Extensão Territorial
De acordo com o site Mundo Educação, temos o seguinte ranking em termos de extensão territorial dada em Km²
Desses, o mais próximo territorialmente falando, seria a Austrália que possui cerca de 78 caças entre Hornets, Super Hornets e futuramente F-35. Com uma Força Aérea um pouco maior que a australiana, encontramos o Canadá que possui 64 caças e que talvez adquira F-35 para substituir seus Hornets…
Considerando que o Brasil pretende substituir cerca de 100 aeronaves entre F5 e AMX por apenas 36 Gripens, já percebemos por essa tabela que países com as nossas dimensões possuem no mínimo uma frota com o dobro do número que futuramente teremos. Isso é preocupante.
Como parte da área de uma nação, muitas vezes não é densamente habitada. Talvez fosse mais interessante considerar o tamanho da população ao se fazer um comparativo.
Número de Habitantes
Para estabelecer uma relação entre população de FA peguei os dados do Index Mundi, que forneceu a população mundial em 2014 e plotei junto com o numero de caças que já tínhamos.
Com números populacionais próximos ao Brasil, encontramos a Indonésia com uma frota de 35 caças como também o Paquistão e seus 300 aviões de combate. Com quem comparar?
Uma verdade pode ser constatada: dos 30 países mais populosos do globo, só 10 possuem uma Força Aérea mais fraca que nossa do ponte de vida de caças. Talvez fosse melhor comparar pelo mesmo nível de riqueza.
- Nessa lista estão boa parte dos países considerados ricos que estão no programa do F-35.
- Tirando aqueles que nem sequer possuem Força Aérea, a maioria possui vetores relativamente modernos
- Dos vizinhos, novamente o Chile esta em uma melhor posição que o Brasil. Repare que o Uruguay esta mais bem posicionado ainda. Caberia perguntar, porque então algumas autoridades insistem em fazer doações de material bélico para este país?
O Poderio Turco
De acordo com a Wikipedia seriam 756 aeronaves, incluindo UAVs, helicópteros, cargueiros, etc sendo 348 caças se contarmos os F-4 e F-5 que foram modernizados e desconsiderando cerca de 70 jatos F-5/T-38 de treinamento. Podemos então dizer que mais da metade da frota da Turquia são jatos de combate.
Mas porque nossa FA é mais inchada? Seria menos eficiente já que precisa de mais gente para fazer o mesmo? Ou será que ela agrega um número maior de servidores porque se incumbe de outras tarefas que não obrigatoriamente seria sua função?
Por exemplo, o controle de trafego aéreo não poderia ser delegado a outras entidades? A FAB agrega em seus quadros médicos, dentistas, etc. Seriam essas funções que tornariam a FAB numericamente maior em pessoas? Nesse momento me faltam dados para concluir.
Se tem proporcionalmente menos caças é porque possui mais aeronaves voltadas para outras funções como, por exemplo, o transporte de cargas ou pessoas. Essa ideia parece ser reforçada quando analisamos o tamanho da nossa frota de aeronaves de transporte.
Enquanto nosso GTE possui 18 aeronaves de asa fixa para o transporte de autoridades, a Força Aérea Turca tem apenas um único Gulfstream IV. Enquanto eles possuem 80 aeronaves de transporte geral, adotando 4 modelos básicos, nossa FAB possui cerca de 120 aeronaves, já descontando metade da frota de bandeirantes que não serão modernizados, utilizando 8 modelos diferentes.
Enquanto a FAB a muito custo incorporou recentemente um 767 na frota para substituir o nosso sucatão, a Turquia possui sete KC135, um deles inclusive foi utilizado para participar de um Red Flag esse ano.
Como o jornalista Alexandre Galante uma vez citou em seu site, é natural que tendo um país de dimensões continentais nossa frota seja direcionada para o transporte, mas cabe lembrar que essa frota na maioria das vezes é solicitada para atender demandas de outras pastas do governo.
Seja no transporte de órgãos para Ministério da Saúde, seja no transporte de tropas da guarda nacional para a pasta da Justiça, sejam nos casos de calamidades públicas como enchentes e deslizamentos.
Quando o governo falha e não atende as necessidades da população é a FAB que vem socorrer. Quando uma cidade não executa as obras de prevenção de deslizamentos ou de enchentes é a FAB que irá prover a população de suprimentos. Apesar de ser muito bonito e gratificante tais ações, são recursos da força que são desperdiçados.
Não estamos dizendo que a FAB deva se omitir, mas que os governantes façam sua parte e não usem a as Forças Armadas como “bombeiros em incêndio”. Uma regra básica que aprendemos na informática é que manutenção corretiva, custa muito mais que a manutenção preventiva.
Com relação aos gastos com pensionistas e inativos, a FAB estava amarrada a leis antigas que já foram modificadas, porém tais correções levarão um bom tempo para surtirem efeitos. Recentemente eles anunciaram um plano de reestruturação onde uma das metas é aumentar a contratação de temporários para os seus quadros, o que diminuirá as despesas futuras com inativos.
Isto sem comprometer a qualidade de vida da população como alguns países que vivem atualmente em uma “economia de guerra” na África e Ásia estão fazendo. Digo isto porque países com um nível de desenvolvimento humano próximos ao nosso, possuem uma FA mais aparelhada que a FAB.
De acordo com o site Defesa Net, em uma matéria de 05/09/2016, o orçamento da FAB para 2016 e 2017 será respectivamente de R$ 18,9 e R$ 20,7 bilhões. Com o dólar cotado a R$3,27 nesta data, teremos então US$ 5,7 bi para 2016 e US$ 6,3 bi para 2017. Esses valores incluem todas as despesas, inclusive pessoal ativo e inativo.
Cabe esclarecer que este texto limitou-se a analisar apenas o poderio da nossa FAB no que diz respeito a quantidade de caças para defesa aérea.
Mesmo tendo a intenção de adquirir 36 vetores modernos no prazo de 10-15 anos, diante dos números de outras FAs, essa quantidade parece ridícula, principalmente considerando-se a nossa extensão territorial. Cabe lembrar que a soma de aviões disponíveis para ataque em nossos vizinhos beira as 200 unidades. Em caso de um conflito mundial generalizado, teríamos como neutralizá-los?
Ninguém aqui quer um país bélico, que ignore necessidades sociais e privilegie o investimento em Forças Armadas. Apenas queremos que os nossos impostos sejam gastos de forma inteligente sem desperdiçá-los para que a FAB possa proteger de maneira adequada a população.
Queremos uma FA enxuta, que não gaste a maior parte dos recursos com folha de pagamento, que seja motivo de orgulho e não uma mera companhia aérea que sirva apenas aos interesses dos governantes.
Acho que todos aqui sabem o óbvio.
…………..como disse Nelson Rodrigues: o ÓBVIO ULULANTE………….
O mesmo problema: o cidadão brasileiro.
Gente demais, equipamento em quantidade e qualidade de menos, desperdício, etc.
Quanto a Turquia ser um bom país para nos compararmos discordo.
O país deveria ser a Rússia para fazermos paralelo.
Porém isso é questão de opinião, pois cada tipo de pesos também estão sujeitos a preferências e não apenas a lógica, pois qual seria a melhor lógica?
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Para países de territórios gigantes não existe apenas a consideração o que ele é, mas também, o que ele deveria ser. Pois é guardião de inúmeras riquezas.
Além disso há também sua participação na influência (apenas local ou mundial) econômica e política, com abrangência maior ou menor.
Fatores esses que, a meu ver, são tão ou mais significativos que tamanho da população por exemplo.
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Mas o que se deve absorver deste estudo de pesquisa e análise acima (muito bom pois coloca certos pingos nos is), é de que do jeito que está o Poder de combate frágil, mixuruca, em nossa FAB não dá para continuar. Ela precisa de mudanças incrementadoras tanto de número de vetores para defesa, como de eficiência administrativa dos recursos restritos que recebe da população brasileira.
36 = fragilidade.
Números atualizados EUA 2296, China 1271, Rússia 806, …. Brasil 43.
Correção. 48 F-5M
Cara, a gente vê isso desanima e muito. Como pode, uma coisa dessas, onde vai o dinheiro? Quase inacreditável
Na minha opinião a quantidade de caças que a FAB poderia possuir levando em consideração as dimensões continentais do Brasil, seria de 250 a 300 caças claro que não temos inimigos para justificar a quantidade de caças,mais para defender o nosso espaço aéreo em qualquer parte do território de forma rápida principalmente na região amazônica que faz fronteira com vários países.
………….como entender a história da quantidade de caças Gripen?….ora, como só com os 36 caças que foram encomendados faríamos frente à um conflito defendendo um país enorme como o nosso? Daí vem aquela velha história de que somos um país pacífico, que nunca nos atacarão, que deveríamos gastar o dinheiro das FFAAs. na saúde e na educação, que nossos vizinhos não são agressivos, mas de boa paz, que existe a OEA, UNASUR,o TIAR (aliás foi confiando no TIAR que a Argentina se ferrou na Guerra das Malvinas) e que agora somos “amigos dos EU”….são necessários no mínimo 200 caças!!…Kkk….outrossim , por qual razão não modernizaram todos os AMX que poderiam servir como treinadores avançados??? Brasil……… um país sério??
Ta errado isso…
Temos 48 F-5M ativos não 43, pelo que entendi não ta se contando os caças de ataque e reconhecimento pois temos também 32 AMX/A-1M e 12 A-4A/B ativos.
Com a chegada dos 36 Gripen teremos 84 caças de combate, ainda assim uma vergonha para um país tão grande e nona economia do mundo.
Mesmo que a FAB tivesse no fim os 108 Gripen que planeja seria um número aquém das nossas necessidades.
Os 36 Gripen só servem pra proteger Brasília, numero pequeno.
Faço uma ressalva, levando em conta o PIB do Brasil, somos a nona economia do mundo. A Itália é a oitava, com uma diferença pequena da nossa, e eles teriam 111 caças para Defesa Aérea. Então quando a FAB planeja ter 108 caças Gripen NG para substituir os F-5 e AMX é um número razoável levando em conta nosso PIB e que somos um país sem conflitos, apenas minha opinião.
O ideal seria uns 200 caças com um bom numero de misseis a disposição, uma força de respeito.
Boa noite a todos.
Gostaria de colocar algumas considerações ao que foi comentado:
Com relação aos números de caças, eu respeitei o que a Global Fire Power tinha colocado na época. Tava errado? Provavelmente. Encontrei outras discrepâncias nos números de outros países publicado por eles. Faltou considerar o AMX? sim! Porque eles tinham uma outra listagem só com vetores de ataque e outra com numero de aeronaves total. Peguei apenas a de caça.
Quanto a comparar com a Russia… também acho que seria o mais lógico. Seja pelo PIB, pelo tamanho, seja pela pretensão rs rs rs… Mas acho que sofremos do mesmo mal que a Turquia: Islâmica demais para ser ocidental, ocidental demais para ser islâmica… Nós? Somos latinos demais para ser desenvolvidos…
Finalizando, sobre ser o “OBVIO”…, bem, não é o que as pessoas andam dizendo por ai. Ainda reina o discurso do “é o que podemos ter”. Grana tem. Apenas está caindo no lugar errado. Aliás, no BOLSO errado.
Saudações