A nova influência do Brasil

VISÃO GLOBAL

A potência em ascensão da América do Sul está se afirmando; mas um grande poder traz sempre grandes responsabilidades

DAVID ROTHKOPF, FOREIGN POLICY, É ANALISTA DO CARNEGIE ENDOWMENT FOR INTERNATIONAL PEACE

Enquanto os Estados Unidos avançam de maneira hesitante para aceitar a nova realidade multipolar do mundo, dando um passo atrás para cada passo à frente, fazendo uma violação de soberania excepcional para cada esforço de colaboração em lugares como a Líbia, outros países estão trabalhando ativamente para estabelecer novas regras para todas as nações seguirem na nova era.

Entre os que estão na linha de frente desse esforço, contam-se a presidente brasileira, Dilma Rousseff, e seu respeitadíssimo chanceler, Antonio Patriota.

O desafio que Dilma e Patriota enfrentam como servidores públicos é assustador. Cada um deles segue as pegadas de um formidável antecessor.

O desafio de Dilma é, admitidamente, muito maior e, de fato, para muitos, parece quase insuperável. Ela sucede a dois presidentes que foram, provavelmente, os mais importantes da história moderna de seu país, Fernando Henrique Cardoso, a quem é creditada a estabilização da economia brasileira após anos de volatilidade, e seu antecessor imediato, Luiz Inácio Lula da Silva, não somente seu mentor, mas um integrante do pequeno punhado dos líderes mundiais mais importantes da última década.

Já o antecessor de Patriota, Celso Amorim, foi também formidável, extremamente influente, e uma presença constante no cenário brasileiro e internacional. O desafios eram grandes para todo o governo de Dilma.

No entanto, após um ano no cargo, e apesar de enfrentar grandes desafios domésticos e internacionais, a presidente já alcançou um índice de popularidade superior ao de Lula num ponto equiparável de seu mandato.

E Patriota está dando continuidade com calma, e aos olhos de observadores próximos, com grande habilidade, ao trabalho desbravador de Amorim para estabelecer o Brasil como um líder entre as grandes potencias mundiais.

“Temos uma grande vantagem”, observa Patriota. “Não temos inimigos reais, nem lutas em nossas fronteiras, nem grandes rivais históricos ou contemporâneos entre as fileiras das potências mais importantes… e temos laços duradouros com muitas nações desenvolvidas e emergentes do mundo.” Essa é uma condição que não é desfrutada por nenhum dos outros Bric – China, Índia e Rússia – nem, aliás, por alguma grande potência tradicional do mundo. Essa posição incomum é fortalecida ainda mais pelo fato de o Brasil não estar investindo tão pesadamente quanto as outras potências ascendentes em capacidade militar. Aliás, como observou Tom Shannon, o embaixador dos Estados Unidos no Brasil, o país é um dos poucos a efetivamente apostar seu futuro na aplicação sábia do chamado “poder brando” – diplomacia, alavancagem econômica, interesses comuns.

Não é por coincidência, aliás, que, em áreas que vão das mudanças climáticas ao comércio, da não proliferação nuclear ao desenvolvimento, o Brasil, sob o comando de Lula e Amorim e de Dilma e Patriota, vem ganhando força ao traduzir o crescimento consistente em casa e a diplomacia ativa no exterior em redes internacionais efetivas.

Mas o governo de Dilma também está rompendo com o passado. Enquanto Cardoso e Lula alcançaram a grandeza enfrentando e resolvendo alguns dos problemas mais ruinosos do passado brasileiro, da estabilização da economia ao enfrentamento da desigualdade social, Dilma, sem deixar de reconhecer o trabalho que resta a ser feito, concentrou sua atenção também na criação de oportunidades e num claro caminho para o futuro do Brasil. De seu foco em educação a seu compromisso com ciência e tecnologia passando por programas inovadores como “Ciência Sem Fronteiras”, ela está fazendo algo que nenhum líder latino-americano fez anteriormente, mas que se mostrou uma fórmula aprovada na Ásia.

Está comprometida em transformar o Brasil de economia baseada em recursos naturais e, portanto, dependente (o que significa dizer, vulnerável) a uma que conta mais para o crescimento futuro com as indústrias de valor agregado, a pesquisa e desenvolvimento, e a formação de mais cientistas e engenheiros.

Com base nisso, Patriota também está olhando para frente. Ele está indo além da era da política externa brasileira em que era inovador fazer o país olhar para fora de sua região e jogar um papel ativo nos assuntos globais, para um período, num futuro não muito distante, em que o Brasil, na condição de país com uma das cinco maiores economias e populações do mundo, de líder mundial em agronegócios e energia, assumirá sem hesitação que merece seu lugar à mesa.

Patriota esteve em Nova York por achar que um dos primeiros experimentos dessa era, a intervenção na Líbia sancionada pela ONU, saiu dos trilhos quando a missão autorizada pelas Nações Unidas de proteger o povo líbio foi deixada de lado pelas forças internacionais que intervieram tornando-se antes uma missão de mudança de regime. Ele não era nenhum admirador de Muamar Kadafi, que fique claro. Mas tem o sentimento inabalável de que, para a comunidade internacional operar de fato unida, ela precisa fazê-lo sob regras não só coletivamente estabelecidas, mas também coletivamente honradas.

Essa atitude provoca irritações, com certeza, em especial em países como os Estados Unidos que estão acostumados a operar segundo suas próprias regras. Essa é uma razão porque a iniciativa turco-brasileira de 2010 para costurar um acordo para desarmar a crise nuclear iraniana foi tão irritante para Washington. A medida, por mais ingênua que tenha parecido para alguns, antecipou o início de uma era em que potências regionais e emergentes, como Turquia com Síria ou China com Irã, são fundamentais para se alcançar os objetivos da comunidade internacional.

Patriota reconhece que os Estados Unidos, sob o comando de Barack Obama, e outras potências estabelecidas avançaram bastante para se adaptar a essa nova realidade. Dito isso, ele gostaria de ver Obama avançar mais. Por exemplo, os brasileiros estão entre as potências emergentes que pressionam por reformas reais na maneira como as instituições internacionais são conduzidas. Eles acham que a ordem pós-2.ª Guerra refletida na estrutura de poder do Conselho de Segurança da ONU e na concessão automática da liderança do Banco Mundial a um americano está obsoleta e que já é hora de alguma coisa que reflita as realidades do século 21 e seja mais consistente com os princípios democráticos sobre os quais essas instituições foram estabelecidas.

É difícil discordar dos brasileiros ou de outros sobre esses pontos. E a inconsistência mostrada pelo governo Obama nessa frente – oferecendo apoio a uma participação permanente indiana, mas não brasileira, no Conselho de Segurança, em certo momento parecendo simpático a uma abertura do principal cargo no Banco Mundial a um não americano, mais recentemente parecendo recuar dessa ideia – tem sido irritante e, eu diria, irrefletida.

O que Dilma e Patriota estão tentando fazer na frente internacional é, de fato, tão revolucionário quanto o que seus antecessores fizeram.

Eles compreendem que um multilateralismo bem-sucedido agora requer não só maior número de países, mas abertura a uma multidão de ideias.

Durante a Guerra Fria, o debate era binário: soviéticos ou americanos.

Em sua esteira houve a breve ilusão de que havíamos entrado num momento de fim da História em que uma filosofia de mercados e democracia liderada pelo Consenso de Washington adquiria uma espécie de status de monopólio no mercado das ideias. Mas depois vieram as tragédias gêmeas, frutos da arrogância, do Iraque e da crise financeira de 2008, a simultânea ascensão de novas potências como Brasil, China, Índia e outros – e entramos em uma nova era. Em meu livro, Power, Inc., eu me refiro ao lado econômico dessa era como um período de capitalismos concorrentes. Mas ele é também um período de filosofias políticas concorrentes sobre o papel, tanto do Estado, como das instituições internacionais. Nesse mundo, não só os Estados Unidos são apenas uma voz, mas são também uma voz enfraquecida que em cada evento será ouvida como a mera visão de menos de 5% da população do planeta. Ao mesmo tempo, outros terão de preencher o vazio criado pelo redimensionamento da influência americana. O Brasil está tentando fazê-lo e, é preciso notar, de uma maneira consideravelmente mais construtiva que a evidenciada por China e Rússia em seu desempenho pusilânime com respeito à Síria no Conselho de Segurança. Dito isso, as potências emergentes, o Brasil entre elas, precisam reconhecer que, neste novo mundo, se pretendem jogar papéis maiores, elas também terão de fazer escolhas duras e não simplesmente desconsiderar as questões complexas como problemas alheios ou fora do alcance do sistema internacional em evolução. Elas vão ter de aceitar cada vez mais que se as injustiças não forem contidas, os custos resultantes serão largados em suas portas. ( TRADUÇÃO DE CELSO PACIORNIK)

Fonte: O Estado de São Paulo

37 Comentários

  1. legal o texto,mas na verdade se o brasil nao se reaparelhar não vai consequir nem metade do que ele ta falando,o brasil pode até ter uma politica branda como ele citou mas se nao tiver um exercito forte por traz do que almeja ,acaba pondo tudo a perder.

  2. Hummm… Belas palavras, mas o jovem esquece que conceitos com ‘injustiça’ é cultural. Se perguntar para um árabe em sua tenda no meio do deserto o que ele acha do voto feminino, ele, se entender o que é voto, muito provavelmente achará uma ‘injustiça’ jogar uma responsabilidade destas sobre os ombros de uma mulher, afinal ela não é criada para tomar este tipo de decisão. O americano tem que entender isso. As vezes a crueldade para o ocidental é a falta de entendimento de uma cultura a qual ele não pertence. Ele está metendo o bedelho onde não deve. Acaba servido, como na Líbia, de ferramenta para troca de um tirano por outro, de um assassino por outro. Os líbios continuam sendo assassinados… Só mudou o lado que está morrendo, mas, com certeza, são os que não portam armas e querem apenas viver a vida em paz. []´s

  3. O texto merece uma correção.Quem começou a estabilizar a economia brasileira foi Itamar Franco e Ciro Gomes,os pais do malfadado plano real.

  4. Essa estratégia de poder brando esta é simplesmente pondo o meu e o seu pescoço na aposta. Deixando-nos sem espada e escudo só com estilingues e frágeis porretes.
    Estão todos os dias fazendo propagandas das riquezas humanas, biológicas e naturais do Brasil e admitindo sem qualquer puta vergonha que aqui não se importam com segurança.
    O brasileiro comum e corrente é imbecil demais para não ver o perigo a que os estão expondo.
    Nossas cabeças como brasileiros estão a venda e em apostas pelas elites depravadas e dominantes do Brasil.

  5. Recomendo esta reportagem aos nossos oficiais reservistas,que ao invés de ajudar a construir um novo país,estão mais preocupados em tumultuar o ambiente interno atendendo novamente aos intereses predadores do passado.

  6. -> “Aliás, como observou Tom Shannon, o embaixador dos Estados Unidos no Brasil, o país é um dos poucos a efetivamente apostar seu futuro na aplicação SÁBIA do chamado “poder brando” – diplomacia, alavancagem econômica, interesses comuns.”

    Ah claro; sabedoria essa que nenhuma das grandes potências aplica e nunca aplicou, assim como todas as grandes civilizações desde o princípio do mundo…mas como o cara disse. O Brasil que não faz isso(Porque não quer!Porque condições tem de sobra!) é o “sábio”…rs. Acorda Brasil!!

  7. Conclusão,o que o Brasil diz tem pouca relevância na maioria das aspirações do Brasil seja na ONU ou qualquer outro,um anão militar nunca será ouvido plenamente pois temos pouco poder de intimidação!

  8. Eu sinceramente ñ vejo tanta “Influência ” assim do BRASIL, até pq, ñ temos FAs capaz de manter n decisões..E espero q ñ entremos no jogo de potencia militar emergente, isso e td q os ianks, no n irmão caim do norte( c sua licenças …) + ker;p q o ódio da AS se volte contra nós e eles, os imperialista de sempre, sejam eskecidos.Sem essa. Sds.

  9. Excelente matéria, dá os devidos méritos a quem o possua, FHC importante na estabilização econômica , LULA importante na distribuição de renda, redução das desigualdades sociais e um dos poucos líderes mundiais reconhecidos do Brasil e Dilma desbravando o salto para o futuro, avançando a passos largos em políticas para a educação, ciência e tecnologia, mas sem esquecer os avanços economicos e sociais antes conquistados. Do ponto de vista da política externa, tão criticada por uma minoria aqui, mostra claramente o quanto o Brasil se tornou maduro e respeitado no mundo, isso graças a capacidade e competência de Amorim e patriota juntos. Qualquer análise fora deste prisma colocado pelo estadão refletirá uma análise distorcida e dita pelos opositores e chorões de plantão, e isso é tão verdade que na última campanha presidencial o único candidato capaz de competir com Dilma, no caso José Serra, se absteve de criticar LULA e o seu governo, pois sabia que seria pior para ele politicamente, que hoje já exibe um grande indice de rejeição.Abcs.

  10. Ótimo texto…
    Eu fico triste de ver tanta gente criticando o brasil…
    Claro, nossa defesa é uma vergonha… devemos aumentar nossa capacidade de dissuazão já!
    mas sem essa noia de que vão nos invadir, roubar nossas riquezas…
    O único inimigo do brasil é o congresso nacional….
    Ninguem entraria em confronto aberto conosco, primeiro porque não possuimos inimigos diretos, e segundo porque atacar o país da “amizade” o país “defensor” dos fracos e oprimidos geraria uma revolta a nível mundial, o que consequentemente colocaria em cena outros atores mundiais, e com grande possibilidade de que estes venham a nossa defesa….
    mas volto a repetir… nunca devemos abdicar de nossa força de dissuazão.. mas também chega de paranoia ne gente.

  11. O Brasil é o bobão no meio das potências. Nossos enormes pés de barro não ameaçam nada além de dentro da politica. Todos os outros jogadores de peso (EUA, China, India, Reino Unido, França e Rússia) possuem grande poder de dissuasão (não só armas atômicas, mas contam com poderosas forças armadas, equipadas e disponíveis). Já o Bobão Brasil é o peixe fora d’água dentro do grupo dos grandes.

    Abraços

  12. O Brasil está em estado de semi consciência por causa da euforia de ver uma pequena luz no fim do tunel na sua triste história recente, mas há muito o que fazer, pois estamos já enfrentando um apagão de profissionais de alta capacitação que é a base estratégica para gerirmos um crescimento sustentável com alta tecnologia em todas as áreas: militar, educacional, organizacional, industrial, energia, agropecuária e até na area política onde ainda estamos no feudalismo. Mas o Brasil deve se despertar dessa semi consciencia porque o mundo está mudando e haverá uma acomodação econômica ( já estamos vivendo uma guerra cambial), por causa de escasses de recursos que o brasil tem em grande quantidade. E tudo isso quer dizer estatisticamente que estamos muito próximos de uma série de grandes conflitos bélicos em várias regiões do mundo, e quando todos os “amigos do Brasil” estiverem com a barriga vazia, vamos ver se continuarão com esse nosso bom relacionamento diplomático.

  13. Carlos Argus disse:
    03/03/2012 às 12:08
    Eu sinceramente ñ vejo tanta “Influência ” assim do BRASIL, até pq, ñ temos FAs capaz de manter n decisões..Sds.
    ==
    ==
    Carlos, se o Brasil se envolvesse em um conflito agora (que não começa da noite para o dia) teríamos tempo o suficiente para fazer um levantamento de capacidade construtiva envolvendo todas as empresas de todos as áreas da construção para começarmos a produzir em massa qualquer meio de persuasão. Diria que em menos de 3 meses estaríamos aptos a produzir qualquer meio. em menos de 1 anos estaríamos com novas embarcações marítimas com grande poder de persuasão.
    Duvidam? Quantos passam pelos estaleiros ao redor de Niteroi/RJ e já viram as embarcações de apoio produzindo embarcações de apoio para operar na área off-shore?
    Caças? Embora o AMX seja subsônico, sabemos do que ele á capaz e suas qualidades podem ser melhoradas rapidamente em função de tecnologias que estão disponíveis no mercado negro.
    Veículos sobre rodas? Esse é o terreno do Brasil.
    Submarinos? Os Tikunas estão aí. Basta aperta o botão da linha de produção para começarmos a produzí-los.

    Enfim, podemos não ter todos os meios disponíveis, mas temos uma capacidade produtiva instalada (e por assim dizer real) que poucos tem no mundo. A única coisa que nos coloca no terceiro mundo é a nossa própria mentalidade.

  14. olha, em canto nenhum do mundo o Brasil e alguma coisa, ao contrario de outros BRIC, como Russia, China e India, nosso poderio militar e pifio, nem satelites e foguetes lancadores sabemos construir (nao me refiro aos foguetinhos de brinquedo lancados em alcantara ou aos satelites coletores de dados que nao passam de piada). Nossas forcas armadas usam estilingues, e NUNCA tivemos uma industria de defesa decente (tinha era muito blablabla mas nunca construimos nada realmente significativo).Nao temos grandes multinacionais, a excessao da Vale que e uma exportadora de minerio de ferro, nao temos fabricas nacionais de carros, NADA, apenas exportamos graos e minerio de ferro, forcas armadas que apanham se duvidar ate da Venezuela.

  15. outra, paises que nem China e India desenvolveram e construiram seus proprios submarinos nucleares, e o Brasil ????? tentou mas nao conseguiu…vou ser pratico, se os EUA quiserem atacar uma pais vizinho da Russia, da China ou da India vao pensar duas vezes, pq estes paises ai em cima, mesmo no caso da India com graves problemas sociais, possuem capacidade militar e tecnologica pra fazer os americanos pensarem duas vezes, ja o Brasil???? se quiserem invadem e sabem que nao temos como retaliar de nenhuma maneira.

  16. o Brasil foi colonizado por Portugual, e portugues nao sabe consturir coisas, inventar, nada, isso quem sabe e ingles, alemao, ja os EUA que foram colonizados pelos ingleses, e tb receberam grande numero de imigrantes alemaes, nao tiveram dificuldades de se tornar uma superpotencia, desde a revolucao industrial, o mundo mudou, riqueza nao e ouro e pedras preciosas, as grandes nacoes sao as que dominam a tecnologia.

  17. O que este judeu david rothkopf escreveu é : canto de sereia para enganar trouxa! Para que um país seja potência tem que ser plenamente desenvolvido e nuclearmente armado. Israel que o diga! São desenvolvidos e possuem armas nucleares. O Japão é desenvolvido, tem dinheiro e não é potência. E porque não é potencia? Não tem armas nucleares. O mesmo vale para a Alemanha que tem dinheiro, é desenvolvida, mas não tem armas nucleares, por isso não é potência e ainda é ocupada militarmente pelos eua até hoje. Já a França é potência, tem dinheiro, é desenvolvida e tem arsenal nuclear. E o BRASIL ? Não é plenamente desenvolvido, tem alguma economia, mas não tem armas nucleares.

  18. Os militares como sempre, PATRIOTAS, HONRADOS, DIGNOS,com algumas excesões, ( comandante do exército ), estão corretos, eles não podem nem devem assim como toda a população brasileria NÃO RECONHECE A AUTORIDADE do APATRIOTA celso amorim! QUEREMOS ELE FORA DO MINISTERIO DA DEFESA POR NÃO TER HONRA NEM MORAL PARA A INVESTIDURA DO CARGO! FAÇAMOS UM BEM PARA O NOSSO PAÍS VAMOS FAZER UMA CAMPANHA NA INTERNET PARA POR PARA FORA O EX MINISTRO DA DEFESA celso amorim, FORAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA

  19. o Brasil foi colonizado por Portugual, e portugues nao sabe consturir coisas, inventar, nada, isso quem sabe e ingles, alemao, ja os EUA que foram colonizados pelos ingleses, e tb receberam grande numero de imigrantes alemaes, nao tiveram dificuldades de se tornar uma superpotencia, desde a revolucao industrial, o mundo mudou, riqueza nao e ouro e pedras preciosas, as grandes nacoes sao as que dominam a tecnologia.
    —————
    E a culpa é de Portugal por o Brasil não ser uma super potencia?
    E Portugal tem capacidade para inventar descobrir o problema é o mesmo que o Brasil políticos corruptos que só se interessam por eles e esquecem-se que eles estão lá para o bem do povo e não deles

  20. O grande desafio da atual política externa, especialmente do chanceler Patriota, é efetuar as correções de rumo após os fiascos protagonizados por seu antecessor, o Sr. Megalonanico.

  21. Ja consegui encontrar 3 elementos que fazem defesa midiatica para o partidão na net pelas 30 moedas mensais… 1- Alexandre, 2- Ilya, 3- Ronin… esses são os atuais… ja houveram outros, como o Francoorp… eles vivem mudando os nicks, mas continuam com o mesmo discurso… vou continuar de olho… cooptados pelo sistema sempre existirão… são os agentes da matrix espalhados pela blogosfera… cuidado Neo!!!… rsrsrsrsrsrs…

  22. Blue Eyes, Na Resistência disse:
    03/03/2012 às 19:52
    Ja consegui encontrar 3 elementos que fazem defesa midiatica para o partidão na net pelas 30 moedas mensais… 1- Alexandre, 2- Ilya, 3- Ronin… esses são os atuais… ja houveram outros, como o Francoorp…
    ==
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    Pode colocar mais um na lista. Tenho orgulho de minha escolha política e ao contrário de outros, não tenho dificuldade alguma de comparar o atual governo com outros e nem mesmo debater os prós e contras.

  23. Gosto não se discute, ainda mais quando a opção e o orgulho é pelo Nacional Fascismo Trabalhista Brasileiro fundado por “$u$a” o Mussolini dos Sertões e sua a quadrilha de PaTifes, mensaleiros… Boa sorte aos inocentes úteis. Hahahahaha

  24. querem transformar uma materia de um gringo que fala bem do brasil em algo ruim ,tirando a parte que ele sugere que o brasil tenha um poder brando para sempre o resto do texto esta certo ,ele paga um sapo para o brasil .Para alguns comentaristas do site: vai contando que ae voce vai se dar conta que os caras sao a maioria ,mas tudo bem ,e outra eu nao vejo eles puxando o saco de outros comentaristas tipo assim:” seu comentario foi otimo’ ,e o outro responde:,”é eu tambem acredito tudo que se fala ”,é assim que os gringos agem finge ser amigo mas na verdade ta achando o outro um pipoca tipo quem vai pela cabeça dos outros é piolho.”muito cirurgicos seus comentarios ” rsrsrs ,paga dez guerreiro!!!!!

  25. O autor cita: “Mas o governo de Dilma também está rompendo com o passado. Enquanto Cardoso e Lula alcançaram a grandeza enfrentando e resolvendo alguns dos problemas mais ruinosos do passado brasileiro, da estabilização da economia ao enfrentamento da desigualdade social, Dilma, sem deixar de reconhecer o trabalho que resta a ser feito, concentrou sua atenção também na criação de oportunidades e num claro caminho para o futuro do Brasil. (grifo nosso)… é, realmente, o futuro do Brasil é algo claro e previsivel, algo assim:
    *************************************************************
    TOTALITARISMO DE MANSINHO

    A pretexto de nos proteger, o Estado vai se imiscuindo cada vez mais em nossas vidas, para nos dizer o que podemos fazer e o que não podemos. É um socialismo totalitário que vai entrando de mansinho, sem precisar para isso de revoluções sangrentas como a de 1917 na Rússia, nem de ditaduras férreas como a de Hitler.

    O Estado cada vez mais interfere no dia-a-dia do cidadão comum

    Somos tratados como menores de idade. Vemo-nos obrigados a educar nossos filhos do modo como o Estado manda. Querem nos proibir de criticar os homossexuais, negam nosso direito de católicos de execrar qualquer participação no aborto, na contracepção ou no divórcio.

    A pretexto de que não se pode discriminar, perseguem-nos – até judicialmente – se despedirmos um empregado ineficiente ou ampararmos a moral de nossas filhas.

    A propósito dessa “proteção” indesejada e cada vez mais abrangente, o escritor João Ubaldo Ribeiro, da Academia Brasileira de Letras — de quem entretanto discordamos em muitos pontos — publicou um interessante artigo intitulado “O totalitarismo científico”, do qual reproduzimos alguns trechos.

    “Cada vez mais se tenta regular a conduta do cidadão, mesmo em áreas imemorialmente reservadas a arbítrio e atos da sua exclusiva alçada. Subitamente, há um afã por proteger-nos de nós mesmos e, muito pior, impor-nos ‘verdades’ científicas. Isso se deu, por exemplo, com a lei da palmada, que, aliás, parece que não colou, considerada descabida por muitos pais.

    “Que é isso? Aonde chegamos?

    “Vive-se em cidades poluídas como Rio e São Paulo, mas o cigarro do vizinho, trancado em seu escritório, é o que prejudica o condomínio?

    “Deverão em breve manifestar-se os que se sentem incomodados com cheiro de carne assada — e assim poderão ser banidos os churrascos na cobertura. Talvez várias plantas também venham a ser proscritas, pois há muitos alérgicos a pólen que padecem com flores. Caprichando, dá para proibir tudo.

    “No futuro, para proteger nossa saúde, seremos obrigados a seguir restrições alimentares baixadas pelo Ministério da Saúde e, em certos casos, o supermercado só nos poderá vender alimentos de uma lista carimbada por uma nutricionista oficial. Como essas coisas mudam a cada instante, todo mês sairia uma lista revista do que é cientificamente aconselhável comer e, portanto, devia ser obrigatório.

    “Não sobra muita razão para não se instalarem câmeras de tevê, a fim de monitorar pelo menos certos casos, como na área da educação. Os pais estabeleceriam os horários em que ajudariam os filhos com os deveres de casa e aí um funcionário do Ministério da Educação acompanharia os acontecimentos em tempo real, para ver se o pai segue a metodologia traçada pelo Ministério e se não faz observações politicamente incorretas. E, na hora em que os pais dessem um livro para os filhos lerem, a leitura só poderia ser realizada depois que os pais ouvissem do governo a contextualização do livro e como ele deverá ser corretamente entendido e explicado”.
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    Não se trata, é claro, de advogar o anarquismo. O Estado tem, evidentemente, um papel importante na sociedade humana, mas subsidiário. Cabe-lhe fazer aquilo que os indivíduos, as famílias ou outras sociedades intermediárias não têm meios de realizar. É o caso de estradas, da proteção contra calamidades públicas e outras do gênero. Quanto ao mais, ele tem a obrigação de coibir o mal e, na medida do possível, incentivar o bem que os grupos inferiores levam a cabo. Sobretudo o Estado deve simbolizar a união das populações que se encontram sob sua égide.

    O inconcebível é o Estado intrometer-se em todos os detalhes da vida do cidadão para aí impor normas de conduta, criando indivíduos-robôs que não se movem mais por si mesmos, mas apenas pelo impulso que lhes vem de fora. Isso é antinatural.(emendado por nós)
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    EIS O FUTURO DO BRASIL, SE NÃO FIZERMOS NADA…

  26. Êpa, vamos com calma:
    – O Brasil ter sido colonizado por Portugal não foi o impeditivo para nos tornarmos superpotencia. A isso, devemos muito nossa incompetencia, indolencia. Pouco fazer, muito falar, e se possível atrapalhar quem quer fazer.
    Portugal, ao descobrir o Brasil, o caminho marítimo para as Indias, todo o sudeste asiático, Japão etc., era a maior potencia marítima do mundo, dona dos maiores inventos que revolucionaram a navegação – astrolábio, sextante, caravela.
    —–
    Ciro Gomes não tem nada a ver com o Plano Real. Nada.
    A equipe do Plano Real era a mesma do Plano Cruzado, que Sarney e Ulysses Guimarães deixaram se esboroar.
    O grande mérito do Itamar foi aceitar os argumentos técnicos de FHC e, seriamente, implementar e não deixar sair da linha, na condição de dirigente máximo do País.
    Por quê malfadado plano? Não existe omelete sem quebrar ovos.
    O Plano Real tem dado sustentabilidade a todas as teses de governabilidade desse País desde 1994.
    —–
    O Japão tem a segunda marinha do mundo. Não é potência?
    —–
    Gustavo G, peço licença para assinar também o seu post de 03-03-2012, às 15,21. Muito bem dito.
    —–
    Over, também gostei muito do seu post de 03-03-2012, 17,32.
    Vai ao encontro exatamente do que coloquei acima, do nosso muito falar, e pouco fazer. Falta-nos a vontade política.

  27. Wavatar over disse:
    03/03/2012 às 17:32

    Carlos Argus disse:
    03/03/2012 às 12:08
    Eu sinceramente ñ vejo tanta “Influência ” assim do BRASIL, até pq, ñ temos FAs capaz de manter n decisões..Sds.
    ==
    ==
    Carlos, se o Brasil se envolvesse em um conflito agora (que não começa da noite para o dia) teríamos tempo o suficiente para fazer um levantamento de capacidade construtiva envolvendo todas as empresas de todos as áreas da construção para começarmos a produzir em massa qualquer meio de persuasão. Diria que em menos de 3 meses estaríamos aptos a produzir qualquer meio. em menos de 1 anos estaríamos com novas embarcações marítimas com grande poder de persuasão.
    Duvidam? Quantos passam pelos estaleiros ao redor de Niteroi/RJ e já viram as embarcações de apoio produzindo embarcações de apoio para operar na área off-shore?
    Caças? Embora o AMX seja subsônico, sabemos do que ele á capaz e suas qualidades podem ser melhoradas rapidamente em função de tecnologias que estão disponíveis no mercado negro.
    Veículos sobre rodas? Esse é o terreno do Brasil.
    Submarinos? Os Tikunas estão aí. Basta aperta o botão da linha de produção para começarmos a produzí-los.

    Enfim, podemos não ter todos os meios disponíveis, mas temos uma capacidade produtiva instalada (e por assim dizer real) que poucos tem no mundo. A única coisa que nos coloca no terceiro mundo é a nossa própria mentalidade. ======================= Espero q vc tenha toda razão ,e q nesse momento a coisa ocorra desta forma, valeu e abçsss amigo.Sds.

  28. Nazismo=Comunismo=Fascismo tropical esse é o futuro do Brasil.
    “Os exterminadores do futuro IV – 2ª Parte: A doutrinação ideológica da juventude e a modificação do senso comum”

    A Carta della Scuola objetivava criar uma escola dividida em diferentes gradações para selecionar “os melhores”, isto é, os que mais facilmente se sujeitavam às categorias mentais da ideologia burocrática fascista.
    Num artigo anterior chamei de quarta fronteira, invisível aos olhos de quem não estudou a matéria, que é tão ou mais importante (do que as geográficas) aquela que, na falta de um termo melhor, denomino genericamente fronteira ideológica. Não me refiro ao conceito hegeliano de ideologia, mas à infiltração muitas vezes subliminar, de idéias que minam não somente o conceito de nacionalidade, como também as crenças religiosas, os valores pátrios e as tradições nacionais, a moral e os costumes e a linguagem – enfim, tudo o que mantém nosso país uno e indivisível.
    O mesmo pode-se dizer da civilização ocidental: as fronteiras geográficas, físicas, estão sendo derrubadas através do galopante avanço da globalização. Focalizarei aqui especificamente a fronteira ideológica que, como qualquer uma, tem seus pontos fortes e fracos. Os antigos guerreiros descobriram que mesmo muralhas aparentemente inexpugnáveis, sempre tinham pontos fracos por onde o inimigo podia penetrar. Além das fraquezas físicas, é clássica a invenção grega do cavalo de Tróia, e até mesmo na informática existem programas com este nome, invasores que se alojam no interior da máquina e enviando dados para outras máquinas. Além da traição, um método talvez mais eficiente seja a quinta coluna (1): um grupo de simpatizantes secretos que apóiam o inimigo, realizando atos de espionagem e sabotagem contra as defesas de seu país.
    Como não se trata aqui de guerra militar, mas invasão de consciências, as muralhas a derrubar são aquelas comuns que mantém a universalidade da civilização ocidental, baseada em três pilares principais: a tradição religiosa e moral judaico-cristã, a filosofia grega e o legado medieval, e o direito romano. Delas derivam um conceito que apareceu pela primeira vez na história: a noção dos direitos fundamentais e inalienáveis do indivíduo à vida, à liberdade e à busca da felicidade, base para o rule of law.
    As novas roupas do imperador
    A clássica obra de Hans Christian Andersen é bem conhecida, portanto basta resumir brevemente seu argumento principal. Um rei idiota gastou fortunas com vigaristas travestidos de alfaiates para reformar seu guarda-roupa. Estes nada fizeram, embora parecessem estar numa azáfama febril. Inspecionados por uma comissão de ministros, mostraram um tear vazio, perguntando se aquele não era um tecido magnífico. Embaraçados por sua “falta de visão da realidade” os ministros não somente acreditaram como convenceram o rei quando ele viu que não havia nada para vestir. Como a corte inteira enxergava, o rei terminou por se convencer e exclamar: “que vestes magníficas, perfeitas!” e saiu à rua. Enquanto toda a população elogiava a “linda vestimenta”, uma criança pequena, intrigada, exclamou: “mas ele não tem nada sobre o corpo!” Popularmente usa-se tal alegoria para dizer: “o rei está nu!”
    As crianças realmente têm a característica de ainda manter uma mente livre de mentiras e cheia de curiosidade em relação a um mundo que começam a conhecer. Mas, ao mesmo tempo, constituem o terreno fértil ideal para semear idéias, verdadeiras ou falsas. Por esta razão é o ponto fraco da fronteira ideológica e facilmente são transformados numa quinta coluna eficiente, contras as tradições e mesmo seus pais.
    Como dizia minha avó Mantovana: é de pequenino que si torci il pepino! Não é à toa que todos os grupos revolucionários, inevitavelmente totalitários, escolhem a infância e a juventude como seu alvo principal de doutrinação. À infância, onde se molda o caráter, segue-se a puberdade e a adolescência. Para cada uma destas faixas etárias existe um tipo específico de doutrinação. Na mais tenra idade predomina a curiosidade em relação a si mesmo, ao seu corpo, à família e ao mundo em geral. É a hora de torcer o pepino inundando a criança com mensagens que geram a descrença na sabedoria dos pais, insinuando uma “moralidade” depravada que, no Brasil, grande parte coube à televisão: há anos a mais pérfida, deletéria e cruel atuação contra nossas crianças vêm da apresentadora Xuxa, com seus programas, filmes e rede de lojas para transformar as meninas em simulacros de “cachorras”, e os meninos em andróginos (2). Meninas de tenra idade são estimuladas a usar micro-saias com calcinhas à vista, pintar os lábios e os olhos e usar sapatos de saltos altos ou do estilo plataforma. Todos sabem que as meninas adoram imitar as mães, mas no senso comum tradicional elas são desestimuladas de fazê-lo antes da idade apropriada, que chegará na adolescência. No senso comum modificado elas são estimuladas desde idades inapropriadas para servirem de objetos sexuais a quem, já que os meninos custam mais a desenvolver seus apetites sexuais e são estimulados à androginia? A resposta óbvia é: aos pedófilos!
    A isto se acrescentam estratégias psicológicas para condicionar um novo sistema de crenças, valores e modos de pensar e são introduzidas noções falsas de moralidade e comportamento, através do “respeito” à natureza, à mãe-Terra (Gaia) para minar o respeito pelos pais e as crenças religiosas do lar. Nada mais fascinante do que a noção de multiculturalismo e do relativismo cultural: a criança deve permanecer aberta a idéias pluralistas, menos aquelas derivadas das crenças judaico-cristãs, instilando um sistema de crenças pagãs, validando feitiçarias, preparando as crianças para a aceitação do ocultismo (Xuxa e suas crenças em duendes, saudações ao “deus” sol, etc.) e da espiritualidade dos povos primitivos, ensinando danças e tradições indígenas (3).
    É fundamental instilar a idéia de que os sentimentos são pilares de sabedoria, não mais a religião nem mesmo a ciência: a ciência comandava a “modernidade” contra as religiões, os sentimentos comandam a “pós-modernidade” em oposição a ambas: tanto às crenças religiosas, como à racionalidade científica.Técnicas psicoterápicas (4) que exaltam os sentimentos como medida de pensamento conceitual e estimulam a dependência ao pensamento grupal visando eliminar a individualidade, viraram moda. Na psicanálise são as idéias de Donald Winniccott transmitidas através da Tavistock Clinic, filiada ao Tavistock Institute of Human Relations, uma das maiores e mais antigas instituições globalistas de manipulação mental. Medicação psiquiátrica para conter a curiosidade e a genuína busca da verdade, criando diagnósticos que tornam patológicas as personalidades indagadoras e atentas ao mundo como um todo (hiperatividade, distúrbio do déficit de atenção, bipolaridade, etc.), faz parte do pacote “transformador” (5).
    A doutrinação da adolescência, pelo que existe de idealismo, imaturidade e necessidade de contestar as gerações anteriores, é a primeira e a mais urgente tarefa de todo movimento revolucionário que deseja dominar o poder. Na primeira parte mostrei como age um dos mais importantes “líderes educacionais” (sic) do Brasil. Foi apenas um exemplo de como a dominação de nossa juventude via uma educação corrompida, farsesca e depravada está ocorrendo desde a gestão de Paulo Renato Souza, Ministro da Educação do governo de Fernando Henrique Cardoso, sendo ampliada a aprofundada nos mandatos de Lula e Dilma. É estarrecedora a proposta de unificação total dos currículos escolares, inicialmente para a escola pública, mas que em breve interferirá dramaticamente nas particulares, laicas ou religiosas. Terrível também a notícia de que em São Paulo, governado por tucanos social-democratas, que não passam de marxistas envergonhados (6), diminuirão as horas/aulas de Matemática, Português, Ciências em geral, e haverá aumento das disciplinas mais facilmente usadas para doutrinação, como filosofia, sociologia, psicologia, ecologia, etc., através de métodos construtivistas montessorianos (ver nota 5), pois nada mais eficaz do que o doutrinado acreditar que inventou a doutrina. O Tavistock Institute foi pioneiro no uso da psicologia e outras ciências sociais para formar e conformar a opinião pública de modo que o público achasse que essas opiniões fabricadas, eram suas mesmo.
    Todas as medidas preparam os futuros adultos para a pior prisão que existe: a prisão mental, pois esta é muito mais efetiva por não necessitar de guardas ou grades. A mentalidade escrava se acostuma facilmente com o fato das raposas serem as guardiãs do galinheiro, na verdade, conferem a elas este poder por não saberem mais como sair sozinhos.
    Totalitarismo e juventude
    Por uma grata coincidência Leonardo Bruno publicou há poucos dias o excelente artigo O Espectro da KGB Mirim onde aborda com lucidez a real finalidade totalitária “da PL–7672/2010, ou a “lei da palmada”, proposta pelo governo federal e adocicada por picaretas notáveis, como as deputadas Teresa Surita e Maria do Rosário (com a inevitável e devida defesa por parte da Xuxa e da Rainha da Suécia), visando medidas punitivas para pais que dão palmadas nos filhos”, que fez lembrar “de Pavlik Morozov, o garoto soviético que delatou o pai para a GPU-NKVD, (…) A cultura de delação é a mesma. Mudam-se tão somente os pretextos ideológicos. Antigamente era a “defesa da revolução” contra os “inimigos do povo”. Agora são os “direitos humanos”, com a delação em massa dos pais “agressores”, pelo simples fato de darem umas palmadas nos garotos levados”.
    Em breve serão as noções ecologicamente “corretas”. Já existem escolas maternais e de jardim que escolhem mensalmente um(a) “representante da natureza” a quem cabe vigiar não somente seus coleguinhas, mas também delatar casos ocorrdidos fora dela.
    Deixo para depois o exame mais atento das atividades de Lavrentiy Pavlovich Beria contra a juventude soviética, passando ao estudo do fascismo italiano e do nazismo. Por princípio todos os totalitarismos precisam retirar o pátrio poder dos pais e atacar a família para desmembrá-la, e a escola certamente é uma das armas mais eficientes neste combate, para tornar os filhos inimigos dos pais. Mas não é a única, como veremos na próxima parte.
    O controle fascista das escolas: A Carta della Scuola
    “A finalidade da presente reforma é a de transformar a escola, até agora submetida a uma sociedade burguesa, numa escola do povo fascista (…) e do Estado Fascista: do povo que possa freqüentá-la (todo o povo deveria estar na escola para tornar-se fascista, para aprender os princípios que justificam o domínio da classe político-burocrática fascista), do Estado (isto é, a própria burocracia política), para que possam servir aos quadros, aos seus fins (e, portanto, seus meios)”.
    Giuseppe Bottai
    Relazione al Duce e ai Camerati del Gran Consiglio del Fascismo (19/01/1939)
    Coube a Giovanni Gentile, um filósofo idealista neo-hegeliano, a primazia de propor uma reforma escolar em moldes totalitários. Gentile é considerado o principal filósofo do fascismo e foi o primeiro Ministro da Educação Pública (Ministro della Pubblica Istruzione) fascista e ghostwriter do livro A Doutrina do Fascismo, atribuído a Benito Mussolini. Em 1923 deu início a uma reforma do ensino que leva seu nome, que perdurou com algumas modificações até 31 de dezembro de 1962, não tendo sido afetada pelo armistício, e que serviu de modelo para diversos governos fascistas, inclusive o Brasil do Estado Novo.
    O princípio basilar era “a unidade moral, política e econômica da Nação Italiana, que se realiza integralmente no Estado Fascista, sendo a escola o fundamento primeiro da solidariedade de todas as forças sociais, a família, as Corporações, o Partido, como forma de consciência humana e política das novas gerações. A escola fascista, em virtude do estudo, concebido como formação da maturidade, atua com a concepção de uma cultura popular, inspirada nos eternos valores da raça italiana e da sua civilização, engajando-se na virtude do trabalho, na atividade concreta das profissões, das artes, da ciência e das armas”.
    Os princípios gerais incluíam:
    (1) Submissão da toda a educação escolar ao controle estatal, com exames estatais para ascensão aos graus mais avançados;
    (2) seleção dos profissionais de ensino por meio de concurso público;
    (3) incremento da hierarquia dentro dos institutos de ensino com os seguintes postos: diretor (para a escola elementar), presidente (para a escola média) e reitor por nomeação real (Rettori di nomina Regia) para a universidade. Instituía também, um controle hierárquico rígido através de Provveditori di nomina Regia e Sottosegretari executivos;
    (4) orientação escolar baseada em princípios burocráticos e meritocráticos submetidos a uma rígida hierarquia que se sobrepunha: escola primária e elementar, escola complementar profissionalizante, liceus femininos, clássico ou científico e instituto de magistratura (curso normal).
    A reforma foi posteriormente endossada com modificações por Bottai, Ministro da Educação, Ministro das Corporações e prefeito de Roma, e também um dos elaboradores da Carta del Lavoro [7], na qual está baseada nossa famigerada CLT, uma versão bastante piorada da original. Ambas, somadas à Carta della Razza constituíam o subsídio teórico para a organização do Estado Fascista.
    A nova escola fascista deveria ser uma escola socialista, mas também uma escola corporativa porque o socialismo fascista se diferencia do marxista por ser corporativo. Este é o motivo que impulsionou Bottai a introduzir as três novas escolas em substituição à escola pós-elementar da Reforma Gentile:
    (1) uma escola média, que dava aceso aos estudos superiores para aqueles que no futuro deveriam constituir os novos quadros da burocracia política fascista;
    (2) a escola profissional, para aqueles que eram destinados a ser inseridos na condição de empregados;
    (3) a escola artesanal, que serve para formar as crianças provenientes da classe operária e camponesa.
    A Carta della Scuola objetivava criar uma escola dividida em diferentes gradações para selecionar “os melhores”, isto é, os que mais facilmente se sujeitavam às categorias mentais da ideologia burocrática fascista, com a finalidade de formar no futuro os quadros intermediários desta burocracia dominante.
    Na Ordem do Dia aprovada pelo Gran Consiglio em 15/02/1939 se afirmava a necessidade de colocar a escola pública italiana nas mãos das organizações da juventude do Partido Fascista e, indiretamente nas mãos da burocracia política: “Este documento fundamental consagra a estreita colaboração entre a Escola e as organizações juvenis do Partido”. Na segunda Declaração se afirmava também que, “na ordem fascista, a idade escolar coincide com a idade política: Escola, G.I.L. (Gioventú Italiana del Littorio) [8] e G.U.F (Grupo Universitario Fascista) formam juntos um instrumento de educação fascista.

  29. “Porque a maioria e a Elite no Brasil aceita o Fascismo Sindical Tropical”

    O protesto do governo russo contra a equiparação moral de nazismo e comunismo condensa uma das falsificações históricas mais temíveis de todos os tempos. Temível pelas dimensões da mentira que engloba e duplamente temível pela credulidade fácil com que é acolhida, em geral, pelos não-comunistas e mesmo anticomunistas.

    Até John Earl Haynes, o grande historiador do anticomunismo americano, subscreve esse erro: “Ao contrário do nazismo, que explicitamente colocava a guerra e a violência no cerne da sua ideologia, o comunismo brotou de raízes idealísticas.” Nada, nos documentos históricos, justifica essa afirmativa. Séculos antes do surgimento do nazismo e do fascismo, o comunismo já espalhava o terror e o morticínio pela Europa, atingindo um ápice de violência na França de 1793. A concepção mesma de genocídio – liquidação integral de povos, raças e nações – é de origem comunista, e sua expressão mais clara já estava nos escritos de Marx e Engels meio século antes do nascimento de Hitler e Mussolini.

    O idealismo romantizado está na periferia e não no cerne da doutrina comunista: os líderes e mentores sempre riram dele, deixando-o para a multidão dos “idiotas úteis”. É significativo que Marx, Engels, Lênin, Stalin, Mao ou Che Guevara tenham dedicado pouquíssimas linhas à descrição da futura sociedade comunista e das suas supostas belezas, preferindo preencher volumes inteiros com a expressão enfática do seu ódio não somente aos burgueses e aristocratas, mas a milênios de cultura intelectual e moral, explicados pejorativamente como mera camuflagem ideológica do interesse financeiro e do desejo de poder. Entre os não-comunistas, a atribuição usual de motivos idealísticos ao comunismo não nasce de nenhum sinal objetivo que possam identificar nas obras dos próceres comunistas, mas simplesmente da projeção reversa da retórica de acusação e denúncia que nelas borbulha como num caldeirão de ódio. A reação espontânea do leitor ingênuo ante essas obras é imaginar que tanta repulsa ao mal só pode nascer de um profundo amor ao bem. Mas é próprio do mal odiar-se a si mesmo, e simplesmente não é possível que a redução de todos os valores morais, religiosos, artísticos e intelectuais da humanidade à condição de camuflagens ideológicas de impulsos mais baixos seja inspirada no amor ao bem. O olhar de suspicácia feroz que Marx e seus continuadores lançam sobre as mais elevadas criações dos séculos passados denota antes a malícia satânica que procura ver o mal em tudo para assim parecer mais suportável na comparação. Para aceitar como verdade a lenda do idealismo comunista, teríamos de inverter todos os padrões de julgamento moral, admitindo que os mártires que se deixaram matar na arena romana agiram por interesses vis, ao passo que os assassinos de cristãos na URSS e na China agiram por pura bondade.

    Nos raros instantes em que algum dos teóricos comunistas se permite contemplar imaginativamente as supostas virtudes da sociedade futura, ele o faz em termos tão exagerados e caricaturais que só se podem explicar como acessos de auto-excitação histérica sem qualquer conexão com o fundo substantivo das suas teorias. Ninguém pode reprimir um sorriso de ironia quando Trotski diz que na sociedade comunista cada varredor de rua será um novo Leonardo da Vinci. Como projeto de sociedade, isso é uma piada – o comunismo inteiro é uma piada. Ele só é sério enquanto empreendimento de ódio e destruição.

    Ademais, o protesto russo suprime, propositadamente, dois dados históricos fundamentais:

    (1) O fascismo nasceu como simples dissidência interna do movimento socialista e não como reação externa. Sua origem está, comprovadamente, na decepção dos socialistas europeus com a adesão do proletariado das várias nações ao apelo patriótico da propaganda belicista na guerra de 1914. Fundados na idéia de que a solidariedade econômica de classe era um laço mais profundo e mais sólido do que as identidades nacionais – alegadamente invenções artificiosas da burguesia para camuflar seus interesses econômicos –, Lênin e seus companheiros de partido acreditavam que, na eventualidade de uma guerra européia, os proletários convocados às trincheiras se levantariam em massa contra seus respectivos governos e transformariam a guerra num levante geral socialista. Isso foi exatamente o contrário do que aconteceu. Por toda parte o proletariado aderiu entusiasticamente ao apelo do nacionalismo belicoso, ao qual não permaneceram imunes nem mesmo alguns dos mais destacados líderes socialistas da França e da Alemanha. Ao término da guerra, era natural que o mito leninista da solidariedade de classe fosse submetido a análises críticas dissolventes e que o conceito de “nação” fosse revalorizado como símbolo unificador da luta socialista. Daí a grande divisão do movimento revolucionário: uma parte manteve-se fiel à bandeira internacionalista, obrigando-se a complexas ginásticas mentais para conciliá-la com o nacionalismo soviético, enquanto a outra parte preferiu simplesmente criar uma nova fórmula de luta revolucionária – o socialismo nacionalista, ou nacional-socialismo.

    Não deixa de ser significativo que, na origem do “socialismo alemão” – como na década de 30 era universalmente chamado –, a dose maior de contribuições financeiras para o partido de Hitler viesse justamente da militância proletária (v. James Pool “Who Financed Hitler: The Secret Funding of Hitler’s Rise to Power, 1919-1933”, New York, Simon & Schuster, 1997). Para uma agremiação que mais tarde os comunistas alegariam ser puro instrumento de classe da burguesia, isso teria sido um começo bem paradoxal, se essa explicação oficial soviética da origem do nazismo não fosse, como de fato foi e é, apenas um engodo publicitário para camuflar ex post facto a responsabilidade de Stalin pelo fortalecimento do regime nazista na Alemanha.

    2) Desde a década de 20, o governo soviético, persuadido de que o nacionalismo alemão era um instrumento útil para a quebra da ordem burguesa na Europa, tratou de fomentar em segredo a criação de um exército alemão em território russo, boicotando a proibição imposta pelo tratado de Versailles. Sem essa colaboração, que se intensificou após a subida de Hitler ao poder, teria sido absolutamente impossível &ag rave; Alemanha transformar-se numa potência militar capaz de abalar o equilíbrio mundial. Parte da militância comunista sentiu-se muito decepcionada com Stalin quando da assinatura do famoso tratado Ribentropp-Molotov, que em 1939 fez da União Soviética e da Alemanha parceiros no brutal ataque imperialista à Polônia. Mas o tratado só surgiu como novidade escandalosa porque ninguém, fora dos altos círculos soviéticos, sabia do apoio militar já velho de mais de uma década, sem o qual o nazismo jamais teria chegado a constituir uma ameaça para o mundo. Denunciar o nazismo em palavras e fomentá-lo mediante ações decisivas foi a política soviética constante desde a ascensão de Hitler – política que só foi interrompida quando o ditador alemão, contrariando todas as expectativas de Stalin, atacou a União Soviética em 1941. Tanto do ponto de vista ideológico quanto do ponto de vista militar, o fascismo e o nazismo são ramos do movimento socialista. (Deixo de enfatizar, por óbvia demais, a origem comum de ambos os regimes no evolucionismo e no “culto da ciência”. Quem deseje saber mais sobre isto, leia o livro de Richard Overy, “The Dictators. Hitler’s Germany, Stalin’s Russia” New York, Norton, 2004.)

    Mas ainda resta um ponto a considerar. Se o comunismo se revelou uniformemente cruel e genocida em todos os países por onde se espalhou, o mesmo não se pode dizer do fascismo. A China comunista logo superou a própria URSS em furor genocida voltado contra a sua própria população, mas nenhum regime fascista fora da Alemanha jamais se comparou, nem mesmo de longe, à brutalidade nazista. Na maior parte das nações onde imperou, o fascismo tendeu antes a um autoritarismo brando, que não só limitava o uso da violência aos seus inimigos armados mais perigosos, mas tolerava a coexistência com poderes hostis e concorrentes. Na própria Itália de Mussolini o governo fascista aceitou a concorrência da monarquia e da Igreja – o que já basta, na análise muito pertinente de Hannah Arendt, para excluí-lo da categoria de “totalitarismo”. Na América Latina, nenhuma ditadura militar – “fascista” ou não – jamais alcançou o recorde de cem mil vítimas que, segundo os últimos cálculos, resultou da ditadura comunista em Cuba. Comparado a Fidel Castro, Pinochet é o menino-passarinho. Em outras áreas do Terceiro Mundo, nenhum regime alegadamente fascista fez nada de parecido com os horrores do comunismo no Vietnam e no Cambodja. O nazismo é uma variante especificamente alemã do fascismo, e essa variante se distinguiu das outras pela dose anormal de violência e crueldade que desejou e realizou. Em matéria de periculosidade, o comunismo está para o fascismo assim como a Máfia está para um estuprador de esquina. Mas não podemos esquecer aquilo que diz Sto. Tomas de Aquino: a diferença entre o ódio e o medo é uma questão de proporção – quando o agressor é mais fraco, você o odeia; quando é mais forte, você o teme. É fácil odiar o fascismo simplesmente porque ele sempre foi mais fraco do que o comunismo e sobretudo porque, como força política organizada, está morto e enterrado. O fascismo jamais teve a seu serviço uma polícia secreta das dimensões da KGB, com seus 500 mil funcionários, orçamento secreto ilimitado e pelo menos cinco milhões de agentes informais por todo o mundo. Mesmo em matéria de publicidade, as mentiras de Goebbels eram truques de criança em comparação com as técnicas requintadas de Willi Münzenberg e com a poderosa indústria de desinformatzia ainda em plena atividade no mundo. Se, no fim da II Guerra, a pressão geral das nações vencedoras colocou duas dúzias de réus no Tribunal de Nuremberg e inaugurou a perseguição implacável a criminosos de guerra nazistas, que dura até hoje, o fim da União Soviética foi seguido de esforços gerais para evitar que qualquer acusação, por mínima que fosse, recaísse sobre os líderes comunistas responsáveis por um genocídio cinco vezes maior que o nazista. No Camboja, o único país que teve a coragem de esboçar uma investigação judicial contra os ex-governantes comunistas, a ONU fez de tudo para boicotar essa iniciativa, que até hoje se arrasta entre mil entraves burocráticos, aguardando que a morte por velhice livre os culpados da punição judicial. O fascismo atrai ódio porque é uma relíquia macabra do passado. O comunismo está vivo e sua periculosidade não diminuiu nem um pouco. O temor que inspira transmuta-se facilmente em afetação de reverência exatamente pelos mesmos motivos com que o entourage de Stalin fingia amá-lo para não ter de confessar o terror que ele lhe inspirava.

  30. Texto PRIMOROSO, caro Getulio… mostra muitos equivocos que fazemos ao ler separadamente facismo e comunismo… é um prazer encontrar pessoas do seu quilate aqui no blog… continuemos assim, a limpar o vidro da janela da realidade para que possamos ver a verdade estampada na vitrine da vida… saudações…

  31. Querido Blue Eyes eu aprendo muito com vc o JoJo, Bosco, Maluquinho, Capa Preta e tantos… Eu agradeço a esse espaço democrático e a todos pela oportunidade do debate onde concordando ou não aprendo muito com todos…

    Forte abraço e na resistência com vc na luta contra o Clube de Bilderberg, Fórum Social Mundial, totalitarismo e…

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