José Mujica reuniu-se em Brasília com Vladimir Putin, na pauta Yakovlev Yak-130

Ivan Plavetz

O presidente uruguaio, José Mujica, reuniu-se em Brasília (DF), com seu colega russo, Vladimir Putin, durante encontro com representantes dos cinco países que fazem parte do BRICS, grupo que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

Segundo o jornal uruguaio “El Observador”, na pauta discutida entre Mujica e Putin constou assuntos ligados à área militar incluindo o interesse do Uruguai nos aviões russos de treinamento avançado Yakovlev Yak-130.

De acordo com o jornal, fontes do Ministério da Defesa do Uruguai confirmaram  as negociações. Em abril passado, o ministro da Defesa, Eleuterio Fernández Huidobro, recebeu  comitiva russa para tratar opções de financiamento das aeronaves.

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As autoridades responsáveis pela defesa aérea do Uruguai consideram a possível aquisição dos jatos Yak-130 um grande salto qualitativo para a Força Aérea Uruguaia (FAU), que possui atualmente cerca de 10 Cessna A-37B Dragonfly como vetor de interceptação, único tipo com capacidade de ação em tempo adequado, mas que estão chegando ao limite de suas vidas operacionais, não guarnecendo o espaço aéreo de forma desejável.

O Sistema de Vigilância e Controle do Espaço Aéreo do país conta com apenas três radares localizados em Carrasco, Treinta y Tres e Durazno.

Fonte: Tecnologia & Defesa

17 Comentários

  1. Aviãozinho bom esse. Só acho que o Uruguay não sofre das mesmas ameças que outros países sulamericanos que justifique um investimento desse. Suas fronteiras estão mais que estáveis com o Brasil e com a Argentina. E também não há interesse extra-continental pelo território uruguaio. Mas, pelo menos eles estão querendo por as barbas de molho.

  2. por LUCENA
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    .
    Esse Yakovlev Yak-130, provavelmente será a ferramenta perfeita que irá treinar os pilotos da FAB e da MB.
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    Uruguai está de parabéns,hoje o mundo está uma loucura, qualquer um pode sê vítima da sanha dos bucaneiros planetário.

  3. A velocidade de estol do Yak-130 é de 165 km/h,
    só para comparar, o Super Tucano tem uma velocidade de estol de 148 lm/h, pouquíssima diferença!

    Ou seja: O Yak-130 é adequado para interceptação dos aviões de baixa performance do tráfico de drogas e armas, que costumam voar a baixas altitudes e velocidades…

    Por outro lado, sua velocidade máxima de 1.050 km/h, lhe permite interceptar também os jatos e jatinhos que cada vez mais estão sendo usados pelo crime organizado.

    Como desvantagem está sua bem menor persistencia no teatro de operações e o seu custo operacional. Um avião bi-turbina como o Yak-130, certamente tem um custo operacional bem maior do que os 400 ou 500 dólares por hora voo dos Super Tucanos.

    • Com uma velocidade de cerca de 1050km/h, fica difícil efetivamente interceptar aeronaves civis e comerciais a jato…

      Um 737, por exemplo, viaja a cerca de 920km/h ( mach 0,78 ) em velocidade de cruzeiro… Dependendo da distância, não haverá tempo para que a aeronave chegue antes que o alvo saia do alcance; e isso considerando a velocidade máxima de 1050km/h.

      Por fim, é certo que seu raio operacional de 550km cai em pelo menos 1/3 nessas condições descritas acima, haja visto o consumo aumentar uma barbaridade…

      Em suma, é totalmente inadequado.

      Se eles querem realmente pensar em uma aeronave minimamente capaz de interceptações, melhor pensar em JL-9 ( quando este ficar operacional ) ou KAI F/A-50…

  4. _RR_,
    discordo o Yak-130 é sim adequado ao Uruguai.

    E não sei de onde você tirou esta velocidade de cruzeiro de 920 km/h para o 737…

    Pelos dados que encontrei, a grande maioria do 737 voa à 780 km/h em velocidade de cruzeiro e tem a velocidade máxima de 876 km/h, somente a sua última versão: O “737 Next Generation”, tem uma velocidade de cruzeiro pouca coisa superior, de 828 km/h e a mesma velocidade máxima de 876 km/h.

    A VELOCIDADE DE CRUZEIRO do Yak-130 é de 887 km/h, suficiente para superar a velocidade máxima da maioria dos jatos comerciais…

    E considerando que a interceptação é uma operação que, além da velocidade, depende muito de posicionamneto dos caças, do angulo de onde eles decolam para ir de encontro ás aeronaves…Diria que o Uruguai precisa é de uma boa rede de radares e bom posicionamneto das suas aeronaves de interceptação. Além de equipar com radares os eventuais Yak-130, ou qualquer outra aeronave que venha a comprar..

    E para termos noção das necessidades do Uruguai, deve-se levar em conta o seu território pequeno, onde a maior distancia entre dois pontos é cerca de 500 km, esta distancias curtas + a forma “arredondada” do seu território, propiciam que caças estacionados no centro do país não precisem cobrir mais do que 250 km, em qualquer direção, para alcançarem as fronteiras do país.

    E para quem tem Cessna A-37 Dragonfly, o Yak-130 é um grande upgrad…

    • Alve8O,

      Ops…! Acho que meu outro comentário não entrou…

      A marcação da velocidade é variável de acordo com as condições atmosféricas e altitude. Aliás, a própria velocidade termina sendo variável para determinada aplicação de potencia, dependendo das condições encontradas… Por exemplo: a velocidade de cruzeiro do 737 NG é mach 0,78. Isso realmente é 828 km/h, se considerarmos uma marcação em “mach” standard. Contudo, em uma marcação a 1 atm e 20°C, essa mesma velocidade em “mach” corresponde a cerca de 960km/h…

      Tem essa tabela de conversão interessante:

      http://www.translatorscafe.com/cafe/units-converter/velocity/calculator/mach-(si-standard)-to-kilometer-per-hour-%5Bkm/h%5D/

      Não discordo de tudo o que quis… Contudo, convenhamos que isso é um arremedo de interceptores… Concordo que uma aeronave em velocidade de cruzeiro levaria algumas dezenas de minutos dentro do espaço aéreo uruguaio, mas não será em todas as situações que isso ocorrerá. Supondo que um intruso adentre o espaço aéreo apenas em rotas periféricas, e portanto com um tempo de permanência reduzido sobre o espaço aéreo daquele país, então as chances de interceptação são consideravelmente menores por si mesmas. E se considerarmos uma aeronave com o Yak, que não tem a velocidade adequada a isso, então a interceptação é virtualmente impossível…

      • Meu caro,
        o que é preciso levar em consideração é que o Uruguai precisa de uma “faz tudo” bom o suficiente, que ele possa comprar e sustentar sua operação!

        Um país como o Uruguai não pode bancar uma caça supersônico para rápidas interceptações de jatos e outro vetor para aeronaves de baixa performance…!

        É esta lacuna que o Yak-130 preenche, sua baixa velocidade de stall permite eficiência na interceptação de aeronaves de baixa performance e bem posicionado, sua velocidade de 1050 km/h permite atender razoavelmente, grande parte da situações de interceptação de jatos
        comerciais.

        É o melhor que o dinheiro pode comprar? Claro que não!

  5. Mauro Lima:

    “Onde você encontrou esse “raio operacional” ? Gostaria de buscar mais informações.”
    ——————————-

    Este “raio operacional” ou “raio de combate”, não é fixo, na verdade é uma variavel que depende de diversos fatores…Os principais, são velocidade de voo, carga transportada e tanques de combustivel. Normalmente fazem uma média e alcançam um valor padrão ‘X’, para cada avião.

    No caso, o “raio operacional de que o _RR_ forneceu de 550 km é baseado em dados antigos que davam o alcance máximo da aeronave como sendo de 2.000 km, acontece que o alcance máximo do Yak-130 é de 2.546 km, então este “raio operacional padrão” pode ser esticado um pouco mais, provavelmente algo em torno de 650 ou 700 km…

    Se formos considerar o Yak-130 cumprindo uma missão excepcional EM VELOCIDADE MÁXIMA E COMSUMINDO 1/3 A MAIS DE COMBUSTIVEL, como disse o _RR_ …

    Então,nestas circunstancias, o seu raio de combate cairia para algo em torno de uns 450 km. O que para o Uruguai, dá e sobra…

    Isto sem considerar que no dia a dia, mais de 90% das missões do Yak-130 no Uruguai seriam executadas só com o armamento orgânico da aeronave, os seus canhões… O que já aumentaria consideravelmente o seu raio operacional.

    Fora isto, o Yak-130 pode transportar 3.000 de bombas foguetes e mísseis, para se ter uma ideia, isto é o mesmo que o AMX da FAB transporta em armamentos.

    • Alvez8O,

      O raio de combate que postei seria apenas com o combustível interno. Ele realmente poderia ir a 2500km de sua base, mas para isso necessitaria de tanques externos…

      Por tanto, considerando apenas o combustível interno, esse raio deve cair para aproximadamente uns 300km em velocidade máxima, com um tempo de voo apenas algumas dezenas de minutos…

      E utilizar tanques externos, como disse ao Máquina, é perda de tempo para um Yak-130 numa situação como essa, pois prejudicaria demais o desempenho geral…

      • Não concordo com suas estimativas.

        O Yak-130 pode transportar 3.000 kg de carga externa, em combustivel e armamentos…Sua capacidade interna de combustível máxima é de 1.700 kg, com dois tanques de combustível externos aumenta para 2.600 kg, ou seja: Mais 900kg.

        Em uma missão de interceptação com 900 kg de combustivel em tanques externos + 2 mísseis de curto alcance R-73 , o peso extra total seria de 1.110 kg, cerca de 1/3 da carga externa que o Yak-130,pode carregar…

        Não creio que nesta configuração o raio de combate o Yak-130 baixe dos 450 km que eu estimei anteriormente, ou que sua performance baixe ao ponto de comprometer significativamente o desempenho esperado da aeronave.

        E se for somente com o combustível interno e em velocidade máxima, levando em conta a sua própria estimativa de de 1/3 a mais de consumo :

        Nesta configuração, raio de combate do Yak-130 fica em 370 km. O que é suficiente para o Uruguai…

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