11/9 iniciou a era dos aviões não tripulados

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Um legado deixado pelo ataque às torres gêmeas dos EUA, que completa dez anos hoje, é uma série de novas preocupações bélicas. Uma delas, que diz respeito à tecnologia, é o avanço na fabricação de aviões não tripulados (RPA, na sigla em inglês).

Os Estados Unidos, por exemplo, subiram sua frota de aeronaves guiadas por controle remoto. De 54 à época dos atentados, passou para mais de 6 mil unidades hoje, sendo que 4 mil seguem em missão no Oriente Médio.

Esses aviões sem tripulação apresentam vantagens estratégicas em uma guerra. Quando se trata de um conflito de ocupação contra grupos minoritários guerrilheiros, como foi o caso da ocupação americana no Afeganistão e no Iraque, isso fica muito em evidência, porque anula as vantagens dos árabes por conhecer melhor o terreno montanhoso da região. O avião continua sendo controlado por um piloto, que fica em uma base aérea (chamada de ROVER, na sigla em inglês) e tem uma visão muito mais ampla e detalhada da área sobre a qual o avião passa.

Essa tecnologia não foi desenvolvida sem críticas: os aviões não tripulados, projetados para a guerra contra o terror, já mataram muitos civis e inocentes. Um cálculo da própria Força Aérea Americana concluiu que morrem 10 civis para cada combatente dos grupos radicais islâmicos, simplesmente porque um ataque de RPA não consegue selecionar vítimas. A despeito desse índice, o governo dos EUA planeja um investimento de 36,9 bilhões de dólares (cerca de R$ 60 bilhões) em aviões não tripulados até 2020.

Ataques militares aéreos, sem tripulantes, existem há um bom tempo. O primeiro de que se tem registro foi feito por um balão austríaco em 1849. Mas o conceito moderno, da maneira que conhecemos hoje, teve seus primeiros passos dados pelos próprios Estados Unidos, nos anos 50.

Após a queda das torres gêmeas, em 2001, houve um “boom” no aprimoramento técnico e na escala de produção das aeronaves. O ápice foi observado em 2010: pela primeira vez, a Força Aérea dos EUA formou mais pilotos de RPA do que pilotos regulares em um ano. O treinamento tem uma série de inovações, para que o piloto de guerra de antigamente saiba o que fazer na era do GPS e do mapeamento por satélite.

Para minimizar a morte de civis nos conflitos, os chefes militares americanos anunciam um pacote de estratégias, que inclui mudanças tecnológicas e aumento na comunicação com os aliados americanos na região. Isso tudo, explicam eles, porque a diminuição de RPAs e pilotos capacitados para operá-las não foi sequer considerada. Segundo os militares, a tendência é que a aeronave não tripulada seja protagonista no futuro da aviação.

Fonte: Hypescience

13 Comentários

  1. Eu gostaria de sugeri aos criadores do Plano Brasil a criação de ums espaço, para a especulação e discussão de taticas e estrategias.Onde seriam apresentadas questões como ” Como enfrentar o uso de drones?” ou outros problemas táticos e estrátegicos.

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    Se colocar isso tudo de armamento em um Predator ele nem decola!!!
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    Gostaria de ver esses Drones em atividade contra países com uma boa defesa aérea, como seria a sua efetividade nos campos de batalha??
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    Valeu!!

  3. Cal,como os tel celulares são neutralizados nos presídios ? Eles criam uma barreira de Ondas RF que se mistura com as dos celulares. Aí vão dizer que a microonda é de difícil interferência … Acho que conseguem, pois nada é impossível.

  4. 11/09,ENTROU PARA A HISTÓRIA DEFINIDAMENTE
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    Nesse dia;os drones mostraram para o mundo,ao vivo;o seu poder de destruição em massa,e a impressa “especializada” ocidental, mostrou para o mundo,ao vivo;o seu poder de persuasão de massas_Rsrss….

  5. Mas é claro que iniciou…Ou vocês acham que “árabes malucos” treinando em videogame, e aviões pequenos por algumas semanas conseguiriam fazer aquela rota de colisão perfeita que os Boeings fizeram para acertar as torres bem no meio e certinho?? Além de bater no Pentágono sem deixar nem rastro de peças ou sujar a grama?? hahahahahahhahaha…pera aí né? Esse atentado é uma piada…

  6. Francoorp,
    Cada arma deve ser usada para o cenário que foi idealizado.
    Claro que numa hipotética guerra convencional, simétrica, de alta intensidade, os VANTs não gozariam da liberdade que têm em cenários assimétricos, mas vale dizer que aeronave de nenhum tipo tem.
    Isso não quer dizer que seriam inúteis, pelo contrário, teriam que ser usados de forma diferente e já há projetos de VANTs para esses teatros convencionais.
    Sem falar que mesmo VANTs de baixa velocidade são bem difíceis de detectar e olha que ainda não foram dotados de tecnologia Stealth.
    Os sensores estão ficando cada vez com maior alcance e o reduzido RCS deles os capacitam a ficarem fora do alcance dos radares da defesa aérea.
    O RQ-170 Sentinel já está operacional e é um VANT de reconhecimento stealth de alto desempenho para ser usado em guerra convencional.
    O Global Hawk idem. Seu baixo RCS e a altitude de vôo e o alcance dos sensores o deixa imune a defesas antiáerea.
    Logo estarão em operação os CUAVs que serão usados em guerras convencionais.
    Mas mesmo os Predators, Reapers, Hunter, etc, de hoje, podem ser usados em cenários de guerra convencional e quando houver a superioridade aérea, já que foram projetados para ter baixa assinatura visual, térmica e radar.

  7. Ah! Esse da foto é o MQ-9 Reaper (Predator B), e pode levar toda essa carga sim. Sua carga “paga” é de cerca de 1,5 t.
    A carga na foto não chega a 1,3 t.
    8 Hellfires = 360 kg
    2 Sidewinder + 180 kg
    2 Paveway II de 500 lb = 500 kg
    cabides/lançadores = 200 kg
    Total: 1,24 t

  8. O Falcão da Avibrás se assemelha em muito ao PREDADOR & Reaper .
    Espero que esse Vant ( Falcão ) consiga obter muitos contratos , e que sua família de Vant,s alce voo.
    Há boatos que nessa família há uma versão armada ( Vant-c) , é esperar para ver .

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    Bosco:
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    Verdade, esse é o B, eu não tinha aberto a foto antes… mas somente uma correção, a carga externa não é 1,5Tn, mas de 1,3 T. “3,000 lb (1361 kg) of external stores”, no Total, contando a carga “Interna” que sào os instrumentos de vigilancia e sistema de armas que podem ser trocados por de tipos diferentes, chegamos às 1,7T, ” 3,850 lb (1746 kg) payload capacity”
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    http://www.ga-asi.com/products/aircraft/predator_b.php
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    E como dissemos acima em uma situação de guerra convencional ele não serviria para muito, o que já aconteceu na Coréia do Norte, onde seus sistemas foram disturbados por contra-medidas eletrônicas baseadas em veículos terrestres… alias temos até caso de aeronave militar Yankee tripulada que teve que pousar de emergência porque seus sistemas de navegação foram “Fritos” pelas medidas eletrônicas da Coréia do Norte.
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    Pra ver como os sistemas dos USA não são invulneráveis a distúrbios eletrônicos ou impulsos EMP…

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