Traficantes mexicanos invadem o mundo

31/0820:46Nahum Sirotsky, correspondente iG em Israel


Navegando pelo internet sempre se chega a muitos dos fatos mais interessantes. O Brasil e associados da Unasul fizeram um barulhão sobre as bases americanas na Colômbia. Chávez, da Venezuela, é como um sininho que quando tocado reúne o rebanho. O que ele quer, é só bater o pé e consegue.

Lula recorre ao jeitinho, algo nosso que não é muito praticado pelos vizinhos de língua espanhola. É fantástico o jogo de corpo do nosso presidente. Mas Chávez não se impressiona com sutilezas. Não dá para acreditar que ele queira uma briga com os americanos. Os maiores clientes de seu mercado de petróleo.

O contexto em que Fidel assumiu o controle de Cuba mudou muito. Não há uma Guerra Fria, nem Chávez tem o carisma de Fidel e do falecido Che Guevara para ser figura-símbolo de idéias. Também não creio que Lula possa atrair o apoio da opinião pública brasileira como foi o caso de Fidel. Mas é o que ele tenta.

A Colômbia é a maior produtora mundial de cocaína que tem seu maior mercado nos Estados Unidos. O Brasil é um dos grandes consumidores. A droga é a fonte de recursos da guerrilha colombiana. A violência urbana no Brasil tem seu principal fator no negócio da droga. Não é segredo que a tropa brasileira especializada em guerra na floresta, e internacionalmente reconhecida como uma das melhores, tem como principal missão enfrentar os traficantes que se infiltram na Amazônia. Foi de estranhar a prioridade do Unasul em discutir a questão das bases americanas na Colômbia. E ignorar a ameaça representada pelos traficantes brasileiros assentados nas favelas e morros cujo poderio as autoridades nacionais não conseguem neutralizar.

No “GlobalPost.co”, leio uma matéria que afirma que “o cartel mexicano se globaliza”. Todd Bensman escreve que nos dias correntes são as máfias mexicanas as mais audaciosas e criativas. Para começar, conforme se depreende de relatório do Conselho Internacional de Controle de Narcóticos das Nações Unidas (United Nations International Narcotics Control Board) os traficantes mexicanos estão ativos até em Bagdá. De acordo com Todd, o seu melhor negócio é a venda de metanfetamina no mercado americano, Eles deslocaram grupos para os chamados Estados fracassados como Somália, Congo e países muçulmanos de menor importância. Tal informação também é atribuída ao DEA, “U.S.Drug Enforcement Administration”, ativa pelo mundo. A DEA desempenha importante papel no combate á droga no mundo.

Uma pesquisa mostra que a metanfetamina é conhecida como “speed”. Um psicoestimulante que ao chegar ao cérebro dispara gatilhos que levam à euforia, insônia, queda de apetite e até anorexia. Ele estimula o desejo sexual e sustenta o ato por tempo anormal. Cria sensação de aumento de energia, complexo de superioridade e agressividade. Pode levar à paranóia. Mas, ao prolongar o tempo do ato sexual pode acabar impedindo a ejaculação. Excitado a ponto de descontrole o indivíduo esquece o uso da camisinha o que multiplica os casos de Aids que mata mais do que a gripe suína.

O vício é inevitável. A droga, que pode ser injetada ou fumada, destrói o individuo. Despreocupando-se com a higiene, o viciado acaba perdendo os dentes ou sofrendo de anorexia e perda do autorrespeito. Da euforia inicial, o indivíduo chega à depressão. Vira um trapo. Tudo isto é uma descrição que apenas se aproxima da verdade. Mas a droga sendo mais barata do que as outras é também mais acessível. Um sucesso de venda. Um produto químico relativamente simples de se fabricar. Um pó branco. Menores de idade estão entre seus consumidores. Existem estatísticas americanas a respeito da droga.

Foi para minimizarem os riscos que os mexicanos se instalaram em países onde os governos não dispõem de meios para controlar coisa alguma. E países sob o controle de ditadores são “convencidos” a não criar dificuldades. O lucro é o bastante para financiar qualquer despesa. E no México o cartel tem de enfrentar as forças armadas e de seguranças do governo Calderón, que conta com apoio americano. Em seus novos centros de produção, eles importam os elementos químicos que se combinam no “speed” e não precisam recear nada. O produto vai para os mercados por todas as vias possíveis.

Os países signatários da Convenção das Nações Unidas contra o comércio de drogas ilícitas, cuja origem é do início do século passado, em outras palavras não impediram coisa alguma – conseguem capturar remessas, mas não impedir que cheguem aos consumidores. Existem informações sobre traficantes percorrendo África, Oriente Médio e adquirindo as quantidades dos componentes necessários para a combinação da metanfetamina e seus gigantescos lucros. Mais do que a coca colombiana.

Os mexicanos se apresentam como representantes de empresas legítimas. Os agentes americanos procuram identificá-los e impedir que exportem para os ansiosos consumidores americanos. É um trabalho sem fim previsível. O Cartel mexicano que está em todas topa tudo. É muito dinheiro em jogo.

Fonte: Último Segundo

1 Comentário

  1. Realmente os narcoméxicanos estão muito agressivos dentro do mercado de consumo de drogas, superando os carteis da colombia.Agora, colocar nosso exército para combatê-los é o mesmo que colocá-los para varrerem as Ruas, eles não são policias, são soldados, guerreiros, a função deles e defender a nossa Pátria…isso é o que os ianks querem, que os mesmos sejam corrompidos,moral e de suas funções constitucionais. Temos policia para esse trabalho.

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