Empresas brasileiras visitam a Suécia para discutir cooperação na produção de armas navais

Empresas brasileiras visitam a Suécia para discutir cooperação na produção de armas navais

Karlskoga, Suécia – A BAE Systems reafirmou seu compromisso de cooperação com a indústra de defesa do Brasil com a recente visita que organizou para receber as empresas paulistas Atmos Sistemas e Friuli Aeroespacial.

Representantes das duas empresas brasileiras de defesa visitaram as instalações de armas navais da companhia em Karlskoga, Suécia, para discutir uma potencial cooperação industrial e transferência de tecnologia. Eles conheceram a linha de montagem de armas navais e a mais recente versão Mk4 do avançado Bofors 40mm.

As três empresas planejam maior cooperação para a nova arma naval 40 Mk4 40. Com isto, determinadas peças mecânicas poderiam ser fabricadas pela Friuli Aeroespacial, além de a montagem e teste da arma feita pela Atmos Sistemas no caso de qualquer aquisição feita pelo Brasil.

“Estou muito impressionado com as capacidades de fabricação da BAE Systems e pela vontade de cooperar com empresas como a nossa”, disse Claudio Carvas, diretor executivo da Atmos Sistemas.

“A última versão Mk4 da nossa altamente apreciada arma naval de 40 milímetros é mais leve e tem menor custo que as versões anteriores”, diz o Diretor de Sistemas Integrados de Armas GCS da BAE Systems. “Ela dispara nossas versáteis munições 3P que possuem seis modos diferentes de operação para permitir que uma arma atinja uma ampla gama de alvos diferentes em missões que vão desde a manutenção da paz até o combate”.

A BAE Systems Bofors está envolvida com a indústria de defesa brasileira há alguns anos na produção licenciada de suas armas de 40mm.

“A BAE Systems Bofors está entusiasmada para trabalhar ainda mais estreitamente com a indústria brasileira para transferir tecnologia e habilidades. Esta visita à Suécia ilustra o nosso compromisso”, acrescenta.

O escritório da BAE Systems no Brasil anteriormente já ofereceu suporte às Forças Armadas brasileiras com o fornecimento canhões navais, radares e veículos blindados.

Fonte: BAE

19 Comentários

  1. Não seria mais interessante desenvolver um canhão metralhadora 20mm rotativo + misseis, ao estilo do sistema Phalanx?????…..o M61 vulcan é um excelente canhão metralhadora…..
    *
    Pesquisem isso:
    1- GSh-6-30
    2- M61A1 Vulcan
    3- Gau 8
    *
    *

  2. São bons negócios que logo nas darão capacitação naval.
    Devíamos fazer como a China, procurar investir nas tecnologias existentes e produzir embarcações próprias com algumas tecnologias externas e não comprar projetos já pronto de navios.

  3. Novo Brazuk,
    Não existe projétil com espoleta de proximidade em calibre menor que 40 mm.
    Portanto, nosso canhão de 30 mm só poderia ser 2P. rsrsr
    Não que seja impossível, mas hoje não existe.
    O que poderíamos adotar era um projétil programável por distância ou tempo, capaz de explodir no ar após determinada a distância do alvo por um telêmetro laser.
    Aliás, para fazê-lo, basta algumas pequenas alterações e o canhão do Guarani se torna um legítimo lançador de munição “air burst”.

  4. Bosco
    Quando eu pensei no Guarani eu pensei na versão de reconhecimento.Pelos projetos do Guarani que eu andei pesquisando existe a versão de reconhecimento que incluiria um canhão de 105mm e o carro seria 4X4 ao invés de 3X3 da versão de canhão de 30mm.
    Achei esse canhão 40mm bofors bastante versátil e acho que se encaixaria bem no Guarani.Bom mas o exército sabe de suas necessidades e confio que ele fará uma escolha sábia,seja ela qual for.

  5. Valeu Brazuk,
    Eu só brinquei.
    Mas acho que o Guarani vai adotar o canhão de 90 mm e não o de 105 mm. Dizem que embora de calibre menor tem quase o mesmo poder de penetração/letalidade.
    Quanto ao canhão de 40 mm, parece que está havendo uma mudança na “moda” e os canhões acima de 30 mm (35 e 40 mm) irão ser dominantes na próxima geração de veículos blindados.
    Isso não quer dizer que o Guarani está atrasado. A torreta escolhida para ele representa o estado da arte, mas já se vislumbra canhões mais poderosos.
    É possível que o próximo canhão “leve” padrão do US Army seja de 40 mm (avançado), e ele teria um projétil de energia cinética tão eficiente como o de 105 mm, o que provavelmente aposentaria este, ficando apenas o pesado de 120 mm e o “leve” de 40 mm.
    Vamos ver no que vai dar para o futuro.
    Ou seja, você está certo em achar o canhão/projétil de 40 mm, versátil.
    Sem falar que ele já é adotado pelos suecos em veículos de combate de infantaria.

  6. Engraçado que a divisão de armas do IPQM , tinha um projeto de ” metralhadora rápida de 20mm , onde está esse projeto ?
    porque não desenvolvemos uma versão naval da TORC-30 ? ( canhão de 30 mm , nacionalizado pela ARES ENGENHARIA , esse projeto consiste de uma torre semelhante a usada pelo guarani, só que nacional. está em desenvolvimento no ctex, se é que ainda está , pois a ARES foi adiquirida pelos Israelenses e com isso os projetos da REMAX & TORC-30 ).
    Cadê nosso elefante branco chamado INBEL ? que não desenvolve nem fabrica nada , a não ser velhos e ultrapassados fuzis nacionalizados .
    E ainda se julga empresa estratégica para o Brasil e EB, só rindo mesmo rsrs

  7. Novo Brazuk disse:
    28/11/2011 às 21:08
    beleza de videos aizade muito legal, e concordo com vc, indempendencia e fabricar ou dominar todo ciclo de manutenção, não comprar de prateleira simplesmente!!

  8. Valeu Bosco
    A possibilidade desta munição 3P de 40mm de operar contra alvos aéreos deixaria o nosso Guarani menos indefesos contra um helicóptero por exemplo,já que ela se fragmenta próximo ao alvo,diferente da munição de 30mm do Guarani que só conseguiria tal feito com o tiro direto,que é evidentemente mais difícil.Concordo contigo o pessoal da Elbit fez um excelente trabalho com esse canhão de 30mm e é uma arma muito boa.Essa parceria com Israel tem dado bons frutos e temos que aprofunda-la.Eu gosto de dar pitacos mesmo rsrsrs e gostei muito desse bafors 40mm com a tal munição 3P como disse antes seria interessante que a versão de reconhecimento do Guarani tivesse tal armamento.
    Sei que a vida dos carros de combate ficou mais difícil com os atuais helicópteros de combate e os Uavs,com esse canhão 40mm causaria certa preocupação aos helicópteros,mas seria inútil contra os Uavs.Mas de qualquer forma fica aí a minha sugestão ao pessoal do Exército.

  9. O fato de os Estados Unidos, mesmo em crise econômica e política – com milhares de pessoas ocupando as ruas para protestar contra o sistema – terem anunciado o sucesso, há três dias, do vôo de teste, entre o Havaí e as Ilhas Marshall, de uma nova bomba voadora de velocidade supersônica [‘Advanced Hypersonic Weapon’ (Arma Hipersônica Avançada)] capaz de voar com velocidade cinco vezes mais rápida que a do som], capaz de atingir qualquer ponto do globo em menos de uma hora, tem que servir de alerta para o Brasil e para o BRICS.

    Enquanto investimos bilhões na compra de equipamento e tecnologia militar obsoleta, como os submarinos Scorpéne e, eventualmente, o Rafale, desenvolvidos há mais de 30 anos, os Estados Unidos não cessam de pesquisar novas armas de destruição em massa, e sistemas de armamento naval como o canhão magnético de munição cinética, anunciado no ano passado, que não depende de combustível para atingir alvos a uma distância de 300 quilômetros.

    Isso, apesar de Washington ter déficit de 7 trilhões de dólares, boa parte dele derivado dos 35 bilhões de dólares que gasta, por semana, para manter seus soldados no Iraque e no Afeganistão, países dos quais já prepara a retirada de suas tropas convencionais – com o rabo entre as pernas – a partir do ano que vem.

    A insistência de os Estados Unidos em continuarem se armando, mesmo em uma situação de crise econômica e institucional crescente, aponta para a cristalização de uma perigosa equação, que, do ponto de vista do resto do mundo – excetuando-se a Europa, cada vez mais submissa aos interesses norte-americanos – equivale a um mendigo louco com uma arma na mão na praça de alimentação de um Shopping, ou, à velha metáfora, mais usada antigamente, de um macaco solto em uma loja de louças.

    Como a história mostrou nos anos do equilíbrio do terror da Guerra Fria, quando os EUA não ousariam invadir países como o Iraque e o Afeganistão sem a aquiescência tácita da URSS, de nada adianta construir uma nova ordem multipolar, se o poder no mundo continuar obedecendo a uma situação unipolar do ponto de vista militar.

    O BRICS tem se erguido, nos últimos anos, na economia e na diplomacia, justamente para fazer frente à Europa e aos Estados Unidos, porque o mundo não pode continuar refém, como tem acontecido, das decisões que são tomadas em uma Europa e em uma América do Norte cada vez mais frágeis, no âmbito político-institucional, e cada vez mais decadentes, do ponto de vista econômico.

    Nada disso funcionará, no entanto, se a projeção do crescente poder do BRICS não se fizer, também, na área militar. Não dá para se pensar em estratégia de defesa viável, no futuro, se não juntarmos nossos recursos financeiros e tecnológicos, nosso conhecimento e nossos pesquisadores militares aos da Rússia, da China, da Índia e da África do Sul para o desenvolvimento de nova geração de armamentos que vá, como está ocorrendo com os Estados Unidos, um pouco além do armamento convencional hoje existente.

    Não se pode confiar nem cooperar com os países ocidentais nessa área. Eles só nos veem como “parceiros” da hora dos coquetéis de seus adidos militares, ou quando têm interesse de nos vender material obsoleto para utilizar o lucro no desenvolvimento de novas gerações de armamentos. Quando chega o momento de a onça beber água, eles se aliam entre si, e nos veem como sempre nos viram, como um bando de subdesenvolvidos. Que o diga a Argentina, que até hoje não esqueceu as lições que aprendeu quando precisou de armamento para reposição na Guerra das Malvinas.”

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