Cresce investimento em projetos de inovação na área de defesa

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O Brasil está investindo mais em projetos de inovação na área de defesa. Estudo inédito feito pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostra que, nos últimos oito anos, a participação do setor de defesa nos desembolsos dos fundos setoriais cresceu cerca de 10%. Do total de 13.433 projetos analisados pelo Ipea e que receberam apoio dos fundos, 258 estavam relacionados com o setor.

Por Adm. Vinicius Costa Formiga Cavaco

Virgínia Silveira.

O Brasil está investindo mais em projetos de inovação na área de defesa. Estudo inédito feito pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostra que, nos últimos oito anos, a participação do setor de defesa nos desembolsos dos fundos setoriais cresceu cerca de 10%. Do total de 13.433 projetos analisados pelo Ipea e que receberam apoio dos fundos, 258 estavam relacionados com o setor.

Esses projetos, segundo a pesquisa, receberam R$ 479 milhões entre os anos de 2000 a 2008 e representaram cerca de 11% dos desembolsos dos fundos setoriais no período. O trabalho faz parte de uma análise da inovação nos setores industriais brasileiros, desenvolvida em conjunto com o Ministério da Ciência e Tecnologia.

Segundo a diretora-adjunta da Diretoria de Estudos Setoriais do Ipea, Fernanda De Negri, responsável pela pesquisa sobre a participação do setor de defesa nos fundos setoriais, os mecanismos de apoio à ciência, tecnologia e inovação no Brasil vem registrando um crescimento importante nos últimos quatro anos. “O orçamento dos fundos setoriais para inovação subiu de R$ 300 milhões por ano para R$ 2 bilhões”, ressalta.

A participação atual do setor de defesa nos desembolsos dos fundos, de acordo com Fernanda, pode ser considerada expressiva, tendo em vista que no ano 2000 os projetos nessa área respondiam por menos de 1% do total liberado para pesquisas e desenvolvimento em inovação. “O aumento dos investimentos do governo em projetos de defesa é resultado de uma nova percepção da importância desse setor para o desenvolvimento do país, pois várias dessas tecnologias têm aplicações que podem gerar importantes efeitos de transbordamento para o setor produtivo brasileiro”, disse a diretora.

O Plano de Ação em Ciência, Tecnologia e Inovação, do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), prevê o apoio a uma série de ações na área de defesa, com destaque para os sistemas computacionais complexos, tecnologia de sensoriamento remoto, fabricação e emprego de propelentes e explosivos, veículos autônomos, estruturas resistentes e eficientes, sensores, ações de defesa química, biológica e nuclear e integração de sistemas.

Ainda segundo a pesquisa do Ipea, dos 258 projetos relacionados com o setor de defesa, 99 foram desenvolvidos com a participação de 44 empresas, representando 46% do valor desembolsado pelos fundos ou R$ 223 milhões. “Levando-se em conta que a base industrial de defesa, utilizada neste trabalho, é composta por aproximadamente cem empresas, mais de 40% delas são apoiadas pelos fundos setoriais, evidenciando a elevada participação deles no apoio à P&D no setor de defesa”, ressalta Fernanda na pesquisa.

Um dos principais projetos relacionados ao setor de defesa e apoiados pelos fundos setoriais nos últimos anos está o navio polar de apoio à pesquisa, que respondeu por 15% dos recursos destinados aos projetos selecionados. Ele foi adquirido pela Marinha para apoiar o programa de pesquisas brasileiro na região Antártica.

A pesquisa do Ipea também mostra que o sistema setorial de inovação no setor de defesa está bastante concentrado nos Estados de São Paulo e do Rio de Janeiro, devido à localização das instituições de pesquisa das Forças Armadas nessas regiões.

Fonte: Valor via Administradores

11 Comentários

  1. Uma das funcoes estatais que se consolidou com o termo “neoliberalismo” foi o fomento economico cientifico e tecnologico.

    O setor de defesa e um setor da economia peculiar porque seu maior cliente e o estado, diferentemente dos outros setores. Portanto, o estado deve atender e defender (dentro da logica economica hodierna) os interesses deste importante setor que e ponta de lanca na aerea tecnologica.

    Apenas uma precaucao e necessaria: a boa administracao para se evitar acomodacoes no meio privado e a continuidade da demanda no meio publico, por intermedio de politicas de longo prazo.

  2. ” pois várias dessas tecnologias têm aplicações que podem gerar importantes efeitos de transbordamento para o setor produtivo brasileiro””

    Foram descubrir isso agora é????

    Estou esperando isso a décadas, vamos ver se dessa vez vai mesmo!!

    Valeu!!

  3. Os ianks estão atrás de viabilizarem o exoesqueletos p “OTIMIZAR” os seus soldados..poderiamos comprar a SAAB , ai sim, teriamos duas tecnológia a escolher + caça tem de ser o rafale dos francos, o q temos feito p melhorará n FAs ?

  4. …eu acho que o brasil poderia comprar a saab atravéz da embraer ,ou entrar no projeto do gripen ,mantendo a compra do rafale ,o gripen possibilitaria ao brasil até vir a desenvolver um avião stelth numa parceria…o gripen é um bom projeto ,e também é um avião comercial….

  5. Os japoneses tem coisa melhor, a Honda ja trabalha num troço desses. No mais, de primeira, essas “armas” serão para diminuir o cansaço dos soldados devido ao esforço de caminhar com o peso, mas, tudo evolui.

  6. tem como tirar esse plugin do wordpress de abrir um popup quando passa o mouse por cima de links.. isso é muito chato, sinto muito mas não assinarei o RSS. Tenho como tirar do meu usuário isso ?

    • Salve Allan, Quanto as caixas que aaparecem sempre que passas o mouse, se fixar uma delas verás que aparecerá no canto direito dela a mensagem “turnss off” é só clicar e desabilitas a função: Não entendi o seu pedidoquanto ao RSS, poderia me explicar melhor:
      PS: pode falar diretamente pelo email blog.p.brasil@gmail.com
      E.M.Pinto

  7. A maioria das tecnologias militares no fim são destinadas a área civil. Logo isso gera dinheiro, e dinheiro…

    hahaha, são os que a maioria dos políticos e empresários adoram.

  8. Dentro de 5 ou no máximo 10 anos teremos exoesqueletos para amplificar a capacidade humana. Dentro de 20 anos os “Mechs” tripulados comandadas por interfaces fisiológicas/neurais avançadas.
    Em 30, os robôs controlados a distância por telepresença e o ser humano estará definitivamente afastado do campo de batalha, comandando a distância.
    Dentro de 50 anos teremos “terminators” autônomos e o ser humano será dispensado do “comando”.

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