2006 – ANTHONY A. SHAFFER, LT COL, US ARMY … (U) ABLE DANGER was a good news story: the Department of Defense’s effort to target Al …
    ►
    Anthony Shaffer (intelligence officer) – Wikipedia, the free …
    en.wikipedia.org/wiki/Anthony_Shaffer_(intelligence_officer) – Cached
    Anthony Shaffer (born 1962) is a U.S. Army Lieutenant Colonel who gained fame for his … Shaffer’s allegations subsequently became known as the Able Danger …
    Able Danger – Wikipedia, the free encyclopedia
    en.wikipedia.org/wiki/Able_Danger – Cached
    Jump to Lt. Col. Anthony Shaffer‎: Anthony Shaffer, a member of the Able Danger team, identified himself as …
    Overview – Assertion that Able Danger … – Weldon changes his story
    Show more results from wikipedia.org
    Able Danger Information, 9/11
    http://www.wanttoknow.info/abledanger911 – Cached
    22 Sep 2005 – Anthony Shaffer, has said publicly that Able Danger members tried to pass the information about Atta along to the FBI three times in September …
    9 11 Prior Knowledge Able Danger Hearing for Lt Col Anthony …

    min – 24 Sep 2009 – Uploaded by CoreOfCorruption
    9 11 Prior Knowledge Able Danger Hearing for Lt Col Anthony Shaffer in Congress C SPAN. CoreOfCorruption 208 videos. Subscribe …
    Able Danger Whistleblower Lt. Colonel Anthony Shaffer – June 16 …

    min – 19 Aug 2009 – Uploaded by capousa
    On 9/11: “So much of what happened was foreseeable and preventable.” —Lt. Colonel Anthony Shaffer speaking at the June 16, 2009 news …
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    Lt. Col. Anthony Shaffer interviewed on the Alex Jones Show Alex …
    http://www.infowars.com/lt-col-anthony-shaffer-…wed-on-the-alex-j... – Cached
    11 Sep 2009 – Anthony Shaffer, the DIA’s liaison to the Able Danger effort at the U.S. Army’s Land Information Warfare Activity (LIWA) at Fort Belvoir, Virginia, …
    Musings of a Merry Mad Monk: Able Danger: Tony Shaffer Talks …
    merrymadmonk.blogspot.com/…/able-danger-tony-shaffer-talksand… – Cached
    18 Aug 2005 – Able Danger: Tony Shaffer Talks…and talks and talks and talks. Below is the link to and the text of Standard Form 312 (Classified Information …
    Pentagon Destroys Copies Of Controversial Memoir Written By Army …
    http://www.foxnews.com/…/pentagon-destroys-co…controversial-mem... – Cached
    25 Sep 2010 – Anthony Shaffer’s memoir Operation Dark Heart, his book about going … and a controversial pre-9/11 data mining project called “Able Danger. …
    Pentagons plan to silence 9/11’s Able Danger whistleblower LTC …
    http://www.abovetopsecret.com/forum/thread610108/pg1 – Cached
    17 posts – 12 authors – Last post: 9 Oct 2010
    LTC Anthony Shaffer, first claim to public fame is when he decided to come out and relate his story about the classified program called Able …

  23. 11/SET DEZ ANOS DEPOIS

    As demolições controladas do WTC e o ataque – com míssil – ao Pentágono cumprem agora 10 anos. Tais eventos foram previstos em documentos dos neocom dos EUA, que os consideravam o sinal (necessário) para desencadear guerras e agressões contínuas por todo o mundo a fim de alcançar o que chamavam de “século americano”. Esse desígnio louco desencadeou uma série de guerras bárbaras e criminosas por toda a parte do planeta, as quais ainda continuam.

    Tem importância estudar, dissecar e denunciar os eventos do 11/Set porque eles foram o pretexto forjado das novas agressões imperiais. Os eventos do 11/Set podem ser comparados aos acontecimentos de 1933 em Berlim, quando Goering ordenou incendiar o Reischstag para culpar os comunistas e alcançar o poder total para os nazis. Podem também ser comparados ao “incidente do Golfo de Tonquim”, uma provocação montada em 1964 pelo imperialismo a fim de desencadear a Guerra do Vietname.

    Tais factos históricos devem ser recordados, porque nos media que se dizem “referência” (do que? e para quem?) continua a enxurrada de desinformação acerca do 11/Set, das guerras em curso promovidas pelo imperialismo (Iraque, Afeganistão, Líbia) e de outras que se ameaçam (Argélia, Síria, Irão, Iémen).
    REF: http://resistir.info/

  29. DAVID WILCOCK ENTREVISTA BENJAMIN FULFORD – 16 de setembro, 2011

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    Re: TWO UNDERGROUND U.S. NWO BASES DESTROYED – THOUSANDS KILLED -David Wilcock & Benjamin Fulford
    #1, by macaense, 18 September 2011 02:40 PM
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