PILOTOS DE CAÇA DA FAB EMPREGAM CAPACETE COM MIRA (SISTEMA HMD – HELMET MOUNTED DISPLAY)

11capacetemirafabcopadiv
Pela primeira vez, a Força Aérea Brasileira (FAB) divulga imagens exclusivas do capacete com mira HMD, que mudou a história do combate aéreo. Um sensor acoplado ao canopy (cobertura) da cabine do F-5M, permite identificar o ângulo de visão do piloto
Agência Força Aérea, 04/06/2013

São cinco horas da manhã na Base Aérea de Canoas, no Rio Grande do Sul. Em meio à escuridão da madrugada gelada, pequenos pontos de luz chamam a atenção. Nos hangaretes, onde pernoitam ainda silenciosos os caças supersônicos F-5M, mecânicos manipulam pequenas lanternas em detalhada e incessante inspeção das aeronaves. Pequenos carros entram em cena com o armamento. “É hora de instalar mísseis e lançadores de chaffs e flares, dispositivo de contramedida para mísseis guiados por radar ou radiação infravermelha”, diz um dos militares. O dia nasce e com ele o ruído estridente dos F-5M toma conta do ambiente. Pilotos e mecânicos se comunicam por meio de um diálogo mudo antes das decolagens. A profusão de gestos e sinais é a senha para o início de mais uma missão de defesa aérea em algum ponto do país. “O OK final na cabeceira da pista sela a relação de confiança entre piloto e mecânico”, resume o Sargento Adriano Ferraz.

Enquanto mecânicos e pilotos estão na linha de voo, dentro do hangar uma equipe de especialistas trabalha em outra linha – a de produção de capacetes com mira. Equipamento moderno, a tecnologia de ponta é conhecida pela sigla em inglês HMD (Helmet Mounted Display). Com o sistema, uma pequena unidade eletro-ótica projeta dados e imagens diretamente na viseira. A mira instalada no capacete permite que o piloto se concentre no que se passa do lado de fora da aeronave e reduz a dependência dele em relação aos instrumentos do painel. Antes do equipamento, era um olho no alvo e outro nos parâmetros do armamento, da velocidade e da altura, por exemplo. Agora, com as principais informações no campo de visão, o piloto pode decidir com mais rapidez. “Ganhamos eficiência na reação e melhoramos o tempo de resposta”, explica um dos aviadores da Unidade.

No combate aéreo e na busca de alvos no solo, o equipamento faz a diferença. Antes dele, os pilotos tinham que apontar o nariz da aeronave em direção ao alvo e evitar que o inimigo fizesse o mesmo. Com o novo capacete, não é mais necessário mexer na trajetória do avião, basta movimentar a cabeça. “Quando o míssil escraviza o alvo o piloto recebe sinais visuais e de áudio e pode acionar o botão de lançamento”, explica outro caçador.

Para que essa tecnologia funcione eficientemente é preciso, antes, personalizar o equipamento. Cada piloto deve ter o seu. A personalização exige uma etapa artesanal demorada que inclui medidas, moldagem, revestimento, calibração e vários testes. “A partir do casco e das peças, nós montamos um HMD para cada aviador”, diz Paulo Ricardo Fabrício Maria, sargento especialista em equipamento de voo. A precisão depende de um ajuste anatômico. “A área espelhada na viseira onde as informações são projetadas é restrita, assim o capacete não pode se deslocar durante o movimento da cabeça porque o piloto pode perder algum dado”, explica o Suboficial Marco Antonio Andrade de Souza, especialista em equipagens há 25 anos.

Uma equipe da Agência Força Aérea acompanhou na Base Aérea de Canoas, no Rio Grande do Sul, a confecção do capacete com mira e o emprego do equipamento usado por esquadrões da FAB durante missões de defesa aérea na Operação Ágata 7, do Ministério da Defesa. O HMD também será empregado na Copa das Confederações. Veja a reportagem.

[embedplusvideo height=”393″ width=”650″ standard=”http://www.youtube.com/v/XOdznLRyOSQ?fs=1″ vars=”ytid=XOdznLRyOSQ&width=650&height=393&start=&stop=&rs=w&hd=0&autoplay=0&react=1&chapters=&notes=” id=”ep7496″ /]

ÁGATA 7 – Pilotos de caça da FAB empregam capacete com mira HMD

Fonte: Agência Força Aérea

 

Leia também:

PILOTOS DA FAB USARÃO CAPACETE COM MIRA (SISTEMA HMD) DURANTE A COPA DAS CONFEDERAÇÕES

 get

Equipamento de última geração envia informações do painel e de alvos potenciais diretamente ao campo de visão do piloto

As Forças Armadas contam com tecnologia de ponta na aviação de caça para garantir a segurança durante a Copa das Confederações. Modernizados recentemente, os veteranos caças F-5M da Força Aérea Brasileira (FAB) que farão a vigilância do espaço aéreo durante a realização do evento são equipados com o sistema HMD – sigla em inglês para Helmet Mounted Display, popularmente conhecido como capacete com mira. Integrando informações do painel e de sensores de armamentos diretamente na visão do piloto, o capacete permite que os militares tomem decisões mais rapidamente em situação de conflito.

 capacete-F-5-HMD

O HMD é dotado de uma unidade eletro-óptica que projeta dados e imagens diretamente na viseira do capacete. Assim, a mira acompanha a visão do piloto para onde quer que ele vire a cabeça. Na prática, o equipamento permite que o piloto se concentre no que se passa do lado de fora da aeronave e reduz a sua dependência em relação aos instrumentos do painel, como os parâmetros do armamento, da velocidade e da altura.

Antes do uso do HMD, era necessário apontar o nariz da aeronave em direção ao alvo e evitar que o inimigo fizesse o mesmo. Agora, não é mais necessário alterar a trajetória do avião, bastando movimentar a cabeça e acompanhar a rota do inimigo. Ao “travar” a mira em um alvo, o piloto recebe sinais visuais e de áudio e pode acionar o botão de lançamento de mísseis.

 Para que essa tecnologia funcione eficientemente é preciso, antes, personalizar o equipamento – cada piloto deve ter um capacete feito sob medida. A personalização exige uma etapa artesanal demorada que inclui medidas, moldagem, revestimento, calibração e vários testes. Toda a montagem é feita na Base Aérea de Canoas, na região metropolitana de Porto Alegre.

“A partir do casco e das peças, nós montamos um HMD para cada aviador”, diz Paulo Ricardo Fabrício Maria, sargento especialista em equipamento de voo. A precisão depende de um ajuste anatômico. “A área espelhada na viseira onde as informações são projetadas é restrita, assim o capacete não pode se deslocar durante o movimento da cabeça porque o piloto pode perder algum dado”, explica o suboficial Marco Antonio Andrade de Souza.

Fonte: Terra

9 Comentários

  1. Aos 3:11 que míssil é esse ,o Piranha 1A ou o AIM-9P pois o seek parece enchegar o alvo em angulo de 90° eu não sei se o míssil da mectron escraviza um objeto nesse angulo nem se o Americano também o faz ?

  2. Descobrir esse míssil deve ser o Python IV na versão de treinamento ! sera que o
    Piranha MAA-1B tambêm poder fazer a mesma coisa travar com o seeker em ângulo de 90°G

  3. Boas noticias pra FAb e desmistificação dos HMD…

    E tantos especialistas falavam que não tinha como montar esses HMD nos Rafale… se até em F-5M se monta.. é muito torcedor chorando agora… chora chora.. isso aí não é coisa de outro planeta!!

    E agora chora.. no Rafale se monta melhor que nesse F-5M aí, alias a França só não usa porque não quer… e você torcedor quer lencinho??

    Valeu!!

    • Francoorp, que eu saiba, todo caça moderno, sem exceção usa esse sistema. Além do mais, é apenas um capacete com um visor que trás toda a HUD(Heads-Up Display) do caça para a cara do piloto, tornando tudo muito mais claro prático. É um sistema engenhoso, mas não é nenhuma tecnologia de outro mundo. Qualquer avião pode receber um desse. Até num super tucano dá pra colocar o sistema. É só uma questão do computador da aeronave reconhecer o capacete, e passar as informações para o mesmo. Sem mistérios.

  4. Os misseis já responderam ao HMD montado sem precisar fazer nenhuma integração cara com os sistemas da aeronave, já cumprem com sua missão.. e será assim com o Rafale também, uma vez montado!!!

    O Míssil respondeu já de imediato… no Rafale também será assim!

    Valeu!!

  5. A, já ia me esquecendo. Todos os caças modernos tem adotado o conceito de plug and play. Ou seja, hardares com entradas universais e softwares capazes de de receber quase qualquer sistemas e automaticamente reconhecerem e estão prontos para uso. O Rafale, Gripen, F-18 ou qualquer outro não são diferentes. É claro que são necessários sensores e programas capazes de comunicar entre si, provavelmente precisaria de um programa tradutor para levar de uma linguagem de programação para outro, mas não é nada impossível nem segredo de outro mundo. Hoje, até nas tecnologias militares, as tendências são de conectores universais e sistemas intercomunicáveis. Praticidade acima de tudo. Já pensou se a cada geração de misseis tivéssemos que fazer reformas em todos os aviões para seus softwares e hardwares permitirem conexões com os novos gadgets? Os aviões iam virar verdadeiras gambiarras voadoras…

Comentários não permitidos.