Iranianos celebram relaxamento de sanções com acordo nuclear

Iranianos foram para o aeroporto com fotos do presidente Hassan Rouhani (AP)Mohsen Asgari

Da BBC em Teerã

 

Iranianos foram para o aeroporto com fotos do presidente Hassan Rouhani

O chanceler do Irã, Mohammad Javad Zarif, encarregado de negociar o acordo com as potências internacionais para que o governo iraniano contenha o seu programa nuclear em troca de um alívio nas sanções contra o país, foi recebido como herói por uma multidão em Teerã.

Centenas de pessoas levando flores e bandeiras foram até o aeroporto Mehrabad, na capital, para receber o chanceler, que eles chamaram de “embaixador da paz”. A multidão também entoou frases como “Não à guerra, sanções, rendição e insultos”.

Em uma entrevista à televisão estatal iraniana ainda no aeroporto, Zarif afirmou que o Irã está preparado para tomar as medidas necessárias para manter o acordo. Mas acrescentou que o acordo interino válido por seis meses pode ser suspenso pelo governo do Irã a qualquer momento.

“Todas as medidas que tomaremos, medidas de confiança, poderão ser revertidas rapidamente. Claro, esperamos não precisar fazer isto”, disse.

O acordo, conseguido após quatro dias de negociações em Genebra, na Suíça, prevê que o Irã permita o acesso de inspetores nucleares ao país e suspenda parte de seu programa de enriquecimento de urânio.

Em troca, parte das sanções adotadas contra o país ao longo dos últimos anos serão suspensas, permitindo um alívio estimado em US$ 7 bilhões ao Irã.

As negociações em Genebra tiveram a participação dos chanceleres do Irã e do grupo P5+1, formado pelos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU (Estados Unidos, França, Rússia, China e Grã-Bretanha) mais a Alemanha.

‘Momento decisivo’

De acordo com o repórter da BBC em Teerã Mohsen Asgari, os iranianos tiveram um domingo diferente, marcado pela notícia do fechamento do acordo na madrugada do dia.

Muitos jornais publicaram segundas edições com a notícia e, em quase todos os jornais partidários do governo as manchetes eram “Grande Acordo em Genebra”.

Muitos iranianos ficaram sabendo do acordo pela televisão e pelo rádio e, para muitos deles, o principal efeito será o alívio econômico com o fim das sanções.

“Fico feliz pelos nossos filhos, pela próxima geração”, disse Mohammad, de 54 anos, em Teerã. “De agora em diante, tenho certeza de que eles poderão lidar com nossos problemas econômicos. Por isso estou feliz pelos meus filhos, que poderão viver em uma situação melhor.”

“O acordo nuclear em Genebra é um momento decisivo na história da República Islâmica do Irã”, afirmou Sadeq Ziba Kalam, um professor universitário próximo do presidente iraniano Hassan Rouhani.

A bolsa de valores de Teerã também reagiu de maneira positiva ao acordo nesta segunda-feira. A moeda do país, o rial iraniano, se valorizou frente ao dólar, e ações de indústrias que foram atingidas pelas sanções nos últimos anos, como a petroquímica e a automobilística, subiram.

O acordo fechado em Genebra com o Irã, que é o quarto produtor de petróleo do mundo, também levou a uma queda dos preços do produto nos mercados asiáticos nesta segunda-feira. O barril do petróleo cru Brent caiu mais de 2%.

Apesar de o Irã não ter permissão para aumentar as vendas do petróleo durante seis meses, analistas afirmam que o acordo é visto pelos mercados como uma redução dos riscos no Oriente Médio.

Fonte: BBC Brasil

8 Comentários

  1. Vamos aguardar os próximos seis meses ! Porque são nos bastidores que o bicho pega,como Israel e seu novo ”amigo” Arabia Saudita estão se sentindo nesse momento? não percam !

  2. Sinceramente, torço para que tudo de certo, torço para que os doidoes iranianos nao colequem a cabeça do povo culto iraniano na guilhotina e torço para que o ocidente respeite tambem o acordo, segurando o impeto de ISRAEL, nao se pode culpar israel pelo temor ,mas deve-se dar uma chance ao bom senso ,saud nao vai gostar !

  3. por LUCENA
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    A corrupção no congresso americano fora insuficiente ?
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    Agora só faltam os Sauditas ameaçar o petrodólares para vê se os EUA voltem à trás,já que o dinheiro corrupto dos sionista não conseguiram surtir efeitos.
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    Uma coisa é certa,os aiatolás venderam até as suas almas para conseguir e endividaram gerações para ter o direito de produzir energia nuclear e a bomba atômica.
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    Só Deus e o diabo sabem o que ocorreu atrás dos bastidores dessa questão.

  4. o acordo que o brasil e a Turquia iria fazer com o ira era muito mais vantajoso para os estados unidos e israel ,mas o acordo foi boicotado pelos sionistas
    agora fica com esse acordo muito pior para os sionistas malditos ,chupa mais essa entreguistas

  5. Cesar Pereira
    25 de novembro de 2013 at 13:30

    Vamos aguardar os próximos seis meses ! Porque são nos bastidores que o bicho pega,como Israel e seu novo ”amigo” Arabia Saudita estão se sentindo nesse momento? não percam ! ===== C certeza, os judeuss vão atacar os Persas, ñ vão aceitar o acordo Iraniano/Onu…C sérias consequências p td à economia mundial.Torço p q eu esteja mt errado.Pois se isso acontecer , os judeus terão pela frente um forte inimigo e dentro de suas casas.E o reizeco, louco, ñ vai enviar soldados, será só os judeuss, amizade de semitas irmãos(Gên.16:4…)Quem viver verá.Sds.

  6. O acordo mostra muita coisa nas entre linhas.
    – EUA olham para o Oriente, não querem deixar o dragão escapar, já perderam tempo demais em cruzadas inúteis em pró de sua industria de defesa. Guerras levaram o pais a uma crise e a perderem o foco no problema central, a China. Uma guerra com o Irã levaria apenas instabilidade para a região e consumiria recursos e tempo.
    – A questão energética nos EUA, o pais vai ficar bem menos dependente de fontes externas de energia, o controverso gás de xisto . Isso implica que o Oriente Médio passa a ter uma importância um POUCO menor.
    – O Irã tem méritos, é um pais consolidado, tem graves defeitos mas ainda assim promove eleições que tendem com o tempo criar um ambiente mais democrático, uma cultura que irá no futuro galgar mais liberdade, num futuro ele será uma potencia na região. Ao contrario da Arabia Saudita por exemplo que é uma ditadura familiar e tem na repressão sua força.
    – Israel de certa maneira se vê um pouco desprestigiado, mas apenas um pouco pois continuará sendo um grande aliado. A Arabia Saudita pode até fazer biquinho e cara feia mas ainda assim depende dos EUA para manter sua ditadura familiar.
    – No mais o acordo é apenas de seis meses, portanto muita coisa pode mudar após esse período, lembro que a industria de defesa é uma grande contribuinte para campanhas de deputados e senadores na grande democracia de corporações chamada EUA.

  7. Cesar Pereira
    25 de novembro de 2013 at 13:30

    Vamos aguardar os próximos seis meses ! Porque são nos bastidores que o bicho pega,como Israel e seu novo ”amigo” Arabia Saudita estão se sentindo nesse momento? não percam ! ===== C certeza, os judeuss vão atacar os Persas, ñ vão aceitar o acordo Iraniano/Onu…C sérias consequências p td à economia mundial.Torço p q eu esteja mt errado.Pois se isso acontecer , os judeus terão pela frente um forte inimigo e dentro de suas casas.E o reizeco, louco, ñ vai enviar soldados, será só os judeuss, amizade de semitas irmãos(Gên.16:4…)Quem viver verá.Sds.== Nesse meio tempo, vão enriquecendo urânio a 100% , afinal, aconteceu o msm à Líbia…Seguro morreu de velho.Sds.

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