O governo de Barack Obama deve decidir nos próximos meses a empresa vencedora para o programa Imminent Fury da US Navy (Marinha norte-americana), que prevê a compra de 100 a 200 turboélices de ataque leve para missões de vigilância, patrulha, ataque ao solo e apoio aéreo aproximado na guerra de contra-insurgência.
Dentre os candidatos participantes deste programa multimilionário destaca-se o EMB-314 Super Tucano da Embraer, que desde 2008 está nos EUA passando por rigorosos ensaios no solo e em voo na Base Aeronaval de Patuxent River, em Maryland. A aeronave foi arrendada pela EP Aviation e já cumpriu inúmeras missões de treinamento e avaliação nas habilidosas mãos dos pilotos da US Navy, incluindo o emprego de armamento convencional e inteligente, voos noturnos, por instrumentos, em condições meteorológicas adversas e operando a partir de pistas não-preparadas. 
Os EUA buscam uma aeronave com grande autonomia, baixo custo de manutenção e operação, turboélice e que possa cumprir missões de reconhecimento, patrulha e ataque com considerável quantidade de armamento. Além disso, essa aeronave deve ser biplace, robusta, equipada com sistema de autodefesa, comunicação segura e com baixa assinatura térmica evitando a exposição contra mísseis antiaéreos de curto alcance guiados por calor. Os Super Tucano cumprem todos esses requisitos. 
A compra deve favorecer também outros países que desejam esse tipo de aeronave, como é o caso do Líbano, que receberia até 12 exemplares para missões de ataque ao solo contra milícias terroristas e pequenos grupos de guerrilheiros. 
Segundo o jornal valor Econômico, as autoridades locais de Jacksonvile autorizaram a Embraer a arrendar um espaço de quase 4 mil metros quadrados na área do aeroporto da cidade, que seria utilizado para a montagem voo de testes dos Super Tucano, caso vencessem a concorrência. A Embraer teria ainda incentivos ficais de US$ 150 milhões para a criação de 50 empregos diretos com salários médios anuais de US$ 50 mil.
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