Marinha inicia diálogo com possíveis fornecedores nacionais

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Lucas Alves,
Agência Indusnet Fiesp

Alto comando da instituição participou, nesta segunda-feira (26), de seminário na Fiesp em que foi apresentado o plano de reaparelhamento para 18 setores industriais brasileiro.

“Vamos mostrar a importância que a Marinha dá à indústria nacional”. A frase foi dita nesta segunda-feira (26), na Fiesp, pela maior autoridade da instituição, o Almirante-de-Esquadra, Júlio de Moura Neto.

Ele ministrou palestra a 150 industriais de 18 setores sobre o projeto de reaparelhamento da Marinha. O comandante da instituição apresentou o projeto de aquisição de equipamentos até 2050, previstos na Estratégia Nacional de Defesa (END).

“O Brasil tem um novo papel no mundo”, defendeu. Ele reconhece que a descoberta de petróleo na camada do pré-sal é um fator importante para justificar os investimentos, e disse que “as jazidas estão cada vez mais afastadas da costa, a cerca de 160 milhas de distância”.

Parte do processo de reaparelhamento da Marinha já está definido, como o programa para a construção de cinco submarinos (sendo quatro convencionais e um de propulsão nuclear). Como previsto na END, a construção será feita no Brasil com transferência de tecnologia.

Entretanto, o Almirante disse que ainda não é possível informar quais serão as próximas compras da Marinha. O projeto de reaparelhamento está sob análise do Ministério da Defesa (MD), que será responsável por definir a prioridade dos investimentos.

Em 2010, a Marinha do Brasil deverá ter orçamento de R$ 4,3 bilhões, mas o valor dependerá de negociações no Congresso Nacional e da previsão orçamentária do Governo Federal.

Indústria

O diretor-titular do Departamento da Indústria de Defesa (Comdefesa) da Fiesp, Jairo Cândido, disse que a decisão do Brasil em reequipar suas Forças Armadas representa uma oportunidade para as indústrias do País.

O seminário de reaparelhamento reuniu mais de 150 empresas que participaram de 130 rodadas de negócios. “A presença da indústria assegura o interesse do Brasil para com a Marinha e vice-versa”, afirmou Cândido.

“A indústria de Defesa tem grande potencial, e a Marinha tem sinalizado que seus equipamentos serão desenvolvidos no Brasil”, explicou. Para o diretor, a participação industrial é importante do ponto de vista estratégico, “para manter a soberania do Estado brasileiro”.

Fonte: Defesa@Net

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