Autor: E.M.Pinto
Artigo “Amazônia azul” de autoria do editor e que inaugura uma nova etapa e estratégia do Plano Brasil em relação aos seus projetos e interatividade com o público.
Como é sabido na seção Projetos navais Mar Profundo são apresentados simulações e proposições de projetos de autoria do Plano Brasil, entre eles pode-se acessar a propostas de futuras escoltas, submarinos e inúmeras embarcações que segundo o autor seriam necessários ao Brasil, uma vez que nosso país caminha para um lugar de destaque no panorama global , o que trará consigo novas responsabilidades e consequências.
A idéia destes artigos é fomentar o debate e não se apresentam como projetos fechados nem como imposição de verdades, servem apenas para discutirmos e levatar a temática do debate acerca dos meios necessários para a defesa efetiva do nosso país.
Em sua primeira série denominada Mar Profundo foram apresentados os meios os quais julgamos necessários para frota naval de atuação oceânica. Nesta segunda parte porém, trataremos das questões referntes de uma força de patrulha costeiro-litorânea necessária para manutenção da segurança nas águas nacionais.
A novidade é que queremos inaugurar um no capítulo nestas conecpções, de forma a tornar mais interativa e participativa, desta foram apresentaremos capítulos do tema do qual os leitores poderão interagir e criticar e baseando-se nisso, elaboraremos os projetos segundo as concepções que forem surgindo.
Como inicio apresento-vos o Artigo “Amazônia Azul“, que serve de fundamentação para o início das discussões uma vez que este serve para demonstrar o interesse e as viabilidades de um investimento em larga escala na defesa e desenvolvimento da atividade naval.
A partir dai seguiremos para as concepções dos meios necessários para a efetiva vigilância e defesa do litoral Brasileiro, apresentarei desenhos e concepções em 3 vistas das hipotéticas embarcações e tal como no “Mar Profundo” discorredrei acerca dos detalhes técnicos destes navios.
E.M.Pinto
Leia aqui a primeira parte da série Plataforma Continental, Amazônia Azul.
AMZÔNIA AZUL
Conforme estabelecido na Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar, todos os bens exploráveis existentes sobre as águas e subsolo marinho ao longo de uma faixa litorânea de 370.4 km de largura, é considerada Zona de Exploração Econômica, ZEE, de uso fruto do país por ela ladeado, o qual tem responsabilidades pela preservação, defesa bem como os poderes e os direitos de exploração desta região.
Entretanto especificamente no caso do Brasil, algumas regiões da Plataforma Continental (PC) (prolongamento submerso do maciço terrestre), ultrapassa essa distância, estendendo-se em certos casos para até 650 km Mar a dentro. Desta forma, a soma das áreas compreendidas entre a ZEE e a PC, constituem-se numa enorme região cuja área equivale à cerca de 52% da superfície continental do Brasil, perfazendo algo perto de 4 500 000 km2, região esta conhecida atualmente na mídia como Amazônia Azul dada a sua importância natural, diversidade e riquezas da fauna, flora e mineral.
Uma busca rápida na internet revelará ao leitor inúmeras informações acerca da Amazônia Azul, suas riquezas e potenciais, o que para muitos brasileiros é tido como verdade irrefutável a sua propriedade sobre este território suas riquezas e direitos, segundo estes, tudo isto estaria assegurado eternamente como direito inquestionável dos brasileiros. Entretanto, esta certeza está ameaçada pela realidade dos fatos, muitos são os lobies, ineteresses comerciais e econômicos de grupos e corporações, hávidos em apoderarem-se das riquezas e dos direitos de exploração destas regiões.
O anúncio das recentes descobretas de fontes energéticas por exemplo, tem acordado os “gigantes adormecidos”, o autor parte do princípio de que não é exagero afirmar que muito em breve, antes mesmo da metade deste século o Brasil estará envolvido numa contenda internacional pelo direito de posse daquilo que é seu e que alguém tentará usurpar, usando para isto todos e quaisquer meios disponíveis, inclusive o uso da força e mobilização de forças militares ao litoral Brasileiro.
Não precisamos ir muito longe, basta ver a questão de embates diplomáticos que está se gerando na questão das Malvinas Falcklands, alguém se arriscaria em dizer que trata-se de uma questão energética e não territorial?
No meio disto ficam muitas questões, quem? Porque? Como? Entretanto por considerar que esta hipótse depende apenas do horizonte de tempo para ocorrer, o autor restringe-se a dirigir a discussão apenas na questão temporal, quando?
A escassez de energia e de alimentos, levará sim o Brasil e outras nações detentoras de recursos como estes a terem que se defender de ameaças de todos os tipos e para isto nosso país tem de estar preparado para o pior, balizando a sua defesa não no cenário de boa convivência e respeito que impera no Atlântico Sul nos dias de hoje, mas sim nas ameaças trans-oceânicas e de nações que são e ou se tornarão potencias do futuro e que reinvidicarão os recursos naturais e a propriedade das rotas e terrenos como itens “estratégicos” para o seu desenvolvimento.
O autor não quer incitar o pânico e a repudia a potenciais inimigos criando factóides e bodes expiatórios, mas sim alertar ao leitor de que o mundo está passando pró transformações relâmpago e muito do que tínhamos como verdades imutáveis nos últimos 10 anos tornaram-se poeira na história, e assim como estas transformações trouxeram coisas boas também arrastaram consigo o contrário, e imaginado as transformações geopolíticas do futuro, em que blocos de nações estarão isoladas e havidas por desenvolvimento, os recursos naturais serão disputados desencadeando inúmeros conflitos e nós não estaremos isentos a isto.
Além da ameaça de expropriação ou dominação por uma nação ou grupo de nações estrangeiras, ( tal como se vê atualmente na Amazônia Verde) a Amazônia Azul pode vir a ser o palco de uma disputa internacional de grande vulto e muitos argumentos serão utilizados para contrapor a vontade do nosso povo utilizando para isto até mesmo instrumentos internos e portanto nossa sociedade precisa acordar de seu sono e começar a planejar o seu futuro.
Entretanto, o autor não considera apenas ameaças externas como pontos críticos para o colapso de nossa soberania, esta região possui gigantescos potenciais de exploração, e de mesma magnitude, possui também uma fragilidade ambiental considerável, e neste sentido, o impacto humano apresenta-se como uma temerosa ameaça ao desenvolvimento e aproveitamento pleno desta área.
Pouco desenvolvida, esta extensa região carece de infra-estruturas e meios necessários para a sua efetiva exploração econômica e mantutenção de sua biodiversidade, mas que se fosse objeto de políticas de segurança e exploração sérias e continuadas, tornar-se-ia numa fonte quase que inesgotável de recursos, servindo de força impulsionadora ao desenvolvimento do país pelos próximos séculos.
Não há dúvida que o termo “impacto ambiental” será uma das mais contundentes armas daqueles que querem usurpar a propriedade ou daqueles que queiram obter vantagem deste lucrativo negócio, portanto, é emergencial a agenda de discussão da exploração da Amazônia Azul, se nós brasileiros não o fizermos já, alguém o fará para nós.
As carências nesta região são muitas, são necessários por exemplo a implantação de programas e sistemas que garantam a boa navegabilidade, permitindo assim o tráfego marítimo mais seguro e econômico, são necessários meios de segurança capazes de responder prontamente a todas e quaisquer necessidades.
É necessário possuir meios e equipamentos capazes de garantir e defender as infra-estruturas instaladas, tais como portos, oleodutos, cabos de comunicação, campos de plataformas extratoras de petróleo e gás natural, zonas pesqueiras, criadouros, rotas de migração de espécies e até mesmo o turismo.
Energia para o Futuro
As recentes descobertas de jazidas de petróleo e gas na região agora denominada Campo Tupi, ou também referenciada como o “Pré-Sal”, chamaram a atenção do mundo inteiro para o tema energia, uma vez que o conflito no oriente médio tem se intensificado e pode se agravar com uma possível intervenção no Irã e a ameaça de que um conflito ainda maior possa se espalhar para outras nações, o que poderia comprometer o fornecimento destas matérias prima e com isto literalmente axificiar muitas economias, principalmente as dos estados europeus que em sua grande maioria são totalmente dependentes de fontes energéticas estrangeiras.
Portanto, na eventualidade de novos conflitos, estas gigantescas reservas serviriam de válvula de escape ao fornecimento destas matérias prima em contraponto às reservas cituadas na conturbada região do Oriente Médio.
Neste cenário, o Brasil passa então desde já a ser um importante destino de investimentos e futuramente de frotas gigantescas de diferentes embarcações e plataformas destinadas a exploração destes campos.
O Tupi por si só já seria uma grande fonte de ”inquietude”, porém, ele parece não está só, soma-se a ele (comprovados pelos recentes estudos realizados ao longo do litoral Brasileiro) a confirmação da existência de outras jazidas de petróleo e gás que elevam ainda mais as capacidades de exploração. Há quem chegue a afirmar que provavelmente o Brasil ocupará um lugar de destaque no setor de energia tão importante quanto a Arábia Saudita o é para os dias atuais.
As vantagens no campo diplomático e econômico do petróleo brasileiro são muitas, pesam ao seu favor o fato do Brasil ser o gigante adormecido em berço explêndido e portanto posicionar-se como uma nação neutra e amiga, além disso, não há na sua área de influência, contendas entre o Brasil e seus vizinhos ou problemas diplomáticos com os maiores consumidores mundiais destes combustíveis, (nos dias atuais, não se pode esquecer…).
Para embalar na ideia do potencial energético, vai-se além, o petróleo e o gás não são às únicas formas de energia presentes nestas regiões.
Pouco ou quase nada explorado, o potencial eólico é gigantesco e abrange toda a extensão do litoral Brasileiro, seria uma fonte complementar de energia inesgotável, “limpa” e renovável. O potencial de geração de energia eólica no litoral brasileiro, possui a capacidade de geração equivalente ao atual hidroelétrico implantado.
Fazendas de moinhos, posicionadas à até 100 km da costa, gerariam energia suficiente para as cidades litorâneas. Esta alternativa de quebra solucionaria o problema da poluição visual provocada pela implantação destes gigantes moinhos nas proximidades dos centros urbanos.
Fazendas de moinhos eólicos implantados no mar são uma fonte alternativa “limpa” para geração de energias renováveis as quais delimitarão o desenvolvimento das nações num futuro próximo. Podendo ser ainda mais aproveitadas se fossem desenvolvidas em conjunto com plataformas exploradoras de energia das marés.
Esta terceira fonte energética faz uso dos diferentes níveis de água do mar consoante a atuação das forças de maré para gerar energia elétrica atravez do fluxo de água decorrente dos desníveis, utilizando pura e simplesmente a gravidade como força motora.
Estudos recentes demonstram também a viabilidade de geração de energia elétrica através da conversão da energia mecânica proveniente das correntes de água e das ondas do Mar em energia elétrica, não vai-se entrar detalhes sobre estas tecnologias para não nos estendermos, uma vez que a intenção é apenas destacar as capacidades.
Outro potencial energético explorável nesta região é o da geração de bio-diesel de algas e fitoplanctons o qual se encontra em desenvolvimento e estudo em diversas partes do mundo, fazendas de cultivos de algas e espécies marinhas transformadoras destes combustíveis seriam uma outra alternativa de geração energética que se somariam aos demais.
A geração de enrgia solar associada à eólica também se constitui em outra fonte de energia já em testes e em alguns casos operacional no mundo de hoje e também deveria ser avaliada e desenvolvida.
O aproveitamento da estrutura dos grandes moinhos para afixação de paineis solares reduz os custos de instalação de ambos os sitemas e ainda torna o aproveitamento do espaço necessário para a instalação de ambas as infraestruturas, o resultado é que se tem uma estação de geração de energia capáz de converter ambas as energias, mecânica (vento) e radiação eletromagnética (solar) em energia elétrica com um grau de eficiência (kW/km2) maior.
Finalmente para o futuro, além das fontes já citadas pode-se considerar o potencial de geração de energia geo-térmica, uma vez que ao longo do litoral Brasileiro encontram-se enormes cadeias vulcânicas absais as quais poderiam servir de fonte para geração da energia através da conversão do calor gerado no núcleo do planeta em energia elétrica.
O leitor agora pode ter uma pequena noção dos potenciais económico-sociais que seriam gerados uma vez que existisse um programa efetivo e continuado do aproveitamento dos recursos disponíveis na ZEE, fica claro que o potencial energético é aquele que salta aos olhos uma vez que este parece poder reverter em lucros financeiros imediatos todos os investimentos, porém a energia não é a única como será constatado a seguir.
Pesca e produção de alimentos
A pesca constitui-se em uma outra fonte de recursos de igual importância, e que devido ao seu impacto sócio econômico, deveria ser considerado assunto de segurança nacional e alimentar (já que temos um ministério para isto). Todavia, no Brasil, as suas potencialidades, meios e procedimentos estão longe de atingirem os níveis mínimos de eficiência, salvo algumas exceções, a maioria da indústria pesqueira nacional apresenta-se hoje com graves deficiências e em sua maioria pratica métodos ainda artesanais para não dizer medievais.
Exceptuando-se algumas companhias nacionais e as frotas de navios pesqueiros estrangeiros modernos e bem aparelhados, a frota nacional quase que em sua maioria apresenta problemas de falta de equipamentos mínimos para navegação detecção de cardumes e rotas pesqueiras, o quadro geral é de uma má adequação dos pesqueiros e uma frota geriátrica de embarcações que não atende as mínimas necessidades de um país com mais de 8500 de extensão litorânea.
Todos estes fatores apresentam-se como imensuráveis dificuldades elevando os custos e inviabilizam o desenvolvimento das comunidades de pescadores, limita a produção e faz mover o círculo vicioso do empecilho a geração de empregos e garantia de alimentos básicos à população.
Fora isto, o litoral Brasileiro é desprovido de indústria de beneficiamento de alimentos oriundos do mar, antagonicamente é na borda do mar que reside nada menos que 80% da população brasileira, segundo fontes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) cerca de 150 milhões de Brasileiros residem a meros 200km do litoral.
O cultivo de frutos do mar responde por uma ínfima parcela da produção agrícola do país, faz-se necessário uma mudança de mentalidade de modo que se substitua o tradicional extrativismo (naquelas culturas onde isto for possível), por um amplo programa de criação de fazendas marinhas para a criação de peixes e outras espécies marinhas.
Para isto é necessário criar um programa nacional que leve em consideração a delimitação de áreas de cultivo, onde se possam cultivar em cativeiros espécies marinhas de forma a permitir uma produção constante renovável destas espécies, sem no entanto danificar o ambiente e sem depender das condicionantes ambientais que por vezes inviabilizam a pesca de certas espécies.
Os potenciais de exportação de produtos alimentícios, farmaceuticos e cosméticos oriundos da matéria prima vinda do mar seria uma importante fonte de receitas e de geração de empregos para o nosso país.
É próximo do litoral, na faixa litorânea, que se encontram os grandes centros urbanos, e por sua vez, é nestes centros urbanos onde se concentram as grandes massas de pobres e desempregados do país. Pode-se dizer que a nossa população vive “empoleirada” e restrita a uma faixa densamente povoada, fazendo-se necessárias políticas verdadeiras de planificação urbana e exploração consciente e sustentada do litoral, antes que os danos causados pela superpopulação sejam irreversíveis para o ambiente e para a sociedade.
A pesca, a navegação e a vigilância necessitam ser desenvolvidas e modernizadas de forma a garantir a segurança, o sustento e o desenvolvimento da economia e a auto sustentabilidade das populações que vivem próximas ao mar.
Medidas
- Para tanto precisa-se incentivar o desenvolvimento e compra de navios modernos, equipados com sistemas de navegação e de comunicação adequados.
- Precisa-se investir na implantação de uma cadeia logística, cultivo, pesca, indústria de beneficiamento, exportação e transporte provendo o país de um desenvolvimento econômico substancial, sustentável e que resolveria inúmeros problemas socio/econômicos do país.
Chama-se a atenção para este caso, pois este é claramente um clássico problema de miopia política e falta de formação da sociedade, é preciso convencer a população e as autoridades para políticas públicas que levem estes critérios em consideração.
Faz-se necessário, uma mudança de mentalidade, vontade, comprometimento, formação e honestidade política para implantar um programa de larga escala nacional que visasse estas considerações de forma a reverter o atual quadro sócio econômico do país.
Num fututro tal como se projeta, a escacêz de alimentos será um dos maiores fatores de ruturas sociais, o que pode levar a conflitos entre estados.
O desenvolvimento de uma planta produtora e uma indústria pesqueira voltada a produção para consumo nacional e produção para exportação viabilizaria a criação de inúmeros empregos diretos e indiretos de uma fonte renovável de produtos solucionando ambos os problemas e colocando o país num lugar de destaque como fornecedor de alimentos.
Turismo
Nos últimos anos o turismo tem crescido consideravelmente no litoral Brasileiro gerando muitos empregos e desenvolvendo muitas regiões e populações que de outra forma não teriam oportunidades de ascenção econômica. Entretanto (gosto desta palavra), apesar das significativas mudanças, o turismo costeiro e mesmo o submarino o qual tem se tornado uma fonte expressiva de renda aos habitantes do litoral, também sofre com a falta de planejamento e seus potenciais ainda são sub-explorado.
Porque? apesar de suas valiosas contribuições ao desenvolvimento social, o modelo de turístico adotado recentemente no país (salvo poucas exceções) centra os seus investimentos e foco em meros 10 km do litoral, praticamente nas zonas compreendidas dos grandes hoteis, sendo assim, o extenso litoral Brasileiro e suas capacidades turísticas são negligenciados, e sub-explorados.
Em sua maioria, o turismo no país se resume a hotéis e pensões posicionados em regiões de praias o que limita o desenvolvimento de uma completa cadeia de turismo associada a preservação do meio ambiente e da prática de atividades esportivas esclusivas de regiões como tais.
Devido ao clima e as condições naturais do nosso litoral, existe um gigantesco potencial de exploração de práticas esportivas as quais poderiam ser praticados o ano inteiro, o que atrairia muitos turistas e desportistas estrangeiros, constituindo-se assim numa fonte sustentável de renda aos brasileiros que vivem próximos a costa.
Porém para isto, é necessário a modernização e adequação das leis e da infraestrutura turística de forma a possibilitar ao Brasil, a exploração do turismo de cruzeiros oceânicos de forma a desenvolver e angariar investimentos em nossa planta turísica. É necessário modernizar e adequar a nossa infraestrutura portuária e hoteleira de forma a permitir a operação de navios de cruzeiro em todas as regiões do país.
Faz-se necessário a criação como em outros países, de uma política de demarcação e incentivo à regiões potenciais para o desenvolvimento à práticas desportivas, bem como do investimento na infraestrutura necessária para isto.
Existe uma reticência por uma parcela da sociedade na participação do estado neste tipo de incentivo. Entretanto o autor usa como contra argumento a esta reticência o exemplo Europeu, onde pegando por exemplo o caso de Portugal mais especificamente na região do Algarve, região sul do país banhada pelo Atlântico e Mediterrâneo, onde foram criadas rodovias, aeroportos, redes de ressorts, campos de golfe e instalações dos mais variados fins, através da co-participação de fundos oriundos de investimentos dos estados Europeus.
Desta forma foi possível, instalar e suportar uma robusta planta turísitca, que considera o turismo e as práticas desportivas como fator impulsionador da economia naquela região. Chama-se a atenção aqui para a responsabilidade dos estados Europeus como um todo, uma vez que os fundos são procedentes da comunidade como um todo e em muitos casos cobrem até 75% dos investimentos, o que para muitos Brasileiros até mesmo os defensores das políticas Europeias, seria uma atividade da qual o estado não deveria participar, como vemos precisam rever e reavaliar os seus conceitos.
Faz-se necessário o investimento e a criação de núcleos de desenvolvimento e estudo (centros esportivos e universidades) de forma a desenvolver práticas esportivas e envolver as populações locais, atrair turistas e esportistas tal como o exemplo europeu citado, criando uma cultura de práticas desportivas e de preservação do meio ambiente; uma cultura de turísmo ecológico capáz de se tornar uma fonte de riquezas saudáveis e auto sustentáveis.
Sobre esta ótica a planta turística baseada na instalação pura e simples de grandes e caros hoteis para turístas estrangeiros, embora tenham sua importância e necessidade, não serve de todo aos interesses da nação, uma vez que inibem a presença do Brasileiro, impedindo o desenvolvimento nacional da cultura do turísmo.
Em geral este sistema apresenta algumas falhas e uma delas é a dependência total da economia estrangeira, o que em momento de crise econômica (como a atual a que passam as principais economias do mundo), transforma-se num pesadelo com após a ausência de turistas, além do fato de que este modelo depende de períodos sasionais de férias nestes países sendo subaproveitado na maior parte do ano.
Um turismo alternativo ou o ecoturismo mais direcionado as classe média baixa e baixas, injetaria mais receitas no setor, a criação de práticas desportivas conjuntas incentivaria a participação de uma maior parcela da população e colaborariam para a criação da cultura do turísmo como um todo, com a participação da população em geral. Uma vez que houvesse uam maior participação da população brasileira na “cultura” do turismo, teríamos como dividendos a ocupação da rede hoteleira nos períodos de baixa temporada, completando a ocupação por turistas estrangeiros nas altas temporadas.
O autor não faz aqui um ataque aos Hoteis e resoters que recentemente tem se instalado ao longo do litoral brasileiro, gerando empregos e oportunidades, mas apenas fazendo um alerta de que embora os grandes hoteis sejam necessários, é preciso readequar e reinventar a planta turística de forma a não se resumir tão somente isto, pois há uma infinidade de outras atividades inexploradas, a planta turística brasileira não pode se basear apenas em mostrar ao turista estrangeiro aquilo que ele já conhece em outros hoteis mundo a fora…
Extração de Minérios
É necessário também acordar para as potencialidades futuras de extração de jazidas adormecidas na massa terrestre submersa, metais, minérios, sedimentos submarinos e a energia geotérmica já mencionada anteriormente, são potenciais e futuras fontes de suprimentos e desenvolviemnto econômico. É preciso desenvolver e incentivar o envolvimento de empresas nacionais em parceria com estrangeiras ou mesmo empresas público-privadas de forma a desenvolver tecnologias pioneiras de extração de minérios do fundo do mar, tal qual o faz a PETROBRAS no campo energético.
É necessário incentivar a participação de empresas estrangeiras que já atuem neste campo, uma vez que é objetiva-se desenvolver esta atividade, acumulando tecnologia e know-how de forma a torná-las capazes e competitivas neste setor que certamente será o futuro da mineração no mundo.
Faz-se urgente o debate sobre esta atividade uma vez que também será necessária a elaboração de leis ambientais e regras específicas para a exploração nacional ou estrangeiras deste tipo de atividade.
Outro fator a ser considerado é o da formação e capacitação de mão de obra especializada bem como centros de excelência destinados aos estudos, ambientais, geológicos, mineralógicos e de engenharia destinada a produzir as máquinas e ferramentais necessárias para esta atividade futura.
A formação de pessoal especializado neste campo exigirá um envolvimento da sociedade e de todas as instituições interessadas. Considerando um horizonte de tempo de 50 anos em que esta atividade torna-se-à viável, faz-se necessário a discussão e o investimento neste setor desde já, para que naquela altura, nos encontremos na vanguarda desta importante atividade em nível global.
Transporte
Dados do IBGE, demonstram que é pelo mar que são transportadas 95% das riquezas nacionais, entretanto o estado e a sociedade brasileira desconhecem e desconsideram completamente a deste setor na manutenção e sobrevida do país, e acomodados em suas contendas pessoais e picuinhas políticas, não valorizam e não tomam as medidas necessárias para a resolução dos crônicos problemas enfrentados pelas instituições envolvidas neste importante setor.
A frota nacional da Marinha Mercante foi intencionalmente e criminalmente desmantelada, sucateada de forma que o país que outrora fora um dos maiores construtores mundiais de navios de transporte de todos tipos, agora é obrigado à recorrer a construção e fretamento de navios à países extrangeiros para efetuar o transporte de suas mercadorias pagando para isto um altíssimo preço financeiro e social.
Além de exportar divisas pagando o transporte para empresas extrangeiras, o país como um todo perdeu competitividade e muitos empregos nos estaleiros simplesmente desapareceram. Isto porque este setor foi durante duas décadas submetido a um lento e cruel processo de definhamento, sendo obrigado a despedir milhares de brasileiros, muitos deles altamente especializados que se encontram atualmente nos mais modernos e maiores estaleiros pelo mundo afora.
Recentemente foi anunciado um programa de reaparelhamento e expanção da frota de navios de apoio as operações off shore, este programa prevê inclusive investimentos de mais de US$ 40 bi para os próximos 10 anos, mas que certamente deverá superar esta cifra vezes sem conta. A demanda é enorme e se levarmos em consideração que o país encontra-se em franco crescimento econômico (segundo os otimitas, para durar pelo menos mais duas décadas), é de se imaginar que o país necessitará de uma quantidade enorme de navios cargueiros e navios de apoio, de forma a garantir o transporte de todos os tipos de produtos.
A expansão da exportação dos Biocombustíves também será um fator que exigirá investimentos enormes na concepção e construção de navios adequados a efetuar estas atividades, terminais de embarque e sistemas específicos ao transporte destes combustíveis, bem como dos produtos manufaturados derivados destes. Serão exigidas novas soluções e meios otimizados de forma a reduzir custos e aumentar a segurança no transporte destas mercadorias.
Com a expansão do turísmo, certamente o litoral Brasileiro será o destino cada vez mais frequente de grandes transatlânticos e navios de transporte de passageiros, o que exigirá a criação de infraestrutura adequada e readequação da existente, novas estações de emabarque e desembarque, cais, áreas de manutenção para estes navios bem como para navios menores, veleiros e yates que necessitarão ser construídos adotando técinicas e procedimentos modernos, de forma a adequá-los aos padrões mundiais de conforto e segurança.
Deve-se também considerar-se um programa de modernização e de reaparelhamento da frota de navios pesqueiros e criação de zonas de conceção de pesca com a participação de empresas nacionais e estrangeiras compostas por navios modernos e equipados com meios modernos de navegação. Dito tudo isto para reafirmar as potencialidades e oportunidades.
Mais uma vez o autor cita o exemplo europeu que em muitos fatores possui regras restritas para a participação empresas nacionais bem como das cuotas de pesca restritas a cada país, exemplos como estes podem servir de ponto de partida para as discussões que propomos, uma vez que consideramos que o debate e informação da sociedade são necessários para que se conclua um programa que atenda a sociedade brasileira em primeira estância e as demais subsequenciamente.
Para que o transporte seja efetuado de maneira segura e rápida será necessário um programa continuado de investimento e desenvolvimento de sistemas e meios que garantam a navegabilidade segura destes navios. Há aqui uma oportunidade enorme para empresas, universidades e centros de pesquisa, uma vez que será necessário desenvolver sistemas de radares, sonares, estações meteorológicas, satélites, estações de rádio, veículos aéreos e navais equipados com sistemas de comunicação de forma a responder à crescente demanda do transporte naval, este que certamente continuará sendo a espinha dorsal do transporte de nossas riquezas.
Paralelamente a isto, é necessário um programa de incentivo e criação de companias por exemplo parcerias público-privadas de transporte naval as quais possam nos próximos 30 anos reverterem o atual quadro de dependências estrangeiras no transporte naval, uma vez que o atual estado de dependencia põe a soberania do Brasil em cheque, expondo-a à uma situação de fragilidade.
Para muitos, a maior ameaça a soberania do país seria inquestionavelmente um confronto naval o qual as nossas forças não estariam numérica e tecnologicamente adequadas de forma responder contundentemente. Ignoram no entanto que no atual estado em que se encontra a dependência do país, este cenário de uma batalha ou bloqueio naval por forças navais nem precissa se concretizar como temeráriamente considerado.
Para uma total paralização e subsequente axificia econômica do país basta que o surgimento de uma contenda internacional provoque a paralização indireta (disputa entre outras nações a qual paralize o tráfego no Atlântico Sul) ou direta (imposição de um bloqueio naval ao Brasil) do transporte direcionado ao nosso país.
Sem possuir uma frota nacional da qual poderia confiar o transporte de seus bens importados e exportados a economia do país definharia até a sua total inanição caso a contenda em questão se estendesse por alguns meses. Chama-se a atenção para este fator, pois ele demonstra que um bloqueio naval ao Brasil por uma força naval seria desnecessário, uma vez que bastaria para isto a negação ao transporte naval, isto poderia ser feito pró toda e qualquer nação (minimamente capacitada) que quisesse utilizar este tipo de ameaça como um instrumento de chantagem política e/ou econômica.
Tendo isto tudo em consideração o autor acredita ser necessário a elaboração de um programa de participação de empresas nacionais ainda que mistas (público-privadas), de forma a construir e operar nacionalmente uma frota de navios mercantes atravez de um processo de substituição gradual da atual frota até a recuperação de pelo menos 75% do transporte de produtos e bens de consumo considerados estratégicos, recuperando assim a soberania e a capacidade de tranportar os bens necessários a manutenção do país.
Construção Naval
O programa de reativação da frota nacional de navios da marinha Mercante e os demais de empresas públicas e privadas, necessita estar amparado por um amplo programa de modernização e readequação da planta construtora e dos estaleiros nacionais.
Por culpa do descaso, o resultado intencionalmente obtido, foi o de que empregos e tecnologias fugiram das nossas fronteiras instalando-se em outros países, com o agravante de que para reverter este quadro é necessário um amplo investimento em formação de mão de obra qualificada, investimento em tecnologias sobretudo no desenvolvimento de novos materiais e sistemas eletrônicos auxiliares de forma a conseguir tornar a nossa indústria naval novamente competitiva.
Porque investir novamente na indútstria naval? Desconsiderando-se os fatores apresentados na seção anterior (transporte) na qual denunciou-se a fragilidade e total dependência de nações estrangeiras no que se refere ao transporte naval, outro fator constitui-se como um atuante de peso mais do que contundente para se justificar a retomada destes investimentos.
Etimativas de mercado apontam para a necessidade ao médio prazo de investimentos da ordem de US$ 200 bi na aquisição de navios e meios de apoio à navegação, isto considerando-se apenas as necessidades nacionais em um horizonte de tempo dos próximos 40 anos.
Para se ter uma idéia, voltamos novamente ao exemplo de Portugal, cujo PIB é equivalente a cifra de US$ 200Bi, cita-se este país uma vez que os últimos governos tem acertadamente lutado de forma a ampliar as relações comerciais entre os dois países em 5% o que corresponderia à um montante equivalente à US$10 bi ou 5 % do PIB deste país.
Pode-se tomar outros mais exemplos de nações as quais as nossas administrações públicas batalham para ampliar o comércio e assim as reservas de modo a enriquecer a nossa nação em empreendimentos e oportunidades de negócios.
Como foi dito, esta decisão é acertada e merece nosso apoio, entretanto, não aparenta ser uma incoerência que não haja uma movimentação de grande envergadura de forma a garantir que pelo menos 50% do montante necessário para efetivação do plano de construção e aquisição da frota mercante seja investido no país? Uma vez que temos internamente uma demanda e oportunidades de negócios que superam quase todas aquelas que seriam conseguidas com os ditos acordos comerciais entre nações com a anteriormente citada?
As trocas comerciais com qualquer país que seja são muito importantes, entretanto está ai um exemplo de oportunidades de negócios que superam facilmente as trocas comerciais entre muitos países. Porém estes por si só não bastam para estimular o desenvolvimento economico de um país, é necessário investir em sua planta produtora de forma a fixar os investimentos no país.
E nesse ponto o estado como um todo não parece sensibilizado com esta evasão eminente de divisas e oportunidades, pois grande parte da riqueza do país será simplesmente direcionada a países extrangeiros e fala-se apenas dos ~US$ 200 bi necessários ao Brasil, desconsidera-se aqui os potenciais de exportação de uma indústria que adquiriria know how e capacidade competitiva caso o investimento fosse feito no país.
O autor chama ainda atenção para um outro fator agravante, se não ouver investimento neste campo nos próximos 5 ou 10 anos, toda esta massa de investimento terá apenas um destino, o exterior, gerando empregos e financiando tecnologias as quais o nosso país será totalmente dependente no futuro, uma vez que a necessidade forçosamente ordenará a busca destes meios em nações estrangeiras, ou seja, o velho ciclo vicioso …
A END proposta pelo Ministério da Defesa prevê a construção nacional dos meios navais dos quais a Marinha irá dispor, vê-se que há nas autoridades uma sensibilização em torno deste problema. Entretanto, apesar de achar extremamente positiva esta mudança de pensamento o autor considera ainda modestas as soluções e planos emplementados, uma vez que é preciso um programa maior que vise “atacar” por todos os lados o problema.
Ainda que as plataformas da Marinha do Brasil sejam construídas em seus estaleiros nacionais ou em parceria com estaleiros estrangeiros, a pouca demanda dado o número de plataformas que se considera, gera um outro problema.
Os estaleiros destinado a construção naval dos meios à Marinha do Brasil poderão passar por longos períodos de osciosidade devido a demanda e os prazos estipulados, um perído longo de 30 anos e um número pequeno de plataformas inviabilizará e encarecerá os custos finais dos projetos.
Isto levando-se em conta que não haverá senões, uma vez que não se considera os atrasos, contigenciamentos de verbas ou ainda o cancelamento de verbas endêmicos na cultura administrativa pública brasileira.
Quer-se dizer que, a manutenção destes estaleiros seria cara se estes fossem unica e exclussivamente destinados à construção de meios militares, entretanto o emprego dúbio das infraestruturas instaladas em resposta a demanda civil solucionaria o problema da osciosidade e da necessidade de inovação. Como dividendos, asseguraria a manutenção da mão-de-obra especializada durante os intervalos de paralização ou mesmo de espera na construção dos meios navais militares.
Desta forma a produção continuada, o desenvolvimento e introdução constante de novas tecnologias tornaira viável e competitiva a reativação do parque industrial naval Brasileiro.
Estas considerações estão no cerne da proposta inicial do Plano Brasil, considera-se a construção naval e dos meios embarcados nas plataformas como fatores de desenvolvimento tecnológico e econômico do País, necessários para a garantia da soberania e do desenvolviemento social, leia mais sobre o que pensamos a respeito da reativação do parque industrial naval clicando aqui.
Meio Ambiente
A sensibilização da sociedade para o tema ambiental é justa e necessária devendo ser tratada de maneira mais séria pelos estados e pela sociedade em geral, entretanto esta não deve ser pautada por falsas suposições e mitos inverídicos, cabendo aos meios de comunicação informar de forma correta a sociedade e esclarecer os pontos que realmente são importantes.
Muito se repete na mídia internacional e nacional de que a Amzônia seria o pulmão do mundo, a maior floresta e a responsável pela geração do oxigênio necessário à vida de todos os seres da superfície do planeta, mas de fato a floresta tropical não é de longe nem a maior floresta do planeta nem muito menos a maior produtora oxigênio.
Apesar de sua vastidão continental, a floresta tropical é pequena se comparada a Tundra, nome dado à floresta que se estende por todo o norte da Rússia, a maior nação territorial do planeta. Para se ter uma ideia, esta floresta se estende por praticamente toda a extensão norte da Rússia nação que deveria ter 11 fusos horários.
Nem assim Tundra é a principal responsável pela geração do oxigénio do planeta, de fato as maires florestas do planeta não se encontra na superfície e sim submersas nos oceanos e mares, onde a biodiversidade é superior à encontrada na superfície, animais, plantas e microorganismos juntos compõe a maior fração de seres vivos do planeta.
Nem mesmo juntas, as maiores florestas dispostas na superfíce do planeta, Amazônica e Tundra, são as maiores produtoras de oxigênio e sim os corais imersos nas massas de água dos oceanos. Estes animais marinhos, muito sensíveis ao impacto do homem, são responsáveis por nada menos que 80% do oxigênio produzido no nosso planeta, o que demonstra a necessidade de proteção e até de exploração deste tipo de cultura.
Assim como os corais (estes sim os pulmões do planeta) a preservação da bio diversidade marinha deve ser objeto de estudos e da elaboração de regras e controles por parte do nosso estado, uma vez que a exploração de todos os recursos anteriormente citados nesta introdução trará consigo graves consequencias ao meio ambiente.
Faz-se necessário ponderar e avaliar quais, como e onde as atividades exploratórias devem ser feitas, baseando-se para isto em estudos científicos e concientização da sociedade em geral, de forma a prepará-la para o futuro sem no entanto recorrer a radicalismos que impedem o desenvolvimento das sociedades envolvidas por conta dos mitos e inverdades.
Considerações do Autor
Todas estas considerações a cerca dos problemas atuais e das proposições a cerca dos potenciais existentes e inexplorados em nossa AMAZÔNIA AZUL tiveram um propósito, chamar a discussão para o tema e demonstrar o quão grandioso será o futuro do país se por acaso a nossa sociedade acordar para as oportunidades e potencialidades que esta região reserva para o nosso futuro.
Entretanto o autor mais uma vez chama a atenção para o fato de que se for a vontade do povo Brasileiro manter as fronteiras do Brasil preservando-o tal qual as dimensões que temos agora, e portanto, estando sujeito a todas as bonanças adivindas da exploração econômica que estas regiões reservam para o futuro, deve-se ter em conta que é necessário ocupar todos os espaços vazios, do contrário, certamente perder-se-á aquilo que temos por certeza serem nossos, uma vez que o mundo está em constantes mudanças e que períodos de paz e respeito mútuo são frequentemente intercalados por confrontos e expropiação de direitos e para tantos a nossa sociedade precisa estar preparada e decidir como responderá a isto
É preciso concientizar o povo Brasileiro de que todos estas qualidades e recursos pertencem por direito ao povo do Brasil e que possuí-los é um direito, mas defendê-lo é um dever, porém mantê-lo mais do que nada é um desafio…
Após décadas de sucateamento continuado, nossa Força Naval possui atualmente uma capacidade de defesa e dissuasão superadas por muitas nações cujas economias são vezes inferiores à nossa. O argumento das necessidades básicas de um país carente e com muitos problemas sociais tem sido plataforma de defesa das autoridades para justificar os sucessivos “cortes” e contingenciamentos de verbas que ao longo das últimas décadas tem fustigado as Forças Armadas e provocado danos consideráveis no setor de defesa nacional.
Nos dias de hoje estes argumentos já não são válidos uma vez que por traz de uma programa de reaparelhamento naval estaria a oportunidade de desenvolvimento social e tecnológico do país e não pode ser negligenciado ou mais uma vez considerado fator de entrave ao desenvolvimento.
A verdade sim é que nos parâmetros atuais, com os meios, estado de protindão e operacionalidade da Força Naval, na ocasião de um conflito hipotético, seguido de um embargo econômico ou na enventualiddade de um bloqueio naval, a economia do país se asfixiaria em alguns meses, levando o nosso país à um retrocesso econômico que poderia levar décadas para se recuperar.
O PRM prevê o reequipamento da Força Naval de forma a recolocá-la em condições operacionais adequadas as necessidades do país, acreditamos que os primeiros passos já estão sendo dados e bons frutos começam a ser colhidos, entretanto apesar do otimismo acredito que muito ainda necessita ser feito, e o desafio será também enorme.
Por E.M.Pinto
Plano Brasil
tudo e bonito mais vai ficar so na vontade pais moderno esse aqui não vai ser pois a corrupção e a falta de interesse da população não ajudam em nada tudo ja ta entregue nas mãos de eua dono do brasil
Rogério, uma ds funções do artigo é justamente analisar este ponto e alertar a população desinteressada.
E.M.Pinto
Caro E.M.Pinto
Muito boa matéria, tenho também uma grande preocupação em conscientizar muitos em nosso país, sobre a real necessidade do fortalecimento de nossas forças armadas, principalmente a marinha e aeronáutica.
Nosso país tem muita riqueza a ser protegida, ao contrário de muitos países que hoje contam com uma força militar bem superior a nossa.
Por diversas vezes eu tenho visto opiniões na “grande mídia nacional” opiniões contrárias aos invertimentos em defesa, mostrando a total desinformação sobre o assunto.
Países como os EUA e França, usam a política de defesa, como alavancagem da sua política econômica. A industria naval e aeroespacial é o retrato de desenvolvimento econômicotecnológico desses países.
Felizmente, concordando com você, os últimos governos, reverteram a ideia de importação de praticamente todo equipamento naval, reativando fortemente a indústria nacional.
O impacto já é forte na industria naval Brasileira, com a colocação de grandes pedidos de navios e sondas para perfuração, feitos pela Petrobras aos estaleiros nacionais.
Amigos:
As forças Armadas deveriam investir, também, em sua auto divulgação. Deveriam preparar, fornecer e divulgar documentários sobre suas atuações e os motivos delas existirem. Se é exigido dos meios de comunicação que veiculem as propagandas políticas gratuitas, acho que uma pequena parcela deste tempo poderia ser melhor aproveitado por elas.
A educação escolar, em todos os níveis, também deveria ser aproveitada para este fim. Afinal, educação é conhecimento e tendo o povo conhecimento de suas instituições, começará e entender as necessidades de sua existência.
Será um trabalho lento, como toda educação o é, mas da mesma forma, tudo que é aprendido, nunca será esquecido.
E.M.Pinto, você foi buscar mais uma excelente matéria. Virei fã de seu Blog.
Abraços a todos.
Ai ai,
O pré-sal, a Petrobras e o Brasil
As descobertas da Petrobras em meio a uma crise mundial de energia.
Interesses e consequências para o cenário nacional
por Frederico Lisboa Romão*
Em 08 de novembro de 2007, as vésperas da realização da Nona Rodada de Licitação para Exploração, Desenvolvimento e Produção de Petróleo e Gás Natural a Petrobrás anunciou as primeiras avaliações feitas sobre as reservas da sua maior província petrolífera, particularmente da área denominada de Tupi, localizada na bacia de Santos. Desde então não cessam de surgir surpresas, suposições, novas descobertas e prognósticos variados.
A polêmica é plenamente justificável. O Brasil anuncia aos quatro ventos descobertas gigantescas de novos campos no mesmo instante em que o mundo desenvolvido se depara com crise energética, em função da incongruência entre seu consumo e sua produção do petróleo, cuja resultante é a patente escassez desse óleo sem haver no horizonte próximo sucedâneo à altura. A flagrante repercussão não é sem motivo. Se os primeiros prognósticos já eram bastante importantes, os atuais são muito pomposos.
As novas e alvissareiras descobertas se encontram abaixo de uma espessa camada de sal, daí a denominação pré-sal, a aproximadamente 6.000 metros de profundidade. O bloco está distribuído entre o litoral dos estados do Espírito Santo até Santa Catarina, em área de aproximadamente 800 quilômetros, abrangendo as bacias sedimentares do Espírito Santo, de Campos, bem como a bacia de Santos. As primeiras análises apontam para a existência de óleo leve de boa densidade 30º API (American Petroleum Institute).
Inicialmente, previam-se reservas em torno de 5 bilhões de boe, passando-se para 8 bilhões, permitindo-se, ora, prognósticos que já posicionava o Brasil como exportador de petróleo. Em seguida se falou em 33 bilhões. Hoje as previsões vão de 100 a 338 bilhões de boe. Para se poder compreender melhor o que representam esses números é necessário saber que atualmente as reservas provadas do Brasil são da ordem de 14 bilhões de boe, as da Arábia Saudita 264 bilhões de boe.
O tamanho da riqueza, como não podia ser diferente, está fazendo a temperatura das discussões e decisões políticas crescerem rapidamente. Em julho foi criada uma comissão de sete pessoas (4 ministros e três presidentes de estatais) para, em 60 dias, apresentar a Lula propostas de regras para a exploração do pré-sal. Mais recentemente, pronunciamentos do Presidente da República e do Ministro das Minas e Energia (este último coordena a comissão afim), apontaram na direção da criação de uma nova empresa puramente estatal, que teria o fim último de gerir respectiva riqueza; ou seja, a Petrobrás ficaria de fora, pois como falou o presidente Lula, o petróleo do pré-sal não pode ser explorado por “meia dúzia de empresas”.
Essa proposta de retirar das mãos da Petrobrás a exploração dessa imensa riqueza suscita imperativamente uma vigorosa discussão no conjunto da população brasileira. Apresentam-se algumas questões a guisa de melhor problematizar o tema:
Em primeiro plano é importante frisar que, a despeito de todas as investidas contrárias, a Petrobras soube até hoje cumprir seu papel, sendo a adquirida auto-suficiência e a alta tecnologia de prospecção de petróleo prova inconteste.
Segundo, como justificar regras, as quais excluem a empresa que pesquisa e utiliza seu know how na descoberta fique de fora da exploração? O prêmio por seu esforço e sua competência seria seu esvaziamento? De tal sorte, na prática é isso que vai ocorrer, pois o que são 14 bilhões próximos dos 100, 200 ou 300 bilhões de boe.
Terceiro, a tecnologia para exploração em águas profundas é patrimônio da Petrobras e dos seus trabalhadores de forma técnica e tácita, logo surge mais uma questão: em que local essa nova empresa vai buscar a tecnologia, será que a Petrobras além da descoberta, dos seus dados, também terá que disponibilizar seus trabalhadores, perdendo memória técnica? Se isso ocorrer além do esvaziamento financeiro a Petrobras também sofrerá o esvaziamento técnico.
Quarto, sob a batuta da Petrobrás, por sua história de luta, seu enraizamento na sociedade, o povo brasileiro tem garantia de que a riqueza descoberta estará segura; quanto a essa nova empresa só restam interrogações? A proposta é que será puramente estatal; mas até quando? O governo Lula passa e depois?
Quinto, outra salvaguarda fundamental da Petrobrás e, portanto, das riquezas que a mesma administra são seus trabalhadores. A qualidade técnica e o compromisso dos mesmos são fatos insofismáveis. Sua capacidade de luta e questionamento ao status quo já foi posto à prova em diversos momentos da história política brasileira, neste tocante, mais recentemente, é digna de nota a greve dos petroleiros de 1995, sabido fator de resistência à política privatista do governo FHC, e nessa nova empresa como será?
É importante salientar que reservas minerais ou vegetais, por mais riqueza que elas representem, não têm sido sinônimo de fartura para seus países e seus povos, muitas vezes significam mesmo o oposto. O que dizer dos diamantes da África do Sul, das minas de cobre do Potossi na Bolívia, do petróleo na Nigéria e mesmo do Pau-Brasil, Cana de Açúcar, Borracha, Cacau, Café, Ferro, Manganês etc. do Brasil?
O Brasil tem pressa, sua desigualdade social e seu povo faminto não podem esperar, sabe-se disso, porém não foi e não é por falta de riqueza que falta educação, saúde, segurança, e qualidade de vida para grande maioria do nosso povo. A dimensão das descobertas do pré-sal, a responsabilidade ética com as futuras gerações exigem decisões abertas, para além dos palácios e comissões incorporando a voz do conjunto da sociedade. É imprescindível a criação de fóruns de discussão, incorporando a presença e os pontos de vista de organizações e entidades a exemplo da: OAB, ABI, UNE, CNBB, DIEESE, CONFEA, MST, CONTAG, Centrais Sindicais, Federações de Trabalhadores, Centrais do Movimento Popular.
* Doutor em Ciências Sociais pela UNICAMP – e-mail: fredericoromao@uol.com.br
Com certeza deveriamos reservar 2% do nosso PIB p a manutenção das n FAs, e com pensamento de q estamos em guerra; vide o chile q na moita ,silenciosamente está comprando bons material bélico p as sua FAs, énós ainda estudando o dia e a hora d e o q vamos comprar…é mt descaso com a segurança, a argentina está pagando caro por seu descuido, sendo chantageada pelos corsários ingleses..Atenção srs.é na paz q se prepara p a guerra. Ainda temos tempo, basta ter decisaão e pulso e + um por de patriótismo.