Especialistas destacam disposição brasileira em controlar fluxo de bens sensíveis

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Participantes de seminário em Campinas ressaltam participação ativa do Brasil nos fóruns das Nações Unidas que visam a não-proliferação de armas de destruição em massa

O empenho brasileiro para controlar o fluxo internacional de tecnologias sensíveis de uso dual foi demonstrado nas palestras de abertura do 8º Seminário de Ciência, Tecnologia e de Inovação do Ministério da Defesa, que se realiza em Campinas, com o apoio do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), no Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer. Até sexta-feira, o evento irá debater questões de importância global, como o uso pacífico da energia nuclear e a não-proliferação de armas de destruição em massa e ações de contraterrorismo.

O Brasil é signatário de acordos internacionais que vedam a utilização ou estocagem de armas químicas e biológicas. A Constituição Federal proíbe a utilização de armas nucleares. O país também participa de acordos e regimes internacionais visando o controle desses produtos e das tecnologias necessárias para sua elaboração.

Agilidade e cerceamento

Uma das principais autoridades no tema, o secretário-executivo da Comissão Interministerial de Controle de Exportação de Bens Sensíveis (Cibes), Sérgio Frazão, destacou a velocidade das ações de governo na área. “Nosso esquema de atualização das listas de controle de bens sensíveis, por meio de soluções da comissão, é muito mais ágil que o sistema de atualização dos Estados Unidos ou da Rússia”, exemplificou. “As listas brasileiras podem ser atualizadas em um mês após uma inclusão de novos itens decidida em plenárias das convenções e dos regimes internacionais de desarmamento e não proliferação. Em média, os outros países levam em torno de um ano para realizar o trabalho.”

Frazão reafirmou também a qualidade da participação brasileira nos fóruns relacionados a bens sensíveis. “Mesmo as nações que procuram cercear nossos esforços de pesquisa reconhecem a transparência de nossas ações. Devemos lembrar que armas de destruição em massa não se limitam a exterminar vidas humanas. Atacam a fauna e a flora. Realizamos um trabalho humanitário, que visa a preservação de populações e do meio-ambiente”, acentuou.

Antes, o diretor do Departamento de Ciência e Tecnologia e Industrial da Secretaria de Produtos de Defesa do Ministério da Defesa, major-brigadeiro Álvaro Knupp, descrevera a amplitude dos esforços brasileiros nos organismos internacionais. “Participamos, integrados ao MCTI, de todos os fóruns de controle de bens sensíveis nas áreas atômica, biológica, química e de controle de foguetes e mísseis.” Mesmo assim, de acordo com o brigadeiro, o país precisa antecipar ações de cerceamento “impostas por países que não querem, por motivos políticos ou econômicos, que tenhamos independência tecnológica.”

Um dos gargalos citados pelo brigadeiro Knupp foi a ausência de um laboratório de pesquisas biológicas de nível 4, que oferece o maior grau de segurança no estudo de micro-organismos altamente contagiosos, como o vírus Ebola. “Há relatos de pesquisadores brasileiros que enviaram cepas de agentes patogênicos para o exterior e que não tiveram acesso ao resultado das analises por determinação de agências de controle estrangeiras”, contou. “Essa fragilidade não é admissível diante da realização de grandes eventos, como a Copa do Mundo e as Olimpíadas.”

O professor Amândio Balcão, do CTI Renato Archer, atacou a questão da segurança e defesa na área cibernética ao descrever o projeto Pandora-Sandbox, que procura malwares para estudo por meio de pesquisas em sites potencialmente malignos. “Quando encontramos um item, ele é direcionado para um servidor, que analisa a ameaça e o grau de virulência do agente.” No ano passado, segundo Balcão, foram descobertos 38 mil malwares, 17 mil deles únicos. Desse total, 22% não foram detectados por antivírus disponíveis no mercado.

Abertura

O diretor do CTI, Victor Mammana, abriu o encontro com um breve relato dos trabalhos desenvolvidos pela unidade. Em seguida, o subsecretário de Coordenação das Unidades de Pesquisa do MCTI, Arquimedes Ciloni, destacou o avanço das atividades de desenvolvimento e pesquisa no Brasil. “Hoje, ocupamos o 38º lugar em número de trabalhos publicados, logo após a República Popular da China. Nossa nota de desempenho saiu de 1,6, em 2007, para 21,2, no ano passado.”

Apesar disso, restam muitas vulnerabilidades, principalmente na área de TI. Faltam 90 mil especialistas e, seguindo o atual índice de crescimento, esse total chegará a 800 mil em 2014.

O secretário de Produtos de Defesa do Ministério da Defesa, Murilo Marques Barbosa, destacou o impacto da Medida Provisória número 544, que criou mecanismos de incentivo para indústrias estratégicas nacionais, inclusive para as de bens sensíveis e duais. Ele ressaltou os estreitos laços de cooperação da Defesa com os ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), das Comunicações e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC).

“Trabalhamos intensamente com esses órgãos para definir as características do novo satélite geoestacionário, lançado no mesmo dia da MP 544, que terá uso dual e estará operacional em 2014”, exemplificou. “Setenta por cento da capacidade será destinada à banda KA, de emprego civil, e 30% à banda X, de emprego militar.”

Com isso, será possível estender a internet de banda larga para os rincões mais distantes do território nacional, além de ampliar a capacidade de comando e controle das Forças Armadas, interligando unidades terrestres, aéreas e marítimas.

Fonte: Ministério da Defesa

22 Comentários

  1. o MAR da foto e um dos grandes orgulhos do desenvolvimento militar brasileiro, umar arma que junto com os caças de ataque da fab e o R99 representa uma vantagem extrategiga para nos fantastica, so precisariam ser adquiridos em uma quantidade satisfatoria !!!

  2. alias o desenvolvimento do MAR, foi uma historia linda para o CTA, e tambem para a brasileira mectrom ( e espero q continue sempre brasileira ) os gringos se recusaram a dar o suporte( q tambem não tem a menor obrigação de ajudar mesmo ) e tentaram sabotar o proglama de todo jeito, mas nossos engenheiros, na raça, tiraram leite de pedra e produziram um artefato similar, e para muitos superior ao americano ( como tambem concordaam o paquistão, q adquiriu dezenas e mais dezenas rsrsrs) os gringos se arrependeram e tentaram voltar atraz no apoio tecnico, afinal era melhor fornecer e nos manter na coleira, mas felimente o defunto ja estava velado kkkkk

  3. e que sirva de lição , para o brasil a historia do MAR, REGULARAM, BOICOTARAM, FICARAM COM FRESCURA…estudem, produzam na raça e de forma indempendente, parabens ao CTA, e a MECTRON !!!

  4. Se não tivermos armas nucleares, abdicaremos da nossa soberania plena. Tudo bem, é uma escolha,que nem todos os brasileiros concordam. O pacifismo é um grande erro. Enfim …

  5. ITAMARATY,O AMIGO DA ONÇA
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    “(…) O Brasil é signatário de acordos internacionais que vedam a utilização ou estocagem de armas químicas e biológicas. A Constituição Federal proíbe a utilização de armas nucleares. O país também participa de acordos e regimes internacionais visando o controle desses produtos e das tecnologias necessárias para sua elaboração.(…)”
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    RESUMINDO,
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    A constituição diz que devemos ser umas ovelhas prontas para o abate_Hehehe….
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    Ser o lobo-mau pega mal para a opinião pública internacional;esse Itamaraty como sempre,jogando para a platéia internacional…e nós brasileiros…..como ficamos?

  6. Um exemplo de engenharia reversa é o MAR não?.. Os caras do CTA estudaram estudaram e conseguiram!.. um míssil anti-radiação ar-superfície. Privilegiam as prioridades máximas.
    Sabem que saber onde está o inimigo é a chave para tudo em um combate. Outro exemplo é a propulsão a laser que estão estudando. Vai que poderá ser usava para impulsionar uma carga bélica até uns satélites por exemplo: http://www.defesabr.com/Tecno/tecno_laser.htm

  7. Esse país é ridículo…não faz armas nucleares porque não quer. EUA, Russia, China, Paquistão, Índia, Coreia do Norte, França, Inglaterra, Israel, Irã(suja)…podem e nós não? Será que eles “não estão colocando o mundo em perigo”? Como são irresponsáveis esses países; não acham?? Rsrsrs.. Nós é que estamos certos..armas pra que? Violência nuuuunnncaaaa é a resposta. Temos mulatas, bundas, futebol e carnaval..não temos inimigos, ninguém vai nos atacar, etc..PAÍS DE TOLOS!!

  8. MAA-1,MAA1-B,MAR-1 e tomara que saia o MAN-1 tbm. o Brasil só é fraco na cabeça dos politicos ruins que o povo elege más esse país tem muito potencial e só ir investindo!

  9. tecnologia dos foguetes vsb e do vls progredindo ,aos trancos e barrancos mas progredindo, as centrifugas para fins “pacificos ” da marinha, a tecnologia de misseis evoluindo no cta, o 14-x…
    eu não tenho um hot-dog pronto agora, mas na minha cozinha tem pão, salsicha, maionese, mostarda, e katchup, portanto eu faço um se me der fome!!!

  10. E como disse o amigo STADEUR, a constituição pode mudar em cazo de necesidade extrema, para que devemos fazer como o irã, chamar muita atenção sem nessecidade e ficar aguentando encheção de saco internacional ? temos outras prioridades primeiro, uma corrida nuclear naq america do sul so atrairia extremistas para ca!!!
    Mas irmão brazucas, como no exemplo do MAR, comfiem nos patriotas das nossas forças que tiram leite de pedra, tenho certeza que eles não estão de braços cruzados, e façamos nossa parte cobrando os come de dorme de brasilia, temos uma ferramenta importante para infernizalos, a internet, as coisas aos poucos estão mudado, antigamente nem se tocava no assunto defesa, mas hoje graças a blogs maravilhosos como o plano brasil, cavok e outros temos voz, so precisamos saber nos organizar e cobrar mais, cobrar o melhor !!!

  11. Uai!
    Mas nós não temos que passar tudo que sabemos para os outros de “mão beijada”?
    Nossos brigadeiros e nossos colegas do blog não cobram isso dos americanos?
    Que estória é essa de “disposição brasileira em controlar fluxo de bens sensíveis”?
    Rsrsss
    Como diz o ditado, “Pau que dá em Chico dá em Francisco”. rsrsrs

  12. E quem disse q os ianks “tem” essa obrigação ?!?! Só se for por acordo, então, tem sim.E ainda assim os nefastos enganam, adiam, vão levando c a barriga ou seja boicaotam mesmo, pq fariamos diferente, ainda + se for com os mesmos…q fike p as calendas, p nunca.E o caso do
    MAR serve de exemplo de q temos de tentar ficar de pé e com o n esforço, temos dois: O amarrado VLS e o n caça, o HARPIA p colocar p voar em n céus.Esse é o desafio aos engenheiros e técnicos .e p ontem….

  13. a burocracia brasileira é presente em quase tudo mas menos nisso .Nos so poderemos fabricar quando equiparmos nossas forças armadas ate la vamos fingindo que nunca faremos essas coisas.

  14. Alguns falam sem pensar, quero ser sempre o Lobo em pele de cordeiro do que o lobo que todos se previnem. Brasil é tão forte que não precisa mostrar que somos, aguardem e vejam num futuro proximo.

  15. O Brasil tem, como sempre teve, nichos de excelência, por isso que temos industria aeronautica, nuclear, de petroleo, embrapa etc; o problema hoje é que tudo aparentemente está na base do improviso, sem uma politica de EStado comprometida com metas ou objetivos; mas acho que estamos avançando, está sendo construido todo um arcabouço jurídico pela governante do momento, além dos gdes projetos de nosso conhecimento (prosub/kc e outros), que qdo a coisa pegar ritmo estaremos de volta aos aureos tempos, qdo éramos uns dos dez maiores exportadores de armas do mundo, é questão de tempo!Isso não é devaneio não!

  16. É Bosco…
    No quintal de outros, uma galinha é uma galinha.
    Mas no meu quntal, minha galiha é galo… Ou eu me faço de galo…
    rsss…
    E um grande abraço a todos…

  17. Esses políticos brasileiros são uma piada de mal gosto, eles estragam o Brasil em tudo que pode, pena que esses políticos não conseguem ver que alguns países como Inglaterra, EUA, França e outros não abrem mão de nada.

  18. Devemos lembrar que armas de destruição em massa não se limitam a exterminar vidas humanas. Atacam a fauna e a flora. Realizamos um trabalho humanitário, que visa a preservação de populações e do meio-ambiente”.
    Ótima perspectiva de ver essas questões.
    A MECTRON esta com tudo mesmo, podemos gerir bem mais de nós mesmo.

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