O governo de Donald Trump prepara ordens executivas para reduzir de forma drástica o apoio dos Estados Unidos às Nações Unidas e outras organizações internacionais, segundo antecipou nesta quarta-feira (25) o jornal “The New York Times”.
Segundo o jornal, que cita funcionários do governo sob condição de anonimato, as medidas implicam que os EUA cortarão todo o financiamento a agências da ONU e organismos que tiverem a Palestina como membro de pleno direito ou que tenham programas que financiem abortos, entre outros critérios.
Uma das ordens pede a redução de pelo menos 40% dos recursos que o país destina a organizações internacionais, o que a priori prejudicará de fortemente as operações das Nações Unidas, que têm os EUA como principal contribuinte.
O texto, segundo a publicação, estabelece a criação de uma comissão para recomendar onde devem ser efetuadas essas reduções e pede que sejam estudados possíveis cortes no financiamento das operações de paz, do Tribunal Penal Internacional (TPI), do Fundo de População da ONU e da cooperação com países que se oponham a “políticas importantes dos Estados Unidos”.
A segunda ordem executiva pede uma revisão de todos os tratados multilaterais em vigor e pendentes dos quais o país faz parte, sempre que não estiverem “diretamente relacionados com segurança nacional, extradição ou comércio internacional”.
Em uma explicação anexa, o documento menciona dois tratados da ONU a serem revistos: a Convenção para a Eliminação da Discriminação contra a Mulher e a Convenção sobre os Direitos da Criança.
Trump se caracterizou por ser muito crítico em relação às Nações Unidas e a vários tratados internacionais, como o recente Acordo de Paris sobre a mudança climática.
Em seus primeiros dias como presidente, o magnata utilizou ordens executivas para avançar em algumas promessas eleitorais em diferentes áreas.
Os Estados Unidos fornecem atualmente mais de 20% do orçamento das Nações Unidas, das quais é um dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança.
Fonte: UOL
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