Reações Globais aos Ataques no Mar Vermelho

E.M.Pinto

Informações

Al jazeera, BBC, Reuters, The New York Times, The Times of Israel


Os Estados Unidos e o Reino Unido lançaram uma série de ataques ao Iêmen contra os rebeldes Houthi, alinhados ao Irã, que têm como alvo o transporte marítimo internacional no Mar Vermelho. Não tardou para que muitos manifestos de apoio e também condenatórios aos ataques começassem a surgir  vindos de autoridades de todo o mundo, aqui serão apresentados algumas destas posições. 


A OTAN, por meio de seu porta-voz, defende os ataques como medidas defensivas para preservar a liberdade de navegação, enfatizando a responsabilidade do Irã na situação devido ao seu apoio aos Houthi.

O grupo libanês Hezbollah, aliado do Irã e dos Houthi, acusa os EUA de estar em “parceria total” com Israel, mostrando a percepção de uma aliança estratégica contra seus interesses.

O Hamas, por sua vez, responsabiliza os governos dos EUA e do Reino Unido pelos impactos dos ataques na segurança regional, enquanto a Jihad Islâmica Palestina vê os ataques como parte de uma suposta “guerra de genocídio” contra o povo palestino.

A Rússia condena os ataques, alegando uma violação do direito internacional e criticando a interpretação seletiva das resoluções do Conselho de Segurança da ONU pelos países anglo-saxões, demonstrando tensões geopolíticas.

França, Alemanha e Bélgica condenam os ataques dos Houthi, destacando a responsabilidade do grupo na escalada da situação no Mar Vermelho e defendendo a estabilidade na região.

Os Países Baixos expressam apoio à ação dos EUA e do Reino Unido, enfatizando o direito de autodefesa e a importância da livre passagem, enquanto a Dinamarca também oferece total apoio aos ataques.

Omã denuncia a ação militar de “países amigos”, indicando discordância com as operações.

No cenário interno dos EUA, as opiniões divergem, com o líder republicano Mitch McConnell saudando as operações como uma resposta aterrorista apoiada pelo Irã, enquanto o democrata Ro Khanna critica a falta de autorização do Congresso para os ataques.

O ex-líder trabalhista britânico Jeremy Corbyn condena os ataques como um ato imprudente que causará mais mortes e sofrimento, criticando a falta de consulta parlamentar no Reino Unido. A deputada Diane Abbott questiona a decisão do governo britânico de enviar caças a jato sem aprovação parlamentar, destacando a ausência de uma estratégia clara. Essas reações destacam a importância do debate interno sobre a autorização e os objetivos dessas operações militares.