Argentina quer aumentar exportação de alimentos para a Rússia

Argentina quer aumentar exportação de alimentos para a Rússia

Buenos Aires pode aumentar significativamente a exportação de produtos tradicionais como maçãs, peras, limões, ameixas e amendoins Foto: Ministério da Agricultura

No dia 20 de agosto, foi realizada em Moscou uma reunião entre representantes dos governos da Argentina e da Rússia sobre o fornecimento de gêneros alimentícios argentinos ao mercado russo. De acordo com fontes diplomáticas da Gazeta Russa, a delegação do governo de Buenos Aires trouxe a Moscou uma lista de mais de 50 itens para que fossem analisados.

Segundo afirmou o coordenador geral da Câmara de Comércio e Indústria Argentina-Rússia (Caciar), Matias Garcia Tuñón, a imposição pela Rússia de restrições às importações provenientes dos países que haviam introduzido sanções contra ela criou oportunidades sem precedentes para a Argentina. Em particular, Buenos Aires pode aumentar significativamente a exportação de produtos tradicionais como maçãs, peras, limões, ameixas e amendoins, bem como diversificá-la através de novos produtos como azeite, queijos, massas e artigos de confeitaria. Além disso, estão se abrindo para os produtores argentinos boas perspectivas de aumento do fornecimento de carnes, peixes e frutos do mar.

Na véspera, em Buenos Aires, a Caciar havia informado que recebera um grande número de pedidos de fornecedores de redes de varejo russas, que anteriormente haviam firmado contratos exclusivos com produtores europeus. Em função disso, a organização dirigiu-se aos produtores argentinos sugerindo que aproveitassem a conjuntura favorável para aumentar as exportações para a Rússia. Debora Giorgi, Ministra da Indústria, Carlos Casamiquela, Ministro da Agricultura, Carlos Bianco, Secretário de Relações Econômicas Internacionais da Chancelaria e outros funcionários do alto escalão do governo argentino participaram das negociações.

Propostas concretas

“A Argentina pode perfeitamente assumir uma posição privilegiada no mercado russo. Atualmente esse país ocupa o quarto lugar na América Latina em volume de negócios com o país, perdendo para o Brasil, México e Venezuela”, contou à Gazeta Russa Liudmila Simonova, diretora do Centro de Pesquisas Econômicas da América Latina da Academia de Ciências Russa. De acordo com ela, em 2013, o volume do comércio entre os dois países totalizou US$ 1,5 bilhão, segundo dados de Moscou, sendo que os produtos agrícolas foram responsáveis por 75% desse montante.

Simonova acredita que em um futuro próximo as exportações agrícolas da Argentina para a Rússia podem aumentar em 30%. “Além do mais, o mercado russo não está interessado apenas em mercadorias para consumo em massa, mas também em produtos exclusivos para restaurantes, como por exemplo a pescada negra ou a corvina do Atlântico”, afirma. Em sua opinião, as autoridades russas depositam grandes esperanças na América Latina, cujos exportadores estão dispostos a se reorientar para o mercado russo.

Uma fonte da Gazeta Russa no Ministério da Agricultura informou que ainda não foram firmados novos contratos de fornecimento de produtos argentinos, mas a reunião realizada nesta quarta-feira (20) deve ser o prelúdio do encontro da Comissão Intergovernamental Rússia-Argentina de Comércio e Cooperação Econômica, que será realizado em Moscou, em 15 e 16 de setembro.

Fonte: Gazeta Russa

9 Comentários

  1. Nicolae Ceaușescu tentou comprar Harriers trocando por navios e laranja, porém na hora que foi avalair a carga, não tinha nem isso, nem laranjas para pagara a conta. Esta turma não aprende com a história…

    • Pode até ser que a Argentina não tenha condições de exportar muita coisa. Porém estão lá fazendo o dever de casa tentando exportar.
      Por acaso já foi para lá o Governo Brasileiro e os empresários abrir o leque de exportações?
      A Rússia esta com sanções… quem sabe agora é hora do Brasil propor parcerias para desenvolvimento de tecnologia nos gargalos de ambos os países. Brasil tem Embrapa (vai vendendo alimento enquanto desenvolve tecnologias locais para produzir alimentos lá para os Russos e os Russos já foram ao espaço, então pode-se fazer trocas). Na área de eletrônica o Brasil não produz nem Lâmpada de Led, que dirá processador, nem Circuito Integrado, então quem sabe juntam empresários, Universidades, enfim, própria indústria Bélica de Defesa, Os BRICS existe e tenho certeza que é hora de se juntar. Se juntar para prosperar e não em detrimento de qualquer outra nação. Naturalmente os Yankes ficarão de lado. Bom para OS BRICS, é só acelerar o processo.

  2. Porque foi dissolvido hoje o parlamento ucraniano? Aonde se quer chegar com isto?

    Provavelmente, o 3º paragrafo da noticia baixo contenha a resposta…

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    “O presidente ucraniano, Pyotr Poroshenko nesta segunda-feira dissolveu o Verkhovna Rada (parlamento) e anunciou eleições legislativas antecipadas.

    O presidente dissolveu a Rada “, pois esta é a única decisão correta e responsável”, disse no Twitter seu porta-voz Svyatoslav Tsegolko .

    Poroshenko exortou “as forças políticas democráticas para disputarem as eleições como uma única equipe pró-ucraniano e pró-europeu”.

    Poroshenko assinou um decreto que fixa a data das eleições parlamentares no país em 26 de Outubro.”

  3. É só a Argentina que quer faturar?
    Nada disso, Brasil, Uruguai, Equador, Chile e Colômbia também estão enlouquecidos com a oportunidade.

    O que podemos dizer?
    Obrigado, Obama.
    😀

  4. Enquanto isso, na rica Venezuela, que nada sobre petróleo, mas vive sob um regime ditatorial socialista, o governo esquerdopata implanta a MARCA DA BESTA para controlar o povo venezuelano:

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    VENEZUELA TENTA IMPLANTAR UM BIG BROTHER PARA O CONSUMO.

    Sob pretexto de evitar desabastecimento e contrabando, governo proibirá cidadãos de comprar mesmos produtos mais de uma vez na semana

    por Léo Gerchmann
    22/08/2014 | 05h01

    Acossado por um desabastecimento que provoca inflação e mau humor até em antigos simpatizantes, o governo da Venezuela decidiu marcar de cima o comércio e os consumidores. Implementará um sistema de “controle biométrico” para restringir a venda de produtos na rede atacadista e nos supermercados. Será um cerco ao comprador que queira adquirir o mesmo produto duas vezes numa mesma semana.

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    Os consumidores terão suas impressões digitais conferidas. Objetivo alegado pelo governo: impedir que se tente acumular produtos ou até contrabandeá-los, em especial para a vizinha Colômbia.

    Especialista em comunicação estratégica, o analista Miguel Sogbi critica o controle estatal e a “petroleodependência”. Interpreta o “controle biométrico” como uma forma de repassar a responsabilidade pelo desabastecimento à “última ponta da cadeia”: o varejo.

    — Isso provoca o surgimento de máfias. Os supermercados e o consumidor são prejudicados — diz.

    O desabastecimento na Venezuela se intensificou a partir de 2013. Provocou descontentamento e protestos que ganharam as ruas do país. O governo ficou acuado pela classe média e por antigos aliados dos setores mais desfavorecidos, chavistas cuja fidelidade se sustentava nas ações assistenciais.

    Entre os produtos da cesta básica que mais têm faltado nas gôndolas nos últimos meses, estão papel higiênico, margarina, óleo de cozinha e farinha de milho, principal ingrediente da arepa — iguaria típica venezuelana. No início do ano, estava em 30% — e o governo deixou de divulgar os índices.

    Em razão da escassez, os venezuelanos enfrentam filas nos supermercados e restrição na venda de mercadorias. Para tentar contornar a situação, o governo importou produtos, mas em quantidade insuficiente para atender à demanda. Atribuiu a escassez não à economia, mas à política. Haveria uma tentativa deliberada dos empresários de boicotar o governo para enfraquecê-lo.

    O “controle biométrico” deverá funcionar em todos os supermercados e empresas atacadistas. Não foi definido se será restrito a alguns produtos e quais. O governo ainda pretende confiscar bens contrabandeados. A ideia é centrar nesse delito a razão das medidas restritivas.

    — A distribuição e a comercialização serão perfeitas, tenho certeza — disse o presidente Nicolás Maduro ao fazer o anúncio.

    Não é o que pensa, por exemplo, o presidente da Aliança Nacional de Usuários e Consumidores (Anauco), para quem o sistema será ineficaz.

    — O controle tenta pôr panos quentes no desabastecimento. Só piora a situação — afirmou Roberto Parilli.

    “O sistema lesa direitos constitucionais”

    Órgão que representa os consumidores venezuelanos, a Aliança Nacional de Usuários e Consumidores (Anauco) irá à Justiça contra o “controle biométrico”, disse seu presidente, Roberto León Parilli a ZH.

    Vocês entrarão na Justiça?
    Já sabemos que há grande rejeição à medida, mas ainda não foi implementada. Portanto, ainda não ingressamos com uma demanda coletiva. Poderemos tentá-la assim que se implemente.

    Sob quais argumentos?
    O sistema biométrico em supermercados e outros estabelecimentos lesa direitos constitucionais. O primeiro direito é o do livre acesso ao consumidor. Isso está previsto no artigo 117 da Constituição. Também temos o artigo 305, que prevê o direito à segurança alimentar. Cabe ao Estado manter a alimentação suficiente para a população. Quando põe uma máquina biométrica no supermercado, para o cidadão, está limitando o poder de compra dele e lesando esses direitos fundamentais. Por isso, estamos à espera de que o sistema seja implementado para tomar as medidas judiciais.

    O governo atribui a estratégia ao contrabando para a Colômbia. É isso mesmo o que ocorre?
    O problema de fundo é o desabastecimento, não é o contrabando. O que se está fazendo é atingir os direitos dos cidadãos. Para combater o contrabando, não se deve lesar direitos dos cidadãos. Repito: o problema é o desabastecimento. O governo deve aumentar a produção e aplacar o desabastecimento. No Brasil, na Colômbia, não se vê essa castração de direitos.

    Quais os dados sobre o desabastecimento na Venezuela?
    O Banco Central não publica o índice de desabastecimento há dois meses. Não o faz porque os dados são prejudiciais ao governo. Tapam o mensageiro. Melhor seria reconhecer a escassez e detê-la com transparência. O que não pode é afetar os cidadãos. O último dado oficial foi de 30%. É mais, sabemos. E 30% é um terço da cesta de alimentos e medicamentos.

    Como será a fiscalização

    Qual o objetivo? Limitar compras de produtos no atacado e no varejo.
    Quando começa? O programa piloto, em 90 dias.
    Quais os produtos-alvo? Gasolina e alimentos subsidiados pelo governo. Não há detalhes.
    Qual o mecanismo? Leitores ópticos de impressões digitais para reconhecer o comprador.
    Como funcionará? A mesma pessoa não poderá comprar mesmo produto duas vezes em uma semana.
    Qual a escassez e a inflação? Segundo dados oficiais, 30% de desabastecimento e 60% de inflação em 12 meses.
    Onde funcionará? “Estabelecimentos e redes distribuidoras e comerciais”, anunciou o presidente Nicolás Maduro.

    ****************

    É esse tipo de governo que querem nos enfiar goela abaixo aqui no Brasil pelos PETRALHAS… espero que o povo não caia nessa falácia, sob pena de terminar como nossos irmãos venezuelanos, com coleiras e chicoteados… ou então, como os nossos irmãos argentinos, na sarjeta… pobre américa latina… acabar seus dias mendigando o pão de cada dia, mesmo sendo rica !!!…

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