Argentina deve integrar projeto de novo jato militar da Embraer

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Autor(es): Virgínia Silveira Valor Econômico – 13/09/2010

Depois de Chile e Colômbia e, mais recentemente, Portugal oficializarem a intenção dos seus governos de participar do desenvolvimento do jato de transporte militar KC-390, projeto encomendado à brasileira Embraer pela Força Aérea Brasileira (FAB), a Argentina deve ser o próximo parceiro do programa. Segundo fonte do setor de defesa do governo, os dois países já estão negociando os termos da carta de intenção para assiná-la em breve.

Na sexta-feira, os Ministérios da Defesa do Brasil e de Portugal assinaram uma Declaração de Intenções de parceria no programa do cargueiro brasileiro. O acordo, informou a Embraer, também marca o início das negociações para entrada de empresas portuguesas no projeto e na fabricação do novo avião. O governo português também revelou a intenção de adquirir seis aeronaves para equipar a Força Aérea de seu país.

Com os novos parceiros, o número de intenções de compra do KC-390 sobe para 52. Desse total, 28 são da FAB, seis do Chile, seis de Portugal e 12 da Colômbia. A África do Sul, de acordo com a fonte, ainda não definiu participação no projeto, mas segue na lista dos parceiros mais próximos do KC-390.

A Embraer planejou produzir 180 unidades do seu novo avião de transporte militar nos primeiros dez anos de comercialização da aeronave. A empresa identificou demanda potencial de 700 aeronaves na classe do KC-390, um negócio estimado em US$ 50 bilhões, sendo 100 delas na América do Sul.

O KC-390 começou a ser desenvolvido em abril do ano passado, a partir de um acordo assinado entre a Embraer e a FAB, que destinará US$ 1,3 bilhão para o projeto. O valor, segundo a FAB, cobre todas as atividades de concepção, desenvolvimento, ensaios, certificação e preparação para produção. Neste ano, segundo o gerente executivo do projeto do KC-390 na FAB, coronel Adalberto Zavaroni, o projeto receberá cerca de R$ 95 milhões. Para 2011, já existe previsão de aporte da ordem de R$ 220 milhões.

O programa de desenvolvimento do cargueiro, de acordo com o gerente do projeto, encerrou em maio a fase de estudos preliminares e trabalha, agora, na definição inicial dos principais sistemas que equiparão a aeronave. “Selecionamos oito sistemas que representam o coração da operação de um jato de transporte e de reabastecimento em voo, não só pelas suas características críticas, mas também pelo alto nível de tecnologia que agregam”, explicou.

Nos últimos quatro meses, segundo Zavaroni, a Embraer e a Aeronáutica trabalharam em conjunto na definição dos requisitos relacionados ao motor, trem de pouso, comandos de voo e sistemas de manuseio e lançamento de carga. “Já identificamos alguns potenciais fornecedores para esses sistemas e a Embraer se encarregou de avaliar as ofertas sob o ponto de vista técnico e comercial. A FAB está analisando as propostas sob o ponto de vista de “off set” (compensação comercial, tecnológica e industrial)”.

O gerente informou ainda que, até abril de 2010, as duas partes estarão envolvidas na definição dos requisitos e de fornecedores para os sistemas de missão do KC-390 (radares e aviônica), de reabastecimento em voo e de auto-defesa.

A indústria aeroespacial brasileira, de acordo com Zavaroni, também terá um papel de importante no programa de desenvolvimento do KC-390, seja através dos acordos de compensação (off set) ou também com o fornecimento de sistemas que envolvam tecnologias já dominadas no país. “A indústria nacional já tem competência em áreas estratégicas como a de aviônicos, estrutura e trem de pouso”, afirmou.

O KC-390 vai substituir a frota de C-130 da FAB, utilizada hoje nas áreas de transporte logístico pesado, busca e resgate, ressuprimento aéreo, evacuação médica, combate a incêndio florestal e reabastecimento em voo. O preço da aeronave, segundo o gerente do projeto, deve ser menor que o do C-130, que custa na faixa de US$ 80 milhões a US$ 90 milhões.

Fonte: Valor

Autor(es): Virgínia Silveira
Valor Econômico – 13/09/2010

Depois de Chile e Colômbia e, mais recentemente, Portugal oficializarem a intenção dos seus governos de participar do desenvolvimento do jato de transporte militar KC-390, projeto encomendado à brasileira Embraer pela Força Aérea Brasileira (FAB), a Argentina deve ser o próximo parceiro do programa. Segundo fonte do setor de defesa do governo, os dois países já estão negociando os termos da carta de intenção para assiná-la em breve.

Na sexta-feira, os Ministérios da Defesa do Brasil e de Portugal assinaram uma Declaração de Intenções de parceria no programa do cargueiro brasileiro. O acordo, informou a Embraer, também marca o início das negociações para entrada de empresas portuguesas no projeto e na fabricação do novo avião. O governo português também revelou a intenção de adquirir seis aeronaves para equipar a Força Aérea de seu país.

Com os novos parceiros, o número de intenções de compra do KC-390 sobe para 52. Desse total, 28 são da FAB, seis do Chile, seis de Portugal e 12 da Colômbia. A África do Sul, de acordo com a fonte, ainda não definiu participação no projeto, mas segue na lista dos parceiros mais próximos do KC-390.

A Embraer planejou produzir 180 unidades do seu novo avião de transporte militar nos primeiros dez anos de comercialização da aeronave. A empresa identificou demanda potencial de 700 aeronaves na classe do KC-390, um negócio estimado em US$ 50 bilhões, sendo 100 delas na América do Sul.

O KC-390 começou a ser desenvolvido em abril do ano passado, a partir de um acordo assinado entre a Embraer e a FAB, que destinará US$ 1,3 bilhão para o projeto. O valor, segundo a FAB, cobre todas as atividades de concepção, desenvolvimento, ensaios, certificação e preparação para produção. Neste ano, segundo o gerente executivo do projeto do KC-390 na FAB, coronel Adalberto Zavaroni, o projeto receberá cerca de R$ 95 milhões. Para 2011, já existe previsão de aporte da ordem de R$ 220 milhões.

O programa de desenvolvimento do cargueiro, de acordo com o gerente do projeto, encerrou em maio a fase de estudos preliminares e trabalha, agora, na definição inicial dos principais sistemas que equiparão a aeronave. “Selecionamos oito sistemas que representam o coração da operação de um jato de transporte e de reabastecimento em voo, não só pelas suas características críticas, mas também pelo alto nível de tecnologia que agregam”, explicou.

Nos últimos quatro meses, segundo Zavaroni, a Embraer e a Aeronáutica trabalharam em conjunto na definição dos requisitos relacionados ao motor, trem de pouso, comandos de voo e sistemas de manuseio e lançamento de carga. “Já identificamos alguns potenciais fornecedores para esses sistemas e a Embraer se encarregou de avaliar as ofertas sob o ponto de vista técnico e comercial. A FAB está analisando as propostas sob o ponto de vista de “off set” (compensação comercial, tecnológica e industrial)”.

O gerente informou ainda que, até abril de 2010, as duas partes estarão envolvidas na definição dos requisitos e de fornecedores para os sistemas de missão do KC-390 (radares e aviônica), de reabastecimento em voo e de auto-defesa.

A indústria aeroespacial brasileira, de acordo com Zavaroni, também terá um papel de importante no programa de desenvolvimento do KC-390, seja através dos acordos de compensação (off set) ou também com o fornecimento de sistemas que envolvam tecnologias já dominadas no país. “A indústria nacional já tem competência em áreas estratégicas como a de aviônicos, estrutura e trem de pouso”, afirmou.

O KC-390 vai substituir a frota de C-130 da FAB, utilizada hoje nas áreas de transporte logístico pesado, busca e resgate, ressuprimento aéreo, evacuação médica, combate a incêndio florestal e reabastecimento em voo. O preço da aeronave, segundo o gerente do projeto, deve ser menor que o do C-130, que custa na faixa de US$ 80 milhões a US$ 90 milhões.

19 Comentários

  1. Beleza, pena que a compra dos paises parceiros é muito timida, a exceção da Colombia e do próprio Brasil. Embora eu acho que dava para o Brasil aumentar de 28 para 50 unidades, o que seria um ganho para o próprio Brasil.
    Vou esperar para ver este passaro voar!
    Eu penso que a Embraer poderia investir do proprio bolso, no desenvolvimento de uma caça de 5ª geração e depois fazer pressão politica para que o estado brasileiro compre a aeronave. Mas, é, minha opinião.

  2. Realmente so falta agora desenvolver caças e bombardeiros.Na minha opinião deve haver mais coperação militar entre os paises sul-Americanos.

  3. Se fosse para escolher escolheriaa Africa do Sul, ai ficariam Brasil, Colombia, Chile e Africa do Sul no projeto ja dariam conta com certeza, deixaria los “Hermanos” da onça de fora dessa, volta e meio eles aprontam alguma pra cima de nós, não transmitem confiança……..

  4. FERNANDO :Beleza, pena que a compra dos paises parceiros é muito timida, a exceção da Colombia e do próprio Brasil. Embora eu acho que dava para o Brasil aumentar de 28 para 50 unidades, o que seria um ganho para o próprio Brasil.Vou esperar para ver este passaro voar!Eu penso que a Embraer poderia investir do proprio bolso, no desenvolvimento de uma caça de 5ª geração e depois fazer pressão politica para que o estado brasileiro compre a aeronave. Mas, é, minha opinião.

    Fernando, algumas fontes citam que 28 aeronaves copõem somente um primeiro lote. A previsão, se tudo correr bem, é de mais de 50 aeronaves. O projeto de o Correio formar uma frota parece que esta empacado aguardando aprovação. Seria uma encomenda boa para a Embraer ampliar sua carteira.

  5. Pessoal calma,

    Este projeto é considerado um desafio para a Embraer, pois o KC-390 é o maior avião já projetado pela empresa, sendo consideravelmente maior do que seu jato civil de maior porte o E-195.

    Com este avião decolando, o ganho de experiência adquirida pela Embraer será monstruoso, podendo assim, partir para futuramente quem sabe, um cargueiro estratégico, com um tamanho muito maior e com capacidade de carga também muito maior do que a do KC-390,aproveitando o know-how do KC-390,porém tudo isto é apenas suposição.

    A questão de fabricar bombardeiros já difere bastante de fabricar um avião de transporte e reabastecimento, desta forma, acho que a Embraer vai demorar algum tempo ainda para conseguir desenvolver grandes bombardeiros.

    O desenvolvimento de um caça de 5º geração, acho que esta mais distante ainda da nossa realidade, pois ainda não dominamos partes fundamentais do processo de desenvolvimento desta aeronave, teríamos atrasos e estouros no orçamento incompatíveis com o que teria sido planejado inicialmente, tornando inviável a continuação do mesmo.

    A saída para isto tudo seria a parceria com algum país que detenha a tecnologia e esteja disposto a compartilha-la com outro país, mesmo que isto custe grandes montates de dinheiro, afinal, o conhecimento não tem preço. Não estou aqui para apontar este ou aquele país, isto não cabe a mim, mas cabe aqueles que tem o poder de decisão para tal, pois fomos nós que os colocamos aonde estão.

    Por fim, desejo grande sorte a Embraer e seus parceiros no desenvolvimento e comercialização desta nova aeronave.

    Grande abraço, Lucasu.

  6. O caça de 5º Geração é muito complicado como citou muito bem o amigo “Lucasu”, mas
    com a experiência do AMX e F5 BR, será que não conseguimos desemvolver um avião de
    ataque e treinamento Leve ??? isso para ontem ??? estamos aguardando o FX2, que na minha opinião sai até o final do ano mesmo !! depois do anuncio que a EMBRAER vai correr atras do prejuizo… digo de projeto !! já teria que ter um projeto como o KC 390 pronto… para lançamento!
    Temos que começar a pensar no futuro, senão vamos comprar caças de treinamento da
    Italia ou da argentina…rs o Nosso super-tucano é otimo, mas não é ajato…poem uma turbina nele…rs
    abração e desculpe-me se falai besteira

  7. Parabéns à Embraer e à FAB, pela escolha do projeto e pelo profissionalismo com que estão tratando do assunto.

    Agora, que venha o FX-2, capacitando nossa indústria a voos mais altos. Quem sabe, até um 5G em parceria com outros países, semelhante ao que a Coreia pretendia fazer com o seu KF-X.

    Que venha o BRF-X!!!

  8. Meu Deus! Acordo com a Argentina??
    PÉSSIMA NOTICIA.
    Em que esse país falido e atrasado poderia contribuir?
    Ah já sei, empréstimo junto ao BNDES e depois CALOTE anunciado!
    A velha politica externa “caracu” típica do governo Lula, eles entram com a cara e nós com o c..
    Veio da Argentina prezados, é fria

  9. Rafael :
    só falta criar uns bombareiros e caças de gerra

    Mt bom a entrada do Argentinos no projeto, onde se encontra os lusitanos,eu sempre disse q só falta p a EMBRAER, o caça no seu book; e a maioridade…Sds.

  10. Cada dia que passa o PIG lança mais um país que vai participar do projéto “da Embraer”. Ja são 190 países que vão contribuir com alguma coisa, esta faltando alguém aí?
    Pelo PIG a Embraer não tem condição alguma de realizar este projeto e ta convocando 190 países para ajudarem de alguma forma.

  11. no momento a versão que mais me agradou foi a de combate a incendios florestais, faz falta aqui no brasil, mesmo sendo um copo d’agua.

  12. 180 unidades em 10 anos, é 18 aeronaves por ano.
    Como seria divido a distribuição desses aviões entre as nações compradoras?
    Por que o Brasil não pode levar todos os feitos nos primeiros 2 anos.

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