O porta-voz do Ministério da Defesa da Rússia, major-general Igor Konashenkov, confirmou nesta-terça-feira (4) o envio do sistema de defesa S-300 para a base naval russa na Síria.
“De fato, o sistema de defesa antimísseis S-300 foi enviado para a República Árabe da Síria . Este complexo foi concebido para garantir a segurança da base naval em Tartus”, disse ele.
Konashenkov acrescentou que não está claro por que a entrega do sistema S-300 na Síria causou um rebuliço no Ocidente.
“Quero lembrar que o S-300 é um sistema puramente defensivo, e não representa nenhuma ameaça a ninguém. Além disso, anteriormente, como vocês sabem, na região havia um sistema semelhante em execução marítima — o complexo “Fort”, que está equipado com o cruzador de mísseis guiados ‘Moskvá’ [Moscou, em russo] da Frota do Mar Negro”, frisou.
Foto: © Sputnik/ Alexei Danichev
Fonte: Sputnik News
Rússia envia mísseis antiaéreos para a Síria
Sistema de mísseis será posicionado no porto de Tartus. Moscou diz que medida visa garantir segurança de base naval e de navios de guerra na região. EUA questionam intenções russas.
O Ministério de Defesa da Rússia anunciou nesta terça-feira (04/10) o envio de uma bateria de mísseis antiaéreos S-300 para a Síria, com o objetivo de defender a base naval no porto de Tartus.
“O sistema destina-se a garantir a segurança da base naval de Tartus e dos navios de guerra na zona costeira. Lembro que o S-300 é um sistema de defesa e não ameaça a ninguém. Não sabemos por que o envio dos S-300 causou tanto alvoroço entre nossos parceiros do Ocidente”, ressaltou o porta-voz do ministério Igor Konashenkov, num comunicado.
O anúncio foi feito um dia após os Estados Unidos suspenderam as negociações com a Rússia para um cessar-fogo no conflito sírio. O porta-voz do Pentágono, Peter Cook, disse que o sistema de mísseis russo não afetará as operações da campanha aérea da coalizão liderada pelos americanos contra o grupo extremista “Estado Islâmico” (EI).
Cook questionou ainda o motivo que levou Moscou a enviar o sistema para a região. “Os russos disseram que seu objetivo na Síria era combater extremistas, como o grupo ‘Estado Islâmico’ e a Frente al-Nusra. Nenhum deles possuiu uma força aérea. Por isso, observarmos com atenção o movimento”, acrescentou.
Os EUA acusaram Moscou e o regime de Bashar al-Assad de bombardear indiscriminadamente a cidade de Aleppo, além de atacar alvos civis e um comboio de ajuda humanitária do Crescente Vermelho e da ONU. A Rússia negou que os bombardeios tenham atingidos hospitais e instalações civis.
CN/rtr/afp/dpa/lusa
Edição: Konner/Plano Brasil
Fonte: DW
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