Na Casa Branca, líderes dos EUA e China buscam pontos em comum

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O presidente dos EUA, Barack Obama, ouve pronunciamento do presidente chinês, Hu Jintao, depois de sua chegada para um encontro na Casa Branca

Em suas declarações no início da cerimônia, o líder americano disse que cada país tem um enorme papel no futuro do outro, para então abordar a questão dos direitos humanos. “Também sabemos disso: a história mostra que as sociedades são mais harmoniosas, as nações são mais bem-sucedidas e o mundo é mais justo quando os direitos e as responsabilidades de todas as nações e povos são mantidos – incluindo os direitos universais de cada ser humano”, disse Obama.

Por sua parte, Hu disse que o relacionamento entre os dois países deveria ter como base o “respeito mútuo”, com cada país reconhecendo os interesses do outro e suas escolhas centrais para o desenvolvimento – sugerindo limites para o quanto os EUA podem pressionar a China em temas que vão desde moeda aos direitos humanos.

Em seu pronunciamento inicial, Obama também afirmou que a visita de Hu estabelecerá as bases para os próximos 30 anos de cooperação bilateral. “Fazemos uma enorme aposta no sucesso do outro. Em um mundo interconectado, em uma economia global, as nações, incluindo a nossa, serão mais prósperas e mais seguras se trabalharmos de forma conjunta”, disse.

Hu Jintao, por sua vez, afirmou que desde que Obama assumiu o poder nos EUA, “nossa cooperação em vários terrenos tiveram frutíferos resultados e nossas relações conseguiram novos progressos”.

Antes do encontro entre os dois, a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, disse que o governo Obama quer encontrar o máximo de pontos em comum com a China.

“Queremos ver o maior número possível de oportunidades para o benefício mútuo, porque esse relacionamento determinará, de diversas formas, a paz, a estabilidade e a prosperidade no século 21”, afirmou.

Agenda do encontro

Hu aterrissou em Washington na terça-feira para uma visita oficial de quatro dias. Segundo a agência chinesa Xinhua, o líder participou de um jantar reservado na Casa Branca, oferecido por Obama.

Após ser recebido com honras militares nesta quarta-feira, os dois se reunirão no Salão Oval, participando em seguida de um jantar de Estado – o terceiro concedido por Obama a um presidente estrangeiro em dois anos de presidência.

A presença de Hu pode representar o início de uma virada nas relações entre as duas potências – será sua última visita aos Estados Unidos antes de começar uma transição política na China, que chegará ao auge com a eleição de um novo líder, em 2013.

A Casa Branca planejou a visita minuciosamente sem se esquivar das áreas de divergência, mas ao mesmo tempo disposta a apontar um horizonte de possibilidades para ambas as potências.

Na semana passada, Hillary afirmou querer a ajuda da China para ajudá-la a moderar a beligerância da Coreia do Norte. Graduados funcionários do Conselho de Segurança Nacional indicam que a pressão sobre Pequim pode estar começando a trazer resultados.

Hillary abordou abertamente o debate sobre se a China é um país aliado, um inimigo, um parceiro ou um competidor estratégico para seu país. “Ambos temos muito mais a ganhar com a cooperação do que com o conflito”, disse.

Foto: AP

Os presidentes dos EUA, Barack Obama, e da China, Hu Jintao, inspecionam as tropas depois da chegada do líder chinês para um encontro na Casa Branca

Os direitos humanos seguirão, no entanto, como um dos eixos da diplomacia americana, reiterou Hillary – uma declaração que deve voltar a irritar os altos dirigentes chineses, que consideram isso uma violação de sua soberania.

O assunto é especialmente delicado porque o sucessor de Obama como Prêmio Nobel da Paz, o chinês Liu Xiaobo, a quem foi concedida a premiação no ano passado, está preso por ter exigido reformas democráticas.

Washington criticou energicamente a detenção de Liu e elogiou o comitê do Nobel pelo prêmio, o que motivou uma furiosa reação de Pequim. A China também tem em sua agenda de contas pendentes a visita do líder espiritual tibetano, o dalai-lama, a Washington, ano passado.

Entre ambos os países há também razões para otimismo, como a decisão chinesa de flexibilizar a cotação do iuane. Mas Hu também criticou o Federal Reserve (Banco Central americano) por inundar a economia com US$ 600 bilhões de liquidez depois da crise, segundo artigo reproduzido pelos jornais Wall Street Journal e Washington Post. “A política monetária dos Estados Unidos tem grande impacto mundial e no fluxo de capital, pelo que a liquidez do dólar americano deveria ser mantido num nível estável e razoável”, disse Hu.

Washington contra-atacou com o argumento de que a China manteve seu iuane durante anos a um nível artificialmente baixo para estimular a própria economia, o que prejudicou as exportações americanas e, também, a criação de empregos.

Além das diferenças econômicas e em matéria de direitos humanos, Estados Unidos e China devem chegar a um acordo sobre a proteção da propriedade intelectual e em temas militares. O secretário da Defesa dos EUA, Robert Gates, viajou à China semana passada, mas foi recebido com o voo do primeiro bombardeiro furtivo chinês.

*Com AP, Reuters e AFP

Fonte: Último Segundo

5 Comentários

  1. Piadinha do dia os senadores estadunidensse vai ficar em alerta daqui para frente “cadê o chinelo, cadê o chinelo hahaha”

  2. Agora os americanos vão tentar a todo custo a pelo menos fazer um acordo econômico com a chineses, pois eles tem receio de que no futuro, 50 anos, possam ser
    “atropelados” e entrarem numa zona de perigo frente ao resto do Ocidente, que já estará mais capenga que hoje.

  3. A situação entre os ianks e os chinese está como o quadro negro, nada escrito de bom na lousa, + c péssimas ppespectivas…e tem nome e origem: Tawiuan…q copntínuem.HEHEHEHEHEHEHE

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