Investigação preliminar de caso Nemtsov aponta para nacionalistas ucranianos

De acordo com fontes policiais citadas pelo jornal “Kommersant”, o exame balístico mostrou que os tiros que mataram o líder oposicionista Boris Nemtsov teriam sido disparados por amadores. O jornal também divulgou que nenhuma das câmeras do Serviço Federal de Segurança (SFS) localizadas perto do Kremlin teriam filmado o assassinato.

Por enquanto, os investigadores continuam analisando todas as possíveis versões do crime. Porém, a teoria mais aceita por Igor Krasnov, investigador sênior do Comitê Investigativo da Federação Russa, é de que nacionalistas radicais ucranianos sejam responsáveis pela morte de Nemtsov devido ao apoio do oposicionista às autoridades de Kiev.

Amadores no ‘ponto cego’

A perícia descobriu que os cartuchos das balas deixados na cena do crime foram fabricados em épocas diferentes, em 1986 e 1992, e por diferentes empresas.

“É definitivamente a marca de bandidos  amadores. Usaram as munições que tinham mais à mão”, disse à Gazeta Russa o membro da mesa de presidência dos Oficiais da Rússia, Aleksandr Mikhailov. “Os assassinos profissionais são adversos a isso, mantêm as armas sempre operacionais e em boas condições.”

O fato de as câmeras do SFS “não terem funcionado ou captado qualquer imagem” tem sido, contudo, motivo para o surgimento de teorias de conspiração diversas. A cena do crime, ao lado do Kremlin, estaria no campo de visão de múltiplas câmeras.

No entanto, segundo escreve o “Kommersant”, as imagens registradas “estão pouco nítidas ou simplesmente não existem porque o equipamento estava temporariamente desligado para manutenção”.

Mais tarde, funcionários do SFS negaram que as câmeras não estivesse funcionando. Segundo eles, o equipamento estava direcionado para o interior do Kremlin, enquanto a ponte Bolchoi Moskvorétski, onde o político foi baleado, não é zona de responsabilidade dos serviços federais.

“Essa história não me surpreende. Já me deparei muitas vezes com situações semelhantes durante o meu trabalho operativo, quando falhava aquilo que, por princípio, deveria funcionar”, acrescentou Mikhailov.

Versão contraditória

Os nacionalistas russos contatados pela Gazeta Russa consideram a versão mais aceita pelos investigadores – de que assassinos seriam radicais das milícias patriotas ou combatentes do Setor de Direita banidos na Rússia – como um “absurdo” e uma tentativa de influenciar a opinião pública.

“Nos últimos três anos, Nemtsov colaborava ativamente com os nacionalistas e defendia a ideia da criação de um Parlamento honesto, onde tivessem assento representantes do movimento nacionalista”, diz um dos líderes da Associação Etno-Política ‘Russos’, Vladímir Ermolaev.

“Se falarmos daqueles que apoiam a Ucrânia, por que iriam eliminar um aliado político?”, questiona o ativista de direitos humanos e advogado dos nacionalistas Matvei Tszen. “A história com as milícias também é estranha: a atividade de Nemtsov não afetava diretamente a Novoróssia [ou Nova Rússia, denominação histórica genérica dada ao sudeste da Ucrânia].”

Segundo o advogado, o quadro complexo do crime não permite uma fácil associação às milícias. Em primeiro lugar, “seguir uma pessoa de modo a não perdê-la de vista nem denunciar a sua presença constante exige uma habilidade operacional que não é ensinada na guerra”, diz.

Além disso, Tszen acha estranho concluir que o assassino seja amador apenas com base em cartuchos com diferentes anos de fabricação. “Para as milícias, que têm acesso a armas de combate, seria mais natural matar com um fuzil de precisão, que permite disparar a uma distância de centenas de metros sem exigir habilidades de vigilância”, sugere o advogado.

 

Fonte: Gazeta Russa

8 Comentários

    • A MÁFIA DOS MÉDICOS ISRAELENSES COM A ISIS; JUNTOS NO TRÁFICO DE ÓRGÃOS HUMANOS.
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      Segundo um relatório do Canal 2 da televisão do regime de Tel Aviv, uma equipe de médicos israelenses ajuda o ISIS na venda dos órgãos removidos dos cadáveres das vítimas das brutalidades desses terroristas.
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      .(*)fonte:[ https://caminhoalternativo.wordpress.com/ ]
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      Recentemente, agrega, ISIS recrutou a um grupo de israelenses sob o nome de “médicos pelos direitos humanos” com o fim de aproveitar de seus serviços nas tarefas do envio de órgãos de pessoas a certos países regionais e dali a outras partes do mundo.
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      O informe, que estuda as fontes de financiamento do ISIS, explica que os médicos israelenses ajudam o ISIS em hospitais da cidade iraquiana de Mosul, capital da província ao norte de Nínive, na extração de órgãos como coração, rins e fígado, entre outros, dos corpos de seus próprios membros feridos no campo de batalha ou de seus reféns.
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      Como os médicos iraquianos se negaram a ajudar o ISIS nestas tarefas, este grupo terrorista contratou médicos israelenses e de outras nacionalidades para continuar com esse processo e ganhar dinheiro, coloca em relevo o documento que aponta a Turquia como o principal cliente desses órgãos.

      Este ato víl e abominável dos terroristas do ISIS se soma a suas outras atividades, igual de condenáveis, como o contrabando de petróleo, o tráfico de pessoas e drogas, que lhes rende quase 2 milhões de dólares anuais para suas operações terroristas na região do Oriente Médio, e em especial no Iraque e Síria.
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      O ISIS, com milhares de integrantes europeus, norte-americanos e do Oriente Médio em suas filas, comete todo tipo de crimes contra a humanidade, tanto na Síria como no Iraque.
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      Eu sou mais os médicos cubanos … bem diferente daqueles açougueiros do jaleco branco ( a máfia brasileira ); que adoram dá desfalque da protese nos SUS e depois, vão criticar a política de saúde do governo … hipócritas ….. rsrsr… não é a toa que governo ainda trás médicos cubanos para ajudar a população que não tem aonde cair morto …rsrsrsr.
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      Deve ser por isso que os açougueiros de jaleco branco odeia os médicos cubanos e o SUS. 😉

      • Os médicos cubanos, maltreinados, que fazem barbeiragens por onde servem Pastel de Vento? Cuidado heim! (se bem que no seu caso, um veterinário serve…rs!)

        É de se esperar que um programa que visa mandar para fora do país recursos públicos na casa dos bilhões seja questionado. Se este envio busca resolver problemas básicos da saúde de um governo que completa uma década no poder, deve, no mínimo, ser muito questionado. É o que a imprensa brasileira vem fazendo nas últimas semanas com o Mais Médicos. E as respostas, infelizmente, têm sido bem preocupantes.

        O Globo desse domingo mostrou que uma iniciativa semelhante na Venezuela não melhorou os problemas de saúde local. Erros médicos, não cumprimento de metas, falhas na prestação de contas e pioras em vários índices fazem parte da matéria assinada por Janaína Figueiro. Mas nada se compara ao relato trazido a público por Gilberto Velazco Serrano em entrevista à Veja ainda no sábado. Médico cubano que até 2006 participou de missões na Bolívia, desertou e conseguiu asilo político em Miami, de onde pode finalmente falar livremente sobre a situação na qual vivia.

        Entre outras coisas, Gilberto relata:

        Que os médicos cubanos são obrigados a participar das missões no exterior respondendo a uma convocação aos moldes militares
        Que há paralimitares infiltrados no grupo e armados com o único objetivo de impedir que algum médico deserte
        Que a missão destes médicos têm um viés ideológico, ao menos no discurso motivacional
        Que há manipulação dos dados para que a missão cumpra com a cota mínima pela qual fora contratada
        Que a formação deles, como é de se imaginar, é bem precária, desde a literatura até a estrutura mínima para os exames mais simples, como o de raios X
        Que a história de que o sistema de saúde cubano é exemplar só é de fato crível por quem confia em números passados por uma ditadura que controla todas as informações fornecidas sobre ela
        Que, dos 5 mil dólares prometidos ao profissional, só chegavam 20 às mãos dele
        Que a família dele sofreu represálias depois de sua fuga, mesmo não tendo ela antes recebido qualquer benefício pela missão
        Que a geração mais jovem em Cuba já se posiciona contra a ditadura e isso explicaria o porquê de terem vindo ao Brasil médicos mais experientes
        Que a formação dos médicos em cuba tem sido acelerada para atender à demanda das missões no exterior
        Uma frase de Serrano, contudo, não só resume como tira o sono de qualquer cidadão honestamente preocupado com o futuro da saúde no Brasil: “é triste, mas eu diria que é uma medicina quase de curandeiro”.

        http://www.implicante.org/noticias/relatos-assustadores-medicos-cubanos-cuba/

  1. O inquérito pela morte de Nemtsov é semelhante ao que apurou o atentado do Riocentro ou mesmo o do “Suicídio” de Vladimir Herzog ou seja, uma rematada farsa do regime despótico de Putin. Nada como o bom e velho Caio Blinder para botar os pingos nos is:

    CRIME E FARSA EM MOSCOU

    O aparato de segurança e de justiça do regime de Vladimir Putin funciona de forma rápida e eficiente. No domingo, um tribunal de Moscou indiciou dois dos cinco suspeitos habituais presos por suposto envolvimento no assassinato do líder oposicionista Boris Nemtsov, com quatros tiros nas costas, ocorrido em 27 de fevereiro, pertinho do Kremlin, um dos locais mais vigiados na Rússia.

    Alguns dos cinco suspeitos habituais são aparentados entre eles e procedentes da Chechênia, no Cáucaso do norte, a volátil região de população muçulmana, onde o Exército russo travou duas brutais guerras contra separatistas desde os anos 90. Hoje, a região está sob controle de Ramzan Kadyrov, um ex-líder rebelde que se bandeou para o lado de Putin.

    Kadyrov acusava Nemstov, que era judeu, de ser um traidor por desafiar o governo e criticar a agressão russa na Ucrânia. Ele, no entanto, nega qualquer envolvimento no assassinato, que Putin qualificou como uma “provocação” para desestabilizar o governo.

    No final do domingo, Kadyrov disse que um dos dois indiciados, o ex-policial na Chechênia, Zaur Dadayev, era um “verdadeiro patriota”, um muçulmano devoto que ficara indignado com as charges de Maomé publicadas no jornal satírico Charlie Hebdo. Nemtsov foi solidário ao jornal francês, alvo de atentado em janeiro. De acordo com a juíza no caso, Dadayev já confessou o crime e, segundo as autoridades, um sexto suspeito habitual se suicidou em Grozny, capital da Chechênia. Para dizer o mínimo, o rumo das investigações levanta mais questões do que respostas.

    Ninguém pode acusar Putin de inconsistência. Estas prisões de suspeitos habituais seguem o padrão registrado em outros assassinatos políticos na Rússia, com a culpabilidade atribuída a homens da Chechênia e de outros repúblicas do Cáucaso do norte. Os pistoleiros são presos e a farsa é enterrada sem a identificação dos mandantes do crime. O escândalo mais ilustrativo do gênero fora até agora o assassinato da jornalista Anna Politkovskaya, em 7 de outubro de 2006, data do aniversário de Putin.

    O caso de Nemtsov, porém, é bem mais sério. Rompeu um pacto tácito que existia na elite política desde a morte de Stálin, em 1953, de que políticos não devem ser assassinados de forma escancarada. Horas antes de sua morte, Nemtsov, que foi vice-primeiro-ministro nos anos 90, gravara uma entrevista em que denunciava que a “Rússia estava rapidamente se tornando um estado fascista”.

    Nemtsov e um ex-primeiro-ministro que se tornou oposicionista, Mikhail Kasyanov, estavam engajados em um projeto para desmascarar a farsa de Putin de que a Rússia não tem soldados diretamente envolvidos no conflito ucraniano ao lado dos separatistas. Dias antes da morte de Nemtsov, Kasyanov disse que o regime morria de medo da “carga 200″, termo militar russo para soldados mortos. A ideia era justamente mostrar as evidências de soldados russos mortos na Ucrânia. Por estimativas de parentes e de grupos de defesa de direitos humanos, já morreram centenas.

    A maioria dos russos acredita na agitprop do regime. Pesquisa do grupo independente Levada feita em fevereiro revela que 60% dos entrevistados não acreditam que exista uma guerra entre Rússia e Ucrânia e apenas 1 em 4 acha que há soldados russos no país vizinho.

    Dá para imaginar que a maioria dos russos irá comprar a versão oficial sobre os suspeitos habituais envolvidos no assassinato de Boris Nemtsov.

    http://veja.abril.com.br/blog/nova-york/uncategorized/farsa-em-moscou/

    • Hahahah a casa caiu … os chechenos foram os protagonistas do assassinato, os queridinhos dos sauditas, os tutores do pai adotivo das crias que a vaca-sagrado dos americanófilos pariu no oriente médio … a mesma EI que ajuda o PIB da lavanderia do Jacuzinho … rsrsrsr .. você não sabia? …não ? … HOO ! coitado … inocente … Hahahaha

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