Síria adotará “medidas severas” contra quem reconhecer opositor CNS

Ministro das Relações Exteriores sírio, Walid al Muallem

O ministro das Relações Exteriores sírio, Walid al Muallem, advertiu neste domingo que a “Síria vai adotar medidas severas contra qualquer país que reconheça ao Conselho Nacional Sírio” (CNS), ao que classificou de “ilegal”.

Muallem fez as declarações em entrevista coletiva em Damasco com representantes dos países integrantes da Aliança Bolivariana para as Américas (Alba).

Em 2 de outubro, a oposição síria anunciou em Istambul (Turquia) a criação do CNS, que reúne todas as tendências políticas opositoras e aspira se transformar no representante da revolução síria dentro e fora do país.

Apesar de suas declarações, Muallem assinalou que “a oposição está convidada a ser parte do diálogo para construir a Síria”.

Sobre os recentes ataques a embaixadas sírias no exterior, o chefe da diplomacia avisou que o regime de Damasco vai atuar de forma recíproca se não for garantida a proteção às sedes diplomáticas de seu país em outros estados.

Além disso, Muallem fez menção à morte do líder opositor curdo Mashaal Tammo, assassinado na sexta-feira.

“Posso assegurar que o mártir Tammo foi assassinado por um grupo armado. Este homem era contra a corrente que pedia uma intervenção estrangeira. O objetivo deste assassinato foi criar um conflito no leste (da Síria) até agora modelo de coexistência durante a crise”, assinalou o ministro.

Milhares de pessoas estiveram no sábado no funeral de Tammo, membro do CNS, assassinado a tiros por desconhecidos dentro de sua casa em Qamishli, no nordeste.

A agência de notícias oficial “Sana” culpou “um grupo terrorista armado” pela morte do ativista curdo. Já a oposição, no entanto, acusou a Polícia secreta do país por estar por trás do assassinato. Outra ala da oposição culpa a Turquia.

Muallem fez as declarações em entrevista coletiva com os chanceleres venezuelano e cubano, Nicolás Maduro e Bruno Rodríguez, respectivamente, o ministro da Comunicação boliviano, Ivan Canelas, o subsecretário das Relações Exteriores equatoriano, Pablo Villagómez, e a representante da Nicarágua na ONU, María Rubiales.

Os representantes da Alba manifestaram solidariedade e apoio integral ao regime sírio.

Fonte: UOL

13 Comentários

  1. Engraçado…. Quando o povo britânico saiu as ruas fazendo arruaça e quebrando tudo, todos ficaram horrorizados mas na Síria eles poder sair as ruas metralhando tudo que eles tem o apoio ocidental ??????????? NA ÉPOCA DAS CRUZADAS OS OCIDENTAIS ERAM MENOS HIPÓCRITAS ! ELES DIZIAM QUE FAZIAM GUERRA POR ORDEM DE DEUS !!!

  2. Só que nos o povo britânico saiu devido a morte de um jovem que morreu num tiroteio, e que eu saiba a policia britânica não matou ninguém, agora o povo sírio quer que o seu actual governante saia e o que e que este decide fazer mandar o exercito matar toda a gente que se opõe a ele
    Acho que há uma pequena diferença
    Esse e o vosso problema apoiam toda a gente que está contra a Europa e os EUA mesmo que essa pessoa seja um ditador que mata pessoas que o querem ver fora do governo,e depois queixam-se

  3. A hipocrisia alcança até o debate, ora a Siria esta sob ataque por ser aliada do Iran, alem de ter importância estratégica, na Europa e Estados Unidos, o pau canta e pessoas são presas e tudo vale para impor a “ordem”, em outros países (Iemen) matam centenas e cadê a OTAN, santa paciência.

  4. haka disse:
    09/10/2011 às 18:18
    .
    “Só que nos o povo britânico saiu devido a morte de um jovem que morreu num tiroteio, e que eu saiba a policia britânica não matou ninguém,”
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    “…acho que há uma pequena diferença…”
    ———————————————–
    Más na Inglaterra os “manifestantes” não estavam armados com metralhadoras, fuzis e lança granadas… E atacando com franco atiradores nas forças policiais e civis, como acontece na Síria….
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    Se ocorresse o mesmo na Inglaterra, como reagiriam as forças de segurança britânicas?
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    |Acho que aí há uma grande diferença!

  5. Shaka… apenas conteste o fato de que há a possiblidade de não ser uma quantidade de rebeldes representativa, em relação a toda a sociedade siria.
    Na mínha opinião existe sim um grupo pequeno de jovens rebeldes, mas o barulho que esse pequeno grupo consegue fazer(pelo menos aqui pelo ocidente) só é justificado se algum poderio ocidental midiatico estivesse por trás, alimentando a ira desses jovens históricamente sugestionáveis

  6. Não esqueçam o brasileiro pseudo terrorista que mataram na inglaterra, no mundo não tem ninguém bonzinho, só tem defesa de interesses obscuros, vejam aqui o caso de Belo Monte.

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