Apesar da pressão, Coreia do Sul e EUA iniciam exercícios militares

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Cecilia Heesook Paek.

Seul, 8 mar (EFE).- Estados Unidos e Coreia do Sul iniciaram hoje os exercícios militares que realizam anualmente, apesar da oposição do regime comunista da Coreia do Norte, que ameaça bloquear o reatamento do diálogo internacional sobre a questão nuclear.

As manobras, que durarão até o dia 18, mobilizarão 18 mil soldados americanos e 20 mil sul-coreanos. A ideia é preparar as tropas para uma eventual invasão da Coreia do Norte.

Segundo a imprensa sul-coreana, com o objetivo de não irritar a Coreia do Norte os exercícios deste ano serão menores que os de 2009, quando houve a participação de 26 mil soldados americanos.

Embora EUA e Coreia do Sul tenham avisado Pyongyang com antecedência se tratar de exercícios rotineiros para defesa, o regime comunista vê nisso uma prenúncio de uma invasão e uma guerra nuclear.

Ao contrário do ano passado, no entanto, o tráfego de pessoas e mercadorias para o complexo industrial conjunto de Kaesong, em território norte-coreano, não sofreu contratempos.

Como vem sendo habitual desde que Coreia do Sul e EUA iniciaram os testes, a Coreia do Norte anunciou que 1,2 milhão de soldados de seu Exército, um dos de maiores do mundo, estão preparados para entrar em combate.

Com a retórica que caracteriza o regime do ditador Kim Jong-il, a agência de notícias norte-coreana “KCNA” disse que os militares estão em “alerta máximo para acabar com os agressores” em caso de invasão.

Este ano, os exercícios militares coincidem com as pressões sobre a Coreia do Norte para que volte às conversas sobre o desarmamento nuclear, que tem participação de Coreia do Sul, EUA, China, Japão e Rússia.

A China, anfitriã da reunião, informou na sexta-feira que as negociações serão na primeira metade do ano. Washington e Seul dizem confiar que recomeçarão “em breve”.

Pyongyang ameaçou no domingo bloquear o possível reatamento do diálogo para a desnuclearização e se desvincular do acordo de cessar-fogo que pôs fim à Guerra da Coreia (1950-53) “enquanto as manobras conjuntas estiverem em andamento”.

As conversas estão paralisadas desde dezembro de 2008. Pyongyang exige o começo de negociações para a assinatura de um tratado de paz e o fim das sanções internacionais impostas pelo lançamento de um foguete de longo alcance e por um teste nuclear, em 2009.

O treinamento conjunto das forças militares sul-coreanas e de parte dos 28.500 soldados americanos na Coreia do Sul envolve os exércitos de terra, mar e ar, e é fundamental para as relações entre Seul e Washington.

A Coreia do Sul controla seu Exército em tempo de paz desde 1994, embora dependa militarmente dos EUA em um eventual reatamento da Guerra da Coreia. O conflito acabou com uma trégua, e não com um tratado de paz, com o que o comando de operações hostis recairia em uma força conjunta dirigida pelos americanos.

Além disso, o alto número de soldados do regime comunista a menos de 70 quilômetros de Seul faz com que o serviço militar na Coreia do Sul seja obrigatório para os homens durante dois anos.

Aqueles que não prestam serviço militar, conhecido pela forma dura como é conduzido, são discriminados na hora de buscar emprego. O caso já foi denunciado algumas vezes pelas Nações Unidas e outros organismos internacionais.

Sugestão: Gérsio Mutti

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Fonte:Bol/Uol

1 Comentário

  1. Com forte contingente militar comunista tao proximo a Coreia do Sul democrática precisa estar pronta, sempre.

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