Libia: França está disposta a discutir ajuda militar aos rebeldes

A França está disposta a discutir com seus aliados uma ajuda militar aos rebeldes na Líbia, declarou nesta terça-feira o ministro de Relações Exteriores francês, Alain Juppé, afirmando que isso não estava previsto pelas recentes resoluções da ONU sobre o país africano.

“Não é o que prevê a resolução 1973, nem a resolução 1970. No momento, a França se atém à estrita aplicação destas resoluções. Dito isso, estamos dispostos a conversar com nossos parceiros”, declarou o ministro durante coletiva de imprensa após a conferência internacional sobre Líbia de Londres.

A embaixadora americana diante da ONU, Susan Rice, indicou anteriormente à emissora de televisão norte-americana ABC que os Estados Unidos “não excluem” a possibilidade de proporcionar uma assistência militar aos insurgentes líbios para ajudá-los a derrubar o líder líbio Muamar Kadhafi.

Segundo fontes americanas, a resolução 1973 da ONU, que “autoriza todas as medidas necessárias” para proteger as populações civis, poderá permitir entregas de armas ou formação militar.

Juppé não informou a natureza da ajuda sobre o que a França pretende discutir.
Fonte:Jornal Brasil.

Fonte: Bol

11 Comentários

  1. ALGUMAS MENTIRAS SOBRE A GUERRA NA LÍBIA – Por Thierry Meyssan
    Algumas mentiras sobre a guerra na Líbia
    por Thierry Meyssan*

    Thierry Meyssan apoiou a insurreição do povo líbio contra o regime de Mouammar Kadhafi, no entanto opõe-se á resolução 1973 e á guerra. Em artigos anteriores ele descreveu quais eram os objectivos imperialistas desta intervenção. Agora reconsidera as principais mentiras da propaganda atlantista.

    27 de Março de 2011

    JPEG – 21 kb
    Hillary Clinton, Nicolas Sarkozy e Alain Juppé, na cimeira de Paris para a Líbia.

    Diz-se que a primeira vítima de uma guerra é a verdade. As operações militares na Líbia e a resolução 1973, que lhe serve de base jurídica, não fogem á regra. Esta operação é apresentada ao público como necessária para proteger a população civil das repressões cegas do coronel Kadhafi. No entanto, a realidade mostra que existem objectivos imperialistas clássicos. Eis alguns elementos esclarecedores.
    Crimes contra a humanidade

    Para agravar o cenário, a imprensa atlantista tentou fazer acreditar que as centenas de milhares de pessoas que fugiam da Líbia procuravam escapar a um massacre. Agências de imprensa evocaram milhares de mortes e falaram em « crimes contra a humanidade ». A resolução 1970 entrou no Tribunal Penal Internacional denunciando possíveis «ataques sistemáticos ou generalizados dirigidos contra a população civil».
    Na realidade, o conflito líbio pode ser considerado tanto em termos políticos como em termos tribais. Os trabalhadores imigrantes foram as primeiras vítimas desse conflito. Foram forçados a deixar o país. Os combates entre leais ao regime e insurgentes foram certamente fatais, mas não nas proporções anunciadas. Nunca houve repressões sistemáticas contra a população civil.
    Apoio á «primavera árabe»

    No seu discurso ao Conselho de segurança, o ministro dos negócios estrangeiros francês Alain Juppé elogiou a «primavera árabe» em geral e a insurreição líbia em particular.
    Este discurso lírico escondia, no entanto, más intenções : não foi dito uma única palavra acerca das repressões sangrentas no Iémen e no Bahrein e, além disso, ainda louvou o rei Mohammed VI de Marrocos como sendo um dos militantes revolucionários [1]. Assim sendo, o ministro contribuiu em denegrir a imagem já desastrosa da França que se instalou no mundo árabe com a presidência Sarkozy.
    Apoio da União Africana e da Liga Árabe

    Desde o início dos acontecimentos que a França, o Reino-Unido e os EUA não cessam de afirmar que esta não é uma guerra do Ocidente (mesmo tendo ouvido, da parte do ministro da Administração Interna francês Claude Guéant declarar que se tratava de uma «cruzada» de Nicolas Sarkozy) [2]. Adiantam-se então em afirmar que detêm do apoio da União Africana e da Liga Árabe.
    Na realidade, a União Africana condenou a repressão e afirmou a legitimidade das reivindicações democráticas, mas sempre se opôs a uma intervenção militar estrangeira. [3]. Quanto á Liga Árabe, esta reúne principalmente países com regimes ameaçados de revoluções idênticas. Estes apoiaram o princípio de contra-revolução ocidental (em que alguns até participam no Bahrein), no entanto nunca poderão apoiar uma guerra ocidental sem acelerar os movimentos contestatários internos susceptíveis de os destronar.
    Reconhecimento do CNT

    Existem três zonas insurgentes na Líbia. Um Conselho Nacional de Transição foi constituído em Benghazi. Este foi agregado com um Governo provisório estabelecido pelo ministro da justiça de Kadhafi que se juntou aos insurgentes [4]. Ministro esse que, segundo autoridades búlgaras, organizou as torturas das enfermeiras búlgaras e do médico palestiniano que foi durante um longo período de tempo detido pelo regime.
    Reconhecendo este CNT e descriminando o seu novo presidente, a coligação pode escolher os seus interlocutores e impõe-nos como dirigentes aos insurgentes. Isto permite que revoluções Nasserianas, comunistas ou khomeinistas sejam descartadas.
    Trata-se de tomar as rédeas a fim de evitar o que aconteceu na Tunísia e no Egipto quando os Ocidentais impuseram um governo ADC (Agrupamento Constitucional Democrático) sem Ben Ali, ou um governo Suleiman sem Mubarak, mas que revolucionários derrubaram igualmente.
    Embargo sobre o armamento

    Se o objectivo fosse proteger as populações, um embargo deveria ter sido instituído sobre os mercenários e as armas destinadas ao regime de Kadhafi. Em vez disso, este foi estendido aos insurgentes de forma a impossibilitar a sua vitória. Trata-se assim de impedir uma revolução. Zona de exclusão aérea
    Se o objectivo fosse proteger as populações, a zona de exclusão aérea limitar-se-ia aos territórios insurgentes (como tinha sido o caso no Iraque com o Curdistão). Os voos em toda a superfície do país estão impedidos. Assim, a coligação espera imobilizar as forças no terreno causando assim divisão em quatro do país (as três zonas insurgentes e a zona leal ao regime). Esta partição da Líbia deverá ser posta na perspectiva das outras referentes ao Sudão e á Costa do Marfim, as primeiras etapas da «remodelação da África».
    Congelamento de bens

    Se o objectivo fosse proteger as populações, somente os bens pessoais da família Kadhafi e dignitários do regime teriam sido congelados de forma a impedir o contorno do embargo sobre as armas. Mas este bloqueio foi estendido aos bens do estado Líbio. Ora, a Líbia, sendo um Estado detentor de petróleo, possui um tesouro considerável que foi parcialmente colocado no Banco do Sul, uma instituição financiadora de projectos de desenvolvimento no terceiro mundo. Já Hugo Chávez tinha referido que este bloqueio não iria de forma alguma proteger os civis. Este visa sim restabelecer o monopólio do Banco Mundial e do FMI.
    Coligação de voluntários

    Se o objectivo fosse proteger as populações, a resolução 1973 teria sido posta em prática pelas Nações Unidas. Em vez disso, as operações militares são coordenadas pelo Africom dos EUA e deverão ser passadas para as mãos da NATO [5]. É por isso que o ministro turco dos negócios estrangeiros, Ahmet Davutoglu, ficou indignado com a iniciativa francesa e exigiu explicações á NATO.
    De forma mais áspera, o primeiro-ministro russo Vladimir Putin, declarou que a resolução está «viciada e é inadequada. Assim que se lê, torna-se evidente que autoriza qualquer um a tomar medidas contra um estado soberano. No seu conjunto, isto lembra-me as Cruzadas da época medieval» [6].

  2. Tudo jogo de marketing, O que os franceses querem mesmo é mostrar ao mundo o tanto que o ” Rafale ” é bom .. e provar que foi testado em guerra …

    Apesar de nossas forças está precaria .. Ainda tenho confiança nos nosso F5BR. =)

  3. Nicolas Sarkozy é um ser patético ! deveriam lhe dizer que de Napoleão ele só tem o tamanho!
    Mas ele mostra a cara da França que diz defender os direitos humanos mas esta sempre disposta a derramar sangue, foi assim na Argélia,Vietnã,Líbia, nas ruas francesas contra os imigrantes etc!

  4. Americanos e europeus estão pensando agora no revanchismo de Kadafi (e seus aliados), caso ele permaneça do poder.
    Essa guerra tende a crescer e a se espalhar ? Sem dúvida.
    O que fazer para parar essa guerra ?
    Democratização dos países islâmismos, mas com o poder judiciário independente do legislativo e do executivo, caso contrário, na prática, os políticos corruptos não serão presos e condenados. Toma Lá Dá Cá (troca de votos por cargos públicos), deve ser considerado um crime hediondo pela futura democracia islâmica, caso contrário seria melhor manter o ditador ou rei no poder.
    Voto populista para escolher os políticos, também não vai funcionar, pois o padrão ou nível vai despencar,e a nação, sendo a maior empresa que existe, não pode ser governada por políticos sem formação e sem visão executiva. A elite intelectual e moral duma nação, é que deveria compor o quadro político de qualquer país desse planeta.
    Futuramente, devem se afastar da Teocracia, mas se não der, vão em frente, mas com flexibilidade nas leis.

  5. O PLANO DA OTAN É OCUPAR A LÍBIA – por Fidel Castro – 21 de fevereiro de 2011

    R E F L E X Õ E S D O F I D E L

    Havana. 22 de Fevereiro, de 2011

    Reflexões de Fidel
    O plano da OTAN é ocupar a Líbia

    O petróleo se converteu na riqueza principal, nas mãos das grandes multinacionais ianques; através dessa energia dispuseram de um instrumento que acrescentou consideravelmente seu poder político no mundo. Foi sua arma principal quando quiseram liquidar facilmente a Revolução cubana, mal se promulgaram as primeiras leis justas e soberanas em nossa Pátria: privá-la do petróleo.

    Alicerçada nessa fonte de energia teve seu desenvolvimento a civilização atual. A Venezuela foi a nação deste hemisfério que maior preço pagou. Os Estados Unidos se tornaram nos donos das enormes jazidas com a que a natureza dotou esse irmão país.

    Ao finalizar a Segunda Guerra Mundial, começou a extrair maiores volumes de petróleo das jazidas do Irã, bem como das da Arábia Saudita, Iraque e os países árabes situados em torno destes países. Estes passaram a ser os fornecedores principais. O consumo mundial foi se elevando até a quantia fabulosa de aproximadamente 80 milhões de barris diários, incluídos os que são extraídos do território dos Estados Unidos, aos que posteriormente se somaram o gás, a energia hidráulica e a nuclear. Até começos do século 20, o carvão tinha sido a fonte fundamental de energia, que tornou possível o desenvolvimento industrial, antes que se produzissem bilhões de carros e de motores consumidores de combustível líquido.

    O esbanjamento do petróleo e do gás é associado a uma das maiores tragédias, ainda não resolvido no absoluto, que a humanidade está sofrendo: a mudança climática.

    Quando a nossa Revolução triunfou, Argélia, Líbia e Egito ainda não eram produtores de petróleo e boa parte das quantiosas reservas da Arábia Saudita, Irã, Iraque e os Emirados Árabes, ainda estavam por serem descobertas.

    Em dezembro de 1951, Líbia se converteu no primeiro país africano a atingir a independência, depois da Segunda Guerra Mundial, tendo sido seu território palco de importantes combates entre as tropas alemãs e as do Reino Unido, que deram fama aos generais Erwin Rommel e Bernard L. Montgomery.

    Mais de 95% do território líbio é desértico. A tecnologia permitiu descobrir importantes jazidas de petróleo leve, de excelente qualidade, que hoje atingem 1,8 milhão de barris diários e abundantes depósitos de gás natural. Essa riqueza lhe permitiu atingir uma expectativa de vida que chega quase aos 75 anos, e o mais alto ingresso per capita da África. Seu rigoroso deserto é situado acima de um enorme lago de água fóssil, equivalente a mais de três vezes a superfície de Cuba, questão que lhe permitiu construir uma ampla rede de tubagens condutoras de água doce que se estende pelo país todo.

    A Líbia, que tinha um milhão de habitantes ao atingir a independência, hoje conta com algo mais de seis milhões.

    A Revolução líbia teve lugar no mês de setembro do ano 1969. Seu líder principal foi Muammar al-Khadafi, militar de origem beduína, quem ainda muito jovem se inspirou nas ideias do líder egípcio Gamal Abdel Nasser. Sem dúvida, muitas de suas decisões estão associadas às mudanças que se produziram na altura em que, tal como no Egito, uma monarquia fraca e corrupta foi derrocada na Líbia.

    Os habitantes desse país têm tradições guerreiras milenares. Fala-se que os antigos líbios fizeram parte do exército de Aníbal quando este esteve prestes a liquidar a antiga Roma com a força que cruzou os Alpes.

    Pode-se ou não concordar com Khadafi. O mundo foi invadido por todo o tipo de notícias, empregando, especialmente, a mídia. Será preciso esperar o tempo necessário para conhecermos com rigor, o quanto há de verdade ou mentira. Ou uma mistura de fatos de todo tipo que, em meio do caos, se produziram na Líbia. O que para mim se torna evidente é que ao governo dos Estados Unidos não lhe preocupa minimamente a paz na Líbia e não vacilará na hora de dar à OTAN a ordem de invadir esse rico país, talvez em questão de horas ou em breves dias.

    Aqueles que com pérfidas intenções inventaram a mentira de que Khadafi se dirigia à Venezuela, tal como fizeram na tarde de domingo 20 de fevereiro, receberam hoje uma digna resposta do ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Nicolas Maduro, quando expressou textualmente que “fazia votos porque o povo líbio encontre, no exercício de sua soberania, uma solução pacífica a suas dificuldades, que preserve a integridade do povo e da nação líbia, sem a ingerência do imperialismo…”

    Da minha parte, não imagino o líder líbio abandonando o país, eludindo as responsabilidades que lhe imputam, sejam ou não falsas em parte ou na totalidade.

    Uma pessoa honesta sempre reagirá contra qualquer injustiça que seja cometida contra qualquer povo do mundo, e o pior disso, neste instante, seria guardar silêncio diante do crime que a OTAN se prepara para cometer contra o povo líbio.

    A chefia dessa organização bélica quer fazê-lo com urgência. É preciso denunciar isso!

    Fidel Castro Ruz

    21 de fevereiro de 2011

    22h14

  6. França: te vendo 1 rafale por 100 barris de petróleo
    Rebeldes: q robalhera!!
    frança: ): (ñ emplacou d nv)
    XD

  7. É Kadafi se Lascou!!!

    Seria interessante os Sauditas fazerem manifestações descentes, a Otan iria se borrar toda, e não se venderem por alguns trocados que irão deixar seus netos na periferia do mundo desenvolvido!!!

  8. Dos paises Latinos a Espanha e a França são os que estão em uma posiçãozinha melhor ja que Portugal cambaleia e a Italia cambaleara.Sarkosy anda tendo pessadelos,com a dependencia energetica atomica e com o momento economico não muito favoravel e vai acabar se precipitando atirando a França em uma guerra na Libia.O Mistral ta coalhadinho de Legionarios so esperando a ordem pra desembarcarem.O Sr.Sarkosy ate mesmo se antecipou a ONU,quando resolviam o que fazer seus caças ja estavam sendo posicionados e quando saiu a decisão os Rafales ja estavam sobre o Mediterraneo e minutos apos a decisão ja despejavam misseis e bombas na Libia.Ele prefere isso do que ter a população Francesa que é muito radical com descontentamentos depredando tudo e quebrando na porrada com as forças de segurança.É Sr. Sarkosy essa foi uma cartada audaciosa mas as dunas se movem e mudam de localização.Espero que não tenha a miragem de ver a Carla Bruni dançando nua no Oasis a dança da prisão de ventre.

Comentários não permitidos.