E.M.Pinto
O comandante chefe da Marinha russa, Almirante Vladimir Korolyov, em entrevista ao jornal russo Krasnaya Zvezda avaliou os importantes ensinamentos adquiridos pela Marinha da Federação Russa após as operações da Força expedicionária capitaneada pelo Porta Aviões Almirante Kuznetsov em sua primeira operação de combate no largo do litoral Sírio, desenvolvido no começo deste ano.
Segundo ele, a experiência adquirida pela Marinha russa durante a expedição da frota no Mediterrâneo não somente agregou aprendizados valiosos, mas também, como destacou, provou em combate muitas capacidades adormecidas ou mesmo desenvolvidas pela Marinha nos recentes anos.
Korolyov enfatizou as operações coordenadas onde os novos mísseis de cruzeiro Kalibr foram utilizados em ataques sistemáticos às posições terroristas na Sírias e destacou que estas operações conjuntas, entre submarinos e navios de superfície foram analisadas e se tornaram parte dos programas de treinamento para setores operativos da Marinha Russa.
A experiência segundo ele, provou a capacidade do grupo de ataque em operar conjuntamente com uma força mista de navios, praticamente de todas as tonelagens e perfis, coordenando ataques de armas de alta precisão a partir dos submarinos Project 636.3 e fragatas do Project 1135.6 com o comando a milhares de quilometros de distância. Porém, a operação destas armas por “pequenos” navios lança mísseis destacados à milhares de quilômetros de no Cáspio e Negro, coroaram a capacidade de inter operacionalidade das forças e da imposição de poder a longa distância.
Korolyov lembrou que os pilotos da frota do alocada no mar do Norte, levaram a cabo mais de 420 incursões aéreas sobre o território sírio das quais 117 foram realizadas à noite, numa operação inédita o Almirante Kuznetsov lançou ondas de ataque que destruíram 1.252 instalações terroristas.
A ala aéra multifuncional operada a partir do porta aviões incluiu caças Sukhoi Su-33, MiG-29K e helicópteros Kamov Ka-52, Ka-27PL, Ka-27PS e Ka-29. Todas estas aeronaves testadas pela primeira vez em situações reais de combate, demonstraram a sua efetividade em um cenário atual de guerra.
Segundo ele, os dois incidentes graves envolvendo uma aeronave MIG 29K e um Su-33, deveram-se a falhas em manobra no convés e mecânicas, as quais trouxeram importantes aprendizados e readequações de doutrinas operacionais, porém, Korolyov enfatizou que os incidentes foram “mínimos” se consideradas a natureza das operações, condições operacionais e imediaticidade das missões, para ele, tais feitos constavam na expectativa de fadiga das tripulações e equipagens e que o evento, serviu para testar e comprovar pela primeira vez em condições reais a realização de toda a gama de tarefas no espaço aéreo, marítimo e terrestre da projeção de poder lançada a partir do Almirante Kuznetsov.
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Nossas FFAA deveriam aproveitar algumas dessas intervenções em guerras (Colômbia, apoiando contra as FARC, por exemplo, sem um custo muito elevado) para desenvolver e aperfeiçoar doutrinas e material bélico.
Essas missões da ONU (Haiti, etc) me cheiram a preparação para Guarda Nacional (boa para PE, PA, PM – segurança pública), mas não para FFAA (defesa).
M.Silva,
Levar forças para participar dessas operações de paz por conta própria exige as mesmas capacidades necessárias a projeção de força; isto é, vasos anfíbios e de suporte logístico.
Também exige-se um mínimo de capacidades de prover poder de fogo a essa força, caso necessário, o que implica em aviação embarcada, o que, por sua vez, implica em vasos com amplo convés de voo e escoltas.
Operações de não guerra e guerra assimétrica ( notadamente em ambiente urbano ) será a tônica dos conflitos nessa primeira metade de século. É que o será exigido dos exército por nossa época. Logo, operar nesses ambientes é necessariamente preparar-se para participar de conflitos assimétricos em particular.
Amigos,
gostaria de primeiramente relatar um fato, um dos incidentes relatado na reportagem, ocorreu quando uma aeronave ao aterrissar no convés do porta-aviões, o cabo de aço que é necessário para parar a aeronave durante a aterrissagem, se rompeu e o caça precipitou no mar. Ambos os pilotos conseguiram se ejetar e sobreviveram.
Outrossim, um dos principais ganhos desta operação do Kuznetsov na Síria, foi o treinamento da tripulação dos caças e demais aeronaves embarcadas, em uma situação de combate real. A experiência adquirida pelas tripulações dos navios e pilotos na campanha, justifica totalmente o deslocamento do Kuznetsov àquele Teatro de Operações.
As perdas colaterais ocorridas de aeronaves, são compatíveis, a experiência de usar a ala aérea na batalha justifica tais perdas.
Digo sem medo, que, os russos analisaram meticulosamente essa campanha, e com certeza, evitaram cometer os mesmos erros na organização de futuras expedições de combate da Marinha russa.
Grato
Desculpe mas eu discordo! Em uma campanha curta e de baixa intensidade tal como foi a comissão do Kuzsnetsov na Síria a perda de duas aeronaves, que correspondiam a 20% da força aérea embarcada, por acidentes relacionados ao cabo de parada não se justifica, basta comparar os números e acidentes da campanha russa com os havidos nas últimas missões de combate dos NAes da USN para atestar esse fato.
Especificamente no caso de perda de aeronaves por rompimento do cabo de parada, acho que já tem bastante tempo que aconteceu perda semelhante na USN, e olha que falamos de uma força que opera intensamente sua aviação embarcada.
Eficiência e eficácia eu vi na Marinha dos Estados Unidos, colidindo contra navios civis ou enviando porta-aviões para a Coréia e chegando à Austrália.
Imagina esses caras num cenários de guerra real!!!
Nunca mexa com o brio dos lavadores de banheiros de Miami. Nem o desprezo de Trump é capaz de desmotivar os capachos do império nem mesmo quando o chefe trumpetudo acha que somos comparáveis às baratas
Pelo o orgulho ferido aqui é o dos adoradores do Aiatolá do ABC. Seria também a abstinência de “mortandela”?
O q isso tem a ver com petista?
2 caças correspondem a 10% dos caças embarcados e 5% da ala aérea. Mas sim são perdas. A questão do Miguel 29 ficou nebulosa mas o stress material do cabo de frenagem se deveu especialmente pela excessiva carga de operações tal como o almirante relata. Nada teve com o caça ou sua funcionalidade. Já o Miguel 29 não se sabe ao certo o que ocorreu.
Edilson,
evidente que houve uma perda significativa percentualmente falando. E, a bem da verdade, evidencia-se com estes acidentes uma certa inifeciência de métodos/ doutrina. Agora, fica patente, que, isso foi claramente observado pelo alto comando da Marinha russa. Neste contexto, é que se daria a afirmação de que, “muito bem, houve uma perda significativa aqui de material, mas, aprendemos a lição”. Logo, não é errado afirmar que, pela experiência adiquirida nesta operação na Síria, haverá com certeza acertos concretos em futuras expedições na qual uma Força Tarefa esteja nucleada no Almirante Kusnetzov.
Você observou muito bem um fato, que foi o elevado numero de surtidas levado a cabo pela Ala aérea.
Abraço.
Opz….*ineficiência.
A operação de um porta-aviões, incluindo suas aeronaves… é provavelmente a mais complexa operação naval, a qual só se aprende realmente praticando.
Acredito que os russos, incluindo a era soviética, não tinham nenhuma experiencia em combate real com porta-aviões, esta foi a primeira vez. E mais ou menos era de se esperar que as falhas materiais e de treino aparecessem…