Dilma pede fim imediato da repressão na Síria

http://n.i.uol.com.br/noticia/2011/08/24/dilma-e-3-em-ranking-de-mulheres-poderosas-da-forbes-1314213111961_300x230.jpg

Daniel Gallas

Enviado especial da BBC Brasil a Pretória

A presidente Dilma Rousseff disse, nesta terça-feira, que o Brasil quer o fim imediato da repressão na Síria, onde o governo tem reagido com violência a protestos contra o regime do líder Bashar al-Assad.

Apesar de não fazer nenhuma menção direta ao regime sírio, a declaração mostra uma posição mais contundente do que a que vinha sendo adotada pelo governo brasileiro até agora.

No discurso no Fórum do Ibas (grupo formado por Índia, Brasil e África do Sul), em Pretória, diante dos demais chefes de Estado, Dilma pediu um diálogo nacional para que se chegue à paz na Síria.

“Muito se fala da responsabilidade de proteger. Pouco se fala da responsabilidade ao proteger. Esta responsabilidade ao proteger foi objeto das iniciativas da África do Sul, da Índia e do Brasil”, disse Dilma.

“Na Síria, nós defendemos o fim imediato da repressão e encorajamos o diálogo nacional para lograr uma saída não violenta.”

Conselho de Segurança da ONU

Na semana passada, a ONU afirmou que o número de mortos no conflito entre manifestantes e forças do governo sírio já passou de três mil pessoas desde o início dos protestos.

Em agosto, Brasil, Índia e África do Sul se abstiveram em uma votação no Conselho de Segurança da ONU que criticava o regime de Assad pela violência.

Os três países também enviaram uma missão conjunta de observadores à Síria.

Clique Leia também: Declaração do Ibas manterá ‘solução síria para problema sírio’

No Fórum do Ibas, a presidente Dilma se manifestou ainda contra a ação armada da comunidade internacional na Líbia. Este ano, França e Grã-Bretanha bombardearam posições do antigo regime de Muamar Khadafi, segundo os países, obedecendo a uma resolução da ONU. O bombardeio foi crucial para derrubar Khadafi.

“Na Líbia, atuamos orientados pela certeza de que intervenções armadas e especialmente as realizadas à margem do direito internacional não trazem a paz, nem protegem os direitos humanos”, disse a presidente.

Fonte: BBC Brasil

13 Comentários

  1. Essa é outra representante do anti-cristo na terra. Tenho vergonha de viver num país que elegeu Lula e sua corja de corruptos vagabundos e depois elegeram essa pessoinha!

  2. Melhor que o Serra bolinha de papel,depois do atentado que ele sofreu de um sniper petista no qual foi usada uma bala em forma de bolinha de papel,ou de suas declarações culpando os paulistanos que estavam sendo afetados pelas enchentes de SP,ou do Serra da Chevron.

  3. Gostei do discurso! É exatamente por aí que o país tem de seguir. Diálogo! Sempre.. Seguindo a doutrina verdadeiramente socio-democrata, e não demagoga e hitlerista.



  4. palavras ao vento…

    devem estar com o nariz doendo depois da porta na cara que o Itamarty-poneis tomou…rsrsrs

  5. “Na Líbia, atuamos orientados pela certeza de que intervenções armadas e especialmente as realizadas à margem do direito internacional não trazem a paz, nem protegem os direitos humanos”, disse a presidente.”
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    Está correto…

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    Primavera sangrenta – Entrevista com Fulvio Grimaldi sobre a Líbia
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    .By Dan Glazebrook, 17 October 2011
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    Fulvio Grimaldi (ex-BBC) é o lendário jornalista italiano e cineasta que gravou e contrabandeou para fora, um vídeo do massacre “Sunday Bloody” por debaixo do nariz do exército britânico, há quase quarenta anos. Ele defende um estilo de jornalismo que é apaixonado, que não se coíbe de mostrar o horror gráfico de guerra, e que resiste à pretensão de neutralidade em tempos de barbárie.
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    Como ele mesmo disse após Bloody Sunday: “… a imparcialidade nem sequer passou por nossas cabeças … estava junto aos que estavam correndo e gritando, caindo e morrendo”. Ele esteve com eles desde então.
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    Hoje com 73 anos, ele acaba de retornar da Líbia, onde foi fazer seu filme mais recente, sobre a “revolução” neo-colonial da OTAN na Líbia. Eu me encontrei com ele em Bristol, onde fui assistir estréia em inglês do filme.
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    Comecei perguntando a Grimaldi quão proximamente suas percepções em viagens recentes à Líbia, combinavam com a descrição dada na grande mídia:
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    “Nem um pouco. Eu, pessoalmente, visitei áreas ao redor de Trípoli, onde Gheddafi tinha alegadamente “bombardeado o seu próprio povo”, mas onde não caiu uma única bomba antes que a Otan tivesse começado seus ataques. E isso foi confirmado por satélites espiões russos. Onde quer que eu tenha ido – apenas na companhia de outros funcionários para averiguação de fatos, falando livremente com as pessoas de minha escolha, e parando onde quer que eu desejasse – me deparei com uma multidão de jovens e velhos, homens e mulheres, que declararam apoiar Gheddafi. Estas são as pessoas que resistiram a uma guerra de sete meses por 27 potências militares, que tinha prometido uma vitória de duas semanas, aqueles que defendiam Trípoli há mais de uma semana, aqueles que hoje ocupam Sirte, Bani Walid, Sabha, Kufra e em 75% do território nacional ainda livre -. Contra bombardeios genocidas, tropas especiais da Otan e mercenários ”
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    Esta claramente não é a imagem que temos vindo a encontrar na mídia – a imagem, “teatro de escola”, de um “povo unido contra um ditador”.
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    A que Grimaldi atribui níveis tão elevados de apoio para Gheddafi?
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    “A ONU explica que no seu relatório de 2010: A Líbia foi o país na África com melhor Índice de Desenvolvimento Humano: Para expectativa de vida, educação, saúde, habitação, para crianças, os idosos, as mulheres. Escolas e hospitais gratuitos, moradia gratuita, água potável gratuita para todos, infra-estrutura moderna, a receita do petróleo distribuída para as pessoas – Independência e dignidade “Isso foi o que Gheddafi representou para muitos –
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    Os bombardeamentos da OTAN só fortaleceram essas atitudes de apoio a Gheddafi:” milhares de civis assassinados por bombas, mísseis, terroristas e “mercenários ocidentais garganta-cortadores”. O que se acha que a destruição gratuita de toda infra-estrutura, hospitais, escolas, fábricas, cachimbos de água, casas, pode ter produzido na atitude de 6 milhões de líbios e 2 milhões de bem tratados, com dignidade , trabalhadores migrantes? ”
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    Estes trabalhadores migrantes negros têm sido consistentemente demonizados na imprensa ocidental desde antes mesmo do início da guerra, como “mercenários Africanos” – ou na melhor das hipóteses , “alegados mercenários Africanos” e esta desinformação deliberada continuou mesmo depois de um abrangente relatório da Anistia Internacional,em julho ,ter demolido estas afirmações . A mentira tem servido para encobrir e justificar os assassinatos raciais que caracterizam a rebelião desde a sua eclosão.
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    Perguntei a Grimaldi sobre estes assassinatos e sobre a sua deturpação intencional:
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    “O racismo é uma das armas mais poderosas no arsenal imperialista de genocídio e de mudança de regime. Os milhares de líbios negros e africanos torturados, executados e esquartejados pelos “rebeldes”, que testemunham isso. Há evidências visuais e testemunhais abundantes destes fatos, mesmo no meu filme.
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    Quanto ao “main-stream” de mídia e seus seguidores passivos à esquerda e direita, o processo de monopolização que tem ocorrido nos últimos anos entre os editores e redes, identifica os interesses dos fautores da guerra com o de seus meios de comunicação.
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    O jornalista indivíduo tem a escolha entre cumprir com a agenda de seu patrão e seus consultores de’psyop’ (Persuade, Change, Influence) e o desemprego “. Grimaldi não está surpreso com as recente revelações do Wikileaks – que o Diretor-Geral da Al-Jazeera estava envolvido no que ele chamou de” manipulação criminosa de informações durante toda a crise da Líbia “.
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    Afinal, “Al Jazeera foi a principal fonte para correspondentes de guerra e que se reuniu com o grupo misto de Al-Qaeda/renegados contra Gheddafi , enquanto eles passaram a assar negros e falar bobagens sobre Gheddafi e inexistente avanços rebeldes .”
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    Por fim, perguntei a Grimaldi sobre os objetivos reais da OTAN nesta guerra.
    Ele é muito mais claro do que a maioria sobre a importância da guerra para o projeto imperial:
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    “Para livrar o planeta de um dos países que rejeitou a globalização e o neoliberalismo, a privatização e o assalto das multinacionais. Para estabelecer o ‘Africom’ (The United States Africa Command) na África, para maior penetração no continente, para se estabelecer no Grande Oriente Médio, desde o Atlântico até o Golfo, para eliminar a concorrência chinesa e russa por recursos e estrangular(controlar) a sua “tábua de salvação de petróleo” , para obter a água das mais ricas e doces reservas de água da África (“Aquifero Nubio”, que esta embaixo do Egito, da Líbia, do Chade e do Sudão. ) e para ensinar uma lição a todas aquelas massas que genuinamente produziram a Primavera árabe. “Em breve -” para expandir a ditadura neoliberal “. Não admira que ele não trabalha mais na BBC.
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    Fonte:
    http://www.counterpunch.org/2011/10/17/bloody-spring/#

  7. Nunca fui lulista, mas julgo que ele tinha mais capacidade de defender os interesses do Brasil do que essa mulher. Essa e uma vergonha. Sera que Marilena Chaui ainda a defende? Desde que li que House Negro Obama ordenou o ataque a Liboa por telefone, no palacio em Brasilia, quando em uma audiencioa com ela formei a opiniao que com essa mulher na presidencia o Brasil se tornaria uma vez mais um pais vassalo dos Estados Unidos.

  8. Jojo:

    E desde quando cortejar Idi Amin Chávez,interferir nos assuntos internos hondurenhos hospedando o chapelão maluco em nossa embaixada, escarnecer daqueles que apanhavam e morriam nas ruas de Teerã e intermediar acordos nucleares fajutos e desonrosos constitui-se em defesa dos interesses nacionais? A presidente Dilma está corretíssima em abandonar os arroubos de cunho ideológico tão característicos da Patota formada pelo nosso ex-líder guia dos povos e sol da humanidade, o megalonanico, o antiamericano patológico Samuel Pinheiro Guimarães e o notório esquerdalha Marco Aurélio Garcia e conduzir nossas relações internacionais para caminhos mais pragmáticos.

  9. depois que li o que o comentarista wi escreveu esqueci ate da materia que foi postada, à lembrei sobre a siria mas para falar a verdade é melhor 3 mil mortos na siria do que a destruiçao do pais pela otan como foi na libia.

  10. Escutem a Dilma ou arquem com as consequencias!
    Nossos poderosos F5 EM (que derrubam até Rafale segundo a lenda). sobrevoarão seu país e destituirão o ignóbil sarraceno de seu trono.

  11. HMS Tireless, Como desinformado sou eu. Ate ler seu comentario, pensava que o governo legitimo de Hondura foi deposto pelo exercito hondurenho, cumprindo ordem do Comandante Supremo Obama. A historia da America Latina fornece muito exemplos dessa interferencia norte americana depondo goveerno nacionalistas no continente. Essa chamada revolucao verde no Iran, Serbia, Libia, Ucrania foi organizada por grupos criados pelo State Department/Cia. A literatura no assunto e ampla. Abandonar arroubo de cunho ideologico? pragmatismo? ambas expressoes sao ideologicas. Nao existe campo neutro.Ideologia de um lado – dos opressores – e ideologia dos oprimidos. Eu sei de que lado me encontro nessa. Nunca fui lulista nem PT em minha vida, mas continuo crendo que a administracao de Lula, corrupta como foi, no campo de politica externa foi mais independente que a atual administracao.

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