Chanceler de Israel: não há paz se Estado palestino for reconhecido

Sugestão: Lucena

Chanceler disse à chefe da diplomacia da UE que acordos de Oslo perderão efeito com reconhecimento


Ashton, da União Europeia, se encontrou com o chanceler israelense em Jerusalém

JERUSALÉM – O ministro de Relações Exteriores de Israel, Avigdor Lieberman, disse nesta sexta-feira, 17, à principal diplomata da União Europeia (UE) que o reconhecimento do Estado palestino pela Organização das Nações Unidas (ONU) em setembro tornará os acordos de Oslo “nulos e sem efeito”.

Durante um café da manhã com a chefe da diplomacia da UE, Catherine Ashton, Lieberman disse que os acordos de Oslo, de 1993, que criaram a Autoridade Palestina (AP), e todos os acordos conquistados até então, serão cancelados se for conferido o reconhecimento do Estado independente quando a Assembleia Geral da ONU se reunir.

“A declaração unilateral na ONU significará o fim dos acordos de Oslo e a violação de todos os acordos que assinamos até hoje”, disse Lieberman, segundo todos os principais sites e rádios de Israel.

Segundo o chanceler, integrante do partido de extrema-direita Israel Beiteinu, “Israel não teria mais ligação com os acordos que assinou com os palestinos nos últimos 18 anos”. Ashton chegou a Jerusalém na noite de quinta-feira (horário local) e deve se reunir com a liderança palestina ainda hoje.

Ashton está numa viagem de quatro dias à região para negociações com autoridades de Israel, dos territórios palestinos, da Jordânia e do Egito, durante as quais vai tentar encontrar uma forma de retomar as conversações de paz, que ruíram no ano passado.

‘Chance zero’

Mas Lieberman disse a ela que há “chance zero para o restabelecimento das conversações” e criticou o presidente palestino Mahmoud Abbas, dizendo que ele “não quer um acordo, ele quer o conflito” com Israel.

“Ao buscar assegurar uma declaração unilateral de um Estado palestino, Mahmoud Abbas está agindo em seu interesse pessoal, sem levar em conta os interesses palestinos nem o conselho de muitas autoridades da Autoridade Palestina que se opõem à sua iniciativa”, disse o ministro israelense à rádio pública.

Lieberman estava se referindo ao crescente número de reportagens que sugerem que existe uma divisão na Autoridade Palestina a respeito da estratégia diplomática de aproximação na ONU.

Reunião de emergência

Nesta noite, Ashton vai se reunir com o primeiro-ministro palestino Salam Fayyad e jantar com Abbas, numa tentativa de explorar as opções para levar as partes de volta à mesa de negociações, depois que os contatos diretos foram interrompidos em setembro.

Antes de chegar a Jerusalém, Ashton revelou que estava buscando a realização de uma reunião de emergência com diplomatas do Quarteto (EUA, UE, ONU e Rússia) para que ajudassem a relançar as negociações.

Fontes diplomáticas em Bruxelas disseram à AFP que a diplomata esperava uma rápida reunião até o início de julho. O encontro, segundo a agência, deve acontecer em Washington.

Amanhã, Ashton vai ao Cairo para discutir os acontecimentos na Líbia, antes de voltar para Israel no domingo, onde participa de uma reunião conjunta com o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu e o enviado do Quarteto, Tony Blair, informou um porta-voz da UE.

Em seguida, ela vai viajar para Luxemburgo para uma reunião com os 27 ministros de Relações Exteriores da UE, na segunda-feira.

Fonte: Estadão

12 Comentários

  1. Me parece que o governo israelense deseja mesmo é que o conflito continuando assim assimilaram todo o território palestino em troca de poucas dezenas de israelenses mortos por outro lado milhares de palestinos.
    Israel não deseja paz se assim quisesse aquela parte do planeta já teria, mas é um jogo ariscado qualquer hora a situação pode sair do controle de Israel e pode acontecer de um ataque “terrorista” em grande escala, mas to falando grande mesmo até estourar uma guerra com um inimigo feroz ou nada pode acontecer e os planos de Israel se concretizaram. Contar com a ONU para resolver algo ali só em ultimo caso é uma instituição fraca.

  2. Falou e disse Carl94Fn, os judeuSS querem manter o “Status Quo” vigênte e sobre o olhar complacente do nesfato quarteto, fantasma p ajudar os Palestinos. Vão ser reconhecidos na assembleia Geral..derrota moral dos judeuSS e seus aliados os iangleses..Quem viver verá.

  3. Israel mostra que jamais aceitará um Estado Palestino,e mostra claramente quem não quer a paz!
    Muitas nações já reconhecem o Estado Palestino,oque deixa claro que Israel continua no caminho errado!

  4. Curiosidade:

    Cão é condenado a apedrejamento em Jerusalém

    AFP

    Um Tribunal Rabínico de Jerusalém condenou recentemente à morte por apedrejamento um cão vira-lata acusado de ser a reencarnação de um advogado já falecido amaldiçoado por insultar juízes religiosos há 20 anos, informou nesta sexta-feira o site Ynet.

    Segundo o site, o advogado foi condenado pelo mesmo tribunal a reencarnar como cachorro e teria retornado ao local (já como cão) para se vingar.

    O cão, de grande porte, entrou há duas semanas no Tribunal Rabínico – encarregado dos litígios econômicos do bairro ultra-ortodoxo de Méa Shéarim – e atemorizou os juízes e os presentes, permanecendo no local mesmo sendo ameaçado. Um dos juízes presentes recordou então que há 20 anos, no mesmo tribunal, um célebre advogado fez isultos aos presentes e por isso foi almadiçoado pelos mesmos a reencarnar como cachorro após sua morte.

    Pouco depois do incidente com o cachorro, o juiz local o condenou ao apedrejamento, que seria executado pela crianças da região, mas o animal conseguiu escapar.

    Uma associação israelense de defesa dos animais protestou contra o julgamento.

  5. Que acordos de paz? A unica coisa que esses acordos deran aos palestinos até hoje foi uma serie de bantustoes sobre o controle externo de israel!!!! israel naõ que a paz,mesmo que o momento seja propicio a isso. tudo que israel quer é manter suas posiçoes inilaterais chegando a um acordo que seja só do seu interresse.pergunta maliciosa!!!! sera que um irã nuclear e armado até os dentes com misseis de longo alcance não colocaria freios na arrogancia colonialista de israel??????

  6. Anon,
    esta foi boa…
    .
    quer dizer então, que os rabinos creem na reencarnação, más pelo pouco que entendo, isto estaria em desacordo om as “escrituras sagradas” deles, onde se diz que o homem vive uma vez só e depois aguarda o “dia do juízo”.
    .
    Será a influencia contemporânea da cultura oriental , num mundo globalizado?

  7. Até Kardecistas esses caras viram…Um estado palestino acabaria com metade das preocupações judias…só eles que fingem que não vê.SDS.

  8. OS semitas viviam clamando por um estado judaico,diziam que seu povo necessitava para existir,pois bem a ONU concedeu a eles este Estado, após a 2ºguerra diante das atrocidades sofridas pelos judeus.
    Agora é a hora da ONU reconhecer de fato, o Estado Palestino
    DIANTE DAS ATROCIDADES QUE ESSE POVO SOFRE DO ESTADO DE ISRAEL!QUE NÃO APRENDEU NADA COM OS FATOS OCORRIDOS NA 2ºGUERRA MUNDIAL !

  9. O governo de “Bibi” Netanyahu e esse cachorro-louco Avigdor Liebermam estão mais perdidos que barata na noite. Os israelenses gostariam que fosse mantido o atual status da situação palestina indefinidamente, tendo desde sempre pondo em prática essa estratégia que lhe é vantajosa militar e economicamente. O fato é por conta disso, em que não sendo um Estado e nação reconhecida, a região da Palestina sofre constantemente o assédio militar sionista que há tempos sufoca seus movimentos independentistas. A equação política é bem simples, a simples existência formal de um Estado palestino muda toda a lógica no oriente médio e as constantes agressões israelenses aos palestinos passariam a ser enquadradas no direito internacional como agessão a um país soberano e, portanto, as ações de seus militares passariam a serem tratados como crimes de guerra. Esse, na verdade é o maior pesadelo de Israel. Mas a situação de Israel vai ser muito diferente nos próximos anos do que é hoje. Portanto, a verdade nua e crua que eles vão ter encarar é que o Estado palestino vai mesmo ser aprovado na ONU e eles não vão poder para impedí-lo. Acho que as concessões, isenções e imunidades que a comunidade internacional, até aqui, permitiu a Israel fazer o que e como quiser não mais ocorrerá. Esse é o maior temor sionista com o Estado da Palestina.

  10. É senhores, mas a visão geopolitica da região está mudando exemplo:Egito que antes mantinha suas fronteiras fechadas para os palestinos, já as abril, Síria idem, americanos deixando o Iraque, tb é outro que apoiará a causa palestina e como diz o ditado, um leão ate pode vencer uma hiena com certa facilidade mas não resistirá a um bando das tais.

  11. Avigdor Lieberman, do partido de extrema-direita Israel Beiteinu…
    É por isso que o Carlos Argus chama de judeusSS!
    E o cara ainda diz “a declaração unilateral da ONU…”.
    Caros, para a ONU emitir uma declaração, é claro que só pode ser multilateral. Ou o debilóide pensa que só existem Israel, a ONU e os palestinos?
    Como registrado por muitos acima, Israel quer é o status quo, onde humilha e concede esmolas a todo um povo, sem perceber que a Paz é muito mais benéfica para o Estado de Israel, por cessar a ameaça permanente de aniquilação, e permitir o próprio crescimento do País, com uma mão-de-obra barata, que só irá querer crescer também e não mais guerrear.
    Como disse o Sultan “Kardecista” V. Naba, um estado palestino acabaria com metade das preocupações judias.
    A outra metade, acabamos nós, enviando uma delegação umbandista (desculpem, mas quem começou foi o Anon e o Wi).
    Um abraço para todos.

  12. Extremismo e´sinonimo de burrice somado a cegueira,pode ser extremismo de qualquer coisa ,agiu como acefalo perdeu a razao.Israel esta sendo extremista em insistir com uma pratica que vai acabar ferrando de vez o povo israelense.O negocio e´comprar terras da Jordania e da Siria,soma-las a Cisjordania e criar um estado palestino viavel,israel podera ser um dos parceiros deste novo estado. Se os arabes estiver usando esta peleja como um engodo ,criando este estado a mascara vai cair de vez e, o melhor disso tudo,os paises europeus podem se livrar do sentimento de culpa por ter criado Israel(digo principalmente os europeus),assim vao deixar de tratar como coitadinhos os emigrantes que entopem os guetos europeus.

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