Kiev admite perda de controle sobre Ucrânia Oriental

Com um total de 12 cidades tomadas pelos separatistas, “operação antiterror” de Kiev parece ter fracassado. Em Slaviansk, militantes cedem nas exigências para a libertação dos funcionários da OSCE.

Apesar da “operação antiterrorismo” do governo ucraniano no leste e sudeste do país, os separatistas pró-russos seguem ampliando seu domínio na região. Com a tomada da cidade de 300 mil habitantes Horlivka, no sudeste, nesta quarta-feira (30/04), sobe para 12 o total de localidades já ocupadas pelos ativistas nas últimas semanas.

“Hoje, o governo não controla mais a situação em partes da província de Donetsk”, admitiu o presidente interino Olexander Turtchinov. Na véspera, após a ocupação de Lugansk, ele repreendera a polícia e serviço secreto locais por não cumprirem sua função, chegando a falar em “traidores”. Por outro lado, porém, afirmou que as Forças Armadas da Ucrânia estão “em plena prontidão para o combate”.

Na prática, acumulam-se as notícias de deserções de agentes do governo para o lado dos separatistas. Além disso, a Rússia ameaça com uma intervenção militar, caso a Ucrânia volte a empregar tanques e artilharia contra os insurgentes.

Na capital regional Slaviansk, desponta esperança para os inspetores da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), em poder dos separatistas desde a última sexta-feira: ao que tudo indica, eles não mais insistem na troca dos reféns por companheiros seus, presos por Kiev.

“Nós estamos em bom diálogo, mas não acho que uma libertação já possa ocorrer hoje ou amanhã”, declarou Vyacheslav Ponomaryov, autoproclamado “prefeito do povo” de Slaviansk, segundo o jornal alemão Bild.

O presidente russo, Vladimir Putin, também afirmou que se empenharia para que os inspetores possam deixar a região ilesos. No entanto, Ponomaryov nega qualquer influência do chefe de Estado ou mesmo contato com o Kremlin. Entre os funcionários da OSCE sequestrados, quatro são alemães: um é tradutor-intérprete, outros três trabalham para as Forças Armadas nacionais.

AV/dpa/rtr/afp

Fonte: DW.DE

8 Comentários

  1. Pelo jeito o tiro do G8-2=G6 saiu pela culatríssima. E pelo jeito vão ter que aumentar o alcance do “Escudo anti-mísseis” por que este vai ter que ficar um pouquino mais distante. kkkk

  2. por LUCENA
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    Que nem a guerra fria,para deleite da vaca sagrada;dividiu a Ucrânia em duas;a oriental e a ocidental,só falta um muro…rsrsrsr…e a vergonha na cara pois, esta falta ter a muito tempo.

  3. Esses neo-nazistas idiotas da Ucrania entregarão todo o ouro da Ucrania para os EUA levarem pra casa.A essa altura Obama pede a Deus que a Russia entre la pra ele não devolver nada.Alias a França de Miterrand quis pegar seu ouro nos EUA e eles não deram kkkk.
    O maior devedor do mundo,o maior caloteiro,a maior força aerea, a maior marinha de guerra e tudinho vai ficar parado por falta de combustivel kkkkk

  4. Um helicóptero militar ucraniano foi abatido nesta sexta-feira cedo (fuso horário é de + 6 horas em relação ao Brasil…), quando as tropas do governo de Kiev tentaram retomar a cidade oriental de Slavyansk, dominada por manifestantes pró-russos, disse o ministro do Interior Arsen Avakov.

    O piloto do helicóptero foi morto, disse Avakov em sua página no Facebook.

  5. por LUCENA
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    .REBELDES DO LESTE TOMAM BLINDADOS DE KIEV.
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    Reação do Exército da Ucrânia à ocupação de cidades perto da fronteira com a Rússia, iniciada no começo da semana, sofre pesado revés
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    A operação de Kiev para recuperar o controle de cidades no leste, iniciada há dois dias, sofreu um revés nesta quarta-feira, 16, quando insurgentes tomaram uma coluna de veículos blindados de transporte em Slaviansk. O ataque ocorreu na véspera da reunião dos representantes de Rússia, Ucrânia, EUA e União Europeia, em Genebra, na Suíça, para discutir uma saída diplomática para a crise.
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    Ao mesmo tempo, o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Anders Fogh Rasmussen, anunciou que fortalecerá a presença militar ao longo da região leste (mais informações nesta página). A Otan afirma que a Rússia mantém cerca de 40 mil soldados na fronteira com o leste da Ucrânia.
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    Militantes pró-Rússia guardam veículo blindado que tomaram em Slaviansk (Gleb Garanich/Reuters)
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    A agência Reuters afirmou nesta quarta que houve um aumento das atividades militares russas no local, com a movimentação de armas e equipamentos.
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    A ação dos insurgentes ocorreu quando os soldados ucranianos cruzavam as ruas de Slaviansk – cidade a cerca de 120 km da fronteira com a Rússia – em seis blindados. Os veículos, que tinham saído da cidade vizinha de Kramatorsk, foram cercados por moradores e cem homens armados, usando uniformes militares sem insígnia. Correspondentes do New York Times relataram que os soldados tentaram liberar o caminho atirando para o alto, mas a multidão não se dispersou.

    Em seguida, eles desligaram os motores, subiram nos veículos e retiraram os pentes de munição dos rifles. “As pessoas se posicionaram em frente aos veículos porque elas não os queriam aqui”, disse o morador Alexei Anikov, de 33 anos. De acordo com ele, a população apoia os insurgentes pró-Rússia e todos perceberam rapidamente que o Exército ucraniano não atiraria nas pessoas.
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    O segundo-tenente Oleksandr Popov afirmou que os soldados pertenciam à 25.ª divisão de paraquedistas da Ucrânia, com sede em Dnipropetrovsk. Ele afirmou que as ordens eram para atirar apenas se eles fossem alvejados.
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    Depois de tomar os veículos, os insurgentes colocaram bandeiras russas e da República Popular de Donetsk e os conduziram até uma praça no centro, em frente à prefeitura, ocupada pelos rebeldes. “Rússia, Rússia!”, gritavam alguns cidadãos.
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    Ao mesmo tempo, um caça ucraniano realizou durante vários minutos manobras acrobáticas sobre a praça, numa demonstração de força do governo. O Ministério da Defesa, em Kiev, informou, por meio de um comunicado, que o ministro, Mikhail Koval, viajou para Kramatorsk para tentar esclarecer a situação.
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    Em meio a uma intensa escalada retórica entre Moscou e Kiev, o incidente ressalta a persistência dos separatistas russos, apesar da ofensiva do governo contra eles. Desde o dia 6, prédios administrativos foram ocupados em dez cidades do leste ucraniano.
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    O governo provisório de Kiev tentou reassumir o controle sem violência, à espera da reunião de quinta-feira, em Genebra, quando os chanceleres da Rússia e da Ucrânia devem se encontrar pela primeira vez desde o agravamento da crise.
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    Nesta quarta, a Casa Branca disse que o governo ucraniano tem respondido com “admirável contenção” às ações dos separatistas. Segundo o porta-voz, Jay Carney, o governo americano considerava apropriada a decisão de Kiev de agir para “restaurar a lei e a ordem”, ao dar início à operação militar.
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    Em discordância, a Rússia afirmou que a escalada do conflito coloca a Ucrânia “à beira de uma guerra civil”, de acordo com um comunicado do Kremlin.
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    Em um telefonema à chanceler alemã, Angela Merkel, na noite de quarta-feira, o presidente russo, Vladimir Putin, disse que o governo ucraniano embarcou em um “rumo inconstitucional” ao usar o Exército contra os rebeldes. / NYT e REUTERS

    (*) Fonte: Estadão

  6. “Com um total de 12 cidades tomadas pelos separatistas, “operação antiterror” de Kiev parece ter fracassado.”

    É óbvio que ia fracassar! Não era interessante nem para os EUA nem para a Russia que a Ucrânia conseguisse resolver seus problemas.

    É como uma briga familiar que tem com ser resolvida em casa, mas os vizinhos não querem isso, e vivem fazendo fofocas, ou tomando partido de um ou de outro, apenas para ver a casa vir abaixo!

    Obviamente, cada um tem seus interesses próprios nesta questão… mas com esses dois jogando lenha na fogueira o tempo todo, o resultado não poderia ser outro, além de um gigantesco incêndio… e de uma forma ou de outra eles vão LUCRAR… só quem perde é a Ucrânica, por não ter capacidade de se livrar destes idiotas interesseiros… e vai perder muito, muito mesmo!

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