Rio de Janeiro, 22 mar (EFE).- O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou hoje que o Brasil foi convidado a contribuir com as possíveis negociações de paz no Oriente Médio e ajudar com sua experiência como país onde convivem pacificamente milhares de judeus e árabes.
“O Brasil pode dar sua contribuição (para a paz), e pode fazê-lo porque as pessoas confiam no Brasil. O país só pode se colocar na crise se for convidado, e nós fomos convidados por Israel, Jordânia e Palestina”, destacou Lula em seu programa semanal de rádio.
Segundo o presidente, o país deseja cooperar “porque achamos que o Oriente Médio necessita de paz. Se há um país que pode dar exemplo, é o Brasil, porque aqui temos 10 milhões de árabes e descendentes e 200 mil judeus, todos vivendo em harmonia. Esse é o exemplo que pretendemos levar” à região.
O presidente aproveitou para comentar sobre as negociações que teve com os presidentes israelenses, palestinos e jordanianos durante sua viagem na semana passada.
A visita coincidiu com um agravamento da situação pelo anúncio israelense de construir 1,6 mil casas em Jerusalém Oriental.
Segundo versões da imprensa brasileira, a intenção de Lula de se apresentar como um novo mediador no Oriente Médio não repercutiu por causa da complexidade do conflito e da distância que o Brasil sempre manteve nas negociações.
“É difícil definir qual seria o papel do Brasil porque se trata de um assunto muito delicado”, reconheceu Lula.
No entanto, ele ressaltou que “Israel quer a contribuição do Brasil para dialogar com interlocutores com os quais eles têm dificuldades. A Palestina quer a interlocução do Brasil para conversar com outros. E a Jordânia nos pediu para interceder com alguns interlocutores com quem podemos contribuir”.
Lula mostrou interesse em cooperar por um entendimento, porque “só a paz pode garantir desenvolvimento econômico, distribuição de renda e justiça social ao Oriente Médio”.
Para ele, o Brasil defende que as Nações Unidas teriam que ser o responsável por liderar as negociações, delimitar fronteiras e fazer cumprir um acordo, mas que há um vazio porque a ONU não exerce esse papel.
No entanto, Lula se mostrou otimista sobre um possível acordo. “Não existe nada nesse mundo que não possa ser resolvido. Temos um problema, às vezes até passional, entre palestinos e israelenses, e acho que o Brasil, com sua formação política, história e experiência pacifista pode dar uma contribuição enorme para a paz”, garantiu.
Em resposta a setores para os quais o Brasil não deveria se imiscuir no Oriente Médio, Lula insistiu que já “não pode voltar atrás”.
“Precisamos dialogar com iranianos, com sírios, com Israel, com palestinos, com o Hamas, com o Hisbolá, com quem esteja em conflito. O Brasil tem que conversar e tentar ajudar a encontrar uma solução”, concluiu.
Sugestão: Gérsio Mutti
Isso é um soco na cara da mídia ocidental, sobretudo, a nacional.
Nós fomos convidados pelas partes queixante, e não chegamos lá de “metidos à santos que tudo faz” como amídia ocidental e a nacional querem que as pessoas pensem.
Todos ouvimos esse pedidos, + é chover no molhado , os sionistas ñ querem a paz, estão fazendo td p expulsar os Palestinos de suas terras e tomarem as mesma,pq eles ñ deixam os Palestinos se armarem,,é puro medo…saí dessa , o inimigo maior são os sionistas é os ianks/ingleses, seus cúmplices nesta aventura e mortes dos Palestinos…são td eles uns nazis.