Brasil terá projeto social com Líbano e Palestina

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O governo brasileiro poderá desenvolver programas de cooperação com os dois países árabes, que manifestaram interesse em políticas brasileiras durante reunião ministerial realizada em Brasília.

Sugestão: Gérsio Mutti

Alexandre Rocha alexandre.rocha@anba.com.br

São Paulo – O Brasil deverá desenvolver projetos de cooperação na área social com o Líbano e a Palestina. O assunto foi discutido no início da semana pelo ministro brasileiro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Patrus Ananias, com seu colega libanês, Salim Sayeg, e com Madja Al-Masry, ministra da Autoridade Nacional Palestina (ANP). Os encontros ocorreram paralelamente à segunda reunião de ministros da seara social dos países árabes e sul-americanos, em Brasília.
De acordo com a chefe da assessoria internacional do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Gabriela Geraldes Bastos, o libanês Sayeg disse que os programas sociais brasileiros têm admiradores em todo o Oriente Médio e que o governo de seu país está interessado em desenvolver um projeto de cooperação.

Segundo Gabriela, os libaneses querem conhecer melhor as políticas brasileiras em prol da infância e dos idosos. “Eles já têm uma demanda específica”, declarou. Ela acrescentou que, efetivado o projeto, devem ocorrer missões técnicas para promover a troca de experiências entre as duas partes. Houve ainda um convite para o ministro brasileiro, que é neto de libanês, visitar o Líbano.

Já a ANP tem interesse em conhecer as políticas sociais brasileiras em geral. De acordo com Gabriela, o procedimento nesse caso envolve a realização de uma missão para expor todas as ações que o Brasil promove na área, para que depois o país interessado selecione aquilo que mais se encaixa em sua realidade. Só então o projeto de cooperação é lançado.

Ela disse ainda que o representante da delegação jordaniana na reunião ministerial manifestou interesse num programa de cooperação sobre o Bolsa Família, programa de transferência de renda que é o carro chefe das políticas sociais do governo brasileiro.

Sul-Sul

Para a secretária-geral assistente da Liga dos Estados Árabes para Assuntos Sociais, Sima Bahous, que participou do encontro, reuniões como a de Brasília são importantes para colocar lado a lado membros do primeiro escalão dos governos para troca de experiências, fazendo com que o processo de cooperação como um todo caminhe de maneira mais consistente.

Ela acredita que, no futuro, a colaboração entre países árabes e sul-americanos pode resultar na formação de um arcabouço de políticas sociais bem sucedidas, uma espécie de protocolo de ações indicadas para países em desenvolvimento.

Segundo Sima, a formulação de políticas de, e para, nações em desenvolvimento é mais indicada para as duas regiões do que a adoção de estratégias importadas de países com realidades diferentes. “É o melhor meio, pois os países em desenvolvimento entendem melhor sua própria situação”, disse ela, que ontem (04) visitou a Câmara de Comércio Árabe Brasileira, em São Paulo.

Defensora da cooperação Sul-Sul, Sima destacou que árabes e sul-americanos têm muito em comum no que diz respeito aos desafios na área social, como pobreza, desemprego e a necessidade de políticas voltadas para crianças, jovens, idosos e deficientes. “Podemos trabalhar juntos para criar um futuro melhor e proporcionar mais qualidade de vida”, afirmou.

Ela ressaltou ainda a importância da imprensa e das tecnologias da informação na disseminação de dados sobre políticas sociais, o que pode viabilizar a “construção de pontes” entre diferentes países.

8 Comentários

  1. Ótima colaboração com os pobres do Oriente médio!

    Estas nações sofrem a guerra continua com Israel, os motivos da violência recíproca são varios e históricos devemos admitir, mas resta o fato que do lado Palestinês e Libanês a fome, a desnutrição e as doenças congênitas existem, e nós que temos grande esperiência em programas sociais reconhecidos mundialmente(ONU, FAO, Etc) como o Fome Zero e o Bolsa Família podemos sim dar uma grande contribução aos nossos amigos mais nescessitados.

  2. O nome disso é multilatralismo.

    Infelismente, sabem porque o ocidente não gosta que países periféricos fassam acordos assim?

    Para não lhes deixarem sair de sua roda de controle.

    O Brasil, com certeza é um exemplo de comerciante. Assim como a China, o Brsil é, sem sobra de dúvidas, umtremende vendedor.

    Só o que falta é diminuir a dependencia com o cidente, ai sim, o Brasil caminha com as suas pernas.

    2050, o ano do Brasil, 3ª economia mundial

    China
    EUA
    Brasil

  3. É isso mesmo Franco.

    Esse suposto ódio ao ocidente é mais um exagero (e que exagero) da mídia ocidental.

    De certa fora, é o repúdio a países europeus e norteamericanos, uma pena, tinha tudo para dar certo.

    Isso motra a todos, que nem todos os ocidentais são “devoradores”.

  4. As potências ocidentais estendem um punho de ferro enquanto o governo brasileiro estende a mão aberta e vai contabilizando pontos importantes em sua política externa.

  5. É isso aí temos que ajudar, temos mostrar que somos diferentes da maioria, temos que mostrar ao Oriente Médio que nem todos os Ocidentais são contra eles, e vice – versa.

  6. …eu acho que o BRASIL deveria se envolver mais pelo mundo afora em projetos sociais…eis uma boa forma de liderança e se esquivar de confrontos com os americanos…(é só uma sugestão)

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