Merval Pereira
Eduardo Brick, especialista do Núcleo de Estudos de Defesa, Inovação, Capacitação e Competitividade Industrial da Universidade Federal Fluminense, em vez de comemorar ou criticar a compra dos novos caças Gripen suecos pela Aeronáutica, prefere uma visão pragmática e de longo prazo.
Por mais paradoxal que a afirmação possa parecer, diz ele, essa decisão não será importante para a defesa do Brasil nos próximos 20 anos, e sim para daqui a 30 a 50 anos.
Nesse raciocínio, o país simplesmente não tem no momento recursos humanos, tecnológicos, industriais e financeiros para se opor a eventuais ameaças. Mas pode aproveitar a oportunidade para desenvolver sua Base Logística de Defesa (BLD).
Esse, diz ele, pode ser um dos principais benefícios da escolha do Gripen — a ampliação da capacitação industrial e tecnológica não só da Embraer como de muitas empresas de sua cadeia produtiva em produtos cuja tecnologia o Brasil ainda não domina.
Portanto, Eduardo Brick acha que o planejamento de hoje deve visar, prioritariamente, a um horizonte mais longínquo, não importando se o Gripen não é uma das mais eficazes armas existentes hoje. “O que importa é que essa aquisição pode ser um importante instrumento para o Brasil se capacitar para conceber e desenvolver aeronaves de combate amanhã.”
Do ponto de vista de desenvolvimento econômico e social, a BLD, apesar de sua finalidade precípua não ser essa, ressalta Brick, é instrumento importantíssimo de política industrial, por vários motivos:
a) Atua no limiar do desenvolvimento tecnológico;
b) Políticas industriais de conteúdo nacional para defesa são necessárias por questões de garantia de suprimento de itens críticos (que são cerceados pelos países que detêm essas tecnologias) e não oneram a economia como um todo.
c) A capacitação industrial construída tem uso dual. Ele cita o exemplo da Embraer, que, após décadas procurando se capacitar com produtos de uso militar, conseguiu desenvolver jatos comerciais e ser importante ator no mercado internacional de produtos civis.
Para o especialista da Universidade Federal Fluminense, a defesa nacional na era pós-industrial depende de dois instrumentos fundamentais: as Forças Armadas (FFAA) e a Base Logística de Defesa (BLD). A construção de qualquer uma delas é uma tarefa de décadas, mas a criação da BLD pode ser mais difícil devido à aceleração do desenvolvimento tecnológico, que causa obsolescência rápida de qualquer produto de defesa.
Portanto, diz Brick, não é sensato, nem financeiramente exequível, manter grandes estoques de produtos de defesa, exceto, evidentemente, se houver iminência de conflito, mas, sim, de capacidade industrial para inovar continuamente.
A Estratégia Nacional de Defesa define, muito apropriadamente, diz ele, que a construção e sustentação de uma BLD adequada às necessidades brasileiras são um dos seus eixos fundamentais. Não se pode esquecer, ressalta Eduardo Brick, que o Gripen é apenas um projeto de cerca de R$ 11 bilhões, em um programa de R$ 1 trilhão, valor estimado para o Plano de Articulação e Equipamentos de Defesa (Paed), em 20 anos.
Na sua avaliação, com a atual estrutura de governança da BLD brasileira, o país corre um sério risco de sofrer um “apagão de gestão” se o orçamento aumentar, e o Paed realmente deslanchar. Há nada menos que seis ministérios envolvidos, “numa estrutura caótica”.
No caso de recursos humanos, a necessidade monta a vários milhares de profissionais, principalmente engenheiros, altamente qualificados e experientes em definição de requisitos e especificações, teste e avaliação de sistemas, gestão de projetos complexos, negociação de contratos, entre outras coisas.
Malditos PTetralhas, saudados da turminha do PSDB, quando o Brasil comprava só produtos importados, SEM transferência de tecnologia.
Os produtos comprados na era de 8 anos do PSDB/FHC: 128 MBT Leopard, sem modernização, Nael São Paulo, doado com segundas intenções pelos franceses, e…5 aviões de sensoreamento remoto e AEW&C.
Os 5 aviões de sensoreamento remoto e AEW&C, foram uma das poucas coisas boas que aquele governo fez para nossa defesa.
128 MBT leopard.
Só pra adestramento, se for!
Por que para combate até um versão caça-tanque do guarani ganha.
hauhauahuahua.
É vamos tentar olhar os lados positivos, mas não vamos nos iludir, as qualidades do Gripen NG são bem duvidosas. Não importa o que alguns blogs muito “otimistas” digam, a verdade é que o Gripen NG não existe e qualquer dado sobre esse avião é meramente especulativo. Já o Gripen C (melhorado ao máximo tentando se aproximar do Gripen E) não consegue superar o F-18C, algo que o Rafale e o Eurofighter Typhoon fazem sem trabalho.
fonte(http://www.cavok.com.br/blog/?p=46211#idc-cover)
Segundo avaliação, caça Gripen não atende aos requisitos mínimos da Força Aérea da Suíça
Publicado em 12/02/2012 por Fernando Valduga em Militar
O caça sueco Gripen foi o escolhido da Força Aérea Suíça para substituir os caças F-5, mas pode estar abaixo da capacidade mínima exigida. (Foto: Keystone)
O novo jato escolhido pelo Conselho Federal Suíço tem graves lacunas. Prova de que a Força Aérea Suíça tinha avaliado ele impróprio. Mesmo para tarefas simples. O Gripen, que o Conselho Federal quer comprar por 3,1 bilhões de francos nunca atingiu os “requisitos mínimos”, de acordo com o relatório confidencial da Força Aérea Suíça. Para substituir os antigos caças Tiger, foram também oferecidos o Rafale ou o Eurofighter. Para baixar o relatório final, clique aqui.
O Gripen não atende as expectativas mínimas de policiamento aéreo. Esta é a conclusão a que chega dois relatórios confidenciais da Força Aérea Suíça publicados em diversos sites. Eles estão em contradição com as declarações feitas pelo Ministro da Defesa Ueli Maurer que garante que a aeronave sueca “atendeu os requisitos militares suíços”. No dia 30 de novembro, na coletiva de imprensa de apresentação da escolha do Conselho Federal, Ueli Maurer mesmo repetiu isso seis vezes.
Sua justificativa foi baseada na idéia de que o Gripen, sem ser uma Ferrari, era pelo menos um bom VW Golf que é largamente suficiente para as necessidades da Suíça. Mas isso não é verdade. Porque o julgamento das forças aéreas nos documentos obtidos pelo “Le Matin Dimanche” não tem apelação: o Gripen, mesmo sendo levado em conta 98 elementos que serão melhorados (motor, radar, tanque, etc.), “é incapaz de alcançar a capacidade mínima para todos os tipos de missões discutidas.”
Esses relatórios de avaliação são datados de novembro de 2009. O primeiro é baseado em testes de vôo; o segundo dá notas das melhorias anunciadas pelos fabricantes. Ambos são assinados pelo chefe da força aérea Markus Gygax e foram escritos em inglês (“A única maneira de ter certeza que será bem entendido nas língua francesas, alemãs e em ticino”, observa um oficial de alto escalão.). Sua autenticidade não é contestada pela força aérea Suíça.
Impróprias para a missão de policiamento aéreo
As lacunas que eles destacam são particularmente graves ao policiamento aéreo. Graves, porque se a Suíça pode dotar um jato capaz de liberar uma bomba grande num local remoto a 5.000 quilômetros, ele deve ser capaz de garantir a soberania do seu espaço aéreo. É a única missão que algumas das forças aéreas da região terão de assumir nos próximos anos, por exemplo, para garantir a zona de exclusão aérea no fórum de Davos.
Contra todas as probabilidades, é precisamente por esta missão de policiamento aéreo que a pontuação do Gripen MS21 é a pior. MS21, é o nome técnico do Gripen E/F que o Conselho Federal tem a intenção de comprar, como foi confirmado pelo porta-voz da força aérea Jürg Nussbaum. Ele atingiu 5,33 pontos de 10 possíveis, e está bem abaixo do limite mínimo de 6,0 decidido no início do processo de avaliação. O Eurofighter atingiu 6,48 e o Rafale 6,98. A nota do Gripen pode ser explicada por uma lenta reação para decolagem de emergência (“Quick Reaction Alert”: pontuação de 4,7), inadequada desenpenho de voo (5,5) e largamente insuficiente resistência (3,8).
Para todos estes requisitos, a pontuação mínima de 6,0 foi fixada se baseando nos recursos dos F/A-18 Hornet suíço atualmente em operação. Mais claramente: as novas aeronaves devem entrar em operação na Suíça a partir de 2016 por 3,1 bilhões de francos e permanecer em serviço até, pelo menos, 2035, e serão menos eficientes do que os F/A-18, que entraram em serviço em 1997 e atualizado regularmente.
Nos documentos divulgados, a força aérea Suíça explica que o Gripen MS21 ainda deve ser selecionado, “deve pelo menos fazer sua avaliação em vôo na Suíça [antes de decidir comprá-lo], para testar sua eficácia nesta missão crítica”. Porque durante os ensaios de Emmen em 2008, apenas o antigo modelo da aeronave pode ser testado em condições reais. E o último (o Gripen C/D) tinha um motor menos potente e muito menos equipamentos.
Os recursos do futuro Gripen nas missões ofensivas aéreas, exclusão do espaço aéreo ou ataque direto também são considerados “médios” por via de forças aéreas (5,62). O raio de ação, a sobrevivência ou detecção, permanecem “baixas”. “A eficácia estimada do Gripen MS21 continua a ser insuficiente [para realizar estas missões] com uma boa probabilidade de sucesso”, afirma o relatório. O Eurofighter teve um notável 6,54 e o Rafale 7,41.
Para as missões de defesa contra aeronaves (DCA) e nos recursos de ataque terrestre do Gripen escolhido pelo Conselho Federal, foram também considerados inadequados, com pontuações de 5,68 e 5,62. “A probabilidade de que o Gripen MS21 se revele incapaz de realizar a missões do DCA é significativa, indica os avaliadores da força aérea Suíça. E a eficácia global restante do Gripen MS21 é insuficiente para ganhar a superioridade aérea das ameaças futuras além de 2015.”
Mentira por omissão?
Em novembro, os trechos do relatório foram revelados pelo Basler Zeitung, que não pôde, no entanto, publicar os documentos inteiros. Ueli Maurer então disse que os dados eram apenas partes, explicando que os outros relatórios que incluiam, por exemplo aqueles que avaliaram as outras áreas, como interesses industriais ou cooperação militar. “Circulam relatórios”, adicionou o Ministro da defesa, “mas não são realmente as partes que interessam”.
Ueli Maurer simplesmente não disse que esses relatórios de avaliação do desempenho aéreo, e divulgados agora, contam apenas 60% da pontuação total da avaliação, tal como confirmado pela porta-voz do departamento de defesa, Silvia Steidle. Ueli Maurer também esqueceu de dizer que para outros módulos de avaliação, dois outros fabricantes de aeronaves na corrida haviam sido considerados equivalentes ou superiores ao Saab Gripen, como podemos confirmar nas diversas fontes que tiveram acesso ao relatório final.
Acima de tudo, o risco financeiro e técnico relacionado com a modernização da aeronave é caracterizado como “alta” pela força aérea. Aqui mais uma vez, esta avaliação contradiz as afirmações do DDPS, que sempre assegurou que esse risco é “controlável”.
Base enojada
Na Armasuisse e nas equipes de avaliação da força aérea, o desgosto é sensível desde a escolha do Conselho Federal, com base em apenas critérios financeiros. Alguns comentam até mesmo uma possível “demissão”. E esperam ser convidados por parlamentares para se explicar. “Se eles me fizerem perguntas, vou responder-lhes, obviamente, muito precisamente”, promete uma dessas pessoas, que deseja permanecer anônimo. A maneira na qual o caça Gripen foi elaborado para obter, no final, o valor que “satisfez os requisitos da trupe” e a contagem total de 6,0 é um mistério. “No momento da sua libertação para o Ministro da defesa, a pontuação da parte militar do Gripen foi insuficiente, confirma um membro líder da avaliação, também sob o anonimato”. Somente a parte financeira permitiu o Gripen atingir o menor mínima.” Também estão ansiosos para explicar aos parlamentares.
O democrata-cristão Jean-René Fournier está chocado com a leitura destes documentos: “Isto é grave”. Se não houver nenhum elemento novo, não vejo como poderemos comprar o Gripen.” O Valais proporá à Comissão sobre a política de segurança do Conselho dos Estados, com o qual ele deve se encontrar nessa segunda-feira, em vez de se juntar a Subcomissão Nacional para investigar a forma como foi conduzida a avaliação.
O ecologista Vaudois Luc Recordon ficou ainda mais chocado quando leu os relatórios da força aérea: “Temos a impressão de que Ueli Maurer quer brincar conosco.” Ele oferece para comprar um 2 CV ao preço de um Porsche.” Neste caso, conclui, prefiro ficar com o F/A-18.
Confrontado com estas alegações, a DDPS recusa-se a comentar essas observações sobre as conclusões da avaliação. “O Conselho Federal, ele diz na resposta por escrito, foi informado sobre os resultados da avaliação de 30 de novembro de 2011, inclusive sobre as notas e os custos. Ele afirma que “o Gripen atende requisitos militares”.
Fonte: Le Matin – Tradução: Cavok
Isso só prova que o Brasil pode até te assertado na questão industrial, mas como caça de defesa não mesmo, em caso de guerra esse barato e vantajoso pode sair muito caro e desvantajoso.
Se eu pudesse recomendar algo a GF e a FAB eu recomendaria um caça mais capaz para complementar o Gripen em sua missão de defesa, mas como não posso…vou torcer para tudo da certo.
E só lembrando que o texto acima é real e não um conto de fadas como alguns gostam, mas minha mãe não tem nada com isso…
Carl,
O relatório suíço avaliava basicamente a variante C do Gripen em relação ao Rafale e o Typhoon, além de, salvo engano, apresentar um panorama geral das modificações que seriam necessárias… Logo, ele nunca poderia servir de base para avaliar o NG frente aos concorrentes, que sequer está pronto, como você bem lembrou… No máximo, poderia ser um instrumento de consulta para os especialistas que estão avaliando a máquina junto aos suecos, e nada mais que isso…
O fato é que até agora não se sabe detalhadamente em quais parâmetros o C perdeu em relação ao F-18C. Afinal de contas, desempenho de voo, decolagem de emergência e resistência engloba muitas áreas… Carga, velocidade de ascensão, raio operacional, alcance, pista mínima para decolar, pista mínima para pouso, e por aí vai… Tudo isso e muito mais é avaliado. Portanto, é impossível fazer uma avaliação sensata sem que se tenha acesso a esses dados…
É para tanto que as avaliações mais recentes, certamente dotadas de dados mais confiáveis e feitas pelos próprios suíços, atestam a viabilidade do projeto…
http://www.cavok.com.br/blog/?p=59205
http://www.cavok.com.br/blog/?p=49896
Uma coisa é certa ninguém pode realmente AFIRMAR NADA sobre o Gripen E/F. Sejam pontos positivos ou negativos nada é certo, pois ainda não existe, mas o avião Gripen C (modificado) nos da alguma base para “especulações” e é por base nos testes feitos nele que os indianos descartaram a compra do modelo E/F e quase os suíços fizeram o mesmo. Então não é tão absurdo compará-los uma vez que profissionais já o fazem a muito tempo.
Não estou exatamente reclamando, estou apenas alertando os colegas a não caírem no “oba oba” que alguns blogs tentam empurrar para seus leitores (não estou falando do PB, claro). Não compramos o melhor caça do mundo, não compramos o melhor caça ocidental nem mesmo compramos o melhor caça europeu. É especulação de minha parte? É! Mas tenho uma base para essa opinião. Por melhor que o Gripen E/F se torne, considerando o desempenho do Gripen demonstrador, ele infelizmente ficará atrás dos EF-2000 e do Rafale. Mas nada nos impede de complementar os Gripens com outro caça, e não estou falando do Rafale, Su-35, F-15, EF-2000 ou do SH e sim dos caças de quinta geração que poderia até mesmo ser um projeto sueco/brasileiro.
Aliás, acho mais plausível a SAAB/EMBRAER projetarem um caça de quinta geração do que navalizar um avião de quarta geração (Gripen E/F) que não contará com clientes sem porta-aviões (e são tão pouquinho os países que possuem essa espécie de navio). Já um caça de quinta geração poderia nascer já prevendo a sua utilização tanto em pistas como em porta-aviões. O que por sua vez seria muito útil tanto para nossa defesa quanto para nossa indústria de exportação.
Caro Carl,
Sem sombra de dúvidas existiria uma série de motivos para o NG não ter sido escolhido pelos indianos naquele período… Mas pode se ter certeza de que um deles certamente foi o caça Tejas… Uma aeronave como o Gripen certamente colocaria fim ao projeto indiano…
Evidente que a FAB não comprou o melhor avião do mundo… Aliás, essa história de “melhor” depende muito de diversos fatores… No meu entender, a noção de melhor parte daquilo que se encaixa no que se precisa, e não necessariamente daquilo que tem as melhores características… Por exemplo: tem-se determinada tarefa que exija um Super Tucano. Assim sendo, não faria sentido comprar Typhoons para preencher essa lacuna de Super Tucanos… Logo, o caminho lógico seria avaliar as aeronaves similares ou que cumpram com o que se pede; e que vença aquela que trouxer o melhor retorno…
Em outras palavras, o NG teria que ser o melhor naquilo que for exigido dele, de acordo com os requisitos da FAB…
Por fim, vou concordar que seria mais lógico investir em uma aeronave de quinta geração, que pudesse ser a vanguarda da FAB já para 2030, do que perder tempo em navalizar um Gripen NG. Esse investimento, do Gripen naval, somente seria lógico se realmente houvesse demanda ou fosse algo realmente imprescindível para a MB…
Carl
29 de dezembro de 2013 at 3:23
É vamos tentar olhar os lados positivos, mas não vamos nos iludir, as qualidades do Gripen NG são bem duvidosas. Não importa o que alguns blogs muito “otimistas” digam, a verdade é que o Gripen NG não existe e qualquer dado sobre esse avião é meramente especulativo. Já o Gripen C (melhorado ao máximo tentando se aproximar do Gripen E) não consegue superar o F-18C, algo que o Rafale e o Eurofighter Typhoon fazem sem trabalho.
fonte(http://www.cavok.com.br/blog/?p=46211#idc-cover)
Segundo avaliação, caça Gripen não atende aos requisitos mínimos da Força Aérea da Suíça
Publicado em 12/02/2012 por Fernando Valduga em Militar
O caça sueco Gripen foi o escolhido da Força Aérea Suíça para substituir os caças F-5, mas pode estar abaixo da capacidade mínima exigida. (Foto: Keystone)
O novo jato escolhido pelo Conselho Federal Suíço tem graves lacunas. Prova de que a Força Aérea Suíça tinha avaliado ele impróprio. Mesmo para tarefas simples. O Gripen, que o Conselho Federal quer comprar por 3,1 bilhões de francos nunca atingiu os “requisitos mínimos”, de acordo com o relatório confidencial da Força Aérea Suíça. Para substituir os antigos caças Tiger, foram também oferecidos o Rafale ou o Eurofighter. Para baixar o relatório final, clique aqui.
O Gripen não atende as expectativas mínimas de policiamento aéreo. Esta é a conclusão a que chega dois relatórios confidenciais da Força Aérea Suíça publicados em diversos sites. Eles estão em contradição com as declarações feitas pelo Ministro da Defesa Ueli Maurer que garante que a aeronave sueca “atendeu os requisitos militares suíços”. No dia 30 de novembro, na coletiva de imprensa de apresentação da escolha do Conselho Federal, Ueli Maurer mesmo repetiu isso seis vezes.
Sua justificativa foi baseada na idéia de que o Gripen, sem ser uma Ferrari, era pelo menos um bom VW Golf que é largamente suficiente para as necessidades da Suíça. Mas isso não é verdade. Porque o julgamento das forças aéreas nos documentos obtidos pelo “Le Matin Dimanche” não tem apelação: o Gripen, mesmo sendo levado em conta 98 elementos que serão melhorados (motor, radar, tanque, etc.), “é incapaz de alcançar a capacidade mínima para todos os tipos de missões discutidas.”
Esses relatórios de avaliação são datados de novembro de 2009. O primeiro é baseado em testes de vôo; o segundo dá notas das melhorias anunciadas pelos fabricantes. Ambos são assinados pelo chefe da força aérea Markus Gygax e foram escritos em inglês (“A única maneira de ter certeza que será bem entendido nas língua francesas, alemãs e em ticino”, observa um oficial de alto escalão.). Sua autenticidade não é contestada pela força aérea Suíça.
Impróprias para a missão de policiamento aéreo
As lacunas que eles destacam são particularmente graves ao policiamento aéreo. Graves, porque se a Suíça pode dotar um jato capaz de liberar uma bomba grande num local remoto a 5.000 quilômetros, ele deve ser capaz de garantir a soberania do seu espaço aéreo. É a única missão que algumas das forças aéreas da região terão de assumir nos próximos anos, por exemplo, para garantir a zona de exclusão aérea no fórum de Davos.
Contra todas as probabilidades, é precisamente por esta missão de policiamento aéreo que a pontuação do Gripen MS21 é a pior. MS21, é o nome técnico do Gripen E/F que o Conselho Federal tem a intenção de comprar, como foi confirmado pelo porta-voz da força aérea Jürg Nussbaum. Ele atingiu 5,33 pontos de 10 possíveis, e está bem abaixo do limite mínimo de 6,0 decidido no início do processo de avaliação. O Eurofighter atingiu 6,48 e o Rafale 6,98. A nota do Gripen pode ser explicada por uma lenta reação para decolagem de emergência (“Quick Reaction Alert”: pontuação de 4,7), inadequada desenpenho de voo (5,5) e largamente insuficiente resistência (3,8).
Para todos estes requisitos, a pontuação mínima de 6,0 foi fixada se baseando nos recursos dos F/A-18 Hornet suíço atualmente em operação. Mais claramente: as novas aeronaves devem entrar em operação na Suíça a partir de 2016 por 3,1 bilhões de francos e permanecer em serviço até, pelo menos, 2035, e serão menos eficientes do que os F/A-18, que entraram em serviço em 1997 e atualizado regularmente.
Nos documentos divulgados, a força aérea Suíça explica que o Gripen MS21 ainda deve ser selecionado, “deve pelo menos fazer sua avaliação em vôo na Suíça [antes de decidir comprá-lo], para testar sua eficácia nesta missão crítica”. Porque durante os ensaios de Emmen em 2008, apenas o antigo modelo da aeronave pode ser testado em condições reais. E o último (o Gripen C/D) tinha um motor menos potente e muito menos equipamentos.
Os recursos do futuro Gripen nas missões ofensivas aéreas, exclusão do espaço aéreo ou ataque direto também são considerados “médios” por via de forças aéreas (5,62). O raio de ação, a sobrevivência ou detecção, permanecem “baixas”. “A eficácia estimada do Gripen MS21 continua a ser insuficiente [para realizar estas missões] com uma boa probabilidade de sucesso”, afirma o relatório. O Eurofighter teve um notável 6,54 e o Rafale 7,41.
Para as missões de defesa contra aeronaves (DCA) e nos recursos de ataque terrestre do Gripen escolhido pelo Conselho Federal, foram também considerados inadequados, com pontuações de 5,68 e 5,62. “A probabilidade de que o Gripen MS21 se revele incapaz de realizar a missões do DCA é significativa, indica os avaliadores da força aérea Suíça. E a eficácia global restante do Gripen MS21 é insuficiente para ganhar a superioridade aérea das ameaças futuras além de 2015.”
Mentira por omissão?
Em novembro, os trechos do relatório foram revelados pelo Basler Zeitung, que não pôde, no entanto, publicar os documentos inteiros. Ueli Maurer então disse que os dados eram apenas partes, explicando que os outros relatórios que incluiam, por exemplo aqueles que avaliaram as outras áreas, como interesses industriais ou cooperação militar. “Circulam relatórios”, adicionou o Ministro da defesa, “mas não são realmente as partes que interessam”.
Ueli Maurer simplesmente não disse que esses relatórios de avaliação do desempenho aéreo, e divulgados agora, contam apenas 60% da pontuação total da avaliação, tal como confirmado pela porta-voz do departamento de defesa, Silvia Steidle. Ueli Maurer também esqueceu de dizer que para outros módulos de avaliação, dois outros fabricantes de aeronaves na corrida haviam sido considerados equivalentes ou superiores ao Saab Gripen, como podemos confirmar nas diversas fontes que tiveram acesso ao relatório final.
Acima de tudo, o risco financeiro e técnico relacionado com a modernização da aeronave é caracterizado como “alta” pela força aérea. Aqui mais uma vez, esta avaliação contradiz as afirmações do DDPS, que sempre assegurou que esse risco é “controlável”.
Base enojada
Na Armasuisse e nas equipes de avaliação da força aérea, o desgosto é sensível desde a escolha do Conselho Federal, com base em apenas critérios financeiros. Alguns comentam até mesmo uma possível “demissão”. E esperam ser convidados por parlamentares para se explicar. “Se eles me fizerem perguntas, vou responder-lhes, obviamente, muito precisamente”, promete uma dessas pessoas, que deseja permanecer anônimo. A maneira na qual o caça Gripen foi elaborado para obter, no final, o valor que “satisfez os requisitos da trupe” e a contagem total de 6,0 é um mistério. “No momento da sua libertação para o Ministro da defesa, a pontuação da parte militar do Gripen foi insuficiente, confirma um membro líder da avaliação, também sob o anonimato”. Somente a parte financeira permitiu o Gripen atingir o menor mínima.” Também estão ansiosos para explicar aos parlamentares.
O democrata-cristão Jean-René Fournier está chocado com a leitura destes documentos: “Isto é grave”. Se não houver nenhum elemento novo, não vejo como poderemos comprar o Gripen.” O Valais proporá à Comissão sobre a política de segurança do Conselho dos Estados, com o qual ele deve se encontrar nessa segunda-feira, em vez de se juntar a Subcomissão Nacional para investigar a forma como foi conduzida a avaliação.
O ecologista Vaudois Luc Recordon ficou ainda mais chocado quando leu os relatórios da força aérea: “Temos a impressão de que Ueli Maurer quer brincar conosco.” Ele oferece para comprar um 2 CV ao preço de um Porsche.” Neste caso, conclui, prefiro ficar com o F/A-18.
Confrontado com estas alegações, a DDPS recusa-se a comentar essas observações sobre as conclusões da avaliação. “O Conselho Federal, ele diz na resposta por escrito, foi informado sobre os resultados da avaliação de 30 de novembro de 2011, inclusive sobre as notas e os custos. Ele afirma que “o Gripen atende requisitos militares”.
Fonte: Le Matin – Tradução: Cavok
Isso só prova que o Brasil pode até te assertado na questão industrial, mas como caça de defesa não mesmo, em caso de guerra esse barato e vantajoso pode sair muito caro e desvantajoso.
Se eu pudesse recomendar algo a GF e a FAB eu recomendaria um caça mais capaz para complementar o Gripen em sua missão de defesa, mas como não posso…vou torcer para tudo da certo.
E só lembrando que o texto acima é real e não um conto de fadas como alguns gostam, mas minha mãe não tem nada com isso…
Faça login para responder ==== O grinpado Nova Gozação….só espero q no máximo em 5 anos tenhamos um caças Brasuca , super rápido,= ou melhor q os su35″S”….esse deveria ser os caças p a n FAB.Mas, enfim…Quem viver verá.Sds.
Pior que ser mal brasileiro é ser brasileiro ingrato.
Nesse interim quem não admitir que no período democrático atual os governos Petralhas, com todas as suas vicissitudes, estão a anos luz em realizações em prol da cidadania brasileira que seus antecessores, estará reunido as duas características expressas acima. E me vem a lembrança uma propaganda de uns tempos atrás, onde uma mula, sob todas a circunstancias e evidencias da qualidade do produto negava, não se rendendo ao fato, e repetia, não acredito, não acredito e não acredito.
Faço um adendo para dizer que meu reconhecimento não significa um completo apoio, porem os que estiveram antes, MEU DEUS, ME PROTEJA, para que nunca mais voltem, eram ante nacionais. Nunca vivi tamanha incompetência ou má fé.
Tem algo ainda bem pior que brasileiro ingrato……
é namorada ingrata! rsrsrsrs
#Nesse raciocínio, o país simplesmente não tem no momento recursos humanos, tecnológicos, industriais e financeiros para se opor a eventuais ameaças. Mas pode aproveitar a oportunidade para desenvolver sua Base Logística de Defesa (BLD)#
#é instrumento importantíssimo de política industrial#
#a criação da BLD pode ser mais difícil devido à aceleração do desenvolvimento tecnológico, que causa obsolescência rápida de qualquer produto de defesa#
#não é sensato, nem financeiramente exequível, manter grandes estoques de produtos de defesa, exceto, evidentemente, se houver iminência de conflito, mas, sim, de capacidade industrial para inovar continuamente#
Enumerei acima os pontos que achei importantes na materia.
Não adianta recitarem sem os mesmos salmos de investimentos e blblabla se não houver o que chamo atenção a tempos não adiantara nada…MUDANÇA DE POSTURA,MUDANÇA DE MENTALIDADE,ADEQUAÇÃO EFETIVA.
O Gripen NG …promete ser tão (ou + ) avançado e capaz quanto o Rafale e o EF-2000..(me convenci disso ) . so q ”monoturbina” .fora os ”ganhos” a médio prazo pra nossa indústria .. vamos exportar caças .. blz legal ..ele e sim um ótimo caça .. mais n podemos ter ele como único e principal vetor de combate …( n me canso de repetir isso !! ^^ ) …. se for essa a tendência vai ser um grande erro …
Gente, o que o NG éou será não é o ponto principal da aquisição. Primeiro: Tot.
A aquisição também atenderá defesa futuramente? Sim, mas esta não era a ideia principal, a qual trata-se de capacitação.
E, para quem usa F-5 como espinha dorsal… vamos ter mais os pés no chão. O Brasil tem outras realidades e prioridades, e a maior delas a meu ver é a nossa extrema dependência externa.
Se quiséssemos simplesmente dar continuidade era só comprar F/A-18E/F e continuar nossa vidinha.
Hum…
Ainda sou convicto da tese de que a FAB precisa de um interceptador puro sangue capaz de negar com eficiência os céus brazucas.
Tais ele como F-15SE, Su-35, Typhoon tranche 3 e Rafale F4. Tem que ser Biturbina aumentando a redundância saca!
Não me venham falar que mono-motor faz bem esse papel que não faz e se fizer muito precariamente.
Repost.
Ninguém vai ler T_T!
Só o fato do vespão chipado ter ido para escanteio, e caído no fosso, já estamos no lucro.
–
Além de termos uma cambada de trairas operando aqui no país, ainda termos uma FAB cheia de aviões trairas ia ser o fim da picada.
–
Gripen pequeno grande homem, digo, pequeno grande caça, seja bem vindo. E prove para todos que uma pulga pode ser mais perigosa que um cão.
Só voando baixo, numa boa! —=:=— —=:=—
—=:=—
As tecnologias embarcadas do Gripen são o que existe de mais avançado e estamos comprando a sociedade nesse programa onde teremos como socios direito a propriedade intelectual do mesmo e mais os UPGrades gerais tambem.
è o melhor pacote tecnologico não so para iniciar mas de continuidade agregando nossas espertiases em outras areas,segmentos e complementos.
Ate mesmo para a Embraer é muito melhor do o que ela pensava conseguir com a Boeing.
Veremos quando a Boeing começar com o jogo comercial qual sera o posicionamento da Embraer.
Tenho certeza que não para por ai e embreve teremos surpresas envolvendo Avibras e Odebrecht em joint ventures.