Novo sistema de defesa das fronteiras é apresentado na Itaipu

A criação de um parque linear nas áreas que beiram o Rio Paraná – um dos projetos em desenvolvimento pelo Núcleo de Fronteira, coordenado pela Itaipu – acaba de ganhar um importante aliado. É o Sistema de Monitoramento Integrado das Fronteiras Terrestres (Sisfron), apresentado na Itaipu, na última quarta-feira (1º), com a presença de diversas autoridades dos organismos de defesa do País.

 

Um projeto piloto desse programa do Ministério da Defesa deverá ser implantado na região de Foz, beneficiando diretamente a revitalização dessa área. Conforme explica o Coronel Adair Luiz Pereira, chefe da Assessoria de Informações da Diretoria-Geral da Itaipu, o Sisfron deverá garantir a segurança do parque linear, pois reforça o combate às principais atividades ilícitas da fronteira.

 

O Sisfron foi apresentado pelo coordenador do programa, o general João Roberto de Oliveira. É  um sistema que prevê um longo prazo de implantação (dez anos), abrangendo toda a faixa de fronteira terrestre do Brasil (16.886 km x 150 km). A fase inicial deverá ser implantada neste ano e compreende a fronteira terrestre com o Paraguai, nos estados do Paraná e do Mato Grosso do Sul.

 

O programa compreende o adensamento das Forças Armadas na região, com maior efetivo e novas bases; modernização de equipamentos; aumento dos investimentos em prevenção, controle, fiscalização e repressão dos delitos; atuação integrada dos órgãos de defesa; logística; sistemas de vigilância e sensoriamento remoto; capacitação da indústria nacional de defesa, principalmente em termos tecnológicos; entre outras metas.

 

Participaram da apresentação o diretor administrativo da Itaipu, Edésio Passos; o assessor do diretor-geral brasileiro, Joel de Lima; autoridades das Forças Armadas e representantes de diversas organizações que atuam na região de fronteira, como as polícias Federal, Militar e Civil, a Receita Federal e o Ibama. Também compareceram parceiros da Itaipu no Núcleo de Fronteira para a elaboração do projeto de revitalização da região próxima ao Rio Paraná, a Associação Comerical e Industrial de Foz (Acifi) e a União Dinâmica Cataratas (UDC).

 

O projeto de revitalização já teve uma apresentação preliminar aos ministros da Justiça, José Eduardo Cardozo, e do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, durante a apresentação do Veículo Aéreo Não-tripulado (Vant), da Polícia Federal, no último mês de novembro. Segundo o assessor da diretoria de Itaipu, Joel de Lima, a iniciativa ganhou o aval dos ministros, que deverão receber um projeto mais detalhado até o início do próximo mês de março.

 

Na última sexta-feira (3), a prefeita de Ciudad del Este, Sandra de Zacarías, anunciou, no aniversário de 55 anos da cidade, um projeto similar que será desenvolvido na margem paraguaia do Rio Paraná. O objetivo é eliminar portos clandestinos utilizados por contrabandistas e traficantes. Além de uma nova avenida costaneira e áreas verdes, o projeto prevê a revitalização do centro de Ciudad del Este.

 

Do lado brasileiro, o parque linear, compreendido entre a Itaipu e o Marco das Três Fronteiras, abrange as margens dos rios Paraná e Iguaçu. Está prevista a reforma da Avenida Beira-Rio, a construção de parques, a valorização de pontos de atração turística e a transferência de famílias que estão em áreas de invasão para novas áreas urbanizadas.

Fonte: revista100fronteiras

13 Comentários

  1. Conversa que é para pegar muambeiro, o projeto com certeza é para dar um basta nas coisas que estão ocorrendo no Paraguay contra os brasileiros..

    O Lugo já esta com as barbas de molho..

  2. que o SISFRON saia logo do papel, pois se os EUA com todo a infra estrutura e tecnologia que eles tem, que fazem fronteira reta e desertica com um unico pais ao sul, não dão conta, são uma verdadeira peneira, imaginem nos com centenas de quilometros de froteira irregular com diversos paises problematicos, em mata fechada, o esforço deverá ser colossal para ser obter bons resutados.


    tambem acho que não basta encher de soldados patrulhando as fromteiras, que pela dimensão que tem não tem policia e exercito que de conta, mas precisamos de um serviço de inteligencia bem estruturado e eficiente, e não a porcaria da ABIN,que so sabe fazer arapongagem !!

  3. O serviço secreto mais eficiente não é aquele que trás mais resultados, mas aquele que trás mais resultados sem chamar atenção de ninguém. Se a ABIN é inútil ninguém sabe, ela era um cabidal, mas estavam arrumando a casa, não sei no que deu. E como todo mundo pensa que eles são inúteis o trabalho deles ficam imensamente mais fácil.

  4. Rorschach Concordo plenamente e o que desanda a maionese são as ingerencias politicas.A Inteligencia deve ser neutra de tudo e com acesso direto a Presidenta.Acontece que tem muito cacique pra pouco indio muitas salas,secretarias e gabinetes ate chegar ao destino.Em inteligencia muita coisa dependendo do conteudo deve ficar fora da alçada geral porque nada e nem ninguem é isento de nada.

  5. Capa Preta…ABIN? O que é isso? Associação do Brasileiros que Inventam Negócios? Sei não “Rorschach”…essa de que todo mundo pensa que eles são inuteis…é porque são, fim. Se fosse bons a Presidente estava mais informada… Se ela esta informada e não age, também tem malandragem, então devemos fazer uma revolução e acabar por primeiro com o Senado e depois STF. Viva o CNJ, nele tenho alguma esperança, principalmente enquanto não calarem a Eliana Alves Calmon.

  6. Ótimo! Mas só ficarei feliz mesmo, quando sair a notícia de instalação de sistemas de defesa anti-aérea em Itaipu (S-400 e Tor-M1). Itaipu vai ser um dos primeiros alvos em caso de ataque ano território nacional!

  7. Enquanto isso, nas fronteiras do norte, lá pras bandas da Amazônia… Em breve teremos um grande reforço na defesa de nossas fronteiras, para proteger nossas riquezas, com tropas de um exército que “veste vermelho”… Detalhe: Os “barbudins”, distraídamente, só esqueceram de convidar com as nossas FAs, para definir quais serão as estratégias adotadas… E à nós, contribuintes, só resta saber quem estará financiando todo este aparato militar “importado” da vizinhança…

    🙁

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