Indústria de defesa quer dobrar receitas até 2020 Governo acena com fim dos cortes nos projetos militares e setor faz planos para elevar produção no período, criando mais 25 mil empregos e faturando US$ 5,4 bi por ano Por Rafael Abrantes Os investimentos do governo brasileiro na área de Defesa – a que mais sofreu com os cortes do Orçamento em 2011 – vão aumentar no próximo ano, tendo em vista a necessidade de reforçar a proteção das reservas de petróleo do pré-sal e a fronteira com a Amazônia. O Projeto de Lei Orçamentária (PLOA) de 2012-ainda sob discussão, e adesão de emendas, no Congresso Nacional – prevê R$ 63,7 bilhões para o setor, um aumento de 5,8% sobre os valores deste ano. Além de representar um reforço para a segurança das riquezas nacionais, o aumento nos gastos com Defesa deve estimular a cadeia produtiva dessa indústria e o desenvolvimento de tecnologia na área. Segundo a Associação Brasileira das Indústrias de Material de Defesa e Segurança (Abimde), o setor movimenta no país, em média, US$ 2,7 bilhões ao ano, dos quais US$ 1 bilhão em exportações. Isto representa 25 mil empregos fixos na indústria. “Nossa meta é dobrar esta receita e o número de empregados entre cinco e dez anos”, afirma Orlando Neto, presidente da Abimde, que considera “adequado” investimentos do Ministério da Defesa no setor da ordem de 10% do Orçamento. As atenções do Planalto com o reaparelhamento de suas Forças demandariam ainda, segundo ele, gastos de US$ 100 bilhões, nos próximos vinte anos. “Hoje, o Brasil ainda não tem toda a tecnologia para cobrir sua demanda.” Na avaliação do presidente da Abimde, todas as Forças de Defesa (Exército, Marinha e Aeronáutica) têm necessidades urgentes. “Nosso material está antigo e deve já ser reformulado”, diz. Após período de aumento do interesse doméstico e internacional sobre a infraestrutura militar brasileira, Neto descreve 2011 como um ano “difícil” aos negócios, sem esquecer do corte no orçamento em Brasília. No início do ano, a presidente Dilma Rousseff já havia afirmado que a proteção das reservas do pré-sal e das fronteiras é prioridade da Defesa. Isto exige o reforço de equipamentos e contingente em mais de 22 mil km de fronteiras terrestres e marítimas. Na costa, a chamada “Amazônia Azul” (leia mais ao lado) representa uma área de cerca de 4,4 milhões de km² – além de servir como rota para grande parte das exportações e importações que chegam ao país. Entretanto, o Planalto congelou R$ 4,3 bilhões da pasta, sendo que R$ 2,35 bilhões já foram liberados.O Ministério da Defesa passou também por uma mudança de gestão, com a queda do ex-ministro Nelson Jobin, vítima da “faxina” na Esplanada, após fazer declarações avessas à presidente Dilma.O cargo foi assumido pelo ex-chanceler do governo Lula, Celso Amorim. Metas Dos R$ 63,7 bilhões previstos no PLOA de 2012, aproximadamente R$ 16 bilhões são para custeio e investimentos, enquanto R$ 45,3 bilhões ficam comprometidos com despesas com pessoal. Os valores para 2012, deste modo, ficariam superiores às quantias “ameaçadas” em 2011, quando os investimentos ficaram limitados a R$ 10,8 bilhões. Apenas neste ano, os gastos diretos do ministério chegam a R$ 40 bilhões, de acordo com dados do governo federal. As estimativas orçamentárias com o projeto de lei traçam um paralelo com as políticas nacionais de defesa previstas no Plano Plurianual 2012-2015, também sob avaliação de deputados e senadores. Ali, o setor é considerado “tema especial” e cita a “manutenção e ampliação da capacidade de operação das Forças Armadas, inclusive a modernização do Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam)” como prioridades da Estratégia Nacional de Defesa (END), de 2008. Foram gastos pelo ministério quase R$ 30 milhões com o Centro Gestor de Operações do SIPAM neste ano. Já o novo PPA aponta R$ 52,8 bilhões para todo o setor de Defesa nos próximos quatro anos, sobre um total de investimentos previstos de R$ 5,4 trilhões, 38% maior que o PPA2008-2011. A evolução da estratégia de defesa seria ainda baseada em três eixos: a reorganização das Forças Armadas; reestruturação da indústria brasileira apoiada em tecnologias sob o domínio nacional; e política de composição dos efetivos das Forças Armadas. Eixos que, sob as atuais conjunturas, já são vistos como desafios para uma indústria que luta contra o sucateamento de seu principal cliente: as próprias Forças Armadas. |
Estratégica, Amazônia Azul aguarda proteçãoMinistério prevê investimentos de R$ 2,1 bilhões em programa para submarino nuclear em 2012 Dois grandes projetos na área militar já seguem seus prazos em acordo firmado com o Ministério da Defesa e a iniciativa privada. A Odebrecht Defesa, em parceria com a empresa francesa DCNS, realiza a construção de cinco submarinos – quatro convencionais e um nuclear – com entregas ao governo previstas para entre 2017 e 2022. As novas embarcações são consideradas “estratégicas” pela Defesa e fazem parte do Programa de Submarinos (PROSUB) da Marinha, cujos investimentos no ano que vem devem ser de R$ 2,1 bilhões, segundo o ministério. Entretanto, um maior domínio dos mares dependeria do início das operações do Sistema de Gerenciamento da Amazônia Azul (SIsGAAz), região que abrange toda a zona de exploração do pré-sal mais a plataforma continental do país no Atlântico. Mas isto ainda é “objeto de deliberações” no governo, segundo informações da assessoria da pasta. Entre as negociações bilaterais exigidas com o projeto retoma-se também o debate sobre as oportunidades de transferência de tecnologia naval da indústria francesa para a nacional. Outro investimento de escala do governo federal é o desenvolvimento do avião cargueiro e reabastecedor KC-390 pela Embraer Defesa e Segurança. A aeronave será a maior já desenvolvida pela empresa, com capacidade de carga que pode variar de 64 paraquedistas até um helicóptero S70-A Blackhawk. A previsão da primeira decolagem é em 2014. De acordo com a Embraer, a intenção de compra das Forças Armadas é de 28 jatos neste período. Frederico Curado, presidente da empresa, já anunciou neste ano que o segmento de Defesa no grupo Embraer deverá crescer em “dois dígitos” em 2012, podendo representar, em breve, 20% das receitas totais da empresa. Atualmente, o setor ocupa 13,8% do faturamento do grupo. Em visita à França, em outubro passado, o ministro da Defesa, Celso Amorim, revelou urgência na troca dos aviões Mirage, da FAB,até 2013, por 36 novos caças. A compra das aeronaves está embargada desde 2009, e concorrida entre as fabricantes francesa Dassault, a americana Boeing e a sueca Saab. “Não sabemos as consequências da crise econômica sobre o Brasil, então temos que ser prudentes sem esquecer as necessidades da Defesa”. EMENDAS AO PLOA 2012 ● Serviços consulares e de assistência a brasileiros no exterior: R$ 40 milhões. ● Desenvolvimento de Cargueiro Tático Militar de 10 a 20 toneladas: R$ 500 milhões. ● Implantação do Sistema de Defesa de Infraestruturas Críticas: R$ 852,5 milhões. ● Conclusão das obras do Aquartelamento do Comando Militar do Planalto: R$ 40 milhões. ● Aquisição de Meios Navais: R$ 65 milhões. ● Remanejamento na Secretaria da Comissão Interministerial para Recursos do Mar: R$ 1 milhão. MP 544: missão incompleta no Congresso NacionalMedida Provisória oferece incentivos à indústria de Defesa, mas segue trancada na Câmara Em linha com as atenções do governo à Defesa, o Congresso está encarregado de apreciar o texto da Medida Provisória (MP) 544/11 – fruto do Plano Brasil Maior. AMP cria o Regime Especial Tributário para a Indústria da Defesa (Retid) com a intenção de “fomentar” empresas estratégicas na cadeia de produção do setor. O regime suspende o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), Programas de Integração Social (PIS) e de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep), Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) cobrados sobre as vendas e importações de insumos para fabricação militar. A iniciativa é semelhante às aplicadas em outros setores da indústria nacional neste ano. A medida também propõe licitações diferenciadas para compra e contratação no setor, como “licitação entre empresas estratégicas para evitar a acomodação do mercado”, por exemplo. A medida está na lista de MPs trancadas na Câmara, mas a pouco menos de um mês do recesso parlamentar, sua análise pelo plenário deve ser adiada para o ano que vem. A medida também propõe licitações diferenciadas para compra e contratação no setor, como “licitação entre empresas estratégicas para evitar a acomodação do mercado” |
100 bilhões de dólares em 20 anos ? QUE VERGONHA!
Se esses planos saírem para 2012 já vai ser mais uma gota d’água no Oceano, mas enfim se o Oceano é feito de gotas d’água mesmo é bom pois vai “aumenta-lo” a mais de qualquer forma.
Se o Amorim foi chorar na França então o preferido deles continua sendo o RAfale.
O crescimento previsto das despesas com a Defesa para 2012 é da ordem de 5,8%, inferior a estimativa de inflação em 2011 de 6,5%.
Assim, o crescimento da despesa não servirá nem para cobrir o aumento de custos decorrente da inflação – não haverá crescimento da despesa com defesa.
Continuaremos patinando.
Esperemos que, ao menos, haja uma mudança de enfoque.
O maior gasto continuará sendo com pessoal.
Que tal soldados profissionais, ao invés de conscritos?
Que tal um número menor de oficiais generais, com todas as mordomias?
Pode ser que sobre mais para investimentos.
a industria de defesa brasileira precisa e de apoio e confiança, pois não adianta se investir em projetos tecnologicos avançados, e o governo federal não comprar nem um parafuso, pois prefere comprer de fora onde o looby paga mais para politicos de comisões e militares de alta patente, e não se enganem tem muito entreguista de farda tambem pricipalmente na fab.
empresas estrategicas e de competencia comprovada mundialmente como a avibras são tratadas como empresas de fundo de quintal pelo governo e pelo comando militar.
que vergonha a sétimas maior economia do mundo, mendigando tecnologia, de quem futuramente tende a ser nossos inimigos.
Planos de defesa no Brasil e de mentirinha…smoke and mirrors, faz de conta. Do que adianta falar em orcamento num pais que faz contingenciamento de verbas como forma de planejamento. Tudo que foi dito ai e mentira.
O PT revanchista e comunistas encrustados no governo estao traindo o pais.
É uma vergonha concordo com os companheiros,investimento gera emprego e renda para o pais ,sera que esta gente é doida e não sabe administrar,nossas forças sucateadas que vergonha,um pais imenço deste rico,e pobre de gente que saiba governar,que saudade do getulio vargas,JK homens de coragem empreendedores grandes visionarios é disto que este pais precisa homens honestos e de vizão.
blindado leve gradiador, vbl guará, veiculo tatico gaucho,astros 2020… oque estes projetos tem em comum ?
o grande perigo de não passarem da fase de prototipos, como os ja conhecidos, tamoyo, charrua, osorio,sucuri, a versão anti-aerea do piranha entre outros.
agora como a industria belica nacional pode vender para crientes estrangeiros se não vende nem em seu pais de origem ?!!
o gradiador da imbrafiltro e um veiculo de potencial fantastico, mas numa concorrencia a policia do rio não foi sequer cogitado como candidato, e sim um veiculo russo e outro sulafricano, quanto sera que pagam de looby? para puxa sacos de gabinete, tanto civis quanto militares que não entendem zorra nenhuma de politica de defesa !!
Bom derrotistas…. Se fosse cair voces podiam chorar. Mas para um pais ridiculo e algo bom…
Bom, pensem… isso daria empregos e pa…. Mas, mesmo mandadando emails ao MD nao adianta
AJ disse:
28/11/2011 às 21:20
concordo comtigo companheiro, o aumento de orçamento apesar de bem vindo e insuficiente, pois os ratos ja devem estar de olhão gordo para manter suas mamatas, como clube de hipismo para oficiais, o setor militar em seus comandos, infelismente foi contaminado pelo fisiologismo safado que infesta todo setor pubrico, para não dizer das dondocas netas e filhas de general qua abocanham mais da metade do orçamento de defesa,e a maioria sequer jamais foi numa parada militar, vivem emancebadas com seus machos para não perderem a teta do governo !!!
AJ disse:
28/11/2011 às 21:20
quanto aos conscritos com certeza devem ser reduzidos em pelo menos 15%, pois de que adianta termos uma tropa coscrita inchada se tem liberar na hora do almoço pois não tem comida no rancho, conheço alguns casos de quarteis que o infante tem que levar ate papel higienico pois na base esta em falta, praticam tiro de guerra no maximo duas vezes por ano pois falta verba para munição, e acabam desmotivados, devemos sim priorizar forças especiais da militares de carreira. porem de forma mista com o contigente coscrito, sou contra um exercito totalmente proficinal, pois corre-se o risco de se tornar um exercito de mercenarios dispensaveis, como nos eua, onde soldados são cooopitados nas escola publicas e guetos, e so pobres vão para guerra, enquanto os mais abonados vão aprender a especular e lucrar com a guerra, um exercito deve ter como membros integrantes de todas a etnias e classes sociais de seu povo para que tenham legitimidade, por isso sou contra o fim do serviço militar obrigatorio !!!
Ótima charge, bem ilustrativa de nosso risível MD
OLHE AI O PATO/GALINHA DO OVOS DE OURO
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Não tem jeito,antes reclamavam porque o governo cortava e não dava nada,hoje reclamam por que dá pouco ou atrasado.
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O que sei é que o Pato está aprendendo a cacarejá e os empreiteiros de armas estarão rindo à toa!
Uma dica, vamos começar por extinguir a corrupção entre as forças armadas….
uma sugestão de matéria para se postar EMpinto
http://codinomeinformante.blogspot.com/2011/11/farra-da-fab.html
capa preta disse: “…dondocas netas e filhas de general qua abocanham mais da metade do orçamento de defesa…”
Pois é, elas só tem direito se manterem-se solteiras, MAS A GRANDE MAIORIA TEM UNIÃO ESTÁVEL E FILHOS…
Concordo com o Gustavo G. e apóio sua conclamação.
DOS 63 BILHOES APROVADOS PARA 2012 43BILHOES SAO PARA DESPESA DE PESSOAL É MTO DINHEIRO MAIS DA METADE DO DO QUE FOI APROVADO. O GOVERNO TINHA QUE VER ESSA QUESTAO DAS FILHAS E NETAS DOS GENERAIS QUE RECEBEM PENSOES ALTISSIMAS ELAS NAO CASAM PARA CONTINUAR RECEBENDO ESSE DINHEIRO O GOVERNO PODIA ESTIBULAR UMA IDADE PARA PAGAR ESSE BENEFICIO DEPOIS ELES TERIAM DE SEGUIR SUAS VIDAS ARRANJAR TRABALHO. O DINHEIRO TEM O PROBLEMA SAO AS MORDOMIAS ESSE DINHEIRO SE FOSSE APLICADO EM NOVOS EQUIPAMENTOS EM POUCO TEMPO NOSSAS FORÇAS ARMADAS SERIAM UMAS DAS MELHORES DO MUNDO. O GRANDE MAL DO BRASIL SAO AS INJUSTIÇAS.
Em 20 anos?
Até lá o Brasil se limitara ao eixo São Paulo, Rio de Janeiro, Espirito Santo e Bahia e mesmo assim, olhe lá.
O resto, será sorteado entre os paises da SALA DA JUSTIÇA.
NO BRASIL TEM QUE SE CRIAR LEI PROIBINDO CORTE NO ORÇAMENTO DA DEFESA!! SAÚDO DECISÃO DE ISENTAR DE IMPOSTOS OS PRODUTOS DE DEFESA!!É ISSO AI CADA ANO AUMENTAR ORÇAMENTO!!AS FORÇAS TEM AGORA SEUS PLANOS!! TEM QUE SE CRIAR UMA EMPRESA EXPORTADORA (PRODUTOS DE DEFESA)COM RESPECTIVOS FONTE DE FINANCIAMENTO!!QUE FARIA MARKETING E VENDA DOS PRODUTOS PARA OS CONTINENTES!!