BOEING, EMBRAER E FAPESP ASSINAM ACORDO PARA DESENVOLVER PROGRAMA DE BIOCOMBUSTÍVEIS NO BRASIL

SÃO PAULO, 26 de outubro de 2011 – A Boeing, Embraer e FAPESP anunciaram hoje carta de intenção para colaboração em pesquisa e desenvolvimento de biocombustíveis para aviação, que representa um importante passo para a criação no Brasil de uma indústria de biocombustível sustentável de aviação. As companhias aéreas Azul, GOL, TAM e Trip atuarão como consultoras estratégicas do programa.

Como resultado da parceria assinada hoje, Boeing, Embraer e FAPESP vão liderar o desenvolvimento de estudo detalhado sobre as oportunidades e os desafios de criar no Brasil uma indústria de produção e distribuição de combustível de aviação bioderivado, sustentável e economicamente eficiente. Quando estiver concluído, no final de 2012, o estudo, que incluirá um roadmap de tecnologia e sustentabilidade, será tornado público.

O estudo será orientado por uma série de workshops públicos a serem realizados ao longo do próximo ano, com dados fornecidos por um amplo leque de stakeholders, assim como um Conselho Consultivo Estratégico que dará ao projeto ampla orientação e apoio institucional. Empresas aéreas, produtores e fornecedores de combustível, especialistas em ambiente, grupos da comunidade e agências de governo farão parte do conselho.

O estudo contribuirá para a criação no Brasil de um centro de pesquisas focado no desenvolvimento de biocombustível sustentável para aviação. Este centro será criado conjuntamente pela FAPESP e a indústria com a finalidade de impulsionar uma agenda de pesquisas de longo prazo para o desenvolvimento de tecnologias específicas. Uma chamada especial de propostas da FAPESP para o estabelecimento desse centro deverá dar seguimento à fase inicial do estudo. A missão do centro será produzir ciência que ajude a preencher as lacunas técnicas, comerciais e de sustentabilidade necessárias para possibilitar a criação da nova cadeia de suprimento de combustível de aviação no Brasil.

“A parceria com a Boeing e a Embraer eleva a um novo patamar os esforços da FAPESP para fomentar a pesquisa em parceria entre universidade e empresa em São Paulo”, diz Suely Vilela, membro do Conselho Superior da FAPESP. “O centro de pesquisa será criado por meio de seleção pública, de acordo com o Programa FAPESP Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID), que tem como objetivo a constituição de núcleos de pesquisa avançada de longa duração que resulte em inovação”.

“O Brasil já mostrou sua liderança no desenvolvimento de biocombustíveis para o transporte terrestre”, disse Donna Hrinak, presidente da Boeing Brasil. “Reunir pessoas de todo o Brasil, com a liderança e expertise para criar novas fontes de energia de baixo carbono para aviação, é a coisa certa a ser feita para a nossa indústria, consumidores, para o Brasil e para as gerações futuras”.

“A Embraer se orgulha do papel que sempre teve no crescimento da base de conhecimento tecnológico do Brasil e na transformação do país em um destino cada vez mais atraente, não apenas como mercado consumidor, mas também como uma plataforma de inovação”, disse Mauro Kern, Vice-Presidente Executivo de Engenharia e Tecnologia da Embraer. “O desenvolvimento dos biocombustíveis é, há muito tempo, um dos nossos focos em outras parcerias e este novo programa agregará mais valor àquelas iniciativas, especialmente devido à participação da FAPESP.”

Boeing e Embraer estão focadas em desenvolver biocombustíveis sustentáveis para aviação produzidos a partir de fontes renováveis que não estabeleçam competição no uso da terra e de recursos hídricos com culturas voltadas para alimentação, em regiões vulneráveis. As empresas buscam conciliar os interesses da agricultura, dos pesquisadores acadêmicos, dos especialistas ambientais, refinarias e empresas aeroespaciais de todo o mundo para estabelecer a infraestrutura local necessária para desenvolver uma indústria de biocombustíveis sustentável e economicamente viável.

Em 2008, a FAPESP anunciou um amplo programa de pesquisas em bioenergia, chamado BIOEN, por meio do qual a Fundação apóia mais de 300 cientistas do Brasil e de outros 11 países, além de estudantes e pós-doutorandos. As pesquisas do BIOEN abrangem a produção de biomassa e de biocombustíveis, seu uso e sustentabilidade.

Desde 2008, testes de vôo conduzidos por empresas e operadores militares mostraram que o desempenho dos biocombustíveis é igual ou melhor do que a do combustível de avião baseado em querosene.

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Sobre a Boeing

A Boeing [NYSE:BA] é líder mundial no setor aeroespacial e a maior fabricante de jatos comerciais e aeronaves militares. Ela também projeta e fabrica helicópteros, sistemas eletrônicos e de defesa, mísseis, satélites, veículos de lançamento e sistemas avançados de informação e comunicação. A Boeing Research & Technology trabalha com órgãos de governo, empresas privadas, universidades e centros de pesquisa em todo o mundo para encontrar e desenvolver as mais inovadoras e disponíveis soluções aeroespaciais. Para mais informações, visite o site www.boeing.com

Sobre a Embraer

A Embraer S.A. (NYSE: ERJ; BM&FBOVESPA: EMBR3) é uma empresa líder na fabricação de jatos comerciais de até 120 assentos e uma das maiores exportadoras brasileiras. Fundada em 1969, a Embraer é uma companhia global que projeta, desenvolve, fabrica e vende aeronaves e sistemas para os segmentos de aviação comercial, aviação executiva e defesa e segurança. A Empresa também fornece suporte e serviços de pós-vendas a clientes em todo o mundo. Em 30 de setembro de 2011, a Embraer contava com 17.204 empregados – número que não inclui funcionários das subsidiárias não-integrais – e possuía uma carteira de pedidos firmes a entregar de USD 16 bilhões.

Sobre a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)

A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) é uma fundação pública com a missão de apoiar a pesquisa e o desenvolvimento científico e tecnológico no Estado de São Paulo. Isto é feito por meio de projetos de pesquisa desenvolvidos em universidades e instituições de pesquisa, em todos os campos do conhecimento. Para mais informações, visite o site www.fapesp.br

Fonte: Embraer

13 Comentários

  1. Parabéns á Boeing pela iniciativa eu sou afavor de uma parceiria energetica com os E.U.A,se essa parceiria der certo imaginem o quanto de combustível nossas usinas vão vender para só exércicio de cálculo de padaria,milhoes de litros para as forças armadas americanas,e ele tb ganharam pois reduziram os custos da obtenção de combustível,pois no preço do combústivel entra tb as guerras,as tramoias e todo o gasto político,ter uma grande quantidade de petroleo e ser um país estável,política e economicamente é tudo que um país com sede de petroleo como é o caso dos E.U.A querem,pois a única preocupação que eles terão é assinar o cheque no final do mês.

  2. Prezados… (aqueles que porventura leram meus antigos comentários),

    Esta mensagem é apenas para me despedir de tds vcs, pois estarei afastado, deste excelente site e seus espaços de comentários, por tempo indeterminado.

    As atividades particulares estão me pedindo mais atenção, inclusive uma pós-graduação que faço e espero concluir no fim deste ano.

    Desejo saúde e felicidades a todos os participantes deste ciberespaço.
    Sds!!!!!!
    SUCESSO BRASIL!!!!!!!

  3. ViventtBR, boa sorte.
    Não esconda o jogo, acho que você está nesse projeto.
    Novamente, boa sorte e sucesso na empreitada.
    *****
    Junta aqui, junta ali, a EADS tem algo com a Embraer, a Boeing tem algo com a Embraer.
    E a Embraer é do Brasil, o celeiro do mundo para biocombustíveis.
    Junta-te aos bons e serás um deles.
    Ótima notícia.

  4. VAMOS DAR TRABALHO NOS NOSSOS CAMPO E INDUSTRIAS,ISSO E SER BRASILEIRO QUEM FALA CONTRA ISSO E PORQUE NASCEU EM BERÇO EXPLENDIDO E NUNCA TEVE UM DIA DE ESTOMAGO VAZIO,BRASIL,VAI GOVERNO VEM GOVERNO E O QUE FICA E NOS ,NAO GOSTO DE YANKES MAS DESDE QUE NOS DE TRABALHO E DIGNO NADA CONTRA.BRASIL ACIMA DE TUDO E SO ABAIXO DE DEUS.

  5. Plantar alimentos vai dar muito mais lucro pra gente. Não temos terras a água disponíveis para plantar árvores que produzam biocombustível, nem pra gente, quanto mais para o mundo. O Sol do deserto do Saara vai produzir H2 para os europeus e americanos. Nós temos que investir em células solares (fotovoltaica) avançadas. Baterias solares já possuem uma eficiência de 20%. Já tem até aviões voando com energia solar acima das nuvens. Vamos priorizar essa área de pesquisa.

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