Pela primeira vez, a Força Aérea Brasileira (FAB) divulga imagens exclusivas do capacete com mira HMD, que mudou a história do combate aéreo. Um sensor acoplado ao canopy (cobertura) da cabine do F-5M, permite identificar o ângulo de visão do piloto
São cinco horas da manhã na Base Aérea de Canoas, no Rio Grande do Sul. Em meio à escuridão da madrugada gelada, pequenos pontos de luz chamam a atenção. Nos hangaretes, onde pernoitam ainda silenciosos os caças supersônicos F-5M, mecânicos manipulam pequenas lanternas em detalhada e incessante inspeção das aeronaves. Pequenos carros entram em cena com o armamento. “É hora de instalar mísseis e lançadores de chaffs e flares, dispositivo de contramedida para mísseis guiados por radar ou radiação infravermelha”, diz um dos militares. O dia nasce e com ele o ruído estridente dos F-5M toma conta do ambiente. Pilotos e mecânicos se comunicam por meio de um diálogo mudo antes das decolagens. A profusão de gestos e sinais é a senha para o início de mais uma missão de defesa aérea em algum ponto do país. “O OK final na cabeceira da pista sela a relação de confiança entre piloto e mecânico”, resume o Sargento Adriano Ferraz.
Enquanto mecânicos e pilotos estão na linha de voo, dentro do hangar uma equipe de especialistas trabalha em outra linha – a de produção de capacetes com mira. Equipamento moderno, a tecnologia de ponta é conhecida pela sigla em inglês HMD (Helmet Mounted Display). Com o sistema, uma pequena unidade eletro-ótica projeta dados e imagens diretamente na viseira. A mira instalada no capacete permite que o piloto se concentre no que se passa do lado de fora da aeronave e reduz a dependência dele em relação aos instrumentos do painel. Antes do equipamento, era um olho no alvo e outro nos parâmetros do armamento, da velocidade e da altura, por exemplo. Agora, com as principais informações no campo de visão, o piloto pode decidir com mais rapidez. “Ganhamos eficiência na reação e melhoramos o tempo de resposta”, explica um dos aviadores da Unidade.
No combate aéreo e na busca de alvos no solo, o equipamento faz a diferença. Antes dele, os pilotos tinham que apontar o nariz da aeronave em direção ao alvo e evitar que o inimigo fizesse o mesmo. Com o novo capacete, não é mais necessário mexer na trajetória do avião, basta movimentar a cabeça. “Quando o míssil escraviza o alvo o piloto recebe sinais visuais e de áudio e pode acionar o botão de lançamento”, explica outro caçador.
Para que essa tecnologia funcione eficientemente é preciso, antes, personalizar o equipamento. Cada piloto deve ter o seu. A personalização exige uma etapa artesanal demorada que inclui medidas, moldagem, revestimento, calibração e vários testes. “A partir do casco e das peças, nós montamos um HMD para cada aviador”, diz Paulo Ricardo Fabrício Maria, sargento especialista em equipamento de voo. A precisão depende de um ajuste anatômico. “A área espelhada na viseira onde as informações são projetadas é restrita, assim o capacete não pode se deslocar durante o movimento da cabeça porque o piloto pode perder algum dado”, explica o Suboficial Marco Antonio Andrade de Souza, especialista em equipagens há 25 anos.
Uma equipe da Agência Força Aérea acompanhou na Base Aérea de Canoas, no Rio Grande do Sul, a confecção do capacete com mira e o emprego do equipamento usado por esquadrões da FAB durante missões de defesa aérea na Operação Ágata 7, do Ministério da Defesa. O HMD também será empregado na Copa das Confederações. Veja a reportagem.
ÁGATA 7 – Pilotos de caça da FAB empregam capacete com mira HMD
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Equipamento de última geração envia informações do painel e de alvos potenciais diretamente ao campo de visão do piloto
As Forças Armadas contam com tecnologia de ponta na aviação de caça para garantir a segurança durante a Copa das Confederações. Modernizados recentemente, os veteranos caças F-5M da Força Aérea Brasileira (FAB) que farão a vigilância do espaço aéreo durante a realização do evento são equipados com o sistema HMD – sigla em inglês para Helmet Mounted Display, popularmente conhecido como capacete com mira. Integrando informações do painel e de sensores de armamentos diretamente na visão do piloto, o capacete permite que os militares tomem decisões mais rapidamente em situação de conflito.
O HMD é dotado de uma unidade eletro-óptica que projeta dados e imagens diretamente na viseira do capacete. Assim, a mira acompanha a visão do piloto para onde quer que ele vire a cabeça. Na prática, o equipamento permite que o piloto se concentre no que se passa do lado de fora da aeronave e reduz a sua dependência em relação aos instrumentos do painel, como os parâmetros do armamento, da velocidade e da altura.
Antes do uso do HMD, era necessário apontar o nariz da aeronave em direção ao alvo e evitar que o inimigo fizesse o mesmo. Agora, não é mais necessário alterar a trajetória do avião, bastando movimentar a cabeça e acompanhar a rota do inimigo. Ao “travar” a mira em um alvo, o piloto recebe sinais visuais e de áudio e pode acionar o botão de lançamento de mísseis.
Para que essa tecnologia funcione eficientemente é preciso, antes, personalizar o equipamento – cada piloto deve ter um capacete feito sob medida. A personalização exige uma etapa artesanal demorada que inclui medidas, moldagem, revestimento, calibração e vários testes. Toda a montagem é feita na Base Aérea de Canoas, na região metropolitana de Porto Alegre.
“A partir do casco e das peças, nós montamos um HMD para cada aviador”, diz Paulo Ricardo Fabrício Maria, sargento especialista em equipamento de voo. A precisão depende de um ajuste anatômico. “A área espelhada na viseira onde as informações são projetadas é restrita, assim o capacete não pode se deslocar durante o movimento da cabeça porque o piloto pode perder algum dado”, explica o suboficial Marco Antonio Andrade de Souza.
Aos 3:11 que míssil é esse ,o Piranha 1A ou o AIM-9P pois o seek parece enchegar o alvo em angulo de 90° eu não sei se o míssil da mectron escraviza um objeto nesse angulo nem se o Americano também o faz ?
Descobrir esse míssil deve ser o Python IV na versão de treinamento ! sera que o
Piranha MAA-1B tambêm poder fazer a mesma coisa travar com o seeker em ângulo de 90°G
Boas noticias pra FAb e desmistificação dos HMD…
E tantos especialistas falavam que não tinha como montar esses HMD nos Rafale… se até em F-5M se monta.. é muito torcedor chorando agora… chora chora.. isso aí não é coisa de outro planeta!!
E agora chora.. no Rafale se monta melhor que nesse F-5M aí, alias a França só não usa porque não quer… e você torcedor quer lencinho??
Valeu!!
Francoorp, que eu saiba, todo caça moderno, sem exceção usa esse sistema. Além do mais, é apenas um capacete com um visor que trás toda a HUD(Heads-Up Display) do caça para a cara do piloto, tornando tudo muito mais claro prático. É um sistema engenhoso, mas não é nenhuma tecnologia de outro mundo. Qualquer avião pode receber um desse. Até num super tucano dá pra colocar o sistema. É só uma questão do computador da aeronave reconhecer o capacete, e passar as informações para o mesmo. Sem mistérios.
Em breve, bastará um óculos google glass, kkk.
Só para lembrar: Os russos introduziram essa tecnologia na década de 80 do século passado…
Os misseis já responderam ao HMD montado sem precisar fazer nenhuma integração cara com os sistemas da aeronave, já cumprem com sua missão.. e será assim com o Rafale também, uma vez montado!!!
O Míssil respondeu já de imediato… no Rafale também será assim!
Valeu!!
A, já ia me esquecendo. Todos os caças modernos tem adotado o conceito de plug and play. Ou seja, hardares com entradas universais e softwares capazes de de receber quase qualquer sistemas e automaticamente reconhecerem e estão prontos para uso. O Rafale, Gripen, F-18 ou qualquer outro não são diferentes. É claro que são necessários sensores e programas capazes de comunicar entre si, provavelmente precisaria de um programa tradutor para levar de uma linguagem de programação para outro, mas não é nada impossível nem segredo de outro mundo. Hoje, até nas tecnologias militares, as tendências são de conectores universais e sistemas intercomunicáveis. Praticidade acima de tudo. Já pensou se a cada geração de misseis tivéssemos que fazer reformas em todos os aviões para seus softwares e hardwares permitirem conexões com os novos gadgets? Os aviões iam virar verdadeiras gambiarras voadoras…
cara impressionante finalmente o Brasil esta virando uma super potencia….kkkk