O ETERNO DILEMA DOS MILITARES

Paulo Ricardo da Rocha Paiva – Coronel de Infantaria e Estado-Maior
“Por que não se posicionam os grandes comandos contra as políticas que estão levando o País ao caos?”
Encruzilhada na trajetória do profissional das armas, que só se apresenta de forma decisória no nível dos oficiais-generais, o cruzamento da disciplina com a lealdade já foi tema de vários artigos veiculados na mídia por militares de alta patente e reconhecido lastro intelectual. Estudos aprofundados, alguns muito extensos, todos, porém, evidenciando o caminho do dever maior de lealdade para com a Pátria e a sua Instituição, máxime quando o silêncio e a falta de atitude possam vir a causar um mal sem retorno à nacionalidade.
Um general, em seu escorço Uma Decisão de Caráter Moral, destacou como fundamentais aos comandantes mais graduados as virtudes da franqueza, da coragem moral e o dever de não silenciar, mesmo arriscando o futuro na carreira, diante da má administração de situações extremas com potencial para gerar severas consequências, cujos danos superem os admissíveis em outras situações ainda que não rotineiras”.
Em outro artigo, Lealdade e Disciplina, o mesmo militar ainda assevera: -“O dilema entre disciplina e lealdade é apenas aparente, pois a lealdade à Nação é manifestação de disciplina em seu grau mais elevado, considerando a missão constitucional das Forças Armadas (FA) e o juramento do militar à Bandeira Nacional». Como se pode ver, não há como dissociar soldados, marinheiros e aviadores da razão de ser de suas instituições, definida pela Carta Magna e por seu compromisso: -”… dedicar-me inteiramente ao serviço da Pátria, cuja honra, integridade e instituições defenderei com o sacrifício da própria vida».
Em assim sendo, por que se calam os competentes chefes militares, profundos conhecedores do perigo de nível estratégico que nos espreita? Em absoluto, não são os comandantes dos escalões subordinados que devem protestar! Por que não se posicionam os grandes comandos contra as políticas que estão levando o País ao caos? Por que, mesmo tendo alcançado o topo hierárquico, constituindo a interface das FA com o Estado e a Nação, nossos condestáveis não se manifestam dentro da cadeia de comando, colocando o “Brasil acima de tudo”?
A indignidade no desfazer, quando se diz que “militares ao passarem para reserva ficam inteligentes e valentes”, é lamentável. Deveriam, sim, agradecer pela livre manifestação deles, reivindicando em seus nomes sobre assuntos de interesse geral, inclusive os da profissão. Antes de generalizar a crítica, que se faça justiça, seria conveniente lembrar: “muitos passaram à reserva exatamente por terem primado sempre pela franqueza e coragem moral”. Isto já foi dito alhures e incomoda, mas não há quem desminta esta grande verdade.
Cidadãos brasileiros acreditem! Os militares estão sabendo do seu desabafo diuturno, que já se faz repetitivo, constante, mas sempre cheio de razão. Suas expectativas sobre valores pétreos, cultuados por nossos filhos e netos que vestem farda, estão colocando em cheque muitas lideranças adormecidas. Sim porque patriotismo, lealdade, honra, integridade, dever e coragem é tudo o que se espera daqueles que foram forjados por nossas academias militares. São eles, todos, soldados das instituições armadas da nação, da Pátria Brasileira, e não de efêmeros governos temporais. Alerta! Perder o sentido da profissão das armas e do dever militar vai transmudar o soldado em mero burocrata, assimilado e subserviente a um processo revolucionário que já se plotou como sendo o “gramcista” de tomada do poder.
O Brasil em transe aguarda uma atitude marcial, de quem deve, frente à governança e “politicalha”, um posicionamento firme sobre questões vitais, ameaçadoras do porvir da nacionalidade, tais como: políticas de governo para a Amazônia, submissas a interesses e pressões alienígenas; desvirtuamento do PNDH3 e da CNV como instrumentos de descrédito, imobilização e humilhação das FA; falta de vontade política de reverter, de fato, a situação caótica das FA, pela sua deletéria participação no PIB; previsão a perder de vista da concretização dos projetos vitais de defesa; gendarmerização progressiva dos efetivos militares pelas megaoperações policialescas com viés político eleitoreiro; objetivo de uma “quinta-coluna” em setores poderosos dos três poderes de romper o compromisso das FA com suas tradições, seus dogmas basilares, com a História e o franco processo separatista indígena!
Paulo Ricardo da Rocha Paiva – Coronel de Infantaria e Estado-Maior

11 Comentários

  1. Paulo Ricardo da Rocha Paiva – Coronel de Infantaria e Estado-Maior
    “Por que não se posicionam os grandes comandos contra as políticas que estão levando o País ao caos?” === Pq?eu e mt outros esperamos por esse posiciona/ contra os q estão levando o n país, o povo, sua maioria, p o fundo do poço…sem falar no sucatea/ de n FAs….(até e está melhorando ,+, mt pouco)sds.

  2. Características de um discurso ideológico chamado “disco estragado”: repita ad infinitum que aquilo que você pensa sobre sua corporação é a verdade e todos os outros estão errados. Mesmo que estas ideias tenham morrido a mais de cem anos.

    Libelos:
    ““Por que não se posicionam os grandes comandos contra as políticas que estão levando o País ao caos?” – frase clássica mencionada pelos que se dizem democratas e republicanos mas adoram um governo totalitário.

    “… por que se calam os competentes chefes militares, profundos conhecedores do perigo de nível estratégico que nos espreita?” – talvez porque (a) concordem com a situação atual e as perspectivas futuras; (b) fazem parte de uma instituição onde o mote principal ainda é: cale a boca e obedeça.

    “Em absoluto, não são os comandantes dos escalões subordinados que devem protestar!” – como eu disse, mesmo sendo um militar, você nunca pode se exprimir, a não ser que seja um General pois só ele tem a verdade em suas mãos: cale a boca e obedeça.

    “Por que, mesmo tendo alcançado o topo hierárquico, constituindo a interface das FA com o Estado e a Nação, nossos condestáveis não se manifestam dentro da cadeia de comando, colocando o ‘Brasil acima de tudo’?” – o “seu” Brasil acima de tudo, pois isto que está aí não lhe obedece e tenta pensar por si mesmo e levar em conta todas as opiniões, um verdadeiro horror: cale a boca e obedeça.

    “Cidadãos brasileiros acreditem! Os militares estão sabendo do seu desabafo diuturno, que já se faz repetitivo, constante, mas sempre cheio de razão.” – oniscientes, onipotentes e onipresentes, como cabe aos verdadeiros sábios da verdade suprema, nada nos escapa e traremos a redenção aos desvalidos das repúblicas totalitaristas: cale a boca e obedeça.

    “Alerta! Perder o sentido da profissão das armas e do dever militar vai transmudar o soldado em mero burocrata, assimilado e subserviente a um processo revolucionário que já se plotou como sendo o “gramcista” de tomada do poder.” – pretender montar uma base de pensamento que domina a verdade é impossível sem citar Gramsci, intelectualmente desonesto e, desde sempre, Gramsci está errado não importa o que você diga, mesmo que não conheça Gramsci: cale a boca e obedeça.

    “O Brasil em transe aguarda uma atitude marcial … com a História e o franco processo separatista indígena!” (citação de todo o último parágrafo) – nunca se esqueça de que as FA são eternas espoliadas, nunca as responsáveis pela instabilidade do país; os índios e comunidades isoladas são alienígenas incivilizados e não brasileiros como queremos (aliás, não os queremos); e nunca deixe de citar a Amazônia, que foi sempre esquecida por todos, mas que é nossa por direito divino: cale a boca e obedeça.

    No dia em que eu ler um artigo escrito por um Soldado, Cabo, Sargento, Tenente, etc, e não temer por isso, talvez eu comece a acreditar que as FA do Brasil estão realmente se modernizando, pois não estão impedindo que seus componentes se manifestem sobre coisas a que tem direito. Enquanto Coronéis e Generais se considerarem os representantes de uma classe (aiaiai… vade retro), como se subordinado fosse sinônimo de servo, este patético discurso “disco quebrado” de falsa moral e detenção da verdade determinará como as FA atuam: arcaicamente.

    P.S.: talvez o missivista nos fizesse um favor ao esclarecer porque o generalato brasileiro se preocupa tanto com o aumento, em “suas” fileiras, de pessoas que seguem a tendência religiosa Evangélica. Como se os evangélicos não fossem menos leais ao Brasil do que as outras pessoas.

  3. Paulo Ricardo da Rocha Paiva – Coronel de Infantaria e Estado-Maior
    “Por que não se posicionam os grandes comandos contra as políticas que estão levando o País ao caos?”

    Uma vez golpista, sempre golpista…

    • Quem foi mais golpista que LENINE ???… talvez STALIN… ou ainda FIDEL… rsrsrrsrsrsrssrs… suas considerações são sempre fraquinhas e tacanhas… é melhor vc ficar calado para não passar vergonha… se bem que vc desconhece esse sentimento: VERGONHA NA CARA…

  4. “Os militares estão sabendo do seu desabafo diuturno, que já se faz repetitivo, constante, mas sempre cheio de razão. Suas expectativas sobre valores pétreos, cultuados por nossos filhos e netos que vestem farda, estão colocando em cheque muitas lideranças adormecidas. Sim porque patriotismo, lealdade, honra, integridade, dever e coragem é tudo o que se espera daqueles que foram forjados por nossas academias militares. São eles, todos, soldados das instituições armadas da nação, da Pátria Brasileira, e não de efêmeros governos temporais. Alerta! Perder o sentido da profissão das armas e do dever militar vai transmudar o soldado em mero burocrata, assimilado e subserviente a um processo revolucionário que já se plotou como sendo o “gramcista” de tomada do poder”

    Esta parte e impecável, ate porque a ideia e esta mesma, desconstruir por dentro,deturpar os valores pátrios, em prol do coletivismo fanático barato, através de táticas gramcistas. e a velha história de vender o veneno para o doente,como se fosse remédio.

    Ou alguém acha que os militares carregaram o caixão nojento do deposta do jango, e foram obrigados a revirar osso no mato feito cachorros com um sorriso nos lábios?! cuidado gerentona, a corda de seu revanchismo tem limites, e uma hora ela estoura.

  5. Nem tudo no rejime militar era errado e nem tudo na democracia é coreto. Nossos lideres que lutaram pela democracia conseguiram uma fasanha incrivel conseguiram colocar PREÇO NA MORAL NO CARATER E NO PATRIOTISMO NOS QUE DEVERIAM TRABALHAR E NOS QUE DEVERIAM PROTEGER O POVO BRASILEIRO nossos lideres conseguiram ate aucilio desenprego,bolça familia,para familias Uruguaias e Paraguaias,que não trabalhão e nem moram no Brasil PERDOARAM DIVIDAS DE PAISES QUE NUNCA SEQUER ASCEITARAM REDUZIR JUROS DE NOSSAS DIVIDAS o leite esta preste a deramar depois não adianta BUA BUA BUAA snif snif snif.

  6. Mais uma vez um militar ”baluarte” da nação, vem jogar na nossa cara o seu patriotismo, o seu senso de dever o seu blá,blá,blá,blá,!

    Vivemos em uma democracia,tanto que o direito desse Sr. se manifestar esta garantido,agora se o mesmo tem idéias e soluções para melhorar o país,basta se candidatar e buscar a aceitação popular !

    Alguns militares vivem se jactando como defensores da nação,mas onde estavam quando o povo foi a rua exigir mudanças ? quando saem as manifestação são para dar burrachada ao invés de se irmanar com o povo,de exigir DEMOCRATICAMENTE a mudança !

    Eu sempre digo que quem faz uma nação é o povo,é ele que expulsa o inimigo quando o exército falha em seu dever de defende-lo, todo militar deveria ter a consciência disso, e jamais se acharem os únicos patriotas de uma nação !
    Militar é gente como qualquer outro,deve respeitar fila,deve ter respeito pelo cidadão de bem,deve ser cidadão !

    Nós brasileiros hoje vivemos em uma democracia,com falhas mas ainda é uma democracia vamos respeita-la vamos aprimorá-la !

  7. César Pereira não sou militar e com todo o respeito eu ate concordo com voce quanto aprimorar a democracia mas me responda não poderiamos ter aprimorado o regime militar tambem pois naquele tempo vagabumdo não tinha tantos direitos como agora o que vou lhe contar é real eu e um companheiro de trabalho estavamos saindo da firma as tres e meia da madrugada tivemos que trabalhar ate mais tarde para reparar os teares pois não podiam ficar parados indo embora um vagabundo tentou nos asaltar o louco levou 6 balaço e não morreu os policiais ja conheciam o vagabundo socorreram ele e nos liberaram nem BO fizeram só perguntaram o que estavamos fazendo na rua aquela hora eles foram na firma confirmaram a entrada no trabalho 7 da manhã e saida 3 da madruga resultado liberação o vagabundo parou numa cadeira de roda e morreu de infarte 5 anos depois hoje se tu fizer a mesma coisa vai preso pois o vagabundo tem mais direito que voce CONCORDO COM VOCE DEVEMOS SIM APRIMORAR A DEMOCRACIA MAS TIRANDO DIREITOS DOS TORTOS SE É QUE ME ENTENDE direito para quem anda direito.

    • luiz anselmo pias perlin, engana-se (não estou dizendo que esse seja seu caso) quem pensa que não havia violência durante a ditadura,esse é um dos mitos de perduram nos dias de hoje, o regime militar criou o Comando Vermelho,no momento que colocou presos políticos juntos com criminosos comuns !
      O regime militar controlava a imprensa para que se pensasse que tudo corria bem,eu sou contra qualquer tipo de violência,inclusive essa que quer nos fazer crer que somente os militares podem salvar’ essa nação !

      O caso que ocorreu a você e seu colega demonstra que ambos foram vítimas duas vezes, uma do bandido e outra do Estado uma vez que os policiais não fizeram o B.O !

      Para finalizar eu digo que não há como aprimorar um regime militar,pois o mesmo trata-se de uma DITADURA,onde o cidadão de bem chega ser mais vítima que o criminoso pois mesmo agindo dentro da lei ele é tratado como vagabundo,sem direito a voto, à autonomia política !

      O aprimoramento da democracia consiste em dar direitos e deveres a todos,impondo penalidades aqueles que desrespeitam as leis que visam o bem comum ! isso que você quer dizer em tirar direitos dos tortos ,na verdade não é tirar direitos mas sim cumprir a lei !

  8. César Pereira esta dificel acreditar na democracia pois ate hoje a unica coisa que nossos representantes eleitos democraticamente fizeram foi só aprimorar direitos dos vagabundos e os meios de desviar verbas publicas para o proprio bolço PELOMENOS ATE O MOMENTO GOSTARIA MUITO E ATE FICARIA ETERNAMENTE GRATO SE ELES ME PROVASEM QUE ESTOU ERRADO César eu respeito tua opnião e teus direitos mas me responda nossos lideres eleitos democraticamente respeitão nossos direito EU GOSTARIA DE VER ELES CRIAREM A LEI DE TOLERANCIA ZERRO E PRIZAM PERPETUA E CONFISCO DE TODOS OS BENS DOS ENVOLVIDOS EM SUPER FATURAMENTO DE OBRAS PUBLICAS E REDUÇÃO DE SEUS SALARIOS SERIA UMA BOA BROVA DE QUE A DEMOCRACIA MERECE MAIS TEMPO PARA PODER SER APRIMORADA NÃO FIQUE CHATEADO COMIGO POIS SÓ GOSTARIA TER CERTEZA DE QUE DEIXO UM PAIS JUSTO E SEGURO PARA MEUS FILHOS E NETOS E EU JA TENHO TRS NETOS FELISCIDADES A VOCE E SUA FAMILIA.

    • Meu caro Luiz eu compreendo o seu sentimento para com o BRASIL, isso aflige a todos nós cidadãos de bem,que vivemos a mercê da insegurança, mas não vejo outra forma de melhoria à não ser a forma atual, ou seja a democracia !
      Parte disso é culpa nossa também, por causa de nossa desunião o nosso individualismo, nosso povo tem sempre tempo para um futebol uma novela,mas nunca para debater os problemas da nação,dizem que detestam política votam pela cara do candidato,não raciocinam preferem repetir oque os órgãos de imprensa falam sem nem mesmo refletirem sobre o assunto !
      Riem do problema alheio ao invés de se solidarizarem com o desafortunado !
      Se não houver mudança em nós mesmos esse país jamais irá mudar,nenhuma ditadura ira nos trazer a paz desejada ,nosso caminho é árduo Luiz e talvez nós nunca veremos o BRASIL que você e eu queremos !
      Só nos resta a fé e a luta para fazermos um país melhor para as gerações futuras !

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