Rapidinhas: Acordo Brasil-Alemanha

Lançamento de foguete de sondagem na Barreira do Inferno marca cooperação espacial entre Brasil e Alemanha

Para marcar os 40 anos de cooperação internacional entre o Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) e o Centro Espacial da Alemanha (DLR), o Centro de Lançamento da Barreira do Inferno (CLBI), localizado nas proximidades de Natal, no Rio Grande do Norte, realiza, às 20h desta sexta-feira (25/11), o disparo de um foguete suborbital Improved Orion, de fabricação norte-americana.

Tripulações da FAB e Marinha do Brasil estarão empenhadas na segurança da operação, interditando o espaço aéreo e marítimo nas proximidades do CLBI. Na Operação Brasil-Alemanha, o veículo e a carga útil serão de responsabilidade do DLR, com a equipe brasileira fazendo a integração, os testes, o lançamento e o rastreio.

Disparado de uma rampa móvel, o Orion é um foguete de sondagem monoestágio, não guiado, estabilizado por aletas, que pesa 500 kg e utiliza um motor carregado com propelente sólido. Ele atingirá uma altitude entre 95 e 105 km e cairá no Oceano Atlântico após percorrer uma distância em linha reta que pode variar entre 70 e 80 km.

A Operação Brasil-Alemanha prevê ainda o lançamento de um segundo foguete no dia 2 de dezembro: o VS-30 V8, um veículo de concepção brasileira, monoestágio a propelente sólido, com uma massa total da ordem de 1.500 kg. Segundo cálculos preliminares, Seu apogeu deverá estar entre 160 e 200 km, com impacto a uma distância entre 105 e 145 km.
Os dois disparos serão monitorados à distância pelo Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão, operando equipamentos de radar e estação de telemedidas.

Pesquisas

O VS-30 V08 carregará dois experimentos científicos, um proposto pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e outro pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).  Este último tem como função básica informar com precisão a posição e a velocidade do foguete ou de um satélite no espaço.

A principal inovação é a incorporação de certas características, principalmente de software, que não estão presentes em receptores disponíveis comercialmente, como a capacidade de funcionar em elevadas altitudes e em altas velocidades sem perder o sincronismo com o sinal recebido da constelação de satélites GPS. Atualmente os receptores GPS utilizados na área espacial, no país, são importados. O experimento conta com a cooperação do Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE).

O evento servirá também para o treinamento dos profissionais do CLBI para operar a estação móvel de telemedidas e o lançador móvel, além de interligar as estações de telemetria, radar e de tratamento de dados de localização das duas bases espaciais brasileiras.

Cooperação

O DLR pretende desenvolver tecnologias para construção de plataformas orbitais recuperáveis e experimentos de reentrada atmosférica que serão posteriormente utilizados em novos projetos de veículos lançadores reutilizáveis e aeronaves hipersônicas. Da parceria entre Brasil e Alemanha surgiram vários produtos, como o foguete de sondagem VSB-30, e projetos, como o Veículo Lançador de Microssatélites (VLM-1).

O VSB-30 é um foguete biestágio, que transporta cargas úteis científicas e tecnológicas, de 400 kg, para experimentos na faixa de 270 km de altitude. Para experimentos em ambiente de microgravidade, o VSB-30 permite que a carga útil permaneça cerca de seis minutos acima da altitude de 110 km. Até hoje, foram efetuados onze lançamentos, todos com sucesso.

Projetado pelo Brasil com apoio alemão, o VLM, capaz de colegar micro e nano satélites em órbita, deve ser lançado no Brasil a partir de Alcântara (CLA), no Maranhão, em 2015.Assessoria de Comunicação
Ministério da Defesa

(61) 3312-4070

Foto: Força Aérea Brasileira

Fonte: Ministério da Defesa


Esperança é sempre a última a morrer

Por Duda Falcão

Não há como negar o acerto do DCTA/IAE de ter assinado com o DLR no final dos anos 60 esse exitoso acordo Brasil-Alemanha.

O avanço desde então foi bastante significativo (apesar de que poderia ter sido bem maior se o governo tivesse colaborado adequadamente durante o período), e agora parte para uma nova etapa que envolverá o desenvolvimento de um lançador de microssatélites, ou seja, o já por diversas vezes citado VLM-1.

Segundo foi divulgado pela edição de nº 10 (out., nov. e dez.) da revista “Espaço Brasileiro” (veja a nota: “IAE Desenvolve Motor para VLM”), o motor-foguete sólido S-50 do VLM-1 deve ter realizado a sua “Revisão Crítica de Projeto (CDR)” em junho desse ano, e em 2012 deverão ser fabricados os primeiros envelopes motores para testes de carregamento, ensaios de pressurização e ensaios estruturais estáticos. Caso esse cronograma esteja realmente sendo seguido, o primeiro ensaio a quente do motor (tiro em banco de provas) deverá ser realizado também em 2012. Enquanto o acordo com a Alemanha avança (não na velocidade que gostaríamos e poderíamos avançar), o mesmo não se pode dizer do “Programa de Microgravidade” da AEB, que continua andando a passos de tartaruga.

O que é mais revoltante nesse caso, é que o programa não avança não por falta de tecnologia, afinal temos foguetes como o VS-30, VS-40, VSB-30, VS-30/Orion e em breve o VS-50, além de haver planos anteriores para o V-43 e até mesmo um Sonda IIIA, que poderiam estar servindo a comunidade científica brasileira com uma freqüência satisfatória de vôos em ambiente de microgravidade, e até mesmo a comunidade latina, através de acordos internacionais.

É com satisfação que depois de 4 anos (voou pela última vez durante a realização em 2007 da “Operação Angicos” em parceria com a Argentina) observamos nessa “Operação Brasil-Alemanha” o retorno do foguete de sondagem VS-30 as atividades espaciais brasileiras, lamentando e condenando profundamente a falta de atitude de nossos representantes políticos responsáveis até então pela inoperância do “Programa Microgravidade” de nossa agência espacial, afinal sem recursos financeiros adequados, nem mesmo David Copperfield faz milagres.

Estamos no final de novembro, próximo de mais um ano de grande importância para o programa espacial de nosso país, onde esperamos realizar grandes feitos, como o lançamento do CBERS-3, o lançamento do VLS-1 XVT-01, o lançamento do VS-40/SHEFEX II, do VS-40/SARA Suborbital, da finalização do projeto SIA, do Projeto SAMF – Sistema de Alimentação de Motor Foguete do VS-15, do Projeto do MFPL L5, entre tantos outros que se encontram em andamento nos bastidores do PEB. Entretanto, para que isso possa acontecer, o governo DILMA e seu ministro menestrel têm de deixar a conversa mole de lado e meterem a mão na massa realizando as modificações e dando o apoio necessário ao programa. Para que assim o PEB possa alcançar seus objetivos previsto para 2012.

A esperança de que isso possa acontecer é ainda grande para muitos, mediana para alguns e muito pequena para o grupo que fazemos parte.

Entretanto, como a esperança é sempre a última a morrer, vamos aguardar e torcer.

Fonte: BrazilanSpace

17 Comentários

  1. Bom ne, fazer o que? Somos marionetes. Mas
    vamos, la cooperacao com outros e melhor do que so

    http://game.desert-operations.com.pt/?recruiter=41385&world=d29ybGQx

    O melhor jogo de Guerra do Planeta, Onde voce pode ser o comandante, nao fara igual nossos politicos, voce ataca, faz aliancas com outras aliancas… Declara guerras, Pesquisa em universidades, Ataca com F22, B2, Leopard, Helicopteros, Mi 24, Entre outros…. Joguem ate no minimo 20.000 pontos ai comecara achar legal e bem rapido, so faca as construcoes que chega em 1 ou no maximo 2 dias

  2. “40 anos de cooperação internacional entre o Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) e o Centro Espacial da Alemanha (DLR)”
    Também fazem 40 anos que o país começou os estudos na área nuclear =b Porque será que lembrei deste detalhe? heheheh

  3. Depois de tantos anos soltando foguetinhos onde estao os foguetoes. Existe algum documento que abrange tod a a area de desenvolvimento brasileiro de foguetes.
    E um tal de lancar coisas muidas por aqui por ali mas onde esta uma agencia coordenando tudo isso. Temos tratado com Ucrania, Alemanha, Suecia mas onde esta o resumo de tudo isso. Para onde vamos com todos esses tratados.Onde esta o heavy Lift

  4. Não é por nada pessoal…
    Num antigo post, comentei que no quintal de casa, anos atrás, por pura diversão, fabriquei motores foguetes fixos ao chão. O fumacê e o barulho eram muito bacanas.
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    Incrível, mas acho que mesmo com minha verba particular de centavos, eu estaria à frente do programa espacial brasileiro se tivesse continuado com minha brincadeira.
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    Nada me tira da cabeça que nosso programa espacial é apenas um cabide de empregos para privilegiados mamadores das tetas do governo.
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    Essa história de lançamentos para capacitar os técnicos é piada de mau gosto… Desde o início de nosso programa espacial que eles estão só tomando cafézinho e se adestrando.
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    2011 passou sem nada relevante… 2012 será idem… e em 2015 eles ainda estarão se adestrando.
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    2016… Paraguai com Bolívia estarão montando uma base na lua e nós estaremos falando de nos associarmos numa auspiciosa parceria espacial com as quase afundadas Ilhas Maldivas.
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    2099… Eita… Viva… Comemoração… conseguimos enviar um hamster para o espaço (detalhe – órbita baixa).
    #
    Esse nosso programa espacial é um dos maiores propinodutos de nosso país – Vergonha, vergonha, vergonha, programa espacial bananeiro isso sim, vergonha, vergonha, vergonha, AFF!!
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    Pois caso a verba dele não seja suficiente, então que esses técnicos e engenheiros tomem vergonha na cara – cruzem os braços e parem com essa mentira e de vampirizar nossos impostos.

  5. Esses governantes corruptos, esse tipo de gente tinha é que ir para o paredão para servir de exemplo, mais infelizmente não é isto que acontece eles roubam e nada é feito. No caso do nosso programa espacial no minimo estão recebendo dinheiro de algum pais que tem grande interesse nesta areá, para manter nosso programa espacial nesta letargia. Que pais é este?

  6. Lucas, você pode ser marionete. Vai brincando com seu game.
    *****
    ViventtBR, é por aí. Chega de preparação de técnicos que depois vão para outras atividades, por falta de continuidade ou de vergonha.
    *****
    Mas que o caminho está aberto para nossos mísseis está. É só não perder esse aprendizado, juntar o conhecimento no local certo e produzir.

  7. Nasci em meados do século passado, e apesar de ter consciência dos nossos problemas politicos, desde que me entendo por gente, vejo uma profunda mudança de paradigmas acontecendo em meu País. Apesar dos céticos, negadores e até mesmos dos amestrados pelos dispersadores da cidadania brasileira. Nosso país, no que tange a corrupção não é nem melhor, pior, nem mais corrupto do que qualquer outro país, mas principalmente desses comprados e vendidos como admiraveis pela comunicação corporativa nacional. A humanidade deles não é maior que a nossa, antes pelo contrário somos exemplares em solidariedade. Nosso grande problema, ao meu ver, e justamente esse, comprarmos as estruturas corruptas internacionais e esquecermos a nossa preciosa criatividade e humanidade,colocamo-as num canto, deveria ser o inverso, o mundo “comprar” o que temos de melhor, nosso sentimento de igualdade entre todos povos.

  8. 4O ANOS é um tempão delhe teste e mais teste e mais acordo,mas cinceramente tenho que concordar com o nelore éra para estrmos bem mais adiantados,parece brincadeira e onde realmente não levam a cerio, apesar de tudo parabenizo aqueles que se dedicam de corpo e alma pois se não fosse estes que lutam contra a maré estariamos muito piores.

  9. ViventtBR DISSE

    .
    2011 passou sem nada relevante… 2012 será idem… e em 2015 eles ainda estarão se adestrando.
    .
    CONCORDOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
    .

    Esse nosso programa espacial é um dos maiores propinodutos de nosso país – Vergonha, vergonha, vergonha, programa espacial bananeiro isso sim, vergonha, vergonha, vergonha, AFF!!

    .AGORA CONCORDOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO COM VC

  10. Se coninuar com essa parceria daqui mais 40 anos não vamos ter nada para comemorar, o programa espacial brasileiro tem que se desvincular totalmente de qualquer parceiro dos EUA, ou então não iremos para frente nunca.

  11. Vejam a Parceria da Universidade Federal do Ceará com a NASA patrocinando a pesquisa no desenvolvimento de radares sera que vamos poder usar tudo que já foi pesquisado durante estes 6anos, e agora assinado por mais 3anos, é sinal que já rendeu frutos. Nós poderemos usufruir desta pesquisa que é extremamente estratégica? pois quem esta pagando a conta é a NASA!eu duvido duvido mesmo.

  12. O motivo do fracasso do programa espacial brasileiro é muito simples de ser entendido.
    Enquanto a aeronautica fizer questão de comandar, não haverá progresso na área por motivos óbvios.

  13. A QUEM POSSA INTERESSAR… SUGESTÃO… ELABORAR UM PROJETO DE PARQUE INDÚSTRIAL DE INFRAESTRUTURA AEROESPACIONAL INTERNACIONAL EM ALCANTARA. TIPO CONSÓRCIO NACIONAL. PARQUE VOLTADO A CONSTRUÇÃO DE PLATAFORMAS ESPACIAIS…SERIA GRANDE TACADA DE MESTRE DO BRASIL NA AREA DE TECNOLOGIA ETC ETC

  14. M inistro Menestrel rsrs rsrs nunca um apelido foi tão bem elaborado rsrs rsrs Depois de que a boba da corte Idely tentou mudar a geografia nacional transferindo o pré-sal para SC rsrs rsrs A Alemanha sempre foi parceira aerpoespacial e atomica.Então tem gente que acha que o programa Brasileiro não avança por culpa da FAB né rsrs imagine se ele estivesse nas mão da iniciativa privada prostituida deste pais rsrs.Se hoje temos um programa atomico e aeroespacial agradeça-se a MB e FAB e a nossos centros tecnicos..Brasileiro viaja na maionese,escorrega no catchup e cai sentado na mandioca ficando entonhado no repolho rsrs rsrs

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