Autor: Erich Saumeth
Tradução e adaptação- Edilson Pinto
Analista e Pesquisador Colombiano em assuntos de Defesa, Segurança, Convivência e Ordem Pública. Correspondente do Infodefensa, Janes e Mönch
Colômbia recebeu uma nova oferta da Coreia do Sul para a aeronave de treinamento avançado Korean Aerospace Industries TA/FA-50. Em abril de 2022, a Força Aérea Colombiana (FAC) optou por esse modelo para substituir sua frota atual de aeronaves Cessna A-37B, já inoperante.
A oferta remonta a 2021, quando uma delegação do país sul-americano, liderada pelo vice-ministro da defesa e pelo segundo comandante da FAC, visitou a nação asiática para conhecer essa aeronave em primeira mão.
Reiteração da oferta em novembro passado
A oferta foi reiterada em novembro deste ano ao atual comandante da FAC (COFAC). Vale ressaltar que a eventual assinatura de um contrato implicaria não apenas a venda das aeronaves e os correspondentes benefícios compensatórios, mas também a doação de pelo menos duas embarcações do tipo OPV (da ROKN), além de carros de combate principais do tipo Hyundai Precision Works/Rotem K1A1 (da ROKA), em números não especificados.
Esse processo ocorre no contexto do Sistema Integral de Defesa Aérea Nacional (SISDAN) e no desenvolvimento do Sistema Integral de Defesa Nacional (Siden). Com a retirada das aeronaves A-37B e a iminente retirada dos Kfir C10/12, a Colômbia perderá suas capacidades de interceptação em altitudes médias e grandes, bem como em velocidades médias e altas, além de suas duas alas a jato. Isso diminuirá significativamente seus meios dissuasivos e a capacidade de controlar seu espaço aéreo.
É importante notar que essas conversações são possíveis devido aos estreitos vínculos que ambos os países mantêm em Defesa e Segurança, bem como à intenção sul-coreana de ser fornecedora de sistemas e equipamentos convencionais para as Forças Militares Colombianas (FFMM).