Brasil não tem posição sobre a Líbia mas já conversa com rebeldes

O Brasil ainda não tem um posicionamento oficial diante da provável queda do regime de Muamar Khadafi, na Líbia, mas o Itamaraty (Ministério das Relações Exteriores) já mantem contatos informais com representantes do movimento rebelde.

Segundo sua assessoria de imprensa, o ministro Antonio Patriota conversou, nesta segunda-feira, com o secretário-geral da Liga dos Países Árabes, Amr Moussa, e com a chefe da diplomacia sul-africana, Maite Nkoana-Mashabane, para levantar subsídios sobre a situação na Líbia, antes de tomar um posicionamento oficial.

Boa parte dos países europeus e os Estados Unidos já reconheceram o Conselho Nacional de Transição dos rebeldes como governo interino líbio.

Em Brasília, a bandeira verde do regime de Khadafi também já deu lugar ao símbolo do movimento rebelde na Embaixada da Líbia. O prédio foi ocupado na última semana por cidadãos líbios que apoiam a queda de Khadafi.

Enquanto isso, a capital líbia, Trípoli, é cenário de uma batalha entre forças do regime e as do movimento rebelde, que já controlam boa parte da cidade, com exceção do QG de Khadafi. O paradeiro do líder líbio também é desconhecido.

Fonte: BBC Brasil

17 Comentários

  1. No começo deste conflito falei que o Kadaf estava a caminho da roça, a Líbia terá seu proprio futuro reescrito.
    agora o próximo passo É fazer a divisão das riquezas privatizando tudo, ou seja dividir o bolo com quem gastou, depois mais dinheiro pra reconstruir e mais dinheiro para repor todo o material bélico destruído.
    Há um filme sobre Wall Street que diz que o DINHEIRO NÃO DORME.

  2. Neca de conversar com estes falsos rebeldes, ou vocês acham que eles vão negociar com ninguem um bando de enganadores originarios do governo do Kadhafi e a diferença entre eles é que Kadhafi não vendeu a Libia aos neocolonialistas.

  3. Será uma VERGONHA aceitar o novo governo líbio, imposto em um Golpe Militar.

    Essa Dilma, em certo sentido, é muito fraquinha e, esse tal de Anthony Patriotic é raquítico, puxa-saco dos EUA e dos PIRATAS da UE.

  4. A posição brasileira quanto à Líbia é a prova cabal do fiasco da política externa dita “ativa e altiva” levada a cabo pelo governo passado. A proximidade excessiva, “fraternal”, com o regime de Kadafi limitou a capacidade do atual governo em manobrar no sentido de uma posição que não fosse a da OTAN ou outra de apoio ao ditador. Agora, com a iminente queda do regime, a posição brasileira é frágil, desconfortável. Como se viu na questão nuclear iraniana e agora na Líbia o Brasil de forma alguma é esse “ator global relevante” conforme nos tenta fazer acreditar a mídia aparelhada.

  5. Com a intervenção da OTAN colocando um governo títere na Líbia, certamente os negócios com o Brasil serão cortados e redirecionados para os países da OTAN.
    .
    O Brasil está jogando dentro das regras e dentro da lei estava se dando bem…
    .
    O comercio com a Líbia, antes praticamente inexistente, tinha aumentado muito desde 2004, data da visita de Lula à Líbia.
    .
    Estadunidenses e europeus se estão ganhando, exigem que todos se mantenham dentro das regras, más se estão perdendo… Aí não jogam o jogo do mercado “dentro da lei” atuam como gangsteres (ou piratas), quando estão em desvantagem, recorrem a chantagem, sabotagem e finalmente a força das armas.
    .

    Este filme é antigo…Alguém lembra o que aconteceu com o comercio que o Brasil tinha com Iraque nos anos 80? Frango,alimentos, automóveis, armas , blindados, Engesa…Foi tudo “pro saco”! cancelado depois que OTAN/EUA interviram no Iraque com a 1ª guerra do golfo, bloquearam o Iraque.
    E após a invasão em 2003, reservaram é claro, a “parte do leão” do mercado iraquiano para sí…

  6. Para conseguirem vantagens por fora das regras da livre concorrência,
    cooptação e corrupção são os métodos mais usados pelos piratas do norte…
    .
    A alguns dias saiu um vazamento do Wikileaks que mostrava a preocupação do embaixador estadunidense em ganhar influencia para o EUA dentro do Itamarati.
    .
    Este tipo influencia promovendo engajamento pró EUA, já foi conseguido aqui no Brasil com senadores, deputados. governadores e inclusive com presidentes, não sendo exclusividade do Brasil , esta classe de traíras/vira-latas é muito comum na América Latina, especialmente entre as velhas e tradicionais elites, bem como ambiciosos corruptos e vira latas deslumbrados…
    .
    Por isto, criar uma mentalidade forte, de afirmação do “ser brasileiro” com auto confiança e hombridade, sabendo que pode tanto quanto os outros… É fundamental!
    .
    Quem se valoriza não se vende fácil, daí o interesse em uma permanente campanha de desvalorização e humilhação do Brasil e dos brasileiros, autentico “bullying” sobre a nação.
    .
    Quem fica por aí latindo que o brasileiro e o Brasil são ridículos, fala de si e somente por si!

  7. Claro que o Brasil deve negociar com os rebeldes, afinal serão o próximo governo, não negociar com eles é perder mercado e do que perder mercado vai nos ajudar em algo?
    Também não faz o menor sentido isso de não negociar com os rebeldes devido aos rebeldes terem arrancado o poder através da força, afinal negociávamos com Khadafi e ele conseguiu o poder da mesma forma, ou seja, através da força.
    Também não acredito nesse saque dito por muitos, se fosse para roubar as riquezas da Líbia seria muito mais fácil colocar tropas lá e não deixar um grupo formado por todo tipo de gente com todo tipo de opinião tomar o poder, no final a Europa continuará com seu fornecimento de gás como antes e ganhará alguns contratos de reconstrução e mais alguns contratos de venda de armas, mas isso tudo no médio longo prazo, em curto prazo os EUA e a Europa só conseguiram desfiar parte da atenção dos seus cidadãos dos reais problemas, ou seja, falta de emprego e economia em recessão.
    Em resumo se a Líbia ganhar algumas multinacionais em troca de sua liberdade de um ditador cruel e corrupto não vejo nada de mais e tão pouco será o fim do mundo para os líbios até pelo contrario, mas vocês não estão levando em conta que em geral nenhum povo de nenhum lugar do mundo gosta de viver nas mãos de ditadores. Não sou fã dos EUA nem da OTAN até vejo eles como possíveis inimigos, mas nesse caso especifico como em Kosovo vejo a intromissão da OTAN como algo benigno.

  8. O negócio nem é a transição do regime (de fato os líbios merecem uma vida melhor – mas, será que realmente eles vão ter uma vida melhor depois que os rebeldes assumirem o poder na Líbia? Com a OTAN por trás?). A OTAN está pouco se lixando para o povo líbio. Porque então o Brasil deveria concordar piamente com o que a OTAN diz, se não estamos ganhando 1 centavo sequer em cima da desgraça alheia? A guerra moderna é a guerra pelo petróleo e pelas vendas futuras de armas (“destrua tudo e depois ofereça os armamentos ocidentais”).
    Sabemos que Khadafi não é nenhum santinho, nem ele, nem as forças empenhadas nesta incursão maluca. o Brasil tem que ver o 2 lados e fazer as ressalvas necessárias.

  9. Uma vergonha mesmo…Brasil sempre encima do muro,não tem posição para nada,nunca dá a cara pra bater e assim ainda quer ter poder de veto hahahaha!…vamos arrumar nossa casa que ganhamos mais!

Comentários não permitidos.