Contrastes na análise econômica

 

Segundo o FMI (figura) a economia brasileria iniciaria um processo de dinamismo e expansão começando em 2010 e se estendendo ao longo desta década, entretanto, segundo a OCDE em matéria divulgada no O Globo e sugerida pelo nosso parceiro R. Maranhão a recuperação econômica não teria este caminho tão otimista, veja a matéria que segue.

E.M.Pinto

Recuperação do Brasil pode perder ímpeto, diz OCDE

SÃO PAULO – A recuperação da economia brasileira continua, mas pode perder o ímpeto, de acordo com os resultados de um indicador calculado pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), entidade que reúne os países mais desenvolvidos.

O índice composto de indicadores antecedentes do país marcou 98,6 pontos em janeiro, 0,2 ponto a menos do que em dezembro, quando a contagem foi de 98,8, o que pode sinalizar a perda de dinamismo. O índice, porém, está 14,2 pontos acima do patamar de janeiro de 2009.

O índice leva em conta dados relacionados aos níveis iniciais da produção, com o objetivo de detectar tendências e mudanças na atividade econômica. Pela metodologia adotada, acima de 100 pontos há expansão econômica. Abaixo disso – caso do Brasil -, se o número está em alta, é sinal de recuperação. Se está em queda, sinaliza retração. Para a OCDE, o Brasil está em recuperação.

Pelos dados da entidade, a Índia está na mesma situação do Brasil. Apresenta recuperação, mas seu índice recuou 0,1 ponto de dezembro para janeiro, somando 99 pontos. O patamar é 5,1 pontos superior ao de janeiro de 2009.

Dentre os países analisados pela OCDE, apenas Brasil e Índia estão no movimento de recuperação e com índice inferior a 100. Os demais estão todos em expansão, com indicadores em crescimento e acima de 100. Os outros dois componentes dos Bric, Rússia e China, registraram 102,1 e 103,5 pontos, respectivamente. O conjunto dos 30 países componentes da OCDE marcou índice de 103,6. Os Estados Unidos viram o indicador avançar 0,9 ponto de dezembro para janeiro, para 102,3.

Sugestão: R. Maranhão

Fonte: O Globo

26 Comentários

  1. Para a grande mídia nacional nunca deixaremos de ser vira-latas. História mais que reforçada pelo documentário da BBC (Muito além do cidadão Kane).
    http://pt.wikipedia.org/wiki/Beyond_Citizen_Kane
    http://www.midiaindependente.org/pt/blue/2003/08/260618.shtml
    e
    http://www.youtube.com/watch?v=JA9bPyd1RKQ

    Para piorar, nada que venha de bom da política atual merece alguma consideração pelos meios de comunicação.

    http://www.paulohenriqueamorim.com.br/?p=27956

    http://www.paulohenriqueamorim.com.br/?p=28052

    Para finalizar, gostaria de deixar claro que não sou comunista…hehe, apenas não perpetuo com tudo que a grande mídia no Brasil propala aos quatro canto como sendo verídico.

    Além disso, se os economistas dessa rede soubessem alguma coisa de economia, eles não teriam dito que o Brasil iria ruir frente a última crise (o que sabemos que praticamente não houve crise no Brasil).

  2. Realmente, como disseram em outra tópico: a patrulha ideológica já chegou a este blog.

    O Pinto se enganou achando que a pessoa estava se referindo a ele. “Patrulha ideológica” é o termo utilizado para se designar os esquerdopatas que ficam atazanando diversos blogs para impor sua visa (estreita, míope e perigosa) do mundo. Para tanto eles ridicularizam ou tentam desacreditar quaisquer pessoas que façam comentários que não sejam enaltecendo o “grande líder”, “o partido” e “o país”.

    Qualquer semelhança com União Soviética, Alemanha Nazista, Coréia do Norte, Cuba e outros países ditatoriais não é mera coincidência. É a mentalidade nacionalista e autoritária onipresente nessa gente.

    Se você defende uma democracia e liberdade de expressão eles logo tentam desacreditá-lo falando asneiras como “e os ianks que financiaram ditaduras?” ao mesmo tempo que ignoram que a União Soviética e Cuba fizeram ainda pior.

    Dois pesos e duas medidas.

  3. Lecen :
    Realmente, como disseram em outra tópico: a patrulha ideológica já chegou a este blog.
    é o termo utilizado para se designar os esquerdopatas que ficam atazanando diversos blogs para impor sua visa (estreita, míope e perigosa) do mundo.

    Haha, boa. E o termo esquerdopata é utilizado por quem? Mal educados? Incapazes de conviverem com opniões deiferentes das suas? Democracia para os maiorais é impor a sua única verdade?

    Mermão, como eu não gostaria de ter lido o seu comentário. Triste, muito triste, e depois os esquerdopatas é que são os radicais?
    Antes de criticar a ditadura Cubana, lembre-se que a história também conta como éra Cuba antes da revolução. E portanto, não use você dois pesos e duas medidas. Aliás, antes de falar mal de Cuba, China, URSSS, Alemanha (credo forçou nessa), relembre a ditadura no Brasil e AL. Aliás, Ditabranda nunca existiu, foi ditadura mesmo.

    Lecen, valeu pelo debate, mas esse discurso só serve para quem não tem acesso a informação e fica esperando chegar a novela e depois assitir o jornal.

    T+

  4. Voltando ao assunto do tópico…

    Como sempre defendi, o Brasil vai se tornar um país digno de sua grandeza. Apesar de termos “N” problemas internos, com certeza iremos chegar lá, mesmo que ainda tenhamos outras questões prioritárias para se resolver.

  5. O que foi que eu falei? Leiam com cuidado o queo Ricardo escreveu para mim:

    “Lecen, valeu pelo debate, mas esse discurso só serve para quem não tem acesso a informação e fica esperando chegar a novela e depois assitir o jornal.”

    Agora releiam o que eu escrevi antes:

    “Para tanto eles ridicularizam ou tentam desacreditar quaisquer pessoas que façam comentários que não sejam enaltecendo o ‘grande líder’, ‘o partido’ e ‘o país’.”

    Pois é, ridicularizar e desacreditar são as armas prediletas desse pessoal. Eu não sou adivinho e nem tenho bola de cristal. Apenas já estou acostumado com os medianos de plantão.

  6. nozes :
    por que todo post do lecen, tem algum tipo de acusação e/ou xingamento?

    Axo que é pq ele tem um ideologia, um pensamento só seu, assim como vários outros aqui.

  7. Leandro Mello :
    Voltando ao assunto do tópico…
    Como sempre defendi, o Brasil vai se tornar um país digno de sua grandeza. Apesar de termos “N” problemas internos, com certeza iremos chegar lá, mesmo que ainda tenhamos outras questões prioritárias para se resolver.

    Caro, a Europa com toda história desenvolvimentista que tem conseguiu acabar com seus problemas internos. Aliás, estes problemas vêm desde a antiguidade.

  8. Ricardo :

    Leandro Mello :
    Voltando ao assunto do tópico…
    Como sempre defendi, o Brasil vai se tornar um país digno de sua grandeza. Apesar de termos “N” problemas internos, com certeza iremos chegar lá, mesmo que ainda tenhamos outras questões prioritárias para se resolver.

    Caro, a Europa com toda história desenvolvimentista que tem conseguiu acabar com seus problemas internos. Aliás, estes problemas vêm desde a antiguidade.

    Será? Tenho minhas dúvidas.

    Talvez os investimentos dos grandes eventos como a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016 pode nos ajudar a resolver parte dos problemas, mas será que resolverão todos?=/

  9. Leandro Mello :
    Será? Tenho minhas dúvidas.
    Talvez os investimentos dos grandes eventos como a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016 pode nos ajudar a resolver parte dos problemas, mas será que resolverão todos?=/

    Leandro, alguns problemas são inerentes ao ser humano. O Japão por exemplo pode nos dar aula sobre isso, mas mesmo assim possui mendigos.

    Esses dias os jornais estavam falando do avanço na área de conexão à internet e disseram que embora o Brasil tivesse evoluído, ainda estava muito atrás de países considerados exemplos. Só esqueceram de dizer que um país tinha 10 milhões de habitantes e ou outro um pouco mais de 5, se não me engano. E o Brasil? Quantos milhões têm? Dá para fazer essa comparação de forma justa?

    Ou seja, por mais que evoluamos, sempre teremos desigualdades. Investir bilhões em armas? Em hospitais? Em educação? Ou um pouco em tudo isso a fim de aos poucos diminuirmos os nossos problemas? Acho que vêm de encontro ao que você falou. Mas sempre teremos desigualdades.

    Acho que o que muda no fundo, são as oportunidades. Um país com menos desigualdade, não significa um país sem problemas, mas sim, um país com mais chances para que cada um possa se desnvolver.

    T+.

  10. Algumas pessoas não conseguem enxergar o papel ridículo a que se prestam, lacen eu poderia usar o seu mesmo comentário (05/03/2010 às 17:04) contra você, apenas trocando algumas palavras!
    Porque você não debateu você não deu chance ao contraditório apenas acusou e esperou um comentário para atacar outra pessoa!
    Desculpe-me, mas quem foi mediano e ate mesmo leviano com as declarações foi você!
    Quando lhe dei parabéns por seus comentários (embora discordasse deles) foi porque a cada momento você replicou com argumentos e não com uma ideologia de segunda categoria! De agora em diante apenas não lerei seus comentários!
    Boa noite a todos!

  11. Ei pessoal e Pinto

    Cá entre nós, vocês estão achando mesmo que o Brasil vai cair na mazela do bolivarianismo? pois eu acho que não. Esse país, do contraio da falida Argentina, está tirando muito proveito dos bolivarianos, agora estamos vendendo mais para a Venezuela como nunca antes (sem entrar na jogada deles).

    Estou achando que os nossos “esquerdistas” estão bem do lado capitalista da moeda tal como a China. Os governantes sabe o que iria acontecer caso caíssemos nessa. E eles jamais iriam para esse lado.

    **** O problema é esse “ódio” ao Brasil por parte do Paraguai. Foi na verdade um golpe para ganhar mais voto, jamais iriam contra o país que os sustentam.

    Nome: Paraguai
    População: 6 milhões (10% brasileiros)
    Economia: Agricultura organizada por brasileiros; venda de contrabando para brasileiros; roubo de carros no brasil; enfim, completamente sustentado pelo Brasil

    Boa noite
    ******

  12. Caro E.M.Pinto, sempre seus posts acabam com um convite a fazer algum comentário, rsrs. Vou aproveitar a oportunidade mais uma vez.
    Tem muito brasileiro morando na Europa o nos EUA, e entram em blogs e foruns BRs tentando argumentar que o Brasil “não tem capacidade”.
    A realidade é outra: o Brasil é a única alternativa que tem ocidente quando o império americano chegue a seu fim.
    Há uns meses na globo falaram que para 2050 ficariam 5 impérios, só dois de cultura ocidental: US e BR.
    O declínio dos states está á vista: estão endividados de tal jeito que no vão ter recursos para manter esses gastos militares.
    Como a Inglaterra foi a herdeira do primeiro império marítimo onde sempre brilhava o sol (Portugal), NÓS já estamos herdando espaçõs que os EUA não têm como manter.
    Brasil é uma potência diferente, tipo soft-power, ou melhor, smart-power, está melhor preparada para lidar com aqueles que já não aceitam a política do big stick.
    Seleção natural, não tem sucesso nem os mais fortes nem os mais inteligentes, senão aqueles que sabem se adaptar.

    • Salve Milton Bras
      Muito boa a análise, seu comentário resume o meu pensamento acercado futuro do Brasil.
      Ao meu ver já em 2030 O eixo Ásia se fecha com china e Rússia/India, outra grande potência claro China tendo o Japão como potência periférica de 2ª grandeza amarrado aos acordos pós 2ª guerra.
      Europa passará a um quadro de 2ª grandeza por conta da sua dependência de recursos e or estar amarrada aos EUA que ainda serãoa Primeira potência ocidental, o Brasil emerge como segunda potência a frente da própria Europa, como bem expressaste uma soft power por não possuir armas nucleares, porém um desequilibrante no peso da geopolítica por ser fonte energética e de matérias primas.
      para mim isto resume a preocupação e o lançamento da França em querer uma parceria com Brasil nos moldes que tem com a União européia, poucos sabem mas o que a França propõe ao Brasil é mais do que ela tem com 22 dos países do Bloco europeu, isto mostra a importância deste acordo que é estupidamente menos prezado e ridicularizado pela mídia brasileira, e ecoado pelos foristas sem o certo dicernimento.
      AO meu ver a França está tentando arrastar a Rússia para a Europa de forma a diminuir as suas diferrênças prevendo o Óbvio, o surgimento do Dragão.
      O Brasil está no ponto em que os EUA se encontravam antes da 1ª guerra mundial, uma promessa de potencia “boba” desacreditada, ams que se entrasse no conflito desequilibraria a balança da geopolítica mundial, detentora de recursos e capacidade de se levantar em caso de necsessidade, basta o estopim, é neste contexto que vejo o Brasil
      Os EUA continuarão sendo a potencia ocidental, mas incapazes de sustentar tudo e portanto estão sendo forçados a partilhar esta responsabilidade e esta é a oportunidade do Brasil, a Europa se mostraou frágil em mil pontos um deles é a unidade aparente, recursos e o declinio da ambição global em decorrrência dos conflitos históricos.
      somos uma válvula de escape esta é a verdade, para mim isto tá mais do que claro.
      Sou controverso nas minahs opiniões, mas já que estamos aqui, ao contrário de todos que assinálam um confrontoi eminente entre a àguia e o Dragão meu pensamento se declina para outro lado, os dois no futuro andarãod e braços dados, por razões de sobrevivência e de controle.
      Rússia e India Juntas seriam uma potência imparável, tecnologicamente, militarmente e economicamente, juntas ameaçariam a própria china em seu potencial e ai reside a razão de uma aproximação China-EUA.
      Vejamos o que o futuro nos aguarda
      Um grande abraço e muito obrigado pela participação.
      E.M.Pinto

  13. A pergunta é: este crescimento é sustentável a longo prazo? No caso Chinês é quase certeza que sim. A economia chinesa cresce por causa dos seguintes fatores: baixos preços de mão de obra, câmbio congelado e inexistência de grande volume de dividas do lado privado. Do lado público o governo da China também vai bem, com reservas cambiais imensas e 500 bilhões de dólares em títulos da Reserva Federal americana. Mesmo assim a redução nas exportações e nas taxas de crescimento (caiu de 11% para 9%) tem levado ao governo do país a reduzir seus gastos públicos (vide defesa) e rever suas políticas internas de juros.

    No caso brasileiro é uma incógnita por três razões: endividamento público interno e estrutura de gasto público alta em relação ao PIB, limite de crescimento do mercado interno (salários, endividamento das famílias e juros de mercado)e dependência da venda de produtos primários no comércio exterior (commodities agrícolas e minerais). Neste caso voltamos as duas velhas deficiências da economia brasileira: balança de pagamentos e inflação. Nosso crescimento explosivo de curto prazo tem sido uma tendência quase histórica desde os anos 70, crescemos muito em poucos anos e ficamos vários anos crescendo pouco. Dos Brics fomos o país que menos cresceu na década anterior.

    Em face do tamanho do endividamento público (especialmente os imensos gastos com previdência e sáude)e do problema de supervalorização do EURO a Europa está em péssimos lençóis, pior que os EUA.

    Países como África do Sul e Rússia também não vão lá muito bem, ambos têm altos níveis de endividamento interno e dependem de produtos especifico para alavancar sua economia.

    Podemos crescer muito e ir em direção dos países desenvolvidos se construirmos uma melhor estrutura de endividamento interno, possuirmos mais eficiência nos gastos públicos e exportarmos produtos de maior valor agregado, menos dependentes dos humores do mercado de commodities.

  14. Quanto a França eu gostaria de colocar uma coisa. Em 2002 tive aulas durante 3 meses como uma professora francesa, ela veio ao Brasil num programa do governo francês para “sensibilizar” os estudantes de pós-graduação brasileiros para o pensamento social, cultural e político desenvolvido no país. Ela foi clara: os franceses identificaram que perdiam importância política, cultural, econômica e militar no mundo, tanto em posição relativa aos EUA, quanto a própria Europa e China. O Brasil era um dos primeiros países do programa na América Latina junto com o México, Chile e Peru, por que o Palais de l’Élysée os identificava como “parceiros estratégicos”. Não era apenas o Brasil, mas aqueles países que a França teria mais afinidades políticas e relações comerciais (no caso brasileiro existia, ou melhor há, a questão agrícola na OMC)

    Na área de defesa ela também foi direta: Paris temia a perda de influência militar e venda de equipamentos de defesa, fez-se menção direta a venda de aviões da Dassualt que caia a olhos vistos (Mirage 3, 5 e 50, mil e setecentas unidades vendidas, Mirage F-1, setecentos e 2000, seiscentos. Deste último a Armada do Ar havia comprado metade, senão a conta não fechava). O mesmo problema era identificado em relação ao MTB Leclerc e outros veículos de combate. Já em 2002 discutia-se na França as dificuldades futuras de exportação de seu modelo de caça, não foi surpresa o que esta acontecendo com o Rafale.

    A questão central é que por problemas políticos e culturais os franceses querem ser não apenas Europa, mas ser A LIDERANÇA política e militar na Europa, o que não tem conseguido. Isto os fez buscar novos “parceiros” para seus mercados. Não é “bondade”, mas necessidade dada uma determinada estratégia política. Eles não querem parceiros no mesmo pé de igualdade, mas sim aliados subordinados ou semi-subordinados a seus objetivos políticos, militares e mundiais. É a velha lógica do imperialimo!

    Já conversei seriamente com economistas e professores de RI franceses, e a maioria deles afirma que não acredita na seriedade das posições francesas em relação a Conselho de Segurança da ONU. Nenhum dos cinco grandes vai mexer nas regras de um jogo que apenas os beneficiam. Em política internacional não existem amigos, aliados, apenas interesses!

  15. Lecen, não sei se verás isso ou não…

    eu não concordo com seus comentários mas os vejo como fator de ampliação do escopo do debate, se outros vem demonstrando “intolerância” com seus comentários, acho que você deveria ver que os teus comentários vem demonstrando um tanto desse mesmo sentimento…

    Mas é só uma idéia… Não é de patrulha ideológica não, afinal eu estava aqui quando o patrulheiro das galáxias apareceu e xingou o editor do blog de um bando de barbaridades onde comunista foi só um elogio.

  16. Ricardo_Recife :
    Quanto a França eu gostaria de colocar uma coisa. Em 2002 tive aulas durante 3 meses como uma professora francesa, ela veio ao Brasil num programa do governo francês para “sensibilizar” os estudantes de pós-graduação brasileiros para o pensamento social, cultural e político desenvolvido no país. Ela foi clara: os franceses identificaram que perdiam importância política, cultural, econômica e militar no mundo, tanto em posição relativa aos EUA, quanto a própria Europa e China. O Brasil era um dos primeiros países do programa na América Latina junto com o México, Chile e Peru, por que o Palais de l’Élysée os identificava como “parceiros estratégicos”. Não era apenas o Brasil, mas aqueles países que a França teria mais afinidades políticas e relações comerciais (no caso brasileiro existia, ou melhor há, a questão agrícola na OMC)
    Na área de defesa ela também foi direta: Paris temia a perda de influência militar e venda de equipamentos de defesa, fez-se menção direta a venda de aviões da Dassualt que caia a olhos vistos (Mirage 3, 5 e 50, mil e setecentas unidades vendidas, Mirage F-1, setecentos e 2000, seiscentos. Deste último a Armada do Ar havia comprado metade, senão a conta não fechava). O mesmo problema era identificado em relação ao MTB Leclerc e outros veículos de combate. Já em 2002 discutia-se na França as dificuldades futuras de exportação de seu modelo de caça, não foi surpresa o que esta acontecendo com o Rafale.
    A questão central é que por problemas políticos e culturais os franceses querem ser não apenas Europa, mas ser A LIDERANÇA política e militar na Europa, o que não tem conseguido. Isto os fez buscar novos “parceiros” para seus mercados. Não é “bondade”, mas necessidade dada uma determinada estratégia política. Eles não querem parceiros no mesmo pé de igualdade, mas sim aliados subordinados ou semi-subordinados a seus objetivos políticos, militares e mundiais. É a velha lógica do imperialimo!
    Já conversei seriamente com economistas e professores de RI franceses, e a maioria deles afirma que não acredita na seriedade das posições francesas em relação a Conselho de Segurança da ONU. Nenhum dos cinco grandes vai mexer nas regras de um jogo que apenas os beneficiam. Em política internacional não existem amigos, aliados, apenas interesses!

    Já havia comentado isso em outros blogs. A França procura no Brasil o que os EUA foram para a Inglaterra.. Um irmão maior, mais capaz e menos problemático. (capaz no sentido de capacidade de desenvolvimento)

  17. Caro Luiz Medeiros,

    Olha, atribuir-me o termo “patrulheiro das galaxias” achei ate engracado, ainda que extremamente injusto. Agora, achei de um extremo mal-gosto e de uma ma-fe incomensuravel dizer que “xingou (eu) o editor do blog de um bando de barbaridades onde comunista foi so um elogio”. Isto demonstrou um desrespeito barato e desnecessario para com a minha pessoa que eu jamais teria para com voce ou com qualquer outro colega deste blog ou fora dele, porque isto nao faz parte do meu carater. Como o editor deste blog sabe muito bem, e ja se pronunciou a respeito, jamais houve qualquer coisa do genero. O que houve foi um equivoco de interpretacao de um comentario meu por parte do E.M. Pinto (pelo se ve pelos seus comentarios sobre “patrulha ideologica”, o que eu disse sobre alguns dos comentaristas deste blog foi muito valido!). Como voce sabe, ja nos comunicamos a respeito do que foi falado e, ao menos ao que me consta, ele nao comparte em absoluto do disparate sobre o qual voce discorreu. Por favor, alem de solicitar que os colegas nao se ponham na qualidade de “patrulheiros ideologicos”, como mencionei, solicito ainda mais que nao coloquemos os textos de uma forma pessoal que deturpa comentarios de uma maneira que expressa uma extrema ma-fe ou, na melhor das hipoteses, a extrema ignorancia de quem faz comentarios sobre textos de colegas sem ao menos ter-se dado ao trabalho de le-los ou compreende-los. Se voce nao conhece o significado do termo “patrulha ideologica”, o Lecen deu uma boa definicao do que se trata o termo no comeco dos comentarios deste topico. “Patrulheiro das galaxias” e voce. Sds.

  18. Luiz Amaral,

    Ah, bom! Tambem aproveitei para dar umas boas risadas! Bom, se ate o nosso grande editor, E.M. Pinto, tem direito de se equivocar as vezes quanto as mensagens enviadas, acho que eu, como novo neste interessantissimo blog, tambem tenho direito de me enganar… Desculpe minha ultima mensagem, que definitivamente nao foi enderecada a voce. Um grande abraco.

  19. Caro E.M.Pinto seguindo seus posts e comentários dos leitores estou começando a ver a paisagem mais clara.
    Como o senhor colocou neste momento existiriam 3 blocos, ocidental, Russia-Índia e China.
    Acho a aliança Russia-Índia algo instável, ja que Índia foi durante muito tempo próxima do ocidente, mas agora compartilham o desenvolvimento militar.
    O que temos seguro são 3 velhos atores, as 3 potências da guerra fria: US RU CN, e 2 novos atores BR e ÍN.
    Acho que a natureza e a sociedade ‘gostam’ da bipolaridade, e numas décadas esses 5 atores vão dar um jeito para voltar a formar um mundo bipolar.
    Enquanto à parceria com a França, seria uma maravilha, mas não vai se desenvolver entanto ela continue na Otan, situação que pode mudar nas próximas décadas.
    Sinto muito pela tendinite, desejo melhoras.

    • Caro Milton.
      Ao meu ver Rússia e India necessitam se juntar ou então desaparecerão, um bloco EUA+Europa de um lado e China no outro será a catástrofe para a a Rússia, portanto há um peso ai a ìndia que sofreria do memso mal.
      A india é pro ocidente? até agora, quando quiser sair do papel de coadjuvante terá que confrontar os interesses do ocidente na ásia, mas sozinha teria que ser louca d econfrontar a China e a Rússia, protanto o alinhamento me parece lógico e estratégico não só do ponto d evista militar.

      A Europa permanece um mistério para mim, uam vez que o retorno da Ru traz consigo o velho temor europeu, mas colocar-se contra rússia parece nãos er a melhor saída.
      Os EUA tentarão blindar a América latina e dai vejo a ascensão do Brasil como potencia “necessária”, nem que seja amarrada aos Franceses.
      4 peças ai são necessárias para o equilíbrio das forças.

      Turquia (oriente médio)
      Brasil (américa do sul)
      India (ásia)
      França(Europa)
      É Assim qe eu vejo isto num horizonte d etempod e 20-30 anos
      Grande abraço
      E.M.Pinto

  20. E.M.Pinto :Salve Milton BrasMuito boa a análise, seu comentário resume o meu pensamento acercado futuro do Brasil.Ao meu ver já em 2030 O eixo Ásia se fecha com china e Rússia/India, outra grande potência claro China tendo o Japão como potência periférica de 2ª grandeza amarrado aos acordos pós 2ª guerra.Europa passará a um quadro de 2ª grandeza por conta da sua dependência de recursos e or estar amarrada aos EUA que ainda serãoa Primeira potência ocidental, o Brasil emerge como segunda potência a frente da própria Europa, como bem expressaste uma soft power por não possuir armas nucleares, porém um desequilibrante no peso da geopolítica por ser fonte energética e de matérias primas.para mim isto resume a preocupação e o lançamento da França em querer uma parceria com Brasil nos moldes que tem com a União européia, poucos sabem mas o que a França propõe ao Brasil é mais do que ela tem com 22 dos países do Bloco europeu, isto mostra a importância deste acordo que é estupidamente menos prezado e ridicularizado pela mídia brasileira, e ecoado pelos foristas sem o certo dicernimento.AO meu ver a França está tentando arrastar a Rússia para a Europa de forma a diminuir as suas diferrênças prevendo o Óbvio, o surgimento do Dragão.O Brasil está no ponto em que os EUA se encontravam antes da 1ª guerra mundial, uma promessa de potencia “boba” desacreditada, ams que se entrasse no conflito desequilibraria a balança da geopolítica mundial, detentora de recursos e capacidade de se levantar em caso de necsessidade, basta o estopim, é neste contexto que vejo o BrasilOs EUA continuarão sendo a potencia ocidental, mas incapazes de sustentar tudo e portanto estão sendo forçados a partilhar esta responsabilidade e esta é a oportunidade do Brasil, a Europa se mostraou frágil em mil pontos um deles é a unidade aparente, recursos e o declinio da ambição global em decorrrência dos conflitos históricos.somos uma válvula de escape esta é a verdade, para mim isto tá mais do que claro.Sou controverso nas minahs opiniões, mas já que estamos aqui, ao contrário de todos que assinálam um confrontoi eminente entre a àguia e o Dragão meu pensamento se declina para outro lado, os dois no futuro andarãod e braços dados, por razões de sobrevivência e de controle.Rússia e India Juntas seriam uma potência imparável, tecnologicamente, militarmente e economicamente, juntas ameaçariam a própria china em seu potencial e ai reside a razão de uma aproximação China-EUA.Vejamos o que o futuro nos aguardaUm grande abraço e muito obrigado pela participação.E.M.Pinto

    É o tempo de despertar do gigante adormecido…

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