Estados Unidos da Europa?

Sugestão: Lucena
BRUCE ACKERMAN, LOS ANGELES TIMES, É PROFESSOR DA YALE UNIVERSITY (EUA)

Estaremos presenciando o nascimento dos Estados Unidos da Europa? São espantosas as semelhanças entre as atuais discussões e negociações na Europa e a fundação dos EUA.

A Convenção da Filadélfia de 1787 foi a segunda tentativa dos EUA para uma união continental. Em 1781, os 13 Estados uniram-se respaldados por uma Constituição-tratado que se assemelha aos atuais acordos na Europa. A primeira tentativa dos EUA foram os Artigos da Confederação. Como os tratados da União Europeia, eles garantiam a todo cidadão o direito de se locomover por todos os Estados da confederação e de usufruir de todos os privilégios econômicos em qualquer Estado. Deram origem também a um Congresso unicameral frágil e um Judiciário para solucionar as disputas entre os Estados.

Mas não garantiram poderes independentes de tributação a essa Confederação, impedindo-a de garantir os títulos de guerra emitidos por esses Estado. Como muitos estavam em péssimas condições financeiras, os títulos por eles emitidos perderam consideravelmente seu valor, corroendo a confiança dos investidores europeus em projetos no Novo Mundo. Este foi um dos problemas que impulsionaram o movimento “por uma união mais sólida”.

A Constituição de 1787 conferiu novos poderes à união para cobrar impostos e criar uma instituição análoga ao Banco da Inglaterra. Quando ela entrou em vigor, o governo federal adotou imediatamente medidas para criar um banco nacional e pagar a dívida estatal desvalorizada. O que encerrou a crise de crédito e restabeleceu a credibilidade da república junto aos mercados financeiros europeus.

Mas antes de tudo isso ocorrer, os fundadores da nação defrontaram-se com um problema: enquanto vivessem ligados às leis da Confederação, seria impossível conseguir que a nova Constituição fosse ratificada. Do mesmo modo que os atuais tratados da União Europeia, os artigos da Confederação exigiam um consenso unânime para qualquer revisão de seus termos, e estava muito óbvio que este consenso nunca seria alcançado.

Rhode Island era a Grã-Bretanha da época – este pequeno Estado não cedeu sua soberania para o colosso federal. Os membros do novo tratado da zona do euro não vão atacar a Grã-Bretanha por causa da sua capitulação no estilo de Rhode Island.

Mas se o premiê britânico, David Cameron, continuar firme na sua posição, seu veto provavelmente provocará a exclusão de seu país da União Europeia.

O proposto tratado deverá criar um enorme bloco cujos interesses divergem sistematicamente de outros membros, mas que dependerá de um fluxo constante de decisões de apoio ao bloco da parte das instituições da UE, de modo a manter a credibilidade da zona do euro.

Este é um momento em que o governo Barack Obama precisa adotar uma posição diplomática séria. Se não for controlada, a atual dinâmica institucional deve gerar os Estados Unidos da Europa Continental a um preço inaceitável, fragilizando seriamente o Ocidente por um longo tempo no futuro.

TRADUÇÃO DE TEREZINHA MARTINO

Fonte: Radar Global

8 Comentários

  1. EUA tão com medinha de perder o poder pros escravos europeus? kkkkkkkkkkkkk, Estados Unidos da Europa, ta ai, gostei do nome.

  2. A europa sempre quis se unir porem nunca coseguira,primeiro na tore de babel,imperio romano,depois napoleão bonaparte,Adolf rytler,e agora união europeia,baro e ferro não se juntam

  3. dhou quando surgiu o mito da Torre de Babel que mais tarde foi incorporado no Genesis, europa nao existia como entidade politica ainda viviam em tribos selvagens. O mito surgiu onde hoje e o Iraque, na area chamada Babilonia na epoca. O resto concordo com o que diz.Europa unificada foi sonho de Napoleao, Hitler, etc O que argumento e que sob o regime capitalista tal uniao e impossivel de ser realizada. Os interesses economicos das burguesias nacionais opoem tal unidade. Alguem perdera posicao politica e economica e ninguem esta preparado para esse sacrificio.Existe conflito de interesses entre setores da burguesia francesa e setores da burguesia alema, como tambem existe conflitos de interesses entre esses paises e os ingleses, sen contar o caso polones e os italianos. E por causa dessa inabilidade da burguesia europeia se unirem que foi facil para os Estados Unidos torpedearem o Euro, quando este passou ser cogitado pela China como uma moeda de reserva internacional alternativa ao dollar.

  4. Esse é um sonho antigo da N.O.M.!! Conseguindo ali se espalhará mais fácil pelo globo.
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    Por isso essa obstinação pelo mito do “multiculturalismo”(e agora as culturas milenares europeias estão sendo extintas..),
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    Por isso as moedas nacionais foram abandonadas( e agora estão desesperados..)
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    Por isso as centenas de bases dos EUA na Europa ainda continuam ativas (e armadas com nukes.. mesmo após 67 anos de paz!)
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    Por isso a repressão constante ao nacionalismo.
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    Ataque direto e constante a Igreja Católica/Cristã, “ditadura” do homosexualismo na mídia( e atualmente focado nas crianças: Kit-gay, séries juvenis como “glee”, desenhos, etc)…e por aí vai.
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    Alguém ainda acha que tudo isso é uma grande “coincidência”?? Pô, haja probabilidade..rs

    Sem mais.

  5. NobruRJ
    Concordo plenamente, daqui a pouco o cara dizer que é hétero e macho vai ser crime.
    Tiraram a nossa última alegria que era chamar os outros de boiola kkkkkkk…
    E o Ocidente não vai cair como eles dizem mas são somente eles que vão cair enquanto nós iremos ascender.

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