“Na verdade, esses vandalismos das manifestações não são nada, nem material, comportamental ou financeiramente, comparados com o vandalismo institucional de governantes e políticos contra o povo, o interesse público e a ética, minando as nossas esperanças de ter um país justo, decente e realmente de todos, especialmente com o fim dessa dolorosa exclusão social e abominável frouxidão moral.”
Por Luiz Sérgio Silveira Costa (*)
São revoltantes as cenas de vandalismo e destruição de bens públicos e de particulares, esses, muitos obtidos à custa de muito trabalho, sacrifícios e renúncias.
Mas, muito pior e mais custoso do que isso é o vandalismo diário e institucional que o povo sofre com a corrupção, desfaçatez, desinteresse e exibicionismo de governantes e políticos. São os que sofrem perambulando de hospital em hospital para suplicar atendimento, geralmente negado, a si, seus filhos e parentes.
São os que são chutados e empurrados a cassetete para entrar em trens superlotados. São os que viram noites na rua para matricular seus filhos em colégios públicos, malcuidados e com professores desconsiderados e mal pagos. São os que se acotovelam em ônibus sujos, não fiscalizados e causadores de tragédias.
São os assaltados, estuprados, mortos e que têm a vida dilacerada por bandidos, geralmente menores, agasalhados por legislação utópica e ideológica, e Justiça leniente, que absorve com piedade agravos e embargos, dura e ágil somente para com as suas benesses, como o indecente auxílio-alimentação. São os que sofrem com essa infraestrutura lamentável, apesar de o país ser a 6ª economia do mundo.
Na verdade, esses vandalismos das manifestações não são nada, nem material, comportamental ou financeiramente, comparados com o vandalismo institucional de governantes e políticos contra o povo, o interesse público e a ética, minando as nossas esperanças de ter um país justo, decente e realmente de todos, especialmente com o fim dessa dolorosa exclusão social e abominável frouxidão moral.
Para ler o texto completo, acesse “Alerta Total”
(*) Luiz Sérgio Silveira Costa, é Almirante Reformado da Marinha do Brasil
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