De Volta ao Futuro: Exército Francês no Mali

Tradução e adaptação: E.M.Pinto

Original- Defensionem

Os “Fortes” da estrela Vauban representam uma abordagem retrô do exército francês no Mali. Um artigo publicado pelo Defensionem em 2020 foi utilizado como referência pelo jornal francês Le Monde e pelo jornal espanhol El Pais.

Os franceses têm enfrentado uma insurgência islâmica no Mali por vários anos. Após a Resolução 2085 do Conselho de Segurança das Nações Unidas e um pedido oficial de assistência militar do Mali, Paris enviou tropas para o país em janeiro de 2013.

A Operação Serval, missão francesa inicial no Mali, envolveu 4.000 soldados franceses apoiados por cerca de 1.100 soldados e/ou equipamento de 11 países ocidentais, além de 7.400 soldados de 21 países participantes na Missão de Apoio Internacional ao Mali liderada pela África.

Corrupção, pobreza e recentemente a seca no país alimentaram a insurgência envolvendo grupos como Al Qaeda no Magrebe Islâmico, Boko Haram, Ansar Dine e Ansaru. Os franceses construíram várias bases, incluindo algumas no estilo Vauban, a partir das quais podem patrulhar e operar. A Operação Serval encerrou em 2014, dando lugar à Operação Barkhane, que manteve os mesmos protagonistas e objetivos, encerrando-se em 2022.

Os franceses estabeleceram várias bases operacionais avançadas no Mali, optando por fortificações no estilo Vauban para protegê-las. As fortificações em estilo bastião resistiram bem à artilharia moderna, proporcionando defesa contra insurgentes a pé ou a cavalo. Cada bastião em um forte estelar Vauban possui amplo campo de visão/fogo, e as armas modernas permitem apoio mútuo entre dois bastiões. Esses bastiões Vauban também criam “kill-boxes” onde os arcos de fogo se sobrepõem, aumentando a eficácia defensiva.

Os engenheiros do exército francês adotaram, portanto, as fortificações de bastiões/estrelas no estilo Vauban para várias de suas Forward Operating Bases (FOBs). As fotos incluem uma pequena base em Meneka e uma maior em Labbezanga, ambas construídas pelo 17º Regimento de Engenheiros Paraquedistas.